Questões de Concurso Público IF-MS 2019 para Professor - Português e Inglês

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Q1345122 Português
Sabe-se que na construção de um texto há fatores que desencadeiam efeitos de sentido, ocasionando uma interpretação adequada do que se lê. Se essas estruturas textuais são utilizadas de forma inadequada, podem comprometer a transmissão da mensagem. Dentre os principais fatores de textualidade está a coesão. Sobre esse conceito, podemos inferir que
Alternativas
Q1345123 Português

O obscurantismo do século 21

Movimentos antivacinas, negação das mudanças no clima, terraplanistas. Tais retrocessos vêm da confusão entre o que é opinião e o que é fato.

Por Salvador Nogueira


    O obscurantismo do século 21 é um fenômeno global. Para alguns arautos da irracionalidade, aliás, a palavra “global” nem faz sentido. É o caso dos terraplanistas, que seguem colecionando adeptos. Em outubro de 2018, um grupo de “pesquisadores” terraplanistas foi recebido por deputados estaduais na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, onde ganharam uma homenagem por seus “estudos” sobre a forma do nosso planeta.

    O terraplanismo é folclórico. Rende risadas. Mas o fato de sandices como essa ganharem popularidade não tem a menor graça. Por duas razões. Primeiro porque trata-se de um sintoma de que parte significativa da população viva hoje desconhece fatos objetivos sobre o mundo – como a Lei da Gravitação, que os terraplanistas dizem ser uma farsa. Segundo, porque estamos descobrindo que quase ninguém sabe distinguir fatos de opiniões – você simplesmente não pode ter uma “opinião” sobre o formato da Terra ou sobre a existência da gravidade. Isso pertence ao reino dos fatos. O pior, de qualquer forma, é que isso definitivamente não se aplica só a conceitos como o formato da Terra.

   Uma pesquisa do Pew Research Center, feita em 2018, entrevistou 5.035 americanos adultos selecionados aleatoriamente pela internet. Tudo que eles tinham de fazer era ler dez frases simples e apontar se eram afirmações factuais ou opiniões.

      Apenas 26% foram capazes de apontar corretamente as cinco factuais e só 35% conseguiram identificar corretamente as cinco que eram opinativas.

   Resumindo a ópera, três em cada quatro americanos não sabem separar fato de opinião. Poucos acreditariam que no Brasil a situação seja muito melhor. E isso explica muita coisa. Ou você nunca ouviu alguém dizer por aí, pelas redes sociais, quando encurralado pelos fatos, que “essa é a minha opinião”, como forma de encerrar um debate?

    A partir do momento em que as pessoas se sentem à vontade para desconectar suas opiniões dos fatos objetivos, temos um problema grave. A Terra plana é entretenimento, mas e o movimento antivacinas? A Europa viu um aumento de 400% no número de casos de sarampo em um ano – de 5.273 em 2016 para 21.315 em 2017.

    E mesmo quando defensores do movimento antivacinas são confrontados com esses números, e com a explicação clara de como vacinas funcionam e de como simplesmente não há evidência de que elas possam causar os males que se atribuem a elas, ainda assim eles podem se esconder por trás de teorias conspiratórias sobre a “malévola indústria farmacêutica”. E, claro, quando não houver outro recurso, parte-se para um “mas essa é a minha opinião”. Eita. 

    Ao longo do progresso fantástico realizado pela humanidade durante o século 20, fomos nos esquecendo do que era a vida antes que a ciência entrasse para valer no nosso cotidiano. Sem vacinas e antibióticos, a mortalidade infantil era altíssima. Durante o século 19, ela era de 30%; a cada três crianças nascidas, uma morria antes de completar cinco anos. Na Alemanha chegava a 50%.

    Então a ciência entrou em cena, com três contribuições essenciais: a percepção de que saneamento básico era essencial para evitar infecções, o desenvolvimento dos antibióticos e a criação das vacinas. O ser humano passou milhares de anos tentando proteger sua prole com rezas, chás e superstições de todo tipo, mas o que deu certo foi entender como as doenças funcionam e combatê-las com armas eficazes.

    Ao longo do século 20, pela primeira vez na história, vimos um declínio acentuado na mortalidade infantil. Em 2015, ela era, em termos globais, de 4,3%. Ou seja, a cada cem crianças, apenas quatro morriam antes de completar 5 anos. E isso numa média tirada do mundo inteiro. No Brasil, no mesmo ano, era só de 1,7%. Na Suécia, dado de 2014, 0,3%.

    Outro tema adorado pela turma do “mas essa é a minha opinião” é a mudança climática. Pouco importa que a Nasa e quem mais for apresente fartas evidências do aquecimento global. Pouco importa que os registros de temperaturas, feitos com termômetros (pouco afeitos a ideologias), apontem que a temperatura média do planeta já subiu 0,9°C entre 1880 e 2017. Pouco importa que 17 dos 18 anos mais quentes nos 138 anos de registros tenham acontecido depois de 2001, ou que 2016 tenha sido o ano mais quente de todos os registros. O sujeito espera a primeira brisa gelada soprar para dizer “cadê o aquecimento global?”. É dramático, e se trata de um problema que está ganhando proporções cada vez maiores. Não é mais o seu primo doido no WhatsApp. É o Ministro das Relações Exteriores que atribui às medições feitas pela Agência Espacial dos Estados Unidos o status de “complô ambientalista globalista esquerdista sei-lá-mais-o-que-ista”.

O SUS gasta US$ 17 bi por ano com homeopatia, aromaterapia, bioenergética, florais – práticas com zero evidência de eficácia

    Da mesma forma, vemos o descalabro nas políticas de saúde. Basta lembrar a quantidade de dinheiro que o SUS (Sistema Único de Saúde) gasta em “práticas alternativas”, também conhecidas como “tratamentos sem qualquer evidência de eficácia”. É homeopatia, acupuntura, aromaterapia, bioenergética, cromoterapia, florais; tudo pago com dinheiro público. Em 2017, foram R$ 17,2 bilhões nisso. 

    É o tal negócio: o sujeito pode acreditar no que quiser. É direito dele. Mas ninguém pode aplicar crenças pessoais no âmbito da gestão pública. E estamos chegando num ponto em que agentes públicos se sentem à vontade para ditar políticas de acordo com premissas completamente desconectadas da realidade objetiva. Tudo não passaria de um escândalo embaraçoso, não fosse um detalhe: essas atitudes nunca tiveram tanto apoio popular.

    Como é possível? Hoje, qualquer um de nós tem mais informação disponível nas mãos, com um celular e uma conexão 4G, do que tinha o presidente dos Estados Unidos na Casa Branca nos anos 1960. É um disparate imaginar que, diante do tamanho poderio tecnológico de que dispomos, estejamos ficando, na média, cada vez mais desinformados e ignorantes. No entanto, é verdade.

    E só vamos desarmar essa arapuca se encontrarmos uma base comum de fatos objetivos com os quais todo mundo possa concordar. Essa base só pode ser uma: a ciência. E não porque ela seja moralmente ou ideologicamente superior. Mas porque ela se aceita como falível. Porque está fundamentada na dúvida, não na certeza. E a certeza inabalável, imune aos fatos, é o caminho mais curto para o retrocesso

(Adaptado de: NOGUEIRA, Salvador. Superinteressante, 3 jan. 2019. Disponível em:< https://super.abril.com.br/opiniao/o-obscurantismo-do-seculo-21/>. Acesso em: 23 fev. 2019.)

Considerado o texto de Salvador Nogueira, assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q1345124 Português

O obscurantismo do século 21

Movimentos antivacinas, negação das mudanças no clima, terraplanistas. Tais retrocessos vêm da confusão entre o que é opinião e o que é fato.

Por Salvador Nogueira


    O obscurantismo do século 21 é um fenômeno global. Para alguns arautos da irracionalidade, aliás, a palavra “global” nem faz sentido. É o caso dos terraplanistas, que seguem colecionando adeptos. Em outubro de 2018, um grupo de “pesquisadores” terraplanistas foi recebido por deputados estaduais na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, onde ganharam uma homenagem por seus “estudos” sobre a forma do nosso planeta.

    O terraplanismo é folclórico. Rende risadas. Mas o fato de sandices como essa ganharem popularidade não tem a menor graça. Por duas razões. Primeiro porque trata-se de um sintoma de que parte significativa da população viva hoje desconhece fatos objetivos sobre o mundo – como a Lei da Gravitação, que os terraplanistas dizem ser uma farsa. Segundo, porque estamos descobrindo que quase ninguém sabe distinguir fatos de opiniões – você simplesmente não pode ter uma “opinião” sobre o formato da Terra ou sobre a existência da gravidade. Isso pertence ao reino dos fatos. O pior, de qualquer forma, é que isso definitivamente não se aplica só a conceitos como o formato da Terra.

   Uma pesquisa do Pew Research Center, feita em 2018, entrevistou 5.035 americanos adultos selecionados aleatoriamente pela internet. Tudo que eles tinham de fazer era ler dez frases simples e apontar se eram afirmações factuais ou opiniões.

      Apenas 26% foram capazes de apontar corretamente as cinco factuais e só 35% conseguiram identificar corretamente as cinco que eram opinativas.

   Resumindo a ópera, três em cada quatro americanos não sabem separar fato de opinião. Poucos acreditariam que no Brasil a situação seja muito melhor. E isso explica muita coisa. Ou você nunca ouviu alguém dizer por aí, pelas redes sociais, quando encurralado pelos fatos, que “essa é a minha opinião”, como forma de encerrar um debate?

    A partir do momento em que as pessoas se sentem à vontade para desconectar suas opiniões dos fatos objetivos, temos um problema grave. A Terra plana é entretenimento, mas e o movimento antivacinas? A Europa viu um aumento de 400% no número de casos de sarampo em um ano – de 5.273 em 2016 para 21.315 em 2017.

    E mesmo quando defensores do movimento antivacinas são confrontados com esses números, e com a explicação clara de como vacinas funcionam e de como simplesmente não há evidência de que elas possam causar os males que se atribuem a elas, ainda assim eles podem se esconder por trás de teorias conspiratórias sobre a “malévola indústria farmacêutica”. E, claro, quando não houver outro recurso, parte-se para um “mas essa é a minha opinião”. Eita. 

    Ao longo do progresso fantástico realizado pela humanidade durante o século 20, fomos nos esquecendo do que era a vida antes que a ciência entrasse para valer no nosso cotidiano. Sem vacinas e antibióticos, a mortalidade infantil era altíssima. Durante o século 19, ela era de 30%; a cada três crianças nascidas, uma morria antes de completar cinco anos. Na Alemanha chegava a 50%.

    Então a ciência entrou em cena, com três contribuições essenciais: a percepção de que saneamento básico era essencial para evitar infecções, o desenvolvimento dos antibióticos e a criação das vacinas. O ser humano passou milhares de anos tentando proteger sua prole com rezas, chás e superstições de todo tipo, mas o que deu certo foi entender como as doenças funcionam e combatê-las com armas eficazes.

    Ao longo do século 20, pela primeira vez na história, vimos um declínio acentuado na mortalidade infantil. Em 2015, ela era, em termos globais, de 4,3%. Ou seja, a cada cem crianças, apenas quatro morriam antes de completar 5 anos. E isso numa média tirada do mundo inteiro. No Brasil, no mesmo ano, era só de 1,7%. Na Suécia, dado de 2014, 0,3%.

    Outro tema adorado pela turma do “mas essa é a minha opinião” é a mudança climática. Pouco importa que a Nasa e quem mais for apresente fartas evidências do aquecimento global. Pouco importa que os registros de temperaturas, feitos com termômetros (pouco afeitos a ideologias), apontem que a temperatura média do planeta já subiu 0,9°C entre 1880 e 2017. Pouco importa que 17 dos 18 anos mais quentes nos 138 anos de registros tenham acontecido depois de 2001, ou que 2016 tenha sido o ano mais quente de todos os registros. O sujeito espera a primeira brisa gelada soprar para dizer “cadê o aquecimento global?”. É dramático, e se trata de um problema que está ganhando proporções cada vez maiores. Não é mais o seu primo doido no WhatsApp. É o Ministro das Relações Exteriores que atribui às medições feitas pela Agência Espacial dos Estados Unidos o status de “complô ambientalista globalista esquerdista sei-lá-mais-o-que-ista”.

O SUS gasta US$ 17 bi por ano com homeopatia, aromaterapia, bioenergética, florais – práticas com zero evidência de eficácia

    Da mesma forma, vemos o descalabro nas políticas de saúde. Basta lembrar a quantidade de dinheiro que o SUS (Sistema Único de Saúde) gasta em “práticas alternativas”, também conhecidas como “tratamentos sem qualquer evidência de eficácia”. É homeopatia, acupuntura, aromaterapia, bioenergética, cromoterapia, florais; tudo pago com dinheiro público. Em 2017, foram R$ 17,2 bilhões nisso. 

    É o tal negócio: o sujeito pode acreditar no que quiser. É direito dele. Mas ninguém pode aplicar crenças pessoais no âmbito da gestão pública. E estamos chegando num ponto em que agentes públicos se sentem à vontade para ditar políticas de acordo com premissas completamente desconectadas da realidade objetiva. Tudo não passaria de um escândalo embaraçoso, não fosse um detalhe: essas atitudes nunca tiveram tanto apoio popular.

    Como é possível? Hoje, qualquer um de nós tem mais informação disponível nas mãos, com um celular e uma conexão 4G, do que tinha o presidente dos Estados Unidos na Casa Branca nos anos 1960. É um disparate imaginar que, diante do tamanho poderio tecnológico de que dispomos, estejamos ficando, na média, cada vez mais desinformados e ignorantes. No entanto, é verdade.

    E só vamos desarmar essa arapuca se encontrarmos uma base comum de fatos objetivos com os quais todo mundo possa concordar. Essa base só pode ser uma: a ciência. E não porque ela seja moralmente ou ideologicamente superior. Mas porque ela se aceita como falível. Porque está fundamentada na dúvida, não na certeza. E a certeza inabalável, imune aos fatos, é o caminho mais curto para o retrocesso

(Adaptado de: NOGUEIRA, Salvador. Superinteressante, 3 jan. 2019. Disponível em:< https://super.abril.com.br/opiniao/o-obscurantismo-do-seculo-21/>. Acesso em: 23 fev. 2019.)

Com relação às ideias desenvolvidas no texto, assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q1345125 Português

O obscurantismo do século 21

Movimentos antivacinas, negação das mudanças no clima, terraplanistas. Tais retrocessos vêm da confusão entre o que é opinião e o que é fato.

Por Salvador Nogueira


    O obscurantismo do século 21 é um fenômeno global. Para alguns arautos da irracionalidade, aliás, a palavra “global” nem faz sentido. É o caso dos terraplanistas, que seguem colecionando adeptos. Em outubro de 2018, um grupo de “pesquisadores” terraplanistas foi recebido por deputados estaduais na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, onde ganharam uma homenagem por seus “estudos” sobre a forma do nosso planeta.

    O terraplanismo é folclórico. Rende risadas. Mas o fato de sandices como essa ganharem popularidade não tem a menor graça. Por duas razões. Primeiro porque trata-se de um sintoma de que parte significativa da população viva hoje desconhece fatos objetivos sobre o mundo – como a Lei da Gravitação, que os terraplanistas dizem ser uma farsa. Segundo, porque estamos descobrindo que quase ninguém sabe distinguir fatos de opiniões – você simplesmente não pode ter uma “opinião” sobre o formato da Terra ou sobre a existência da gravidade. Isso pertence ao reino dos fatos. O pior, de qualquer forma, é que isso definitivamente não se aplica só a conceitos como o formato da Terra.

   Uma pesquisa do Pew Research Center, feita em 2018, entrevistou 5.035 americanos adultos selecionados aleatoriamente pela internet. Tudo que eles tinham de fazer era ler dez frases simples e apontar se eram afirmações factuais ou opiniões.

      Apenas 26% foram capazes de apontar corretamente as cinco factuais e só 35% conseguiram identificar corretamente as cinco que eram opinativas.

   Resumindo a ópera, três em cada quatro americanos não sabem separar fato de opinião. Poucos acreditariam que no Brasil a situação seja muito melhor. E isso explica muita coisa. Ou você nunca ouviu alguém dizer por aí, pelas redes sociais, quando encurralado pelos fatos, que “essa é a minha opinião”, como forma de encerrar um debate?

    A partir do momento em que as pessoas se sentem à vontade para desconectar suas opiniões dos fatos objetivos, temos um problema grave. A Terra plana é entretenimento, mas e o movimento antivacinas? A Europa viu um aumento de 400% no número de casos de sarampo em um ano – de 5.273 em 2016 para 21.315 em 2017.

    E mesmo quando defensores do movimento antivacinas são confrontados com esses números, e com a explicação clara de como vacinas funcionam e de como simplesmente não há evidência de que elas possam causar os males que se atribuem a elas, ainda assim eles podem se esconder por trás de teorias conspiratórias sobre a “malévola indústria farmacêutica”. E, claro, quando não houver outro recurso, parte-se para um “mas essa é a minha opinião”. Eita. 

    Ao longo do progresso fantástico realizado pela humanidade durante o século 20, fomos nos esquecendo do que era a vida antes que a ciência entrasse para valer no nosso cotidiano. Sem vacinas e antibióticos, a mortalidade infantil era altíssima. Durante o século 19, ela era de 30%; a cada três crianças nascidas, uma morria antes de completar cinco anos. Na Alemanha chegava a 50%.

    Então a ciência entrou em cena, com três contribuições essenciais: a percepção de que saneamento básico era essencial para evitar infecções, o desenvolvimento dos antibióticos e a criação das vacinas. O ser humano passou milhares de anos tentando proteger sua prole com rezas, chás e superstições de todo tipo, mas o que deu certo foi entender como as doenças funcionam e combatê-las com armas eficazes.

    Ao longo do século 20, pela primeira vez na história, vimos um declínio acentuado na mortalidade infantil. Em 2015, ela era, em termos globais, de 4,3%. Ou seja, a cada cem crianças, apenas quatro morriam antes de completar 5 anos. E isso numa média tirada do mundo inteiro. No Brasil, no mesmo ano, era só de 1,7%. Na Suécia, dado de 2014, 0,3%.

    Outro tema adorado pela turma do “mas essa é a minha opinião” é a mudança climática. Pouco importa que a Nasa e quem mais for apresente fartas evidências do aquecimento global. Pouco importa que os registros de temperaturas, feitos com termômetros (pouco afeitos a ideologias), apontem que a temperatura média do planeta já subiu 0,9°C entre 1880 e 2017. Pouco importa que 17 dos 18 anos mais quentes nos 138 anos de registros tenham acontecido depois de 2001, ou que 2016 tenha sido o ano mais quente de todos os registros. O sujeito espera a primeira brisa gelada soprar para dizer “cadê o aquecimento global?”. É dramático, e se trata de um problema que está ganhando proporções cada vez maiores. Não é mais o seu primo doido no WhatsApp. É o Ministro das Relações Exteriores que atribui às medições feitas pela Agência Espacial dos Estados Unidos o status de “complô ambientalista globalista esquerdista sei-lá-mais-o-que-ista”.

O SUS gasta US$ 17 bi por ano com homeopatia, aromaterapia, bioenergética, florais – práticas com zero evidência de eficácia

    Da mesma forma, vemos o descalabro nas políticas de saúde. Basta lembrar a quantidade de dinheiro que o SUS (Sistema Único de Saúde) gasta em “práticas alternativas”, também conhecidas como “tratamentos sem qualquer evidência de eficácia”. É homeopatia, acupuntura, aromaterapia, bioenergética, cromoterapia, florais; tudo pago com dinheiro público. Em 2017, foram R$ 17,2 bilhões nisso. 

    É o tal negócio: o sujeito pode acreditar no que quiser. É direito dele. Mas ninguém pode aplicar crenças pessoais no âmbito da gestão pública. E estamos chegando num ponto em que agentes públicos se sentem à vontade para ditar políticas de acordo com premissas completamente desconectadas da realidade objetiva. Tudo não passaria de um escândalo embaraçoso, não fosse um detalhe: essas atitudes nunca tiveram tanto apoio popular.

    Como é possível? Hoje, qualquer um de nós tem mais informação disponível nas mãos, com um celular e uma conexão 4G, do que tinha o presidente dos Estados Unidos na Casa Branca nos anos 1960. É um disparate imaginar que, diante do tamanho poderio tecnológico de que dispomos, estejamos ficando, na média, cada vez mais desinformados e ignorantes. No entanto, é verdade.

    E só vamos desarmar essa arapuca se encontrarmos uma base comum de fatos objetivos com os quais todo mundo possa concordar. Essa base só pode ser uma: a ciência. E não porque ela seja moralmente ou ideologicamente superior. Mas porque ela se aceita como falível. Porque está fundamentada na dúvida, não na certeza. E a certeza inabalável, imune aos fatos, é o caminho mais curto para o retrocesso

(Adaptado de: NOGUEIRA, Salvador. Superinteressante, 3 jan. 2019. Disponível em:< https://super.abril.com.br/opiniao/o-obscurantismo-do-seculo-21/>. Acesso em: 23 fev. 2019.)

Com relação aos sentidos e ao emprego de palavras e expressões no texto de Salvador Nogueira, assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q1345126 Português

O obscurantismo do século 21

Movimentos antivacinas, negação das mudanças no clima, terraplanistas. Tais retrocessos vêm da confusão entre o que é opinião e o que é fato.

Por Salvador Nogueira


    O obscurantismo do século 21 é um fenômeno global. Para alguns arautos da irracionalidade, aliás, a palavra “global” nem faz sentido. É o caso dos terraplanistas, que seguem colecionando adeptos. Em outubro de 2018, um grupo de “pesquisadores” terraplanistas foi recebido por deputados estaduais na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, onde ganharam uma homenagem por seus “estudos” sobre a forma do nosso planeta.

    O terraplanismo é folclórico. Rende risadas. Mas o fato de sandices como essa ganharem popularidade não tem a menor graça. Por duas razões. Primeiro porque trata-se de um sintoma de que parte significativa da população viva hoje desconhece fatos objetivos sobre o mundo – como a Lei da Gravitação, que os terraplanistas dizem ser uma farsa. Segundo, porque estamos descobrindo que quase ninguém sabe distinguir fatos de opiniões – você simplesmente não pode ter uma “opinião” sobre o formato da Terra ou sobre a existência da gravidade. Isso pertence ao reino dos fatos. O pior, de qualquer forma, é que isso definitivamente não se aplica só a conceitos como o formato da Terra.

   Uma pesquisa do Pew Research Center, feita em 2018, entrevistou 5.035 americanos adultos selecionados aleatoriamente pela internet. Tudo que eles tinham de fazer era ler dez frases simples e apontar se eram afirmações factuais ou opiniões.

      Apenas 26% foram capazes de apontar corretamente as cinco factuais e só 35% conseguiram identificar corretamente as cinco que eram opinativas.

   Resumindo a ópera, três em cada quatro americanos não sabem separar fato de opinião. Poucos acreditariam que no Brasil a situação seja muito melhor. E isso explica muita coisa. Ou você nunca ouviu alguém dizer por aí, pelas redes sociais, quando encurralado pelos fatos, que “essa é a minha opinião”, como forma de encerrar um debate?

    A partir do momento em que as pessoas se sentem à vontade para desconectar suas opiniões dos fatos objetivos, temos um problema grave. A Terra plana é entretenimento, mas e o movimento antivacinas? A Europa viu um aumento de 400% no número de casos de sarampo em um ano – de 5.273 em 2016 para 21.315 em 2017.

    E mesmo quando defensores do movimento antivacinas são confrontados com esses números, e com a explicação clara de como vacinas funcionam e de como simplesmente não há evidência de que elas possam causar os males que se atribuem a elas, ainda assim eles podem se esconder por trás de teorias conspiratórias sobre a “malévola indústria farmacêutica”. E, claro, quando não houver outro recurso, parte-se para um “mas essa é a minha opinião”. Eita. 

    Ao longo do progresso fantástico realizado pela humanidade durante o século 20, fomos nos esquecendo do que era a vida antes que a ciência entrasse para valer no nosso cotidiano. Sem vacinas e antibióticos, a mortalidade infantil era altíssima. Durante o século 19, ela era de 30%; a cada três crianças nascidas, uma morria antes de completar cinco anos. Na Alemanha chegava a 50%.

    Então a ciência entrou em cena, com três contribuições essenciais: a percepção de que saneamento básico era essencial para evitar infecções, o desenvolvimento dos antibióticos e a criação das vacinas. O ser humano passou milhares de anos tentando proteger sua prole com rezas, chás e superstições de todo tipo, mas o que deu certo foi entender como as doenças funcionam e combatê-las com armas eficazes.

    Ao longo do século 20, pela primeira vez na história, vimos um declínio acentuado na mortalidade infantil. Em 2015, ela era, em termos globais, de 4,3%. Ou seja, a cada cem crianças, apenas quatro morriam antes de completar 5 anos. E isso numa média tirada do mundo inteiro. No Brasil, no mesmo ano, era só de 1,7%. Na Suécia, dado de 2014, 0,3%.

    Outro tema adorado pela turma do “mas essa é a minha opinião” é a mudança climática. Pouco importa que a Nasa e quem mais for apresente fartas evidências do aquecimento global. Pouco importa que os registros de temperaturas, feitos com termômetros (pouco afeitos a ideologias), apontem que a temperatura média do planeta já subiu 0,9°C entre 1880 e 2017. Pouco importa que 17 dos 18 anos mais quentes nos 138 anos de registros tenham acontecido depois de 2001, ou que 2016 tenha sido o ano mais quente de todos os registros. O sujeito espera a primeira brisa gelada soprar para dizer “cadê o aquecimento global?”. É dramático, e se trata de um problema que está ganhando proporções cada vez maiores. Não é mais o seu primo doido no WhatsApp. É o Ministro das Relações Exteriores que atribui às medições feitas pela Agência Espacial dos Estados Unidos o status de “complô ambientalista globalista esquerdista sei-lá-mais-o-que-ista”.

O SUS gasta US$ 17 bi por ano com homeopatia, aromaterapia, bioenergética, florais – práticas com zero evidência de eficácia

    Da mesma forma, vemos o descalabro nas políticas de saúde. Basta lembrar a quantidade de dinheiro que o SUS (Sistema Único de Saúde) gasta em “práticas alternativas”, também conhecidas como “tratamentos sem qualquer evidência de eficácia”. É homeopatia, acupuntura, aromaterapia, bioenergética, cromoterapia, florais; tudo pago com dinheiro público. Em 2017, foram R$ 17,2 bilhões nisso. 

    É o tal negócio: o sujeito pode acreditar no que quiser. É direito dele. Mas ninguém pode aplicar crenças pessoais no âmbito da gestão pública. E estamos chegando num ponto em que agentes públicos se sentem à vontade para ditar políticas de acordo com premissas completamente desconectadas da realidade objetiva. Tudo não passaria de um escândalo embaraçoso, não fosse um detalhe: essas atitudes nunca tiveram tanto apoio popular.

    Como é possível? Hoje, qualquer um de nós tem mais informação disponível nas mãos, com um celular e uma conexão 4G, do que tinha o presidente dos Estados Unidos na Casa Branca nos anos 1960. É um disparate imaginar que, diante do tamanho poderio tecnológico de que dispomos, estejamos ficando, na média, cada vez mais desinformados e ignorantes. No entanto, é verdade.

    E só vamos desarmar essa arapuca se encontrarmos uma base comum de fatos objetivos com os quais todo mundo possa concordar. Essa base só pode ser uma: a ciência. E não porque ela seja moralmente ou ideologicamente superior. Mas porque ela se aceita como falível. Porque está fundamentada na dúvida, não na certeza. E a certeza inabalável, imune aos fatos, é o caminho mais curto para o retrocesso

(Adaptado de: NOGUEIRA, Salvador. Superinteressante, 3 jan. 2019. Disponível em:< https://super.abril.com.br/opiniao/o-obscurantismo-do-seculo-21/>. Acesso em: 23 fev. 2019.)

Com base no estudo apresentado por Savioli & Fiorin (2006, p. 60), “há procedimentos linguísticos que servem para demonstrar diferentes vozes no texto”. Segundo os autores, há alguns recursos que podem auxiliar na identificação dessas vozes. A respeito desses procedimentos, considere os seguintes itens:


I. Discurso indireto livre

II. Verossimilhança

III. Discurso direto

IV. Discurso indireto

V. Coesão e coerência

VI. Imitação por subversão e imitação por captação

VII. Intencionalidade e aceitabilidade


Com base nos itens apresentados, assinale a alternativa que apresenta os recursos que ilustram as ideias dos autores:

Alternativas
Q1345127 Português

Ao dissertar sobre como avaliar a textualidade, Maria da Graça Costa Val (2006, p. 17) expõe que: “Um dos pontos-chave da linguística textual é a discussão sobre o que faz de um texto um texto, isto é, em que consiste a essência de um texto, que propriedade distingue textos de não-textos.” Em face do exposto, considere os itens a seguir e julgue as alternativas que seguem:


I. A conceituação teórica, que busca estabelecer em que nível se situa e com que elementos lida a coerência, mostra-se muitas vezes fruto da análise fenomenológica, empenhada em descobrir que características usualmente apresentam os textos incoerentes.

II. Grande número de estudos recentes apontam a coerência como fator imprescindível da textualidade.

III. A coesão é entendida como a configuração conceitual subjacente e responsável pelo sentido do texto, e a coerência como sua expressão no plano linguístico.

IV. Para Charolles (1978), um texto coerente e coeso satisfaz a quatro requisitos: a repetição, a progressão, a não-contradição e a articulação. Tais requisitos são denominados pela autora de continuidade, progressão, não-contradição e articulação.

V. A continuidade é a retomada textual de elementos conceituais e informais, limitando-se a essa repetição.

VI. A progressão diz respeito à unidade; tem a ver com a retomada de elementos no decorrer do discurso.

Alternativas
Q1345128 Português

uma canção popular (séc. XIX-XX):

uma mulher incomoda

é interditada

levada para o depósito

das mulheres que incomodam

loucas louquinhas

tantãs da cabeça

ataduras banhos frios

descargas elétricas

são porcas permanentes

mas como descobrem os maridos

enriquecidos subitamente

as porcas loucas trancafiadas

são muito convenientes

interna, enterra

(FREITAS, Angélica. In Um útero é do tamanho de um punho. São Paulo: Companhia das Letras, 2017, p.15)

Leia o texto e analise as proposições que seguem:


I. O poema contemporâneo de Angélica Freitas deixa de expressar e representar a mulher idealizada como no Romantismo. Ao contrário, a contemporaneidade sugere uma outra perspectiva sobre a imagem da mulher do século XIX. Não a dos romances românticos em que eram heroínas ou mocinhas, mas de vítimas de um sistema patriarcal que as calava e as escondia quando necessário. A interdição era um dos recursos que alguns maridos utilizavam para se livrarem das esposas incômodas. Pelo título do poema, percebe-se que esse comportamento perdurou também ao longo do século XX, já que se trata de uma “canção popular”.

II. Do ponto de vista do estilo e da relação deste com o sentido, esse poema caracteriza-se pelo recurso intensivo às figuras de linguagem, com predomínio dos oximoros sobre as antíteses – o que potencializa o teor simbólico do texto.

III. No poema de Angélica Freitas, o trocadilho final “interna, enterra” explora a proximidade entre o sentido e a sonoridade. Esse fecho estabelece uma analogia entre o ato de internar ao ato de matar. Trancafiar a mulher em um hospício seria uma forma de adquirir a sua riqueza – “enriquecidos subitamente” - e não ter a obrigação de suportá-la – “as porcas loucas trancafiadas/são muito convenientes”.

IV. A escritora exacerba a figuração do interior das mulheres do século XIX e XX por meio do fluxo de consciência. Dessa forma, promove intensa análise psicológica, permitindo aos leitores uma catarse que se alinha a um projeto de educação contemporânea feminista.

V. A presença da metalinguagem, observada na segunda estrofe, somada à adoção da oralidade, presente na 3ª estrofe, conduzem à conclusão de que se trata de um texto neomodernista da 3ª geração.


Diante das proposições, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Q1345129 Português

Canto III – Esquece

Todo camburão tem um pouco de navio negreiro

Marcelo Yuka

    Violência é carrão parar em cima do pé da gente e fechar a janela de vidro fumê e a gente nem ter a chance de ver a cara do palhaço de gravata para não perder a hora ele olha o tempo perdido no rolex dourado.

    Violência é a gente naquele sol e o cara dentro do ar condicionado uma duas três horas quatro esperando uma melhor oportunidade de a gente enfiar o revólver na cara do cara plac.

    Violência é ele ficar assustado porque a gente é negro ou porque a gente chega assim nervoso a ponto de bala cuspindo gritando que ele passe a carteira o relógio enquanto as bocas buzinam desesperadas.

    Violência são essas buzinadas e essa fumaça e o trânsito parado e o outro carro que não entende que se dependesse da gente o roubo não demoraria essa eternidade atrapalhando o movimento da cidade.

    Violência é você pensar que tudo deu certo e nada deu certo porque quando você vê tem um policial ali perto querendo salvar o patrimônio do bacana apontando para a nossa cabeça um 38 e o outro 38 à paisana.

    Violência é acabarem com a nossa esperança de chegar lá no barraco e beijar as crianças e ligar a televisão e ver aquela mesma discussão ladrão que rouba ladrão a aprovação do mínimo ficou para a próxima semana.

    Violência é a gente ficar com a mão levantada cabeça baixa em frente à multidão e depois entrar no camburão roxo de humilhação e pancada e chegar na delegacia e o cara puxar a nossa ficha corrida e dizer que vai acabar outra vez com a nossa vida.

    Violência é a gente receber tapa na cara e na bunda quando socam a gente naquela cela imunda cheia de gente e mais gente e mais gente e mais gente pensando como seria bom ter um carrão do ano e aquele relógio rolex mas isso fica para depois uma outra hora. Esquece.

(FREIRE, Marcelino. In Contos negreiros. Rio de Janeiro: Record, 2015, p.31 -33.)

Sobre o Canto III - Esquece, de Marcelino Freire, é correto afirmar que:
Alternativas
Q1345130 Português

Com relação à obra Formação da Literatura Brasileira, de Antônio Cândido, julgue as seguintes afirmativas:


I. Em suma, importa no estudo da literatura o que o texto exprime. A pesquisa da vida do autor e do momento histórico vale menos para estabelecer uma verdade documentária, comumente inútil, do que para ver se nas condições do meio e na biografia há elementos que esclareçam a realidade elevada do texto, por vezes uma grande mentira, segundo os padrões usuais.

II. A literatura não é um conjunto de obras, e sim de fatores e de autores. O texto literário é a integração de elementos sociais e psíquicos, estes devem ser usados com parcimônia para interpretá-lo, uma vez que se deve optar por modelos mais racionais e tecnicistas para que o estudo do texto literário seja aceito pela comunidade acadêmica.

III. O momento decisivo em que as manifestações literárias vão adquirir, no Brasil, características orgânicas de um sistema, é marcado por três correntes principais: o Quinhentismo, a Literatura de Informação e o Barroco.

IV. Perante o estudo de uma obra literária, há vários níveis possíveis de compreensão, de acordo com o ponto de vista em que o estudioso se situa. Para começar, leva em consideração os fatores externos, que a vinculam ao tempo e se podem resumir na designação de fatores sociais; em seguida, o fator individual, isto é, o autor, o homem que a mentalizou e a materializou, e está presente no resultado; por fim, este resultado, o texto, contendo os elementos anteriores e outros, específicos, que os elevam e não se deixam reduzir a eles.

V. O Neoclassicismo, a Ilustração e o Arcadismo são sinônimos, pois referem-se ao conjunto de tendências ideológicas próprias do século XVII, de fonte alemã e francesa.


Diante das proposições, assinale a afirmativa correta:

Alternativas
Q1345131 Inglês

What is a Programming Algorithm?

So, what is a programming algorithm? You can think of a programming algorithm as a recipe that describes the exact steps needed for the computer to solve a problem or reach a goal. We've all seen food recipes - they list the ingredients needed and a set of steps for how to make the described meal. Well, an algorithm is just like that. In computer lingo, the word for a recipe is a procedure, and the ingredients are called inputs. Your computer looks at your procedure, follows it to the letter, and you get to see the results, which are called outputs. A programming algorithm describes how to do something, and your computer will do it exactly that way every time. Well, it will once you convert your algorithm into a language it understands! However, it's important to note that a programming algorithm is not computer code. It's written in simple English (or whatever the programmer speaks). It doesn't beat around the bush--it has a start, a middle, and an end. In fact, you will probably label the first step 'start' and the last step 'end.' It includes only what you need to carry out the task. It does not include anything unclear, often called ambiguous in computer lingo, that someone reading it might wonder about. It always leads to a solution and tries to be the most efficient solution we can think up. It's often a good idea to number the steps, but you don't have to. Instead of numbered steps, some folks use indentation and write in pseudocode, which is a semiprogramming language used to describe the steps in an algorithm. But, we won't use that here since simplicity is the main thing.

Adapted from: http://study.com/academy/lesson/what-is-an-algorithm-in-programming-definition-examples-analysis.html. Acesso em 28 de fevereiro de 2019. 

According to the text, lingo and think up are closest in meaning to:
Alternativas
Q1345132 Inglês

What is a Programming Algorithm?

So, what is a programming algorithm? You can think of a programming algorithm as a recipe that describes the exact steps needed for the computer to solve a problem or reach a goal. We've all seen food recipes - they list the ingredients needed and a set of steps for how to make the described meal. Well, an algorithm is just like that. In computer lingo, the word for a recipe is a procedure, and the ingredients are called inputs. Your computer looks at your procedure, follows it to the letter, and you get to see the results, which are called outputs. A programming algorithm describes how to do something, and your computer will do it exactly that way every time. Well, it will once you convert your algorithm into a language it understands! However, it's important to note that a programming algorithm is not computer code. It's written in simple English (or whatever the programmer speaks). It doesn't beat around the bush--it has a start, a middle, and an end. In fact, you will probably label the first step 'start' and the last step 'end.' It includes only what you need to carry out the task. It does not include anything unclear, often called ambiguous in computer lingo, that someone reading it might wonder about. It always leads to a solution and tries to be the most efficient solution we can think up. It's often a good idea to number the steps, but you don't have to. Instead of numbered steps, some folks use indentation and write in pseudocode, which is a semiprogramming language used to describe the steps in an algorithm. But, we won't use that here since simplicity is the main thing.

Adapted from: http://study.com/academy/lesson/what-is-an-algorithm-in-programming-definition-examples-analysis.html. Acesso em 28 de fevereiro de 2019. 

Segundo o texto, a implementação de algoritmos pode ser comparada a:
Alternativas
Q1345133 Inglês

Read the text below.

(CNN) US Secretary of State Mike Pompeo has denounced President Nicolas Maduro's obstruction of aid deliveries to Venezuela as the actions of a "sick tyrant." 

At the call of opposition leader and the nation's selfdeclared interim president, Juan Guaido, foreign aid has been shipped to Venezuela in response to worsening food and medicine shortages.

Maduro, who has been in a standoff with Guaido for the presidency, denies that a humanitarian crisis exists in Venezuela and suggests that aid efforts are part of a US plot to orchestrate a coup.

After Guaido named Saturday as the deadline for the aid to cross the border, Maduro vowed to stop the supplies from coming into the country. At a large rally in Caracas on Saturday, he dared the opposition to call for elections and called Guaido a "clown" and a "US puppet."

Trucks carrying supplies were blocked at most spots Saturday. Witnesses said two trucks were set ablaze while attempting to cross into Venezuela from Colombia.

Witnesses who spoke to CNN said the trucks went up in flames as Venezuelan troops loyal to Maduro prevented the vehicles from crossing the border. CNN cannot independently confirm the incident or the circumstances of how the two trucks were set on fire. National Assembly Representative and Guaido supporter Adriana Pichardo told CNN that at least five people were also killed in clashes with Venezuelan security forces on Saturday. CNN cannot independently confirm the number of fatalities.

Adapted from: https://edition.cnn.com/2019/02/24/americas/venezuela-pompeo-maduro-colombia/index.html. Acesso em: 24 de fevereiro de 2019. 

According to the text, the words vowed and prevented can be replaced by:
Alternativas
Q1345134 Inglês

Hutchinson and Waters (1991) point out that English for Specific Purposes (ESP) emerged from three common reasons. One of them is related to the changes in the aim of linguistics, considering the variation from one language situation of use to another. Besides that, the expansion of technology and commerce after World War II, especially in the United States, explains why English became a necessity.

Mark the alternative that is related to the third reason why ESP became popular worldwide:

Alternativas
Q1345135 Inglês

3 Tech Trends to watch in 2019

By Amy Webb

    It’s been a tumultuous year. Once-venerated companies found their stock trading below a dollar. Tweets rattled investor confidence. If 2018 has taught us anything, it’s that chaos is the new normal, and that it’s time to get smarter about anticipating change. But it also revealed an unsettling truth: We simply aren’t paying enough attention to meaningful signals in the present, and that’s why we’ve been caught in this constant cycle of surprise.

To understand the future of one thing, you must consider the future of many things. Otherwise, you’re essentially looking at the world through a pinhole.

    This is especially true when it comes to technology’s influence on the economy. In the coming year, we will see tantalizing advancements in a host of emerging technologies—artificial intelligence, smart devices, space travel, genomic editing, electric vehicles, and automated hacking tools—that will move further from the fringe into the mainstream. As these technologies begin to converge, we’ll start to see acceleration. This is why pharmaceuticals must closely track developments in deep learning, and big agriculture should keep a close eye on CRISPR experiments in China. AI will help researchers develop precision medicine techniques, while gene editing could yield new crops that don’t require pesticides.

    My approach is to intentionally look for weak signals and emerging trends across different areas, to find meaningful connections. Here are three tech trends on my radar for 2019.


This is the beginning of the end of smartphones

    Globally, smartphone shipments are in decline. Apple will no longer report sales numbers for any of its hardware products, including iPhones—it’s a clear signal about what’s on the mid-horizon. And even as new form factors enter the consumer marketplace next year—you’ll see dual-sided phones and models with foldable screens—the functionality isn’t improving fast enough to merit tossing out existing phones for new ones. In the next ten years, we will transition from just one phone that we carry to a suite of next-gen communication devices, which we will wear and command using voice, gesture, and touch.


5G will be deployed at scale

    The fifth generation of wireless technology will, at last, power up—but not where you’re expecting. While local governments continue to fight over incentives, private companies will ditch WiFi for 5G, which will shorten transmission latency from 30 milliseconds to just a single millisecond, allowing essentially instantaneous connectivity between devices on a network. Unlike WiFi, a private 5G network can be built to prioritize certain data transmissions over others. In practice, this means that heavy manufacturing companies and utilities can finally take advantage of the Internet of Things and begin to automate more of their core processes using robots. It also signals a massive emerging market for all of the components, devices, and consulting services that will soon be required.


Data regulation is coming, and it won’t be pretty

    From ongoing privacy and security debacles at Facebook to how much influence Google and Amazon wield in our everyday lives, big tech will face a reckoning, one that will likely affect every single company mining, refining and storing our digital data. In the U.S., a newly Democratic House, joined by key senate members, will consider some important questions: Who should be the ultimate gate-keepers of our digital data? What role should automated decision-making play in our everyday lives? How can a publicly traded company serve both its shareholders and the broader interests of democratic society?

    Policy-makers are not prepared to deal with new challenges that arise from emerging science and technology, and the relationship between our big tech titans and governments continues to be transactional at best. As a result, we are likely to see proposed regulations, rules, and legislation that are either too restrictive or don’t acknowledge that science and tech are in constant motion. It’s unlikely that sweeping new rules, like the E.U.’s General Data Protection Regulation, would pass in the U.S. Even so, going through the process will prove a serious distraction for big tech companies.

    The best strategic positioning for 2019 is simple: think exponentially but act incrementally. You’re going to need to get comfortable with uncertainty. Broaden your thinking, look for intersecting vectors of change and figure out ways to make incremental decisions as often as possible.

    Amy Webb is a professor of strategic foresight at the NYU Stern School of Business and author of The Big Nine: How Today’s Tech Titans and their Thinking Machines Could Warp Humanity.

(Fonte: https://www.barrons.com/articles/technology-trends-2019- 51546007213. Acesso em 28/02/2019)

Mark the alternative that best corresponds to the main idea of the text:
Alternativas
Q1345136 Inglês

3 Tech Trends to watch in 2019

By Amy Webb

    It’s been a tumultuous year. Once-venerated companies found their stock trading below a dollar. Tweets rattled investor confidence. If 2018 has taught us anything, it’s that chaos is the new normal, and that it’s time to get smarter about anticipating change. But it also revealed an unsettling truth: We simply aren’t paying enough attention to meaningful signals in the present, and that’s why we’ve been caught in this constant cycle of surprise.

To understand the future of one thing, you must consider the future of many things. Otherwise, you’re essentially looking at the world through a pinhole.

    This is especially true when it comes to technology’s influence on the economy. In the coming year, we will see tantalizing advancements in a host of emerging technologies—artificial intelligence, smart devices, space travel, genomic editing, electric vehicles, and automated hacking tools—that will move further from the fringe into the mainstream. As these technologies begin to converge, we’ll start to see acceleration. This is why pharmaceuticals must closely track developments in deep learning, and big agriculture should keep a close eye on CRISPR experiments in China. AI will help researchers develop precision medicine techniques, while gene editing could yield new crops that don’t require pesticides.

    My approach is to intentionally look for weak signals and emerging trends across different areas, to find meaningful connections. Here are three tech trends on my radar for 2019.


This is the beginning of the end of smartphones

    Globally, smartphone shipments are in decline. Apple will no longer report sales numbers for any of its hardware products, including iPhones—it’s a clear signal about what’s on the mid-horizon. And even as new form factors enter the consumer marketplace next year—you’ll see dual-sided phones and models with foldable screens—the functionality isn’t improving fast enough to merit tossing out existing phones for new ones. In the next ten years, we will transition from just one phone that we carry to a suite of next-gen communication devices, which we will wear and command using voice, gesture, and touch.


5G will be deployed at scale

    The fifth generation of wireless technology will, at last, power up—but not where you’re expecting. While local governments continue to fight over incentives, private companies will ditch WiFi for 5G, which will shorten transmission latency from 30 milliseconds to just a single millisecond, allowing essentially instantaneous connectivity between devices on a network. Unlike WiFi, a private 5G network can be built to prioritize certain data transmissions over others. In practice, this means that heavy manufacturing companies and utilities can finally take advantage of the Internet of Things and begin to automate more of their core processes using robots. It also signals a massive emerging market for all of the components, devices, and consulting services that will soon be required.


Data regulation is coming, and it won’t be pretty

    From ongoing privacy and security debacles at Facebook to how much influence Google and Amazon wield in our everyday lives, big tech will face a reckoning, one that will likely affect every single company mining, refining and storing our digital data. In the U.S., a newly Democratic House, joined by key senate members, will consider some important questions: Who should be the ultimate gate-keepers of our digital data? What role should automated decision-making play in our everyday lives? How can a publicly traded company serve both its shareholders and the broader interests of democratic society?

    Policy-makers are not prepared to deal with new challenges that arise from emerging science and technology, and the relationship between our big tech titans and governments continues to be transactional at best. As a result, we are likely to see proposed regulations, rules, and legislation that are either too restrictive or don’t acknowledge that science and tech are in constant motion. It’s unlikely that sweeping new rules, like the E.U.’s General Data Protection Regulation, would pass in the U.S. Even so, going through the process will prove a serious distraction for big tech companies.

    The best strategic positioning for 2019 is simple: think exponentially but act incrementally. You’re going to need to get comfortable with uncertainty. Broaden your thinking, look for intersecting vectors of change and figure out ways to make incremental decisions as often as possible.

    Amy Webb is a professor of strategic foresight at the NYU Stern School of Business and author of The Big Nine: How Today’s Tech Titans and their Thinking Machines Could Warp Humanity.

(Fonte: https://www.barrons.com/articles/technology-trends-2019- 51546007213. Acesso em 28/02/2019)

Working with contextual reference is a useful strategy when approaching texts in English. Consider the following pronouns and mark the alternative that corresponds to what they refer to, respectively:


I. their (first paragraph).

II. this (second paragraph).

III. its (fourth paragraph).

IV. it (fifth paragraph).

Alternativas
Q1345137 Inglês

Literary texts can be used in classrooms as important sources for language learning. However, literature should not be presented only in order to highlight grammar structures or vocabulary, since literary texts, as social constructions, besides motivating students can also provide them with cultural knowledge and the experience of otherness. Literature through universal themes can develop empathy, creative thinking and sensitivity.

When introducing literary literacy as the appropriation of the text in its social use, Cosson (2012) develops a basic didactic sequence to approach literature in the classroom. Mark the alternative that corresponds to the steps of this didactic sequence in the order presented by the author.

Alternativas
Q1345138 Inglês
After going through several classifications proposed by learning strategies and personal observations, Menezes (2004) identified specific strategies used to learn vocabulary. These strategies are organized in four groups: metacognitive, cognitive, social and communication. Considering the author’s understanding, read the examples of strategies used by some students and mark the alternative that corresponds to a cognitive strategy.
Alternativas
Q1345139 Inglês

Kumaravadivelu (2001) points out that what is known as method has not been enough to fulfill language learning needs. Methods have been used as a set of practices designed by specialists in order to make language acquisition happen. However, according to Kumaravadivelu, studies have shown that the use of these sets of practices may have the opposite effect, since they do not seem to consider students’ context, which prevents learning from being meaningful. For the author, a postmethod pedagogy has emerged from studies that focus on teachers’ beliefs, reasoning and cognition. This postmethod condition is, therefore, a three-dimensional system consisting of three parameters.

Read the examples of practices below and mark the alternative that respectively corresponds to the three parameters that form the postmethod pedagogy system as described by Kumaravadivelu:


I. Teachers are able to theorize from their own practice, developing knowledge and skills.

II. Teachers identify problems, find solutions and go through a cycle of observation, reflection and action.

III. Teachers consider experiences brought to the classroom and provide an environment where linguistic and social needs are considered.

Alternativas
Q1345140 Inglês

Read the extract of a text written by a student. The proposal was to write a letter of complaint to the manager of a store where the student, as a client, had a problem when he bought something online. The teacher explained the task and highlighted that students were supposed to come up with a situation, explaining what happened exactly and how they would like the situation to be solved. One of the criteria for correction was grammar accuracy, since the letter is supposed to be formal:

(…) To my surprise, when I opened the box, I realized that it did not contain the cell phone I had purchased. I had already bought other items from Luke’s and I had never had any problems before. I was really anxious for my new cell phone and I just could not believe it. Though, I write this letter to inform you about what happened and to ask you for a refund or for the correct item. I called the store, but nobody could offer me a solution. People were a bit rude and I felt very disappointed. Never before had I been treated that way, which is why I also ask for a retraction.

I am aware of the good quality of the products you sell. I have been a client for about 5 years. I hope this situation can be solved soon.

Looking forward to hearing from you,

Yours sincerely,

(…)

Mark the alternative that corresponds to a grammar inaccuracy, considering the context of the letter.
Alternativas
Q1345141 Inglês

Pete is talking to his English teacher about the strategies he has been using to study at home. He seems to have forgotten the phrasal verbs he was studying and trying to use during this conversation in order to impress the teacher. Read an extract of their dialogue: 

(…)

(Pete) – Phrasal verbs are so difficult! Well, I have been studying really, really hard. I have to learn so many things before the tests. There are some things I have been doing… For example, I try to… to…

memorize the expressions by reading them out loud several times a day.

(Teacher) – What else have you been doing that you consider effective?

(Pete) – I try to use the expressions and new words in stories… but often times they don’t… they don’t… make sense.

(Teacher) – There’s a phrasal verb for that.

(Pete) – I can’t remember it! I have to understand how I learn better…

(Teacher) – Maybe you are exaggerating a bit.

(Pete) – I am not. I have problems… reaching the same level of my classmates.

(Teacher) – I don’t agree with you, but if you feel you need to improve, we can talk about this later.

(Pete) – That would be great! Thank you!

If Pete had remembered the phrasal verbs he wanted to use in the conversation with his teacher in order to replace the expressions in bold, they would have followed this order:
Alternativas
Respostas
1: C
2: D
3: B
4: A
5: B
6: A
7: D
8: B
9: C
10: X
11: E
12: E
13: A
14: D
15: B
16: E
17: A
18: C
19: D
20: E