Questões de Concurso Público Prefeitura de Nova Iguaçu - RJ 2024 para Professor II - Atendimento Educacional Especial - AEE
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Até o século XVIII era confundida com doença mental e tratada exclusivamente pela medicina por meio da institucionalização que se caracterizava pela retirada das pessoas de suas comunidades de origem, mantendo-as em instituições situadas em localidades distantes de suas famílias, permanecendo isoladas do resto da sociedade, fosse a título de proteção, de tratamento, ou de processo educacional (Aranha, 2001). A partir do século XIX, passou-se a levar em conta as potencialidades desse tipo de pessoa e, aos poucos, estudiosos da área da psicologia e da pedagogia envolveram-se com a questão e realizaram as primeiras intervenções educacionais, principalmente nos países da Europa. Trata-se de uma especificidade ligada a condições genéticas ou outros fatores que ocasionaram alterações no desenvolvimento cerebral da pessoa no período intrauterino, no parto ou nos primeiros anos de vida; portanto, não é uma doença, mas diz respeito ao desenvolvimento que ocorreu de maneira diferenciada, manifestando-se necessariamente no período até os 18 anos de vida. Pessoas com essa especificidade apresentam diferenças significativas em áreas como comunicação, comportamento, autocuidado, vida no lar, segurança e saúde, raciocínio, resolução de problemas, aprendizagem, entre outras, sendo as diferenças observadas em pelo menos duas dessas áreas. O desenvolvimento delas nas áreas envolvidas fica abaixo da média esperada para a sua faixa etária, o que não significa que sua condição é estática. Essa condição demanda algumas intervenções, não apenas de auxílio para o desenvolvimento das atividades cotidianas, mas para a potencialização da sua capacidade intelectual, o que pode ser apoiado e favorecido por um trabalho colaborativo entre família, escola e profissionais especializados, que mobilizarão uma série de estratégias para ampliar o desenvolvimento nas diversas áreas da sua vida e não apenas na área acadêmica.
(Disponível em: https://www.tuasaude.com. Adaptado.)
Tais informações dizem respeito à:
As relações familiares são muito diversificadas, e seu funcionamento muda quando alterações ocorrem em um membro ou no sistema como um todo (Silva; Dessen, 2001). O nascimento de uma criança com deficiência, portanto, confronta toda a expectativa dos pais, e a família é acometida por uma situação inesperada. Os planos de futuro para essa criança são abdicados, e a experiência da família deve ser ressignificada. Segundo Silva e Dessen (2001), a família passa por um processo de superação até que aceite a criança com deficiência mental e institua um ambiente familiar propício para a inclusão dessa criança. Buscaglia (1997) destaca que, mesmo depois do impacto inicial, a presença de uma criança deficiente exige que o sistema se organize para atender às necessidades excepcionais. Esse processo pode durar dias, meses ou anos e mudar o estilo de vida da família, seus valores e papéis. A flexibilidade com que a família irá lidar com a situação depende das experiências prévias, aprendizado e personalidade dos seus membros.
Devido ao significado que o relacionamento fraterno adquire ao longo da vida, mudanças fundamentais na saúde e comportamento de um irmão irão afetar os outros, e essas mudanças correspondem sistematicamente às características da criança, da família, da doença ou deficiência (Lobato, Faust e Spirito, 1988). Segundo Casarin (1999), um filho especial desencadeia, na família, um processo semelhante ao luto. Trata-se de um luto pela perda da fantasia do filho perfeito, da criança sadia. Alguns projetos e expectativas são desfeitos por conta da nova realidade, e a aceitação de um filho com deficiência exige uma reorganização dos valores e objetivos da família (Amiralian, 1986). Os planos da família são geralmente postergados com o nascimento de uma criança, e alguns sacrifícios do casal são transitórios, mas, quando a criança nasce com deficiência, esse adiamento pode se prolongar (Núñez, 2003).
O stress é parte natural de qualquer ambiente familiar, e os irmãos de deficientes podem estar expostos a demandas excessivas que se propagam por outros setores de suas vidas. O estudo mostrou que essas crianças aprenderam a ficar atentas a problemas na dinâmica familiar e são inclinadas a agir em relação a esses conflitos. A caracterização de tais vivências como experiências de vulnerabilidade ou resiliência dependerá de fatores internos e externos pertinentes ao desenvolvimento da criança. Apesar da variação de reações aos desafios familiares apresentadas pelos indivíduos, os resultados apontam o significado potencial de irmãos e a influência no funcionamento de outras crianças da família. Outro resultado apresentado se relaciona à qualidade do relacionamento marital em que o grupo de crianças com irmãos deficientes não relatou mais histórias de conflito conjugal do que o grupo de irmãos de crianças não deficientes.
(Disponível em: https://www.scielo.br/j/pcp/a/. Adaptado.)
Considerando as informações apresentadas, assinale a afirmativa correta.