Questões de Concurso Público Prefeitura de Salgueiro - PE 2024 para Professor de Libras
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O Congresso de Milão, ocorrido em 1980, reuniu pessoas ouvintes que votaram contra o direito dos surdos de se comunicarem por meio das linguagens de sinais, gerando um atraso no estudo e desenvolvimento dessa língua.
O professor intérprete de LIBRAS precisa saber que o objetivo principal da didática é contribuir para a construção do conhecimento do aluno, bem como ajudar no processo de desenvolvimento interpretativo e organizacional do aluno.
A prática de ensino é um desafio significativo para os professores nas escolas, especialmente devido à falta de infraestrutura adequada. É notável a quantidade de escolas que ainda não estão adaptadas para acessibilidade. Além disso, há uma escassez de recursos e equipamentos técnicos disponíveis para auxiliar os professores em sua prática pedagógica.
Assim como a avalição somativa, que geralmente é aplicada ao final do bimestre/trimestre, valendo nota, a avaliação formativa é aplicada ao longo do bimestre/trimestre, também valendo nota, e tem o objetivo de informar o desempenho do aluno e dar condições ao professor de avaliar seu próprio trabalho.
A Educação Bilingue de Surdos teve início no Brasil com a chegada do educador francês Charles L’Épée, que, convidado pelo imperdor D. Pedro I, veio para trabalhar na educação de surdos durante o reinado e cirar o Instituto Nacional dos Surdos-Mudos.
De acordo com Vygotsky, o aprendizado está subordinado ao desenvolvimento das estruturas intelectuais da criança, e um se alimenta do outro, provocando saltos de nível de conhecimento. Dessa forma, o ensino acompanha o aluno na relação entre aprendizado e desenvolvimento.
A escola deve facilitar a inserção do aluno surdo em seu meio, pois isso é previsto pelo Plano Nacional de Educação. Essa inclusão, porém, ainda enfrenta muitos problemas, dentre eles a necessidade de formação continuada de professores. Com a formação continuada na perspectiva da inclusão, há urgência em preparar os docentes para essa experiência com os alunos surdos, pois essas dificuldades representam a complexidade da inclusão escolar.
A educação bilíngue para surdos procura não interferir na desconstrução de representações estigmatizadas das pessoas surdas, pois isso não compete às instituições de ensino nas quais os estudantes estão inseridos.
Para Vygotsky, as crianças com deficiência são consideradas crianças com defeitos, por não estarem dentro dos "padrões" de normalidade impostos pela sociedade. Para ele, a surdez é um obstáculo penoso.
O profissional intérprete de LIBRAS não deve se responsabilizar pela manutenção do respeito ao público surdo, tendo em vista que isso faz parte do cunho social e não comunicativo.
O professor de atendimento educacional especializado é responsável por estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade, além de estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares.
No Brasil, a primeira escola para surdos foi fundada no Rio de Janeiro, em 1857, o "Imperial Instituto dos Surdos-Mudos", hoje conhecida como "Instituto Nacional de Educação de Surdos". Foi nessa instituição que surgiu a LIBRAS, uma mistura da língua francesa com os sinais já utilizados pelos surdos brasileiros.
Na LIBRAS, as palavras não apresentam desinência de gênero, ficando a escrita das palavras representadas com o sinal @ no lugar das desinências "a" e "o" comumente utilizadas na Língua Portuguesa para indicar feminino e masculino, e também o plural, pois não há desinência de número.
Os surdos, quando são inseridos em escolas regulares, muitas vez não precisam do apoio dos intérpretes/tradutores de LIBRAS, para que lhes seja repassado o conteúdo.
Na Língua Portuguesa, as construções sintáticas não precisam obedecer a uma ordem exata, pois sabemos que existem orações em ordem direta e em ordem indireta. Já na LIBRAS, a ordem dos sinais na construção de um enunciado precisa obedecer a regras que vão interferir na forma que o surdo vai processar a informação que está sendo transmitida.
A Didática Cultural dos Surdos sempre questiona o que é próprio dos surdos e sobre como alguém se constituí superior a eles, ou seja, questiona as práticas normalizadores dos ouvintes em relação aos surdos. Nessa didática, o surdo é um sujeito multifacetado, com múltiplas identidades.
A falta de coordenação e articulação da política educacional curricular até agora impediu que unidades da federação se comprometessem com um pacto ou entendimento nacional no que respeita aos currículos de seus sistemas de ensino. Isso inclui o apoio técnico e financeiro do governo federal para fortalecimento da capacidade de formulação e implementação de currículos adequados às realidades escolares.
De acordo com o MEC, as avalições de aprendizagem são coordenadas pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aníso Teixeira), e as mais utilizadas são: o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB); Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB); Prova Brasil e Provinha Brasil.
O papel do professor intérprete de Libras precisa ultrapassar a simples "tradução" do que está sendo dito, envolvendo também a promoção coerente da inclusão, e não apenas a inserção dos surdos em uma sala de aula regular.
Na fonética da LIBRAS, os sinais são classificados pelo número de mãos com que são articulados: ausência ou presença de uma ou duas mãos. Ou seja, podem ser não manual, monomanual ou bimanual.