Questões de Concurso Público IF-SP 2019 para Letras: Português e Espanhol

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Q1007237 Português

Ainda sei da fala e sei da lavra

e sei das pedras nas palavras áspedras.

E sei que o leito da linguagem leixa

pedregulhos na letra.

É como o logro

da poeira na louça ou como o lixo

nos baldios do livro.

Ainda sei da língua e sei da linha

do luxo e suas luvas, amaciando

os calos e os dedais.

E sei da fala

E do ato de lavrá-la na falavra.

(TELES, Gilberto Mendonça. Poemas reunidos. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979).


Ao estudar a estilística morfológica, Martins (2000) defende que os aspectos morfológicos da língua são importantes para a linguagem expressiva. Segundo ela, a ideia de que vocábulos que não se incorporam na língua não têm interesse estilístico é bem discutível, já que, por um lado, não se pode antever o seu destino e, por outro lado, eles evidenciam as potencialidades dos processos de renovação do léxico e dos elementos formadores (lexemas e morfemas).


Entre os diversos processos estudados por Martins, essenciais aos recursos expressivos estilístico-lexicais, o poeta Gilberto Mendonça Teles serviu-se da

Alternativas
Q1007238 Português

Marcuschi assume que, de acordo com as diferentes posições existentes, pode-se ver a língua:

i) como forma ou estrutura – um sistema de regras que defende a autonomia do sistema diante das condições de produção;

ii) como instrumento – transmissor de informações, sistema de codificação;

iii) como atividade cognitiva – ato de criação e expressão do pensamento típica da espécie humana;

iv) como atividade sociointerativa situada – a perspectiva sociointeracionista relaciona os aspectos históricos e discursivos.

(adaptado de: MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Cortez, 2008).


Considerando as diferentes correntes apresentadas por Marcuschi, assinale aquela que representa a concepção de língua como atividade sociointerativa:

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Q1007239 Português

No poemeto “I-Juca Pirama”, a crítica unânime tem admirado a ductibilidade dos ritmos que vão recortando os vários momentos da narração. Amplo e distendido nos cenários (...). Ondeante nos episódios em que se movem grupos humanos (...). Martelado nas tiradas de coragem, até o emprego do anepesto nas apóstrofes célebres da maldição.

(BOSI, A. História concisa da literatura brasileira. 35. ed. São Paulo: Cultrix, 1994).


Trecho 1

Tu choraste em presença da morte?

Na presença de estranhos choraste?

Não descende o cobarde do forte;

Pois choraste, meu filho não és!

Possas tu, descendente maldito

De uma tribo de nobres guerreiros,

Implorando cruéis forasteiros,

Seres presa de via Aimorés.


Trecho 2

Não vil, não ignavo,

Mas forte, mas bravo,

Serei vosso escravo:

Aqui virei ter.

Guerreiros, não coro

Do pranto que choro:

Se a vida deploro,

Também sei morrer.

(...)

(DIAS, G. Gonçalves Dias: poesias e prosa completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008).

Alfredo Bosi, em sua leitura do poema indianista I-Juca Pirama, ressalta as qualidades rítmicas dos versos de Gonçalves Dias. Considerando os trechos extraídos do poema, podemos afirmar, com base nas observações de Bosi, que:

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Q1007240 Português

“Ler, escrever e refletir sobre a língua. Essas três tarefas – que no fundo são uma só: desenvolver o letramento – constituem toda a missão da escola no que diz respeito à educação em língua materna. Não há tempo a perder com outras práticas que já se comprovaram absolutamente irrelevantes e inúteis para se cumprir essa missão”

(BAGNO, M. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2013).


De acordo com o excerto acima, há práticas pedagógicas que se mostraram ineficazes para a educação em língua materna, ou seja, que não levam a desenvolver a leitura, escrita e reflexão sobre a língua. Assinale a alternativa que apresenta atividades dessa natureza.

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Q1007241 Português

“Se, para tentar e intimidar, o destinador oferece valores que ele acredita desejados ou temidos pelo destinatário, para seduzir e provocar, o destinador apresenta imagens positivas ou negativas do destinatário, de sua competência. Nesses casos, para manter ou para evitar a imagem que o outro faz dele, o destinatário realizará o que lhe é proposto (...)”.

(BARROS, D. L. P. Estudos do discurso. In: FIORIN, J. L. (Org.). Introdução à linguística II: princípios de análise. 4. ed. 2a reimpressão. São Paulo: Contexto, 2008).


A partir do trecho citado e considerando a noção de manipulação no âmbito dos estudos de semiótica, indique a frase em que a estratégia utilizada é a sedução.

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Q1007242 Português

«Olá, guardador de rebanhos,

Aí à beira da estrada,

Que te diz o vento que passa?»


«Que é vento, e que passa,

E que já passou antes,

E que passará depois.

E a ti o que te diz?»


«Muita coisa mais do que isso,

Fala-me de muitas outras coisas.

De memórias e de saudades

E de coisas que nunca foram.»


«Nunca ouviste passar o vento.

O vento só fala do vento.

O que lhe ouviste foi mentira,

E a mentira está em ti.»

(PESSOA, F. O eu profundo e outros eus: antologia poética. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980).


“Com efeito, os heterônimos são, pode dizer-se, uma invenção nova na história da poesia europeia, embora no desenvolvimento de uma tendência antiga. Podemos talvez compreendê-la supondo que cada heterônimo corresponde a um ciclo de atitudes como que experimentais. O heterônimo Alberto Caeiro reage em verso prosaicamente livre contra o transcendentalismo saudosista, mostrando que ’o único sentido oculto das coisas / é elas não terem sentido oculto nenhum‘, e contra o farisaísmo, então concorrentemente jacobino e devoto, da poesia compassiva sentimental”.

(SARAIVA, A. J.; LOPES, Ó. História da literatura portuguesa. 26. ed. Porto: Porto Editora, 1996).


O poema de Fernando Pessoa, excerto de O guardador de rebanhos, vincula-se ao heterônimo Alberto Caeiro e estrutura-se em forma de diálogo entre dois sujeitos com percepções distintas sobre o vento. Considerando o trecho citado de Saraiva e Lopes em História da literatura portuguesa, a oposição entre as vozes que realizam o diálogo no texto de Pessoa-Caeiro relaciona-se:

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Q1010708 Português

Em síntese: existe uma linguagem verbal, linguagem de sons que veiculam conceitos e que se articulam no aparelho fonador, sons estes que, no Ocidente, receberam uma tradução visual alfabética (linguagem escrita), mas existe simultaneamente uma enorme variedade de outras linguagens que também se constituem em sistemas sociais e históricos de representação do mundo. Portanto, quando dizemos linguagem, queremos nos referir a uma gama incrivelmente intrincada de formas sociais de comunicação e de significação.

(SANTAELLA, L. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 1993. Coleção Primeiros Passos.)


No trecho citado, a semioticista Lucia Santaella procura mostrar que o conceito de linguagem abrange outros elementos além daqueles pertinentes à linguagem verbal. Para a autora, a definição do objeto de estudo da Semiótica enquanto ciência articula-se com essa concepção de linguagem porque:

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Q1010718 Espanhol
Matte Bon (1995), al discutir el Imperativo, hace mención a la necesidad de hacer distinción entre las formas verbales propias de ese modo y las que corresponden al Imperativo como función, “es decir, como microsistema empleado en una serie de contextos distintos, con intenciones comunicativas muy variadas” (ibid., tomo I, p. 89). A continuación senale la opción que presenta formas propias del Imperativo:
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Q1010719 Espanhol
Conforme Di Tullio y Malcouri (2012), la sufijación es “el proceso de derivación por medio del cual se forman nuevas palabras posponiendo un sufijo a una base léxica” (p. 123). Los sufijos forman nombres a partir de verbos, de adjetivos y de otros nombres; forman adjetivos a partir de nombres, de verbos y de otros adjetivos; y forman verbos a partir de nombres, adjetivos y de otros verbos. Por esa característica, los sufijos poseen su propia categoría gramatical, pues la imponen a la base a la cual se adjuntan. Señale la opción que presenta sustantivos deverbales, formados a partir de verbos por el proceso de sufijación: 
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Q1010720 Espanhol

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ESPANOL PARA IMIGRANTES. Disponible en: <https://espanolparainmigrantes.files.wordpress.eom/2010/07/

preterito-perfecto2.png>. Acceso en: 24 nov. 2018.


La expresión del pasado en lengua española se hace de diferentes formas, utilizándose de tiempos y modos diversos. Matte Bon (1995) advierte del peligro de caer en errores como creer que el pretérito perfecto se refiere a acciones más recientes. La oposición entre el pretérito indefinido y el pretérito perfecto, en lugar de buscarse en las acciones y acontecimientos extralingüísticos en si, se debería buscar, según el autor, en:

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Q1010721 Espanhol
El leísmo es un fenómeno que ocurre en algunas zonas de España, y cuya característica es la utilización de los pronombres de complemento indirecto como complemento directo. Elija la opción que lo presenta.
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Q1010722 Espanhol
Las bicicletas son para el verano


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En los fragmentos entresacados del texto Las bicicletas son para el verano, “lo de la bicicleta” y “lo del verano”, se usa el artículo neutro para:

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Q1010723 Espanhol

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(Disponible en: http://jorgewerthein.blogspot. com/2013/Ol/quino-los-chicos-fiieron-mis-mejores.

html. Acceso en: 29 nov. 2018)


Después de leer la viñeta, podemos afirmar que:


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Q1010724 Espanhol

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(Disponible en: http://www.quitoquito.com/ entretenimiento/deportes/salud/45-noticias/799- protex-presenta-campana-qespera-dale-una-mano-a- tu-saludq . Acesso en: 29 nov. 2018)


Analice la publicidad y elija la opción más adecuada.
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Q1010725 Espanhol

Bruno (2005) aborda el tema dei acusativo preposicional y su uso por parte de los estudiantes brasileiros de lengua española. Para la autora, la tesis de la individnalidad o individuación ofrece “al alumno la comprensión del uso de la preposición a partir de una perspectiva enunciativa” (ibid., p. 139).


Elija la opción que contenga un ejemplo sobre el uso del acusativo preposicional en español cuya individuación es compartida tanto por el hablante como para el oyente:

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Q1010726 Espanhol
Briz (1998) al discutir el español coloquial, expone una reflexión sobre la oposición que generalmente se establece entre el registro oral y el escrito. Según el autor, es equivocado: 
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Q1010727 Espanhol
Baralo (1999), al discutir el papel de los errores en la enseñanza de lenguas extranjeras, considera:
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Q1010728 Espanhol

 “Pero más frecuente es lo expresado por el poeta Heinrich Heine en uno de sus textos. Según nos manifiesta con filosa ironia, resulta más fácil simular que uno renuncia al desquite que hacerlo efectivo desde la profundidad del alma. Con engañosa humildad desnudó lo siguiente: Mi naturaleza es la más pacífica del mundo. Todo lo que pido es una casita sencilla, una cama decente, buena comida, algunas flores frente a mi ventana y unos cuantos árboles junto a la puerta. Luego, si el buen Dios quiere hacerme completamente feliz, podría hacerme gozar del espectáculo de seis o siete de mis enemigos colgados de esos árboles. Yo les perdonaría todos los agravios que me hicieron, puesto que debemos perdonar a nuestros enemigos. Pero luego que los hayan ahorcado. ” AGUINIS, M. El placer de la venganza. Letras Libres- 2004 


La palabra “luego” en negrita podría ser reemplazada sin pérdida de sentido por

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Q1010729 Espanhol
González (1999), al hablar sobre las teorias del lenguaje implícitas en las metodologias, discute la importância de una práctica docente “teóricamente fundamentada, que a su vez pueda (re)alimentar las teorias, (...) condición para el ejercicio de la crítica y por lo tanto de la libertad, de la autonomia” (ibid.) del profesor de lenguas extranjeras. Sobre este tema, la autora considera que el “descompás entre la teoría explícita y formalizada y una práctica apoyada en creencias, o incluso el divorcio total entre ambas, es justamente lo que puede instalamos en la zona de mayor peligro” (ibid.). Para González, el mayor peligro sería justamente
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Q1010730 Espanhol
Serrani (2005) considera fundamental el trabajo del profesor de lenguas como un profesional intercuturalista. Para la autora, ello requeriría:
Alternativas
Respostas
21: A
22: B
23: A
24: C
25: C
26: B
27: D
28: B
29: B
30: B
31: D
32: C
33: D
34: B
35: D
36: B
37: A
38: A
39: C
40: B