Questões de Concurso Público Prefeitura de Milton Brandão - PI 2018 para Professor - Português

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Q1276069 Português
Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.

‘Tempos Anormais’

    Vocês vão entender o título no final. Volto ao tema diante da repercussão da última coluna, que tratava da sessão do STF que julgou o pedido de habeas corpus do ex-presidente Lula. Por causa principalmente de um termo muito usado pelos ministros — “teratológico” —, poucas vezes recebi tantas mensagens, inclusive de colegas, a começar por minha diretora, que se referiu criticamente “ao uso vaidoso e pretensioso de nosso idioma”.
    De Brasília, a também jornalista Patrícia Pinheiro mandou uma divertida crônica que termina assim: “muito obrigada por me fazer saber o que é teratológico e por me lembrar que temos dicionário em casa!”. Gerson Camarotti, que estava no plenário da Corte cobrindo a sessão, conta que perguntou para todos os companheiros o que era teratologia.
    “Só fiquei mais tranquilo depois de perceber que eles também desconheciam aquela palavra da moda no Supremo. Você esclareceu a minha dúvida”. Então, digamos, foi uma retribuição a quem várias vezes por semana, no “Em pauta”, da GloboNews, esclarece as minhas dúvidas políticas.
    Houve quem me gozasse: “Vai dizer que na Academia vocês também não usam termos difíceis?” Como outras instituições, temos os nossos códigos e usamos, sim, mas internamente, entre os pares, não em sessões televisionadas. A propósito, o poeta e acadêmico Geraldo Carneiro comentou que os juízes — “com exceção do Barroso e às vezes da Cármen Lúcia — têm a mania teratológica de falar difícil”.
Inclemente, ele lembrou os personagens que Molière chamou de “preciosas ridículas”. “Jamais usam o gerúndio, ao contrário de Camões, Vieira, Eça, Machado etc. Têm horror à fala das ruas, assim como têm horror ao cidadão comum”.
    Dos inúmeros comentários recebidos, o mais surpreendente foi um, por sinal bemhumorado, transmitido através do WhatsApp de meu amigo Roberto D’Avila, porque o remetente não tinha meu endereço. Adivinhem de quem? Do ministro Luís Roberto Barroso, confessando ter apreendido o sentido de “mal secreto” lendo meu livro sobre a inveja com esse título. Ele usou a expressão contra o seu desafeto no famoso bate-boca da véspera (ainda bem que não citou o autor. Já imaginaram eu metido nessa briga como que tomando o partido contra um dos lados?. E que lado! Tremo só de pensar).
    Barroso se disse “triste” com o episódio, acrescentando, que “ainda assim o humor ajuda”. E terminou com um exemplo para ajudar na definição do polêmico adjetivo: “teratológicos são os nossos tempos. Completamente anormais”.
    Quanto a isso, não há dúvida.
                    Zuenir Ventura - O Globo, 28/03/2018
Sobre o uso do termo “teratológico”, o autor apresenta:
Alternativas
Q1276070 Português
Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.

‘Tempos Anormais’

    Vocês vão entender o título no final. Volto ao tema diante da repercussão da última coluna, que tratava da sessão do STF que julgou o pedido de habeas corpus do ex-presidente Lula. Por causa principalmente de um termo muito usado pelos ministros — “teratológico” —, poucas vezes recebi tantas mensagens, inclusive de colegas, a começar por minha diretora, que se referiu criticamente “ao uso vaidoso e pretensioso de nosso idioma”.
    De Brasília, a também jornalista Patrícia Pinheiro mandou uma divertida crônica que termina assim: “muito obrigada por me fazer saber o que é teratológico e por me lembrar que temos dicionário em casa!”. Gerson Camarotti, que estava no plenário da Corte cobrindo a sessão, conta que perguntou para todos os companheiros o que era teratologia.
    “Só fiquei mais tranquilo depois de perceber que eles também desconheciam aquela palavra da moda no Supremo. Você esclareceu a minha dúvida”. Então, digamos, foi uma retribuição a quem várias vezes por semana, no “Em pauta”, da GloboNews, esclarece as minhas dúvidas políticas.
    Houve quem me gozasse: “Vai dizer que na Academia vocês também não usam termos difíceis?” Como outras instituições, temos os nossos códigos e usamos, sim, mas internamente, entre os pares, não em sessões televisionadas. A propósito, o poeta e acadêmico Geraldo Carneiro comentou que os juízes — “com exceção do Barroso e às vezes da Cármen Lúcia — têm a mania teratológica de falar difícil”.
Inclemente, ele lembrou os personagens que Molière chamou de “preciosas ridículas”. “Jamais usam o gerúndio, ao contrário de Camões, Vieira, Eça, Machado etc. Têm horror à fala das ruas, assim como têm horror ao cidadão comum”.
    Dos inúmeros comentários recebidos, o mais surpreendente foi um, por sinal bemhumorado, transmitido através do WhatsApp de meu amigo Roberto D’Avila, porque o remetente não tinha meu endereço. Adivinhem de quem? Do ministro Luís Roberto Barroso, confessando ter apreendido o sentido de “mal secreto” lendo meu livro sobre a inveja com esse título. Ele usou a expressão contra o seu desafeto no famoso bate-boca da véspera (ainda bem que não citou o autor. Já imaginaram eu metido nessa briga como que tomando o partido contra um dos lados?. E que lado! Tremo só de pensar).
    Barroso se disse “triste” com o episódio, acrescentando, que “ainda assim o humor ajuda”. E terminou com um exemplo para ajudar na definição do polêmico adjetivo: “teratológicos são os nossos tempos. Completamente anormais”.
    Quanto a isso, não há dúvida.
                    Zuenir Ventura - O Globo, 28/03/2018
Como outras instituições, temos os nossos códigos e usamos, sim, mas internamente (...).” 4º §
Os termos sublinhados acima têm, respectivamente, a ideia de:
Alternativas
Q1276071 Português
Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.

‘Tempos Anormais’

    Vocês vão entender o título no final. Volto ao tema diante da repercussão da última coluna, que tratava da sessão do STF que julgou o pedido de habeas corpus do ex-presidente Lula. Por causa principalmente de um termo muito usado pelos ministros — “teratológico” —, poucas vezes recebi tantas mensagens, inclusive de colegas, a começar por minha diretora, que se referiu criticamente “ao uso vaidoso e pretensioso de nosso idioma”.
    De Brasília, a também jornalista Patrícia Pinheiro mandou uma divertida crônica que termina assim: “muito obrigada por me fazer saber o que é teratológico e por me lembrar que temos dicionário em casa!”. Gerson Camarotti, que estava no plenário da Corte cobrindo a sessão, conta que perguntou para todos os companheiros o que era teratologia.
    “Só fiquei mais tranquilo depois de perceber que eles também desconheciam aquela palavra da moda no Supremo. Você esclareceu a minha dúvida”. Então, digamos, foi uma retribuição a quem várias vezes por semana, no “Em pauta”, da GloboNews, esclarece as minhas dúvidas políticas.
    Houve quem me gozasse: “Vai dizer que na Academia vocês também não usam termos difíceis?” Como outras instituições, temos os nossos códigos e usamos, sim, mas internamente, entre os pares, não em sessões televisionadas. A propósito, o poeta e acadêmico Geraldo Carneiro comentou que os juízes — “com exceção do Barroso e às vezes da Cármen Lúcia — têm a mania teratológica de falar difícil”.
Inclemente, ele lembrou os personagens que Molière chamou de “preciosas ridículas”. “Jamais usam o gerúndio, ao contrário de Camões, Vieira, Eça, Machado etc. Têm horror à fala das ruas, assim como têm horror ao cidadão comum”.
    Dos inúmeros comentários recebidos, o mais surpreendente foi um, por sinal bemhumorado, transmitido através do WhatsApp de meu amigo Roberto D’Avila, porque o remetente não tinha meu endereço. Adivinhem de quem? Do ministro Luís Roberto Barroso, confessando ter apreendido o sentido de “mal secreto” lendo meu livro sobre a inveja com esse título. Ele usou a expressão contra o seu desafeto no famoso bate-boca da véspera (ainda bem que não citou o autor. Já imaginaram eu metido nessa briga como que tomando o partido contra um dos lados?. E que lado! Tremo só de pensar).
    Barroso se disse “triste” com o episódio, acrescentando, que “ainda assim o humor ajuda”. E terminou com um exemplo para ajudar na definição do polêmico adjetivo: “teratológicos são os nossos tempos. Completamente anormais”.
    Quanto a isso, não há dúvida.
                    Zuenir Ventura - O Globo, 28/03/2018
Para o desenvolvimento do texto, o autor fez uso dos seguintes recursos, EXCETO:
Alternativas
Q1276072 Português
Todo texto possui parágrafos em sua estrutura. Sobre essa organização é INCORRETO afirmar:
Alternativas
Q1276073 Português
Sobre o uso do gerúndio é correto afirmar, EXCETO:
Alternativas
Q1276074 Português
Imagem associada para resolução da questão

As funções da linguagem são importantes elementos da comunicação. Identifique a que foi utilizada no texto acima.
Alternativas
Q1276075 Português
Embora triste com o episódio da palavra “teratologia”, Barroso disse que o humor ajuda.
O mesmo processo de formação da palavra sublinhada nessa frase é observado em:
Alternativas
Q1276076 Português
Sobre a colocação pronominal , estão corretas as seguintes alternativas:
I. A eufonia não exerce influência sobre a colocação pronominal. II. Diante de pronomes relativos que, quem, qual e onde, a próclise é obrigatória. III. Depois de vírgula, há preferência pela ênclise. IV. Não se deve usar a ênclise após o particípio.
Alternativas
Q1276077 Português

Eu tinha certeza de que eles também desconheciam aquela palavra da moda no Supremo.


Marque a alternativa que classifica corretamente a oração destacada no período.

Alternativas
Q1276078 Português
Há erro de concordância verbal em:
Alternativas
Q1276079 Português

“Você já leu Eça de Queirós ou Camões?”


Nessa frase está presente a seguinte figura de linguagem:

Alternativas
Q1276080 Literatura
Sobre cultismo e conceptismo, os dois aspectos construtivos do Barroco, assinale a única alternativa incorreta:
Alternativas
Q1276081 Literatura
São características do Pré-Modernismo, Exceto:
Alternativas
Q1276082 Literatura
Assinale a alternativa que apresenta as preocupações estéticas da Primeira Geração Modernista.
Alternativas
Q1276083 Literatura
São características do Pós-Modernismo, exceto:
Alternativas
Q1276084 Português

Imagem associada para resolução da questão

É correto afirmar sobre as palavras nas setas da charge acima, exceto:

Alternativas
Q1276085 Português

Leia os quadrinhos a seguir:

Imagem associada para resolução da questão


Com base no texto e nos usos da língua, julgue os itens a seguir e assinale a opção correta.

I. Há, no texto, uma variedade regional do interior de alguns estados brasileiros, conhecida como “falar caipira” ou “variedade caipira”.

II. Nos quadrinhos, há vocábulos, a exemplo de “bão”, “intonci”, “ocê”, “premero” e outros, que não são admitidos no registro linguístico culto.

III. Na fala dos personagens dos quadrinhos há um registro formal da língua, preocupado com a modalidade escrita culta padrão.

IV. De acordo com o texto e com conhecimentos acerca da variação linguística, assinale a opção correta.

Alternativas
Q1276086 Português

Leia o seguinte texto: 


Num mundo moderno ou pós-moderno como o nosso, que privilegia a imagem e a rapidez das informações, parece quase não haver espaço para a leitura e para o estudo da literatura.

Literatura é a arte da palavra, e estudar sua história é o mesmo que compreender a evolução do pensamento e dos sentimentos humanos através dos tempos.

É também aprender a ler textos, extrair-lhes o sentido mais profundo e perceber de que forma eles estão relacionados com o momento histórico em que foram criados, com a estrutura da sociedade e com a tradição cultural.

Estudar a literatura brasileira é buscar as raízes culturais de nosso povo e de nossa língua. É compreender aquilo que somos hoje e por que somos assim.

CEREJA, W. R. e MAGALHÃES, T. C. Literatura brasileira. São Paulo: Atual

CEREJA, W. R. e MAGALHÃES, T. C. Literatura brasileira. São Paulo: Atual, 2000. Excerto da Apresentação.


De acordo com o texto, o estudo da literatura nos permite:

1. privilegiar a imagem e a rapidez das informações.

2. entender como o pensamento do homem evoluiu.

3. ampliar nossa capacidade de leitura de textos.

4. relacionar os diversos textos à História humana.


Estão corretas:

Alternativas
Q1276087 Português
Todos os sintagmas destacados nas frases abaixo são adverbiais, EXCETO:
Alternativas
Q1276088 Português
“De toda a água do planeta, apenas 1% pode ser usada para o consumo e até mesmo o Brasil...”.
O termo “até mesmo”, nesse fragmento, estabelece relação lógico-semântica de:
Alternativas
Respostas
21: C
22: B
23: A
24: D
25: C
26: A
27: B
28: C
29: D
30: X
31: C
32: D
33: B
34: B
35: D
36: B
37: C
38: C
39: D
40: C