Questões de Concurso Público Prefeitura de Belo Horizonte - MG 2015 para Professor Municipal - História
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A coordenação pedagógica propõe aos professores que construam, conjuntamente, uma proposta de trabalho que contemple uma determinada temática comum. Nesse trabalho coletivo são, então, organizados e selecionados conteúdos para a atuação em sala de aula. Durante a realização de atividades no interior das salas de aula, alguns alunos se envolveram mais que outros, e alguns professores se empenharam mais em suas tarefas, buscando outras temáticas que complementassem o trabalho ou que interessassem mais aos alunos. Continuamente, todos os professores e a coordenação avaliavam esse processo, comentando, criticando e sugerindo novas formas de trabalho.
A situação aqui descrita reflete, principalmente, características de um
Coloque V, para verdadeiro, e F, para falso, nas afirmativas seguintes, que tratam do processo de elaboração do Projeto Político-Pedagógico (P.P.P.) das escolas, no modelo da Gestão Democrática:
I. O P.P.P. deve ser elaborado por consultores e especialistas contratados pela diretoria.
II. O P.P.P. deve ser elaborado pelo corpo de profissionais da escola, além de incluir discussões feitas com a comunidade escolar.
III. O P.P.P. deve ser elaborado por meio de práticas coletivas e da corresponsabilidade dos membros da comunidade escolar.
IV. O P.P.P. deve ser elaborado com a participação da comunidade escolar, podendo ter apoio de consultores contratados.
V. O P.P.P. deve ser elaborado pela Secretaria de Educação e adaptado em cada instituição escolar, de acordo com sua realidade.
A sequência CORRETA das respostas é:
Para a Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar, o atendimento educacional especializado (AEE) é visto como um elemento de apoio ao desenvolvimento de alunos com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação, sendo de oferta obrigatória em todos os níveis e modalidades de ensino.
De acordo com os pressupostos da inclusão escolar defendida na política atual para a Educação Especial, é CORRETO afirmar que:
A autonomia das escolas se concretiza no equilíbrio entre autoridade e responsabilidade em todos os níveis do sistema, visando à melhoria da qualidade do processo de ensino e de aprendizagem. Dessa forma, a construção da autonomia das escolas implica
I. a eliminação dos regulamentos e normas, deixando as escolas livres para definir os rumos de sua própria ação.
II. o conhecimento das diretrizes legais da educação por parte dos profissionais da escola para identificar seu espaço de liberdade e orientar as decisões locais de forma compatível com o sistema.
III. o desenvolvimento da capacidade local de leitura da realidade e de formulação de metas e projetos de ação.
IV. a descentralização do poder decisório, superior à própria organização anterior do sistema escolar.
É CORRETO o que se afirma em
Leia atentamente as afirmativas:
I. Nas relações entre os conhecimentos, as habilidades e os valores transmitidos pela escola, a prática pedagógica coloca os alunos para compreender e explicar o mundo, a sociedade e o homem.
II. O trabalho pedagógico realizado pela escola, ao expressar um projeto de educação que integra os alunos a uma sociedade, expressa também um projeto político-pedagógico da sociedade que o fundamenta e o determina.
III. O planejamento escolar é um instrumento que organiza e operacionaliza as formas de mediação da escola no interior da prática social global.
IV. A forma de organizar, desenvolver e avaliar as atividades pedagógicas pode recolocar as finalidades últimas da escola, contribuindo ou não para a superação de uma única visão de mundo, predominante e hegemônica.
É CORRETO o que se afirma em
No que se refere à Educação das Relações Étnico-Raciais, foi estabelecido na Lei 10.639 de janeiro de 2003, que os conteúdos relativos à História e Cultura Afro-Brasileira e Africana devem ser ministrados:
I. ao longo de todo o currículo escolar, no ensino fundamental e no ensino médio.
II. apenas nas disciplinas de História, Artes e Literatura.
III. preferencialmente nas disciplinas de História, Artes e Literatura.
IV. em especial, no dia 20 de novembro, “Dia da Consciência Negra”.
É CORRETO o que se afirma em:
São muitos os trabalhos que defendem propostas de integração do conhecimento escolar, tanto em concepções curriculares tradicionais como em concepções curriculares críticas. São características de currículos integrados:
I. São baseados nos interesses e necessidades dos alunos e na relevância social do conhecimento.
II. Adaptam-se mais facilmente aos atuais processos de trabalho e à crescente mobilidade nos empregos.
III. Possibilitam analisar problemas e buscar soluções do cotidiano, ampliando o conhecimento de alunos e de professores.
IV. Sustentam uma organização do trabalho pedagógico, mantendo relações hierárquicas e assimétricas entre docentes.
É CORRETO o que se afirma em
A expressão “progressão continuada”, incorporada pela Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases - LDB), introduziu no cenário educacional a necessidade de se criar outras práticas de avaliação dos estudantes na Educação Básica, bem como a necessidade de revisar a organização de tempos e espaços. Em certos casos, a “progressão continuada” tem sido confundida com “promoção automática”, sobretudo quando se trata de uma organização escolar pelo sistema de CICLOS.
Sobre o processo de avaliação no sistema de CICLOS,
é CORRETO afirmar que:
Nas experiências de Educação Integral conhecidas, podemos perceber que as concepções que orientam as ações e espaços são muito variadas em relação aos objetivos, à organização, ao tipo de atividade proposta, assim como às próprias denominações contraturno, turno inverso, turno contrário, ampliação de jornada, turno complementar, atividades extras, entre outros. (...) A ampliação da jornada, na perspectiva da Educação Integral, auxilia as instituições educacionais a repensar suas práticas e procedimentos, a construir novas organizações curriculares voltadas para concepções de aprendizagens como um conjunto de práticas e significados multirreferenciados, inter-relacionais e contextualizados, nos quais a ação educativa tenha como meta tentar compreender e modificar situações concretas do mundo.
BRASIL/MEC. Educação integral: texto referência para o debate nacional, 2009, p. 35-36.
Com base nessa argumentação, é possível dizer que a Educação Integral
I. tem por objetivo, prioritariamente, dar conta dos problemas enfrentados por professores no tocante ao baixo desempenho de alunos.
II. pressupõe uma nova organização do currículo escolar, em que disciplinas escolares possam ter mais tempo para aprofundamento no conhecimento.
III. implica a articulação da escola com outros espaços educativos, presentes na comunidade e na cidade, com foco nas aprendizagens.
IV. favorece o estabelecimento de um novo contrato social na educação, em que diferentes agentes sociais se tornam também agentes educativos.
É CORRETO o que se afirma em
As desigualdades de gênero, há muito, têm sido problematizadas por diferentes estudiosos. As diferenças percebidas entre homens e mulheres demandavam explicações, e muitos estudiosos se debruçaram sobre essa temática. De forma esquemática, podemos organizar essas explicações em três propostas: nas teses biologizantes, nas teses de socialização e na teoria de gênero.
BELO HORIZONTE/SMED. Diretrizes da Educação para as Relações de Gênero na Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte, 2013, p. 16 (Adaptado).
Enumere as características listadas de acordo com a proposta correspondente:
1. Teses biologizantes
2. Teses de socialização
3. Teorias de gênero
( ) Bonecas e panelinhas são presentes apropriados para meninas, enquanto bolas e carrinhos são presentes apropriados para meninos.
( ) As relações entre homens e mulheres podem ser solidárias e não violentas, complementares e não antagônicas.
( ) Mulheres têm mais habilidade para atividades detalhadas e minuciosas, enquanto homens têm mais habilidade para atividades que exijam força e maior racionalidade.
( ) Nós nos constituímos homens e mulheres e construímos nossa identidade nas relações sociais, afetivas, familiares e comunitárias que estabelecemos.
A sequência CORRETA da numeração é:
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, estabelecidos pelo Ministério da Educação em 1998, apresentaram os cinco temas transversais para a educação nacional: ética, pluralidade, cultural, saúde, orientação sexual e meio ambiente.
Freitas Neto (2003) avalia que, na prática escolar, dois procedimentos são mais usuais no ensino da História: a abordagem do ensino da História através de eixo temático e a abordagem do ensino da História por meio de temas ou períodos.
FREITAS NETO, José Alves. A Transversalidade e a renovação no ensino de História. In: KARNAL, Leandro (org.). História na Sala de Aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003.
Sobre a utilização dos temas transversais no ensino de historia, numere a COLUNA II de acordo com a COLUNA I, estabelecendo a relação dos dois procedimentos de abordagem da história com as estratégias de ensino
Coluna I
1.Abordagem por meio de eixo temático
2.Abordagem por meio de temas ou períodos
Coluna II
( ) O problema desta prática é quando o professor segue fielmente a divisão capitular do livro didático, distanciando-se dos alunos e suas vivências.
( ) Propor ao aluno uma construção que não seja a repetição dos fatos, mas a capacidade de refletir os acontecimentos como fruto da ação dos indivíduos em um determinado momento.
( ) O trabalho deve desdobrar-se para inserir a realidade em questões regionais e globais, aguçando a curiosidade e a compreensão da necessidade de uma visão mais ampla para estas questões.
( ) Para que a análise não fique
cronologicamente distante , o
professor pode estabelecer como
um dos momentos de seu eixo
temático da questão da
diversidade cultural , tensões e
conflitos recentes.
O estudioso José Alves de Freitas Neto (2003) propõe renovações no ensino de História com a implantação dos eixos temáticos transversais preconizados pelo Ministério da Educação no documento Parâmetros Curriculares Nacionais, de 1998.
FREITAS NETO, José Alves. A Transversalidade e a renovação no ensino de História. In: KARNAL, Leandro (org.). História na Sala de Aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003.
Sobre as propostas de trabalho com os temas transversais apresentados pelo autor, analise os itens abaixo que trazem essas propostas:
I. valorizar o aluno e seu universo.
II. ser possível estudar tudo e assim o professor poderá contemplar toda a história.
III. saber identificar o esgotamento de um tópico pela maturidade, envolvimento e proximidade com o que foi vivido pelos alunos.
IV. dar a dimensão de que o conhecimento histórico é um meio para compreender o mundo e as questões da atualidade
O professor da Universidade de Quebec, Canadá, Christian Laville relativiza a importância do ensino de história na formação de consciências e opiniões nas pessoas.
LAVILLE, Christian. A guerra das narrativas: debates e ilusões em torno do ensino de história. Revista Brasileira de História. São Paulo. v.19, nº 38, 1999. Disponível em <http://www.scielo.br/ scielo.php?script=scl_arttex&tlng=pt>.Acesso em: 15 set. 2015.
As narrativas do ensino da história, nos tempos atuais, não teriam tanto poder para moldar consciências, pois concorrem com outros fatores que influenciam os cidadãos.
Na análise do autor, o mais importante desses fatores é
Os estudiosos em ensino de História, Jaime e Carla Pinsky, no artigo Por uma história prazerosa e consequente, avaliam que os conteúdos da disciplina foram deixados de lado, a erudição foi considerada esnobe, e a leitura da História foi prejudicada neste contexto simplista.
PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla. Por uma história prazerosa e consequente. KARNAL, Leandro (org.). História na Sala de Aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo:Contexto, 2003. p. 17- 36.
Entre as propostas apresentadas pelos autores, está:
Sobre as capacidades a serem desenvolvidas nos alunos crianças nos estudos históricos, de acordo com o documento Desafios da formação proposições curriculares Ensino fundamental história rede municipal de educação de Belo Horizonte, avalie as afirmativas a seguir:
I. O aluno deve iniciar-se na produção de registros de conteúdo histórico primeiramente no livro didático.
II. O aluno deve compreender patrimônio histórico cultural, compreendo-os como registros fundamentais da memória social e das diversas experiências humanas no tempo.
III. O aluno deve estabelecer aproximações entre as experiências vivenciadas e as experiências semelhantes, em outros tempos, em outros espaços e em outras culturas.
IV. O aluno deve perceber a historicidade presente em aspectos diversos da vida social, iniciando o processo de desnaturalização do mundo a sua volta e de compreensão espaço temporal.
BELO HORIZONTE, Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Educação.
Proposições Curriculares Ensino Fundamental – História - 3º Ciclo. Belo
Horizonte, SMED. 2012. Disponível em:
Sobre os Eixos Norteadores e Capacidades a serem desenvolvidas no 3º ciclo , o documento Desafios da formação proposições curriculares Ensino fundamental história rede municipal de educação de Belo Horizonte estabelece eixos norteadores para se trabalhar a estrutura curricular que se relacionam a capacidades que o aluno deve adquirir.
BELO HORIZONTE, Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de
Educação. Proposições Curriculares Ensino Fundamental –
História - 3º Ciclo. Belo Horizonte, SMED. 2012. Disponível em:<http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/files.do?evento=download&urlArqPlc=historia2012_-_revisado_semcapa.pdf>
Sobre a organização curricular do ensino de história no ensino fundamental, o documento Desafios da formação proposições curriculares Ensino fundamental história rede municipal de educação de Belo Horizonte, da Prefeitura de Belo Horizonte, afirma que
“Como contribuição para o planejamento do trabalho docente, são apresentados quadros com as matrizes curriculares, que trazem sugestões quanto à gradação no tratamento das capacidades em cada ano do ciclo e são empregadas as letras I, R,T e C, que remetem aos verbos INTRODUZIR, RETOMAR, TRABALHAR e CONSOLIDAR. A definição desses termos aparece no texto ‘Introdução’, destas Proposições Curriculares”. (p. 14-17)
BELO HORIZONTE, Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Educação.
Proposições Curriculares Ensino Fundamental – História - 3º Ciclo. Belo
Horizonte, SMED. 2012. Disponível em:
A professora da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte Joana D’Arc Mártir da França, atenta aos eixos norteadores e capacidades a serem desenvolvidas no 3º ciclo, de acordo com o documento Desafios da formação proposições curriculares Ensino fundamental história rede municipal de educação de Belo Horizonte, vai realizar a seguinte atividade com seus alunos: eles vão visitar o Museu das Minas e Metais, localizado na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Depois, em sala, eles vão trabalhar as vivências proporcionadas pela visita.
Avalie as proposições a seguir sobre o planejamento da atividade por Joana D’arc:
I. Iniciar o seu planejamento, em um trabalho de preparação que começa em sala de aula, com o levantamento das expectativas e conhecimentos prévios dos educandos.
II. Evitar o contato com profissionais ligados aos setores e finalidades educativas da instituição com a qual pretende proporcionar ações educativas, aprendendo com seus profissionais, expondo-lhes seus objetivos e compartilhando uma proposta de ação.
III. Criar estratégias para que, durante a visita, favoreçam um ambiente de aprendizagem e fruição estética, garantindo que os educandos tenham alguma autonomia para construir seus percursos no Museu.
Nos livros atuais, sejam eles escolares ou não, negar a América indígena e negra, negar as vivências para ressaltar meras sobrevivências, ou pior, aniquilamentos totais, criar a visão dos vencidos, espécie de mescla de Galeano e Soustelle, Las Casas e Prescott: o sentimentalismo redentor e o reducionismo técnico; igreja e laboratório”, avaliam Luiz Fernando Estevam e Marcus Vinicius de Morais. (p. 54)
FERNANDES, Luiz Estevam; MORAIS, Marcus Vinicius de. Renovação da História da América. Por uma história prazerosa e consequente. KARNAL, Leandro (org.). História na Sala de Aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003. p. 143 –162.
O documento Parâmetros curriculares nacionais: ensino fundamental, história, do Ministério da Educação recomenda algumas práticas e procedimentos que podem ser privilegiados em várias situações didáticas.
O documento afirma: “É tarefa do professor criar situações de ensino para os alunos estabelecerem relações entre o presente e o passado, o particular e o geral, as ações individuais e coletivas, os interesses específicos de grupos e as articulações sociais. Podem ser privilegiadas as seguintes situações didáticas (...)”.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: ensino fundamental, história. Brasília: MEC/SEF, 1998.
À luz das didáticas sugeridas pelo MEC, analise os itens a seguir:
I. propor aos alunos que organizem suas próprias soluções e estratégias de intervenção na realidade (organização de regras de convívio, atitudes e comportamentos diante de questões sociais, atitudes políticas individuais e coletivas etc.).
II. solicitar resumos orais ou em forma de textos, imagens, gráficos, linhas do tempo, propor a criação de brochuras, murais, exposições e estimular a criatividade expressiva.
III. debater questões do cotidiano e suas relações com contextos mais amplos não se aplica em conteúdos históricos, pois isto estaria em desacordo com o conceito de tempo histórico.