A temática da diversidade tornou-se pauta obrigatória para os
sistemas escolares nas últimas décadas. Proveniente de demandas dos movimentos sociais – em particular do Movimento
Negro, desde o início do século XX, e, mais recentemente, na
década de 1980, do Movimento de Trabalhadores em Educação – a diversidade foi sendo gradualmente incorporada aos
currículos tanto a partir de práticas de professores que reconheceram a necessidade de atuar em prol de uma reeducação
das relações raciais quanto em decorrência das imposições
previstas pelas Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008, que
instituíram a obrigatoriedade do estudo da história e da cultura
afrodescendente, africana e indígena. Apesar disso, a tarefa
não tem sido realizada de forma pacífica, uma vez que a realização efetiva das mudanças que essa agenda requer implica
no enfrentamento de aspectos centrais do chamado sistemamundo moderno-ocidental, o qual pressupõe a raça e o racismo como seus elementos estruturantes e constituintes.
(QUIJANO, 2005.)
A BNCC (Base Nacional Curricular Comum) traz em vários momentos a discussão sobre a diversidade e preconiza dentre
outros aspectos relativos a essa temática: