“Enquanto a máxima aristotélica que abre este texto se conc...
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Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara Municipal de Caratinga - MG
Provas:
Instituto Consulplan - 2024 - Câmara Municipal de Caratinga - MG - Controlador Interno
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Instituto Consulplan - 2024 - Câmara Municipal de Caratinga - MG - Oficial de Redação Legislativa |
Instituto Consulplan - 2024 - Câmara Municipal de Caratinga - MG - Assistente de Comunicação |
Q2687104
Português
Texto associado
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.
Avançar na leitura e na cidadania
Se é verdade que “nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos” (Aristóteles), a maioria dos alunos brasileiros
está deixando de absorver conhecimento por meio da leitura.
No Brasil, 66% dos estudantes de 15 e 16 anos não leem textos com mais de dez páginas, segundo levantamento do Centro de
Pesquisas em Educação, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede).
O baixo índice está ligado a diversos fatores pedagógicos e socioeconômicos, que não propiciam ambiente nem tempo hábil
para se dedicar aos livros. Falta ainda estímulo por parte das famílias e das escolas, o que é reforçado pelo sucateamento das bibliotecas em instituições públicas de ensino.
Enquanto a máxima aristotélica que abre este texto se concentra no conhecimento individual, uma frase de Monteiro Lobato
coloca a leitura no contexto da coletividade: “Uma nação se faz com homens e livros”. Nesse sentido, o Brasil tem muito a avançar. O
mesmo levantamento do Iede aponta que, no Chile, o normal é os alunos lerem mais de cem páginas por ano, em média.
Tais ideias do filósofo grego e do escritor brasileiro merecem ser reacendidas para enfrentarmos o desafio de estimular o hábito
da leitura mais densa em um mundo conectado. As faixas etárias usadas como base para a pesquisa do Iede correspondem à dos
nativos digitais, que praticamente nasceram com um dispositivo que tem acesso à internet nas mãos.
O estímulo à leitura só pode ser feito por meio de políticas consistentes de acesso nas escolas e comunidades, incentivo a bibliotecas e promoção de eventos literários. A própria internet pode ser usada como ferramenta para despertar o interesse pelos livros.
Ler é ampliar o vocabulário, a fluência verbal e a cultura geral, aproximando o indivíduo das possibilidades do mundo acadêmico
e do mercado de trabalho.
Mas o mais nobre benefício está na promoção da cidadania, a partir do momento em que o leitor conhece seus direitos.
Tudo aquilo que estruturas rígidas de poder querem manter sob as sombras, em códigos que poucos podem decifrar.
(Disponível em: https://www.otempo.com.br. Acesso em: 04/03/2024.)
“Enquanto a máxima aristotélica que abre este texto se concentra no conhecimento individual, uma frase de Monteiro Lobato
coloca a leitura no contexto da coletividade: ‘Uma nação se faz com homens e livros’.” (4º§). Considerando o trecho anterior,
no fragmento, a palavra “enquanto” tem valor semântico (de):