Questões de Concurso Público Prefeitura de Salgueiro - PE 2024 para Professor Quilombola EF - História
Foram encontradas 24 questões
Depois de muitas décadas de reivindicações de profissionais da área de História, a profissão de historiador foi regulamentada em 2020, representando um momento importante para a história da profissão no país.
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, o ensino de História nos anos iniciais do Ensino Fundamental deve identificar e organizar cronologicamente eventos históricos importantes, desenvolver habilidades para a análise crítica de documentos e registros, e promover a interpretação de diferentes versões de um fenômeno, capacitando os alunos a elaborar suas próprias proposições.
Profissionais formados em áreas diferentes da História, que possuam experiência comprovada de mais de 5 (cinco) anos atuando como historiadores, podem ser reconhecidos como tal.
Os contextos históricos deixaram marcas que moldaram as práticas de ensino e aprendizagem, com as reformas educacionais dos períodos ditatoriais, desde o governo Vargas até os governos militares no Brasil. As reformas educacionais não influenciam mais as práticas docentes do ensino de História, pois a História é ensinada com o propósito de compreensão do passado e preparação para o futuro.
Segundo a Base Nacional Comum Curricular, o historiador não faz o documento falar; ele próprio interpreta o documento, e a explicitação de seus critérios e procedimentos é essencial para definir o alcance de sua interpretação, tornando toda operação com documentos uma atividade de natureza retórica.
A problemática relacionada à educação quilombola foi abordada de maneira holística, considerando-se não apenas questões educacionais, mas também socioeconômicas e culturais, resultando na implementação de legislação complementar abrangente. Essa legislação, além de regulamentar a educação quilombola, garantiu a inclusão de políticas específicas de reparação e desenvolvimento para essas comunidades, proporcionando-lhes autonomia educacional e preservação cultural, sem a necessidade de intervenção governamental contínua.
As escolas quilombolas frequentemente operam com uma abordagem de governança participativa, na qual os membros das comunidades quilombolas têm voz ativa nas decisões relacionadas à educação. Isso não apenas promove um senso de responsabilidade e pertencimento entre os membros da comunidade, mas também permite que eles moldem a direção e as prioridades da educação local de acordo com suas necessidades e aspirações específicas, fortalecendo assim o tecido social e promovendo o empoderamento comunitário.
A Pedagogia Crioula reconhece que a educação vai além das paredes da sala de aula e envolve toda a comunidade. Ela valoriza as experiências de vida dos alunos, promove a participação ativa das famílias e da comunidade no processo educativo, e reconhece a importância dos saberes tradicionais e da oralidade como fontes de conhecimento válidas.
Quando falamos em pedagogia crioula, nos atemos a uma abordagem segregacionista, que exclui outras culturas e perspectivas do ambiente educacional.
Em relação ás políticas públicas destinadas ao povo quilombola do Brasil, de um modo geral, existe uma dificuldade por parte dos governos em estabelecer metas de cumprimento das mesmas, e, na maioria das vezes, as mesmas são ausentes ou insuficientes para atender todas as comunidades.
A Pedagogia Crioula não é uma abordagem estática, senão dinâmica e sensível às particularidades de cada contexto. Ela reconhece que as comunidades afrodescendentes são diversas e têm necessidades e realidades distintas.
De acordo com a perspectiva atual da educação, podemos afirmar que a nucleação de escolas quilombolas é uma estratégia ultrapassada que reforça estereótipos e impede o desenvolvimento educacional das comunidades.
Além de transmitir conteúdos curriculares, a Pedagogia Crioula busca desenvolver habilidades cognitivas e sociais nos alunos. Ela estimula o pensamento crítico ao questionar estereótipos e promove reflexões sobre a história, a identidade e as relações de poder.
A Pedagogia Crioula é uma abordagem pedagógica singular que, embora possa parecer incomum à primeira vista, oferece uma perspectiva profundamente enraizada nas tradições e saberes das comunidades quilombolas. Seu foco na valorização da identidade cultural e na autonomia educacional das comunidades quilombolas transcende a mera segregação dos alunos, visando, na verdade, à promoção de uma educação inclusiva e emancipatória, que reconhece e fortalece as narrativas históricas e os legados dessas comunidades.
Um dos pensamentos mais fortes sobre a nucleação nas escolas quilombolas é que ela é uma forma de elitizar o acesso à educação, excluindo aqueles que não fazem parte das comunidades quilombolas.
A nucleação de escolas quilombolas é uma estratégia que promove a segregação étnica nas comunidades, exacerbando as divisões sociais.
A precariedade das condições de ensino nas escolas quilombolas, incluindo a falta de acesso à infraestrutura básica como saneamento e energia elétrica, reflete as desigualdades estruturais que persistem no Brasil. Além disso, a formação inadequada dos professores impacta negativamente a qualidade da educação oferecida nessas comunidades, perpetuando ciclos de desvantagem educacional.
A complexa composição étnico-racial das comunidades quilombolas facilita a implementação de políticas públicas, pois traz em si uma abordagem sensível às múltiplas identidades presentes nessas comunidades. Por isso, existem políticas inclusivas que considerem a ancestralidade negra e outras identidades étnicas e raciais presentes nessas comunidades, visando garantir a equidade e a efetividade das ações governamentais.
A educação quilombola é plenamente integrada ao sistema educacional nacional, refletindo uma equidade total entre todas as comunidades educacionais do país.
A Pedagogia Crioula, por ser algo direcionado para a comunidade quilombola, acaba por ser uma abordagem que visa a perpetuar estereótipos étnicos ao invés de promover a igualdade e o respeito à diversidade.