Questões de Concurso Público IF-PE 2019 para Técnico em Laboratório - Artes Visuais

Foram encontradas 33 questões

Q1036895 Português
Leia o TEXTO 2 para responder à questão.

TEXTO 2


caetanoveloso João Gilberto foi o maior artista com que minha alma entrou em contato. Antes de completar 18 anos, aprendi com ele tudo sobre o que eu já conhecia e como conhecer tudo o que estivesse por surgir. Com sua voz e seu violão, ele refez a função da fala e a história do instrumento. Pôs em perspectiva todos os livros que eu já tinha lido, todos os poemas, todos os quadros, todos os filmes que eu já tinha visto. Não apenas todas as canções que ouvi. E foi com essa lente, esse filtro, esse sistema sonoro que eu passei a ler, ver e ouvir. Aos 88 anos, com aspecto de quem não viveria mais muito tempo, João morrer é acontecimento assustador. Orlando Silva, Ciro Monteiro, Jackson do Pandeiro, Ary, Caymmi, Wilson Batista e Geraldo Pereira não teriam sido o que são não fosse por João Gilberto. Tampouco Lyra, Menescal e Tom Jobim. Ou os que vieram depois. E os que virão. O Hino Nacional não seria o mesmo. O mundo não existiria. Sobretudo não existiria para o Brasil. Que era uma região ensimesmada e descrente da vida real fora de suas fronteiras. João furou a casca. O samba não seria samba sem Beth Carvalho cantando “Chega de Saudade”. A música não seria música sem a teimosia de João. Ele foi uma iluminação mística. Nenhum aspecto do mundo que ele sempre tocou tão rente pode ameaçar a grandeza da verdade de sua arte. E isso era sua pessoa. É sua pessoa, em todos os sons gravados em matéria ou na minha memória.

1. Em SP, na inauguração do Credicard Hall em 1999.
2. Caetano e João – Buenos Aires, em 1999.
3. Caetano, João e Gal | No estúdio da Tupi, em 71.
4. Turnê na Europa, com @zecaveloso e Luana Costa.
5. Em 1990, durante o festival Internacional de Jazz na França.

#CaetanoVeloso #JoãoGilberto #RIPJoaoGilberto #ChegaDeSaudade

VELOSO, Caetano. Texto do Instagram, Rio de janeiro, 7 jul. 2019. Instagram: caetanoveloso. Disponível em: https://www.instagram.com/p/BznikdLlgke/. Acesso em: 7 jul. 2019.
Ao afirmar: “João furou a casca.”, Caetano se refere à(ao)
Alternativas
Q1036896 Português
Leia o TEXTO 2 para responder à questão.

TEXTO 2


caetanoveloso João Gilberto foi o maior artista com que minha alma entrou em contato. Antes de completar 18 anos, aprendi com ele tudo sobre o que eu já conhecia e como conhecer tudo o que estivesse por surgir. Com sua voz e seu violão, ele refez a função da fala e a história do instrumento. Pôs em perspectiva todos os livros que eu já tinha lido, todos os poemas, todos os quadros, todos os filmes que eu já tinha visto. Não apenas todas as canções que ouvi. E foi com essa lente, esse filtro, esse sistema sonoro que eu passei a ler, ver e ouvir. Aos 88 anos, com aspecto de quem não viveria mais muito tempo, João morrer é acontecimento assustador. Orlando Silva, Ciro Monteiro, Jackson do Pandeiro, Ary, Caymmi, Wilson Batista e Geraldo Pereira não teriam sido o que são não fosse por João Gilberto. Tampouco Lyra, Menescal e Tom Jobim. Ou os que vieram depois. E os que virão. O Hino Nacional não seria o mesmo. O mundo não existiria. Sobretudo não existiria para o Brasil. Que era uma região ensimesmada e descrente da vida real fora de suas fronteiras. João furou a casca. O samba não seria samba sem Beth Carvalho cantando “Chega de Saudade”. A música não seria música sem a teimosia de João. Ele foi uma iluminação mística. Nenhum aspecto do mundo que ele sempre tocou tão rente pode ameaçar a grandeza da verdade de sua arte. E isso era sua pessoa. É sua pessoa, em todos os sons gravados em matéria ou na minha memória.

1. Em SP, na inauguração do Credicard Hall em 1999.
2. Caetano e João – Buenos Aires, em 1999.
3. Caetano, João e Gal | No estúdio da Tupi, em 71.
4. Turnê na Europa, com @zecaveloso e Luana Costa.
5. Em 1990, durante o festival Internacional de Jazz na França.

#CaetanoVeloso #JoãoGilberto #RIPJoaoGilberto #ChegaDeSaudade

VELOSO, Caetano. Texto do Instagram, Rio de janeiro, 7 jul. 2019. Instagram: caetanoveloso. Disponível em: https://www.instagram.com/p/BznikdLlgke/. Acesso em: 7 jul. 2019.
Releia: “Nenhum aspecto do mundo que ele sempre tocou tão rente pode ameaçar a grandeza da verdade de sua arte.”. Nesse trecho e nesse contexto, considerando o fato de “ele” fazer referência a um cantor e compositor, Caetano brincou com a polissemia, ou seja, com sentidos possíveis da palavra
Alternativas
Q1056175 Artes Visuais

Leia o TEXTO 3 e o TEXTO 4 para responder a questão.

TEXTO 3

TEXTO 4

A AMBIÇÃO DO DESENHO


Desenhos inconformados. É isso que nos mostra a presente exposição de Kilian Glasner na Galeria Marcantonio Vilaça. Se, por um lado, estamos diante de trabalhos realizados em meios tão diversos como a fotografia, o desenho, o vídeo e a intervenção direta no espaço, ouso dizer que estamos sempre diante de desenhos. Obras construídas por luzes e sombras, contornos, linhas, pelo gesto marcado do artista, pela (des)construção de espaço, de uma paisagem. Desenhos que, no entanto, não se rendem à condição planar, que desejam ganhar o espaço tridimensional e para tanto abusam da perspectiva, essa técnica que remonta ao Renascimento, idade de ouro para a cultura ocidental. Mas, a perspectiva tradicional, ela mesma, mostra-se insuficiente. Os desenhos querem mais, querem incorporar o espaço real, do mundo da vida, onde se desenrolam acontecimentos cotidianos: a chuva, o pássaro que cruza o céu, a árvore a que o vento faz tremular.

RIVITTI, Thais. A ambição do desenho. Recife: Instituto Cultural Banco Real, 2009. Adaptado

Na obra Sem título (da série Rua do Futuro), o artista recifense Kilian Glasner utiliza o desenho para construir sua narrativa visual. Com base na interpretação dos TEXTOS 3 e 4, é CORRETO afirmar que:
Alternativas
Q1056176 Artes Visuais

Leia o TEXTO 3 e o TEXTO 4 para responder a questão.

TEXTO 3

TEXTO 4

A AMBIÇÃO DO DESENHO


Desenhos inconformados. É isso que nos mostra a presente exposição de Kilian Glasner na Galeria Marcantonio Vilaça. Se, por um lado, estamos diante de trabalhos realizados em meios tão diversos como a fotografia, o desenho, o vídeo e a intervenção direta no espaço, ouso dizer que estamos sempre diante de desenhos. Obras construídas por luzes e sombras, contornos, linhas, pelo gesto marcado do artista, pela (des)construção de espaço, de uma paisagem. Desenhos que, no entanto, não se rendem à condição planar, que desejam ganhar o espaço tridimensional e para tanto abusam da perspectiva, essa técnica que remonta ao Renascimento, idade de ouro para a cultura ocidental. Mas, a perspectiva tradicional, ela mesma, mostra-se insuficiente. Os desenhos querem mais, querem incorporar o espaço real, do mundo da vida, onde se desenrolam acontecimentos cotidianos: a chuva, o pássaro que cruza o céu, a árvore a que o vento faz tremular.

RIVITTI, Thais. A ambição do desenho. Recife: Instituto Cultural Banco Real, 2009. Adaptado

No trecho “Os desenhos querem mais, querem incorporar o espaço real, do mundo da vida, onde se desenrolam acontecimentos cotidianos: a chuva, o pássaro que cruza o céu, a árvore a que o vento faz tremular”, a autora dá pistas de que parte da produção artística de Kilian Glasner se aproxima de um conceito presente na arte contemporânea denominado site specific, que:
I. representa produções artísticas vinculadas, prioritariamente, aos espaços onde serão produzidas. II. estabelece uma relação direta com a land art, que, por sua vez, faz do ambiente natural o locus da produção de arte. III. pode se relacionar com produções artísticas classificadas como instalações. IV. faz uso de materiais apenas encontrados nos lugares onde os trabalhos serão realizados. V. não leva em conta o posicionamento ativo dos espectadores, aprisionando-os em lugares específicos, orientando a leitura da obra.
Estão CORRETAS, apenas, as afirmações
Alternativas
Q1056177 Artes Visuais

Leia o TEXTO 3 e o TEXTO 4 para responder a questão.

TEXTO 3

TEXTO 4

A AMBIÇÃO DO DESENHO


Desenhos inconformados. É isso que nos mostra a presente exposição de Kilian Glasner na Galeria Marcantonio Vilaça. Se, por um lado, estamos diante de trabalhos realizados em meios tão diversos como a fotografia, o desenho, o vídeo e a intervenção direta no espaço, ouso dizer que estamos sempre diante de desenhos. Obras construídas por luzes e sombras, contornos, linhas, pelo gesto marcado do artista, pela (des)construção de espaço, de uma paisagem. Desenhos que, no entanto, não se rendem à condição planar, que desejam ganhar o espaço tridimensional e para tanto abusam da perspectiva, essa técnica que remonta ao Renascimento, idade de ouro para a cultura ocidental. Mas, a perspectiva tradicional, ela mesma, mostra-se insuficiente. Os desenhos querem mais, querem incorporar o espaço real, do mundo da vida, onde se desenrolam acontecimentos cotidianos: a chuva, o pássaro que cruza o céu, a árvore a que o vento faz tremular.

RIVITTI, Thais. A ambição do desenho. Recife: Instituto Cultural Banco Real, 2009. Adaptado

Considerando o que é possível perceber das especificidades técnicas do trabalho de Kilian Glasner, podemos afirmar que:
Alternativas
Respostas
6: B
7: A
8: A
9: B
10: D