Questões de Concurso Público Câmara Municipal de Caratinga - MG 2024 para Controlador Interno

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Q2687104 Português
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.

Avançar na leitura e na cidadania

    Se é verdade que “nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos” (Aristóteles), a maioria dos alunos brasileiros está deixando de absorver conhecimento por meio da leitura.
    No Brasil, 66% dos estudantes de 15 e 16 anos não leem textos com mais de dez páginas, segundo levantamento do Centro de Pesquisas em Educação, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede).
    O baixo índice está ligado a diversos fatores pedagógicos e socioeconômicos, que não propiciam ambiente nem tempo hábil para se dedicar aos livros. Falta ainda estímulo por parte das famílias e das escolas, o que é reforçado pelo sucateamento das bibliotecas em instituições públicas de ensino.
    Enquanto a máxima aristotélica que abre este texto se concentra no conhecimento individual, uma frase de Monteiro Lobato coloca a leitura no contexto da coletividade: “Uma nação se faz com homens e livros”. Nesse sentido, o Brasil tem muito a avançar. O mesmo levantamento do Iede aponta que, no Chile, o normal é os alunos lerem mais de cem páginas por ano, em média.
    Tais ideias do filósofo grego e do escritor brasileiro merecem ser reacendidas para enfrentarmos o desafio de estimular o hábito da leitura mais densa em um mundo conectado. As faixas etárias usadas como base para a pesquisa do Iede correspondem à dos nativos digitais, que praticamente nasceram com um dispositivo que tem acesso à internet nas mãos.
    O estímulo à leitura só pode ser feito por meio de políticas consistentes de acesso nas escolas e comunidades, incentivo a bibliotecas e promoção de eventos literários. A própria internet pode ser usada como ferramenta para despertar o interesse pelos livros.
    Ler é ampliar o vocabulário, a fluência verbal e a cultura geral, aproximando o indivíduo das possibilidades do mundo acadêmico e do mercado de trabalho.
    Mas o mais nobre benefício está na promoção da cidadania, a partir do momento em que o leitor conhece seus direitos. Tudo aquilo que estruturas rígidas de poder querem manter sob as sombras, em códigos que poucos podem decifrar.

(Disponível em: https://www.otempo.com.br. Acesso em: 04/03/2024.)
“Enquanto a máxima aristotélica que abre este texto se concentra no conhecimento individual, uma frase de Monteiro Lobato coloca a leitura no contexto da coletividade: ‘Uma nação se faz com homens e livros’.” (4º§). Considerando o trecho anterior, no fragmento, a palavra “enquanto” tem valor semântico (de):  
Alternativas
Q2687105 Português
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.

Avançar na leitura e na cidadania

    Se é verdade que “nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos” (Aristóteles), a maioria dos alunos brasileiros está deixando de absorver conhecimento por meio da leitura.
    No Brasil, 66% dos estudantes de 15 e 16 anos não leem textos com mais de dez páginas, segundo levantamento do Centro de Pesquisas em Educação, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede).
    O baixo índice está ligado a diversos fatores pedagógicos e socioeconômicos, que não propiciam ambiente nem tempo hábil para se dedicar aos livros. Falta ainda estímulo por parte das famílias e das escolas, o que é reforçado pelo sucateamento das bibliotecas em instituições públicas de ensino.
    Enquanto a máxima aristotélica que abre este texto se concentra no conhecimento individual, uma frase de Monteiro Lobato coloca a leitura no contexto da coletividade: “Uma nação se faz com homens e livros”. Nesse sentido, o Brasil tem muito a avançar. O mesmo levantamento do Iede aponta que, no Chile, o normal é os alunos lerem mais de cem páginas por ano, em média.
    Tais ideias do filósofo grego e do escritor brasileiro merecem ser reacendidas para enfrentarmos o desafio de estimular o hábito da leitura mais densa em um mundo conectado. As faixas etárias usadas como base para a pesquisa do Iede correspondem à dos nativos digitais, que praticamente nasceram com um dispositivo que tem acesso à internet nas mãos.
    O estímulo à leitura só pode ser feito por meio de políticas consistentes de acesso nas escolas e comunidades, incentivo a bibliotecas e promoção de eventos literários. A própria internet pode ser usada como ferramenta para despertar o interesse pelos livros.
    Ler é ampliar o vocabulário, a fluência verbal e a cultura geral, aproximando o indivíduo das possibilidades do mundo acadêmico e do mercado de trabalho.
    Mas o mais nobre benefício está na promoção da cidadania, a partir do momento em que o leitor conhece seus direitos. Tudo aquilo que estruturas rígidas de poder querem manter sob as sombras, em códigos que poucos podem decifrar.

(Disponível em: https://www.otempo.com.br. Acesso em: 04/03/2024.)
“As faixas etárias usadas como base para a pesquisa do Iede correspondem à dos nativos digitais [...].” (5º§). O uso do acento grave indicador de crase no trecho anterior está: 
Alternativas
Q2687106 Português
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.

Avançar na leitura e na cidadania

    Se é verdade que “nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos” (Aristóteles), a maioria dos alunos brasileiros está deixando de absorver conhecimento por meio da leitura.
    No Brasil, 66% dos estudantes de 15 e 16 anos não leem textos com mais de dez páginas, segundo levantamento do Centro de Pesquisas em Educação, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede).
    O baixo índice está ligado a diversos fatores pedagógicos e socioeconômicos, que não propiciam ambiente nem tempo hábil para se dedicar aos livros. Falta ainda estímulo por parte das famílias e das escolas, o que é reforçado pelo sucateamento das bibliotecas em instituições públicas de ensino.
    Enquanto a máxima aristotélica que abre este texto se concentra no conhecimento individual, uma frase de Monteiro Lobato coloca a leitura no contexto da coletividade: “Uma nação se faz com homens e livros”. Nesse sentido, o Brasil tem muito a avançar. O mesmo levantamento do Iede aponta que, no Chile, o normal é os alunos lerem mais de cem páginas por ano, em média.
    Tais ideias do filósofo grego e do escritor brasileiro merecem ser reacendidas para enfrentarmos o desafio de estimular o hábito da leitura mais densa em um mundo conectado. As faixas etárias usadas como base para a pesquisa do Iede correspondem à dos nativos digitais, que praticamente nasceram com um dispositivo que tem acesso à internet nas mãos.
    O estímulo à leitura só pode ser feito por meio de políticas consistentes de acesso nas escolas e comunidades, incentivo a bibliotecas e promoção de eventos literários. A própria internet pode ser usada como ferramenta para despertar o interesse pelos livros.
    Ler é ampliar o vocabulário, a fluência verbal e a cultura geral, aproximando o indivíduo das possibilidades do mundo acadêmico e do mercado de trabalho.
    Mas o mais nobre benefício está na promoção da cidadania, a partir do momento em que o leitor conhece seus direitos. Tudo aquilo que estruturas rígidas de poder querem manter sob as sombras, em códigos que poucos podem decifrar.

(Disponível em: https://www.otempo.com.br. Acesso em: 04/03/2024.)
Sobre a concordância verbal no seguinte trecho “[...] a maioria dos alunos brasileiros está deixando de absorver conhecimento por meio da leitura.” (1º§), assinale a afirmativa correta. 
Alternativas
Q2687107 Português
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.

Avançar na leitura e na cidadania

    Se é verdade que “nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos” (Aristóteles), a maioria dos alunos brasileiros está deixando de absorver conhecimento por meio da leitura.
    No Brasil, 66% dos estudantes de 15 e 16 anos não leem textos com mais de dez páginas, segundo levantamento do Centro de Pesquisas em Educação, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede).
    O baixo índice está ligado a diversos fatores pedagógicos e socioeconômicos, que não propiciam ambiente nem tempo hábil para se dedicar aos livros. Falta ainda estímulo por parte das famílias e das escolas, o que é reforçado pelo sucateamento das bibliotecas em instituições públicas de ensino.
    Enquanto a máxima aristotélica que abre este texto se concentra no conhecimento individual, uma frase de Monteiro Lobato coloca a leitura no contexto da coletividade: “Uma nação se faz com homens e livros”. Nesse sentido, o Brasil tem muito a avançar. O mesmo levantamento do Iede aponta que, no Chile, o normal é os alunos lerem mais de cem páginas por ano, em média.
    Tais ideias do filósofo grego e do escritor brasileiro merecem ser reacendidas para enfrentarmos o desafio de estimular o hábito da leitura mais densa em um mundo conectado. As faixas etárias usadas como base para a pesquisa do Iede correspondem à dos nativos digitais, que praticamente nasceram com um dispositivo que tem acesso à internet nas mãos.
    O estímulo à leitura só pode ser feito por meio de políticas consistentes de acesso nas escolas e comunidades, incentivo a bibliotecas e promoção de eventos literários. A própria internet pode ser usada como ferramenta para despertar o interesse pelos livros.
    Ler é ampliar o vocabulário, a fluência verbal e a cultura geral, aproximando o indivíduo das possibilidades do mundo acadêmico e do mercado de trabalho.
    Mas o mais nobre benefício está na promoção da cidadania, a partir do momento em que o leitor conhece seus direitos. Tudo aquilo que estruturas rígidas de poder querem manter sob as sombras, em códigos que poucos podem decifrar.

(Disponível em: https://www.otempo.com.br. Acesso em: 04/03/2024.)
A partir da leitura do texto, é correto afirmar que: 
Alternativas
Q2687108 Português
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.

Avançar na leitura e na cidadania

    Se é verdade que “nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos” (Aristóteles), a maioria dos alunos brasileiros está deixando de absorver conhecimento por meio da leitura.
    No Brasil, 66% dos estudantes de 15 e 16 anos não leem textos com mais de dez páginas, segundo levantamento do Centro de Pesquisas em Educação, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede).
    O baixo índice está ligado a diversos fatores pedagógicos e socioeconômicos, que não propiciam ambiente nem tempo hábil para se dedicar aos livros. Falta ainda estímulo por parte das famílias e das escolas, o que é reforçado pelo sucateamento das bibliotecas em instituições públicas de ensino.
    Enquanto a máxima aristotélica que abre este texto se concentra no conhecimento individual, uma frase de Monteiro Lobato coloca a leitura no contexto da coletividade: “Uma nação se faz com homens e livros”. Nesse sentido, o Brasil tem muito a avançar. O mesmo levantamento do Iede aponta que, no Chile, o normal é os alunos lerem mais de cem páginas por ano, em média.
    Tais ideias do filósofo grego e do escritor brasileiro merecem ser reacendidas para enfrentarmos o desafio de estimular o hábito da leitura mais densa em um mundo conectado. As faixas etárias usadas como base para a pesquisa do Iede correspondem à dos nativos digitais, que praticamente nasceram com um dispositivo que tem acesso à internet nas mãos.
    O estímulo à leitura só pode ser feito por meio de políticas consistentes de acesso nas escolas e comunidades, incentivo a bibliotecas e promoção de eventos literários. A própria internet pode ser usada como ferramenta para despertar o interesse pelos livros.
    Ler é ampliar o vocabulário, a fluência verbal e a cultura geral, aproximando o indivíduo das possibilidades do mundo acadêmico e do mercado de trabalho.
    Mas o mais nobre benefício está na promoção da cidadania, a partir do momento em que o leitor conhece seus direitos. Tudo aquilo que estruturas rígidas de poder querem manter sob as sombras, em códigos que poucos podem decifrar.

(Disponível em: https://www.otempo.com.br. Acesso em: 04/03/2024.)
A articulação entre as ideias pode ser alcançada através do uso correto dos conectivos. Com isso, as ideias são apresentadas com clareza, além de tornar o texto todo coeso. No trecho “Nesse sentido, o Brasil tem muito a avançar.” (4º§), a expressão “nesse sentido” exprime a ideia de:
Alternativas
Q2687109 Português
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.

    Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome, comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. Ele, a mulher e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos – e a lembrança dos sofrimentos passados esmorecera.
    Pisou com firmeza no chão gretado, puxou a faca de ponta, esgaravatou as unhas sujas. Tirou do aió um pedaço de fumo, picou- -o, fez um cigarro com palha de milho, acendeu-o ao binga, pôs-se a fumar regalado.
    – Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta. Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra.
    Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:
    – Você é um bicho, Fabiano.
    Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho. capaz de vencer dificuldades.
    Chegara naquela situação medonha – e ali estava, forte, até gordo, fumando o seu cigarro de palha.
    Era. Apossara-se da casa porque não tinha onde cair morto, passara uns dias mastigando raiz de imbu e sementes de mucunã. Viera a trovoada. E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara. Fabiano fizera-se desentendido e oferecera os seus préstimos, resmungando, coçando os cotovelos, sorrindo aflito. O jeito que tinha era ficar. E o patrão aceitara-o, entregara-lhe as marcas de ferro.
    Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tiraria dali. Aparecera como um bicho, entocara-se como um bicho, mas criara raízes, estava plantado. Olhou os quipás, os mandacarus e os xique-xiques. Era mais forte que tudo isso, era como as catingueiras e as baraúnas. Ele, sinhá Vitória, os doisfilhos e a cachorra Baleia estavam agarrados à terra.
    Chape-chape. As alpercatas batiam no chão rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonçados. Parecia um macaco.
    Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! Engano. A sina dele era correr mundo, andar para cima e para baixo, à toa, como judeu errante. Um vagabundo empurrado pela seca. Achava-se ali de passagem, era hóspede. Sim senhor, hóspede que demorava demais, tomava amizade à casa, ao curral, ao chiqueiro das cabras, ao juazeiro que os tinha abrigado uma noite.

(Vidas secas. 27. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1970. P.53-5. Acesso em: 06/03/2024.)
Os pronomes oblíquos são termos da oração que podem desempenhar diferentes funções sintáticas. Analise o emprego dos pronomes no seguinte trecho: “E o patrão aceitara-o, entregara-lhe as marcas de ferro.” (9º§). Os pronomes, neste contexto, exercem a função de:
Alternativas
Q2687110 Português
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.

    Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome, comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. Ele, a mulher e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos – e a lembrança dos sofrimentos passados esmorecera.
    Pisou com firmeza no chão gretado, puxou a faca de ponta, esgaravatou as unhas sujas. Tirou do aió um pedaço de fumo, picou- -o, fez um cigarro com palha de milho, acendeu-o ao binga, pôs-se a fumar regalado.
    – Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta. Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra.
    Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:
    – Você é um bicho, Fabiano.
    Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho. capaz de vencer dificuldades.
    Chegara naquela situação medonha – e ali estava, forte, até gordo, fumando o seu cigarro de palha.
    Era. Apossara-se da casa porque não tinha onde cair morto, passara uns dias mastigando raiz de imbu e sementes de mucunã. Viera a trovoada. E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara. Fabiano fizera-se desentendido e oferecera os seus préstimos, resmungando, coçando os cotovelos, sorrindo aflito. O jeito que tinha era ficar. E o patrão aceitara-o, entregara-lhe as marcas de ferro.
    Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tiraria dali. Aparecera como um bicho, entocara-se como um bicho, mas criara raízes, estava plantado. Olhou os quipás, os mandacarus e os xique-xiques. Era mais forte que tudo isso, era como as catingueiras e as baraúnas. Ele, sinhá Vitória, os doisfilhos e a cachorra Baleia estavam agarrados à terra.
    Chape-chape. As alpercatas batiam no chão rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonçados. Parecia um macaco.
    Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! Engano. A sina dele era correr mundo, andar para cima e para baixo, à toa, como judeu errante. Um vagabundo empurrado pela seca. Achava-se ali de passagem, era hóspede. Sim senhor, hóspede que demorava demais, tomava amizade à casa, ao curral, ao chiqueiro das cabras, ao juazeiro que os tinha abrigado uma noite.

(Vidas secas. 27. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1970. P.53-5. Acesso em: 06/03/2024.)
Quanto à significação das palavras, assinale a afirmativa cuja palavra sublinhada está corretamente indicada. 
Alternativas
Q2687111 Português
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.

    Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome, comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. Ele, a mulher e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos – e a lembrança dos sofrimentos passados esmorecera.
    Pisou com firmeza no chão gretado, puxou a faca de ponta, esgaravatou as unhas sujas. Tirou do aió um pedaço de fumo, picou- -o, fez um cigarro com palha de milho, acendeu-o ao binga, pôs-se a fumar regalado.
    – Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta. Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra.
    Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:
    – Você é um bicho, Fabiano.
    Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho. capaz de vencer dificuldades.
    Chegara naquela situação medonha – e ali estava, forte, até gordo, fumando o seu cigarro de palha.
    Era. Apossara-se da casa porque não tinha onde cair morto, passara uns dias mastigando raiz de imbu e sementes de mucunã. Viera a trovoada. E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara. Fabiano fizera-se desentendido e oferecera os seus préstimos, resmungando, coçando os cotovelos, sorrindo aflito. O jeito que tinha era ficar. E o patrão aceitara-o, entregara-lhe as marcas de ferro.
    Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tiraria dali. Aparecera como um bicho, entocara-se como um bicho, mas criara raízes, estava plantado. Olhou os quipás, os mandacarus e os xique-xiques. Era mais forte que tudo isso, era como as catingueiras e as baraúnas. Ele, sinhá Vitória, os doisfilhos e a cachorra Baleia estavam agarrados à terra.
    Chape-chape. As alpercatas batiam no chão rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonçados. Parecia um macaco.
    Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! Engano. A sina dele era correr mundo, andar para cima e para baixo, à toa, como judeu errante. Um vagabundo empurrado pela seca. Achava-se ali de passagem, era hóspede. Sim senhor, hóspede que demorava demais, tomava amizade à casa, ao curral, ao chiqueiro das cabras, ao juazeiro que os tinha abrigado uma noite.

(Vidas secas. 27. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1970. P.53-5. Acesso em: 06/03/2024.)
Leia a seguir do 3º§ ao 6º§.
    “– Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta.     Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros.     Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:     – Você é um bicho, Fabiano.”
Sobre o fragmento, analise as afirmativas a seguir.
I. Fabiano fala em voz alta que é um homem devido à situação que se apresenta: tem um emprego e um lugar para morar. II. Ao se colocar como cabra, Fabiano aponta o que impede a sua humanidade: a condição social de exploração, a qual está submetido. III. Na segunda fala, ocorre a diminuição da convicção de Fabiano. Agora ele murmura que é um bicho qualquer, que seja capaz de superar as adversidades.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2687112 Português
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.

    Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome, comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. Ele, a mulher e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos – e a lembrança dos sofrimentos passados esmorecera.
    Pisou com firmeza no chão gretado, puxou a faca de ponta, esgaravatou as unhas sujas. Tirou do aió um pedaço de fumo, picou- -o, fez um cigarro com palha de milho, acendeu-o ao binga, pôs-se a fumar regalado.
    – Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta. Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra.
    Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:
    – Você é um bicho, Fabiano.
    Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho. capaz de vencer dificuldades.
    Chegara naquela situação medonha – e ali estava, forte, até gordo, fumando o seu cigarro de palha.
    Era. Apossara-se da casa porque não tinha onde cair morto, passara uns dias mastigando raiz de imbu e sementes de mucunã. Viera a trovoada. E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara. Fabiano fizera-se desentendido e oferecera os seus préstimos, resmungando, coçando os cotovelos, sorrindo aflito. O jeito que tinha era ficar. E o patrão aceitara-o, entregara-lhe as marcas de ferro.
    Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tiraria dali. Aparecera como um bicho, entocara-se como um bicho, mas criara raízes, estava plantado. Olhou os quipás, os mandacarus e os xique-xiques. Era mais forte que tudo isso, era como as catingueiras e as baraúnas. Ele, sinhá Vitória, os doisfilhos e a cachorra Baleia estavam agarrados à terra.
    Chape-chape. As alpercatas batiam no chão rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonçados. Parecia um macaco.
    Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! Engano. A sina dele era correr mundo, andar para cima e para baixo, à toa, como judeu errante. Um vagabundo empurrado pela seca. Achava-se ali de passagem, era hóspede. Sim senhor, hóspede que demorava demais, tomava amizade à casa, ao curral, ao chiqueiro das cabras, ao juazeiro que os tinha abrigado uma noite.

(Vidas secas. 27. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1970. P.53-5. Acesso em: 06/03/2024.)
No trecho “[...] descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra.” (4º§), a partícula “se” exerce a função de:
Alternativas
Q2687113 Português
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.

    Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome, comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. Ele, a mulher e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos – e a lembrança dos sofrimentos passados esmorecera.
    Pisou com firmeza no chão gretado, puxou a faca de ponta, esgaravatou as unhas sujas. Tirou do aió um pedaço de fumo, picou- -o, fez um cigarro com palha de milho, acendeu-o ao binga, pôs-se a fumar regalado.
    – Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta. Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra.
    Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:
    – Você é um bicho, Fabiano.
    Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho. capaz de vencer dificuldades.
    Chegara naquela situação medonha – e ali estava, forte, até gordo, fumando o seu cigarro de palha.
    Era. Apossara-se da casa porque não tinha onde cair morto, passara uns dias mastigando raiz de imbu e sementes de mucunã. Viera a trovoada. E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara. Fabiano fizera-se desentendido e oferecera os seus préstimos, resmungando, coçando os cotovelos, sorrindo aflito. O jeito que tinha era ficar. E o patrão aceitara-o, entregara-lhe as marcas de ferro.
    Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tiraria dali. Aparecera como um bicho, entocara-se como um bicho, mas criara raízes, estava plantado. Olhou os quipás, os mandacarus e os xique-xiques. Era mais forte que tudo isso, era como as catingueiras e as baraúnas. Ele, sinhá Vitória, os doisfilhos e a cachorra Baleia estavam agarrados à terra.
    Chape-chape. As alpercatas batiam no chão rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonçados. Parecia um macaco.
    Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! Engano. A sina dele era correr mundo, andar para cima e para baixo, à toa, como judeu errante. Um vagabundo empurrado pela seca. Achava-se ali de passagem, era hóspede. Sim senhor, hóspede que demorava demais, tomava amizade à casa, ao curral, ao chiqueiro das cabras, ao juazeiro que os tinha abrigado uma noite.

(Vidas secas. 27. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1970. P.53-5. Acesso em: 06/03/2024.)
Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta.” (1º§). Sobre o fragmento, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q2687114 Matemática
Luciana deixou seu relógio digital cair no chão e ela percebeu que ele continuava funcionando normalmente, porém marcava um horário que não condizia com a realidade. No mesmo instante que o relógio atingia 10 horas e 18 minutos, o tempo real alcançava o horário de 8 horas e 57 minutos. Se Luciana precisa tomar um remédio no tempo real de 19 horas e 30 minutos, o seu relógio digital estará, nesse momento, marcando: 
Alternativas
Q2687115 Matemática
A coordenadora do setor de recursos humanos de uma repartição pública irá sortear 3 vagas entre os seus 7 funcionários, sendo cada vaga para um curso distinto de capacitação. Considere que cada funcionário pode ser sorteado, no máximo, uma vez. Assim, quantas possibilidades distintas existem para os sorteios das vagas entre os funcionários?
Alternativas
Q2687116 Raciocínio Lógico
Ao chegar da escola, Manuela foi questionada por sua mãe sobre a nota obtida na última prova de matemática. Sabe-se que essa prova vale 10 pontos e ela deu para sua mãe as seguintes declarações:

I. “Eu tirei a nota 10 na prova de matemática.” II. “Eu não tirei a nota 2 na prova de matemática.” III. “Eu não tirei a nota 9 na prova de matemática.” IV. “Eu tirei a nota 6 na prova de matemática.”
Considerando que apenas uma das declarações feitas por Manuela é falsa, pode-se concluir, necessariamente, que Manuela
Alternativas
Q2687117 Raciocínio Lógico
Adriana, Elaine e Cecília são amigas e trabalham em um laboratório de análises clínicas. Sabe-se que uma delas é biomédica, a outra é recepcionista e, a amiga restante, é bioquímica. Com respeito às alturas distintas das três profissionais, são obtidas as seguintes informações:
A bioquímica é a mais alta das três amigas; Elaine não é mais alta que Adriana; A amiga mais baixa é recepcionista; e, Cecília não é a amiga mais baixa das três e nem é biomédica.
De acordo com o exposto, é correto afirmar que:
Alternativas
Q2687118 Raciocínio Lógico
Marcela, Anderson, Jorge, Cássia e Valdirene são os únicos candidatos em um processo seletivo. Para a próxima etapa do processo, eles devem fazer um exame psicotécnico no qual serão avaliadas as habilidades dos candidatos, bem como o tempo para a resolução desse exame. Todos começaram o exame no mesmo instante, porém os tempos que eles gastaram para terminar o exame são distintos. Sabe-se que:
• Anderson terminou o exame antes de Valdirene e de Jorge, mas não foi a primeira pessoa a terminar o exame; • Valdirene terminou o exame depois de Jorge, mas não foi a última pessoa a terminar o exame; e, • Cássia terminou o exame antes de Valdirene.

Com base nessas informações, conclui-se que:
Alternativas
Q2687119 Matemática
Os 60 primeiros clientes que chegaram na inauguração de uma loja de eletrodomésticos ganharam, cada um, uma ficha com um número que varia de 1 a 60. Considere que existe uma única ficha com cada numeração. De acordo com essa situação, qual a probabilidade do primeiro cliente receber uma ficha com um número múltiplo de 3 ou de 7?
Alternativas
Q2687120 Raciocínio Lógico
Gustavo guarda em uma estante a sua coleção de carrinhos que possuem uma única cor. Existe exatamente um carrinho para cada uma das cores – rosa, vermelho e azul. Todos os carrinhos restantes são amarelos. Os carrinhos estão posicionados lado a lado e, da esquerda para a direita, o carrinho rosa está posicionado antes do carrinho vermelho que, por sua vez, está posicionado antes do carrinho azul. Adicionalmente, sabe-se que:

• O carrinho vermelho está posicionado exatamente no meio, de modo que o número de carrinhos antes e após ele é igual; • Existem 7 carrinhos amarelos entre os carrinhos rosa e vermelho; • Existem 10 carrinhos amarelos entre os carrinhos vermelho e azul; e, • Da esquerda para a direita, o carrinho rosa está na 12ª posição.
Quantos carrinhos Gustavo guarda na estante?
Alternativas
Q2687121 Raciocínio Lógico
Para acessar uma determinada pasta nos arquivos da empresa, é necessário um código com 8 caracteres. Os 4 primeiros caracteres são numéricos e os caracteres restantes são formados por letras maiúsculas. Quantos códigos diferentes podem ser formados se forem usados números ímpares distintos e as letras A, B, C e D? 
Alternativas
Q2687122 Matemática
Leandra recebeu uma orientação de sua fisioterapeuta para realizar um determinado alongamento uma única vez ao dia durante 180 dias. Considere que Leandra tenha começado o tratamento em uma quarta-feira. Se ela esqueceu de fazer o alongamento em 8 dias, qual dia da semana ela concluiu o tratamento?
Alternativas
Q2687123 Raciocínio Lógico
Considere a seguinte afirmação: Nenhum matemático é racional. A negação dessa afirmação é:
Alternativas
Respostas
1: C
2: D
3: D
4: A
5: D
6: D
7: D
8: A
9: B
10: B
11: D
12: D
13: D
14: C
15: B
16: A
17: C
18: C
19: B
20: B