Questões de Concurso Público IF-SP 2024 para Professor EBTT - Arquitetura

    Andrade, Ruschel e Moreira (2011) concebem o processo de projeto a partir de uma estrutura composta por quatro grandes fases que definem a sequência de decisões projetuais, a saber: representação, síntese, avaliação e análise, não necessariamente nessa ordem. Essas fases podem acontecer de modo iterativo durante o processo de projeto, nem sempre na mesma sequência proposta e nem sempre com a repetição de todas as etapas descritas pelos pesquisadores.          Em uma das fases, os autores afirmam que há duas habilidades ou atividades extremamente importantes a serem exercidas pelo(s) projetista(s): a formulação do problema e a escolha do ponto de vista. Nessa fase, segundo os mesmos pesquisadores, também deve-se elaborar um documento que apresente os requisitos do projeto, as principais metas e objetivos que o projeto deve alcançar, os principais critérios de desempenho do edifício, as principais restrições e impactos para usuários, clientes, entorno, etc.

Fonte: Andrade, M. L. V. X.; Ruschel, R. C.; Moreira, D. C. O processo e os métodos. Em: Kowaltowski, D. C. C. K (org).; Moreira, D. C. (org); Petreche, J. R. D. (org); Fabricio, M. M. (org). O processo de projeto em arquitetura da teoria à tecnologia. 1. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. p. 80–100.


A que fase do projeto os pesquisadores se referem nos trechos apresentados?

“Para Deleuze e Guatarri (2000), o ____________ remete a um problema; sem o problema, o ____________ não tem sentido”.
Fonte: Andrade, M. L. V. X.; Ruschel, R. C.; Moreira, D. C. O processo e os métodos. Em: Kowaltowski, D. C. C. K (org).; Moreira, D. C. (org); Petreche, J. R. D. (org); Fabricio, M. M. (org). O processo de projeto em arquitetura da teoria à tecnologia. 1. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. p. 80–100.

Texto 2

       “Assim, por exemplo, diante da solicitação de projetarmos um templo cumpre elaborar a reflexão sobre nossa experiência desses espaços, sobre a imagem, os significados e sentidos que a tradição nos transmite e que se depositou como repertório da cultura (outra analogia com o mundo agrícola) humana e sobre a própria dimensão religiosa, mítica, ancestral ou mística que, mesmo sem sabermos, habitam nos nossos hábitos e nas nossas habitações, quer sejam locais de culto ou não. Aquilo que daí se destila é a semente que forja o __________ e muitas vezes ela já vem se decantando em nossa memória. Transmutar a experiência em __________ é a oportunidade que temos de elaborar a experiência na medida em que nos obrigamos a compreendê-la, ou seja, apropriarmo-nos espiritualmente dela, colhê-la, prender o mundo a nós. Através do __________, a tradição deixa de ser algo externo para ser internalizada e fundar uma nova tradição que se lança no mundo. Por isso, a virtude de um ________ não é propriamente ser original, mas ser, ao mesmo tempo, colheita e semente, capaz de articular o passado e o futuro através do projeto que apresentamos, e palavra através da qual colocamos em órbita pública e objetiva a chave pela qual nós compreendemos o mundo e nos inserimos nele”.
Fonte: Brandão, A. C. L. Linguagem e arquitetura: o problema do conceito. Revista de Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo. Belo Horizonte: UFMG. vol.1, n.1, novembro de 2000.

Os textos apresentados referem-se ao:

Yves Bruand (2010), em Arquitetura contemporânea no Brasil, apresenta o pioneirismo do arquiteto russo Gregori Warchavchik no movimento de ruptura com a arquitetura tradicional e na aproximação da produção brasileira com as correntes da nova arquitetura que estavam em debate no contexto internacional, no início do século XX. Embora o arquiteto estivesse alinhado com os princípios modernistas, encontrou resistências e dificuldades para inseri-los no Brasil. Alguns dos obstáculos enfrentados por Warchavchik estão expressos na primeira obra que realizou de forma independente, sua residência na Rua Santa Cruz, em São Paulo, considerada a primeira casa moderna paulista (Figura 1). Apesar da casa seguir a estética adotada pelos arquitetos modernistas, apresentava contradições condizentes com a realidade do país nos anos de sua  construção (1927-1928). Desse modo, ao observar o projeto dessa residência e o contexto histórico de sua execução, assinale a alternativa que apresenta corretamente uma das contradições com a doutrina funcionalista defendida pelo movimento moderno.

   
                
Figura 1: Casa na Rua Santa Cruz, de Gregori Warchavchik: 1. fachada da casa construída; 2. terraço atrás da fachada; 3. planta baixa do térreo; 4. planta baixa do primeiro andar. Fonte: Bruand, Yves, 2010, p. 65-66.

Ao projetar um estádio para jogos de futebol, projetistas entendem que o dimensionamento dos assentos terá impacto na capacidade total de ocupação da edificação. Projetistas sabem que devem considerar dados de amostragem populacional para especificação da largura das cadeiras numeradas. Para definir essa medida, precisarão considerar a dimensão antropométrica denominada largura do quadril sentado. Qual o referencial antropométrico correto a ser empregado ao se especificar a largura do assento? 

     O item 17.1 da Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego no. 17 (NR-17) afirma que essa norma “visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente”.            A norma apresenta em seus anexos algumas especificidades em relação às condições de trabalho de dois grupos de trabalhadores e trabalhadoras particularmente predispostos a adquirirem doenças ocupacionais em função das características de sua atividade. Os grupos abordados pela norma são popularmente conhecidos como: