Questões de Concurso Público Prefeitura de Pitangueiras - SP 2024 para Professor de Educação Básica II - Português/Literatura

Foram encontradas 40 questões

Q2372796 Pedagogia
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), promulgado em 1990, consolidou uma série de direitos fundamentais das crianças e adolescentes, reconhecendo-os como sujeitos de direitos. Dentre as diversas disposições do ECA, aquelas relacionadas à educação merecem destaque. A normativa estabelece que a educação é um direito essencial de todas as crianças e adolescentes, garantindo o acesso, a permanência e a qualidade do ensino. Em uma situação hipotética, considere ser professor em uma determinada escola e que, durante o recreio, é observado que um dos alunos, Pedro, de apenas 9 anos, está visivelmente triste e com sinais de lesões visíveis em seu braço. Ao questioná-lo sobre o que aconteceu, Pedro relata que foi vítima de agressão por parte de um colega em sua vizinhança. Ele menciona que tem medo de voltar para casa. Considerando os conceitos de prioridade de atendimento, conforme estabelecidos pelo ECA, para garantir a efetivação dos direitos referentes à vida, saúde, dignidade e proteção, a primeira atitude a se fazer é:
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Q2372797 Psicologia
A educação é um campo complexo e multifacetado que envolve uma variedade de teorias, práticas e abordagens pedagógicas. Cada abordagem educacional traz consigo uma visão única sobre como os alunos aprendem, como os professores ensinam e qual é o papel da escola na sociedade. A compreensão dessas diferentes abordagens é fundamental para os educadores, uma vez que influenciam diretamente as decisões pedagógicas tomadas em sala de aula e moldam a experiência de aprendizagem dos alunos. Considerando a abordagem Behaviorista, analise as afirmativas a seguir.

I. Asserção: enfatiza que a aprendizagem é um processo de construção ativa do conhecimento pelo aluno.
II. Razão: destaca a importância da observação de comportamentos e da aplicação de reforços para incentivar a participação dos alunos.

Assinale a afirmativa correta.

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Q2372798 Pedagogia
No nível psicológico, as teorias do desenvolvimento ajudam a compreender como os indivíduos adquirem habilidades sociais, emoções e pensamento crítico à medida que envelhecem. Teóricos como Erik Erikson e Jean Piaget destacaram a importância dos desafios que cada pessoa enfrenta em diferentes estágios de desenvolvimento. Durante uma pesquisa sobre o desenvolvimento infantil, determinado professor observou um grupo de crianças em idade pré-escolar. Ele notou que uma das crianças, João, de 4 anos de idade, estava passando por uma fase de desafio em relação à sua autonomia e à sua relação com os outros. João frequentemente demonstrava teimosia e desejo de fazer as coisas por si mesmo, recusando a ajuda dos adultos. No entanto, em algumas situações, ele mostrava sinais de ansiedade e insegurança. Descreve melhor a relação entre as observações sobre João e os estágios de desenvolvimento propostos por Erik Erikson e Jean Piaget:

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Q2372799 Pedagogia
Henri Wallon, psicólogo e pedagogo francês, é amplamente reconhecido por suas contribuições à psicologia do desenvolvimento e à educação. Sua teoria destaca a importância do desenvolvimento integral da criança, considerando aspectos emocionais, cognitivos e motores. Wallon preconiza que o aprendizado é uma atividade que envolve todo o ser da criança e que a educação eficaz deve considerar a complexidade do desenvolvimento infantil. Sobre os importantes conceitos relacionados a Wallon e sua teoria, analise as afirmativas a seguir.

I. A emoção é um estado afetivo isolado; é intrinsecamente ligada ao processo de construção do pensamento e da inteligência. Ele via as emoções como uma forma de atividade mental que molda a maneira como as crianças interagem com o mundo e constroem conhecimento. Em outras palavras, as emoções influenciam a maneira como as crianças percebem, pensam, aprendem e desempenham um papel central no desenvolvimento cognitivo da criança; por este motivo, ele acreditava que a emoção e a razão eram dissociáveis.

II. O desenvolvimento cognitivo não é separado do desenvolvimento emocional. Ele descreveu a evolução das emoções e do pensamento em estágios, e cada estágio está associado a um tipo específico de emoção. Por exemplo, nos estágios iniciais, as emoções estão fortemente ligadas às necessidades básicas, como a alimentação e o conforto. Conforme a criança cresce, as emoções se tornam mais complexas e relacionadas a aspectos sociais e culturais.

III. Um dos conceitos-chave de sua teoria é o de “dialetização”, que se refere ao processo pelo qual as emoções são integradas ao pensamento e à ação. Em outras palavras, as emoções desempenham um papel fundamental na formação do pensamento, ajudando a criança a entender o mundo ao seu redor e a agir de maneira apropriada. Isso significa que as emoções não são obstáculos para o desenvolvimento cognitivo, mas sim um componente essencial desse processo.
IV. Via o desenvolvimento como um processo contínuo e dinâmico, com prevalência da emoção sobre a emoção, a cognição e a cultura em cada estágio. Ele enfatizava a importância da educação que respeitasse o estágio de desenvolvimento da criança, adaptando as estratégias pedagógicas de acordo com as necessidades e potencialidades de cada fase. 

Está correto o que se afirma em
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Q2372800 Pedagogia
A didática desempenha um papel central no fazer docente, pois fornece as bases teóricas e práticas necessárias para que os professores exerçam sua profissão com eficácia. Ela se adapta às necessidades em constante evolução da educação, capacitando os educadores a promoverem o aprendizado significativo e o desenvolvimento integral de seus alunos. Portanto, a didática é um fundamento epistemológico essencial que sustenta a prática pedagógica e contribui para o constante aprimoramento da educação. No contexto da formação de professores e da prática educacional, há uma discussão significativa sobre os saberes da docência, a identidade do professor e a importância da didática como fundamento epistemológico do fazer docente. Na construção da professoralidade, 

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Q2372801 Pedagogia
Em um contexto educacional, um professor deve estar ciente da relação entre transtornos alimentares na adolescência e seu impacto na aprendizagem dos alunos. Considerando essa perspectiva, analise a seguinte situação: “adolescente, sexo masculino, aluno de 16 anos, demonstra um desempenho acadêmico notável em todas as disciplinas, mas seu comportamento durante as refeições na escola é notavelmente estranho. Ele frequentemente evita comer na presença de colegas, dizendo que não tem fome; parece excessivamente preocupado com a contagem de calorias. Em casa ele pratica grande quantidade de exercícios físicos e demonstra estar bem de saúde. Além disso, tem um medo intenso de ganhar peso e verifica constantemente o seu corpo no espelho. Com base no conhecimento sobre transtornos alimentares, é possível afirmar que o adolescente está apresentando sintomas de:


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Q2372802 Pedagogia
Jean Piaget é reconhecido por suas contribuições à psicologia do desenvolvimento e à educação. Sua teoria, conhecida como Epistemologia Genética, destaca a importância do desenvolvimento cognitivo, como isso influencia a aprendizagem e procura entender como as pessoas constroem o conhecimento ao longo de suas vidas, especialmente durante a infância e a adolescência. Piaget acreditava que as crianças passam por melhorias de desenvolvimento cognitivo, nas quais constroem ativamente seu conhecimento por meio da interação com o ambiente. Essa teoria influenciou profundamente a educação e as práticas pedagógicas. De acordo com a epistemologia genética de Jean Piaget, a equilibração é um processo 
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Q2372803 Pedagogia
Considere uma escola pública que adota as Tendências Pedagógicas Pós-Críticas em seu Projeto Político-Pedagógico (PPP). Em uma turma, há um grupo de alunos que demonstra comportamentos de exclusão e preconceito em relação a um colega que se identifica como não binário. Esse colega enfrenta situações de discriminação e é alvo de comentários maldosos. Essa situação prejudica a construção de um ambiente escolar inclusivo e respeitoso. O professor se vê diante do desafio de abordar essa situação de maneira eficaz, promovendo a inclusão, o respeito às diferenças de gênero e a construção de um ambiente educacional seguro e acolhedor. Quais atitudes e estratégias docentes estão alinhadas às tendências pedagógicas adotadas pela escola em seu Projeto Político-Pedagógico (PPP)?

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Q2372804 Pedagogia
A educação mediadora considera que o conhecimento é construído socialmente e que as experiências individuais dos alunos desempenham um papel importante nesse processo. Quando o professor mediador explica algo, o aluno escuta. O sentido que o professor pensa ter transmitido pode ser muito diferente do sentido construído pelo aluno. Dificilmente o sentido será o mesmo para duas pessoas diferentes, considerando-se as vivências e os momentos de educação de cada uma. O silêncio do professor é a sua forma de intervir nessa situação. Agindo ou deixando de agir, o aluno interpreta essas reações a sua própria maneira. Cada um dos participantes desse diálogo tem sua própria capacidade de operar mentalmente sobre o mundo e, dessa forma, produzir sentidos diferentes. É essa mágica relação de conhecimento que une ou desune alunos e professores. Assim, o papel do professor mediador é o de

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Q2372805 Pedagogia
O conteúdo escolar é elaborado com base na seleção e na reelaboração de conceitos culturais para, com isso, torná-los satisfatórios para serem repassados nas escolas. Esse processo de seleção cultural leva à discussão de apenas uma parcela de experiências coletivas de indivíduos; em geral, a parcela de conhecimentos, valores e atitudes considerada a versão autorizada ou legítima da cultura. Com isso, ocorre a marginalização da cultura de diversos grupos sociais no contexto escolar e a substituição por conteúdos da parcela hegemônica. Por isso, historicamente, a escola passou a desempenhar o papel de homogeneizar os valores aceitos e promover a assimilação cultural dos alunos. O desafio que se coloca na contemporaneidade é reconhecer a importância de utilizar o espaço escolar para dar voz aos grupos sociais oprimidos e reverter esta situação. Para que isso aconteça:

I. É preciso construir um espaço pedagógico que fortaleça a diversidade cultural, dando um sentido mais democrático aos conteúdos escolares.
II. É necessário identificar o conceito de multiculturalismo utilizado nas propostas curriculares.
III. Deve-se discutir e diferenciar as noções de cultura culta e culturas dominadas.
IV. Deve-se criar escolas multiculturais e escolas cultas; as escolas cultas abrangem o saber tradicional, os métodos e as filosofias transmitidas ao longo da história.


Está correto o que se afirma em

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Q2373051 Português

O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.


“Sem a Libras, sem a língua de sinais, eu não existo”


    “Eu sou uma mulher, surda, ativista, que gosta de reivindicar e brigar pelos meus direitos.” É assim que se apresenta Sylvia Lia Grespan Neves, primeira professora surda da USP e ministrante da disciplina de graduação Educação Especial, Educação de Surdos e Libras, da Faculdade de Educação (FEUSP). 
     Quem lê essa frase pode pensar que Sylvia já nasceu forte, decidida e confiante em si. Mas nem sempre ela se viu assim. Como comenta a docente, o olhar de pessoas ouvintes lançado sobre seu corpo muitas vezes a fez se sentir insuficiente. “Meu sonho era ser escritora, mas um certo dia uma professora me disse que eu não era capaz. Ali, ela eliminou a possibilidade que eu tinha de sonhar.” A escolarização básica, aliás, foi um processo doloroso. “No internato em que estudei, a gente era proibido de sinalizar, recebíamos castigos físicos se alguém nos visse, éramos sempre obrigados a oralizar.”
    Após muitos outros julgamentos, ela decidiu ser uma professora diferente da que tivera. Foi a forma que encontrou de imaginar um futuro onde pessoas surdas ou ouvintes pudessem sonhar, mesmo que transpassados de limitações. Ela relata ainda que foi graças à Língua Brasileira de Sinais (Libras) que conseguiu recuperar sua autoestima. É assim que ela se comunica no dia a dia, inclusive na entrevista ao JC, realizada com o auxílio de uma intérprete.
    Um de seus primeiros contatos com a língua foi em uma antiga escola religiosa, o internato feminino Instituto Santa Terezinha, localizado na Zona Sul de São Paulo, que hoje não existe mais. No local, algumas freiras surdas utilizavam uma língua de sinais mais caseira – uma espécie de mímica adaptada por elas próprias –, mas sempre de maneira escondida.
    Essa sempre foi uma luta de Sylvia: a escolha e não a obrigatoriedade da oralização. “Eu não acho que seja ruim que uma pessoa surda aprenda a falar através da oralização, mas eu acho que isso não é para ser feito na escola. É um tratamento médico, um trabalho fonoaudiológico. Não é para a educação fazer isso, escola é lugar da gente aprender conteúdo curricular regular como qualquer outra escola.”
   Depois de algumas experiências em outras escolas sem intérpretes que a acompanhassem, Sylvia teve contato com uma família surda, seus vizinhos. Graças a esse convívio, ela foi capaz de se entender e se aceitar como uma pessoa surda. Um processo lento, mas que foi importante para reafirmar sua identidade.
   Tendo a Libras como sua primeira língua, a professora, que também pesquisa acessibilidade linguística, avalia o quanto nossas sociedades associam a expressão oral como símbolo da cognição humana. Para ela, a língua de sinais não é apenas a representação visual das palavras, “Libras para mim é tudo. É minha vida. Foi a partir dela que eu consegui começar a existir, a viver. Não sei se você consegue imaginar a sua vida sem a língua portuguesa. Quem é você sem a língua que você fala? Sem a língua de sinais é como se eu não existisse”.


(Por Danilo Queiroz e Sofia Lanza. Em: 15/12/2023. Adaptado.)
O recurso escolhido para iniciar o texto tem como objetivo principal: 
Alternativas
Q2373052 Português

O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.


“Sem a Libras, sem a língua de sinais, eu não existo”


    “Eu sou uma mulher, surda, ativista, que gosta de reivindicar e brigar pelos meus direitos.” É assim que se apresenta Sylvia Lia Grespan Neves, primeira professora surda da USP e ministrante da disciplina de graduação Educação Especial, Educação de Surdos e Libras, da Faculdade de Educação (FEUSP). 
     Quem lê essa frase pode pensar que Sylvia já nasceu forte, decidida e confiante em si. Mas nem sempre ela se viu assim. Como comenta a docente, o olhar de pessoas ouvintes lançado sobre seu corpo muitas vezes a fez se sentir insuficiente. “Meu sonho era ser escritora, mas um certo dia uma professora me disse que eu não era capaz. Ali, ela eliminou a possibilidade que eu tinha de sonhar.” A escolarização básica, aliás, foi um processo doloroso. “No internato em que estudei, a gente era proibido de sinalizar, recebíamos castigos físicos se alguém nos visse, éramos sempre obrigados a oralizar.”
    Após muitos outros julgamentos, ela decidiu ser uma professora diferente da que tivera. Foi a forma que encontrou de imaginar um futuro onde pessoas surdas ou ouvintes pudessem sonhar, mesmo que transpassados de limitações. Ela relata ainda que foi graças à Língua Brasileira de Sinais (Libras) que conseguiu recuperar sua autoestima. É assim que ela se comunica no dia a dia, inclusive na entrevista ao JC, realizada com o auxílio de uma intérprete.
    Um de seus primeiros contatos com a língua foi em uma antiga escola religiosa, o internato feminino Instituto Santa Terezinha, localizado na Zona Sul de São Paulo, que hoje não existe mais. No local, algumas freiras surdas utilizavam uma língua de sinais mais caseira – uma espécie de mímica adaptada por elas próprias –, mas sempre de maneira escondida.
    Essa sempre foi uma luta de Sylvia: a escolha e não a obrigatoriedade da oralização. “Eu não acho que seja ruim que uma pessoa surda aprenda a falar através da oralização, mas eu acho que isso não é para ser feito na escola. É um tratamento médico, um trabalho fonoaudiológico. Não é para a educação fazer isso, escola é lugar da gente aprender conteúdo curricular regular como qualquer outra escola.”
   Depois de algumas experiências em outras escolas sem intérpretes que a acompanhassem, Sylvia teve contato com uma família surda, seus vizinhos. Graças a esse convívio, ela foi capaz de se entender e se aceitar como uma pessoa surda. Um processo lento, mas que foi importante para reafirmar sua identidade.
   Tendo a Libras como sua primeira língua, a professora, que também pesquisa acessibilidade linguística, avalia o quanto nossas sociedades associam a expressão oral como símbolo da cognição humana. Para ela, a língua de sinais não é apenas a representação visual das palavras, “Libras para mim é tudo. É minha vida. Foi a partir dela que eu consegui começar a existir, a viver. Não sei se você consegue imaginar a sua vida sem a língua portuguesa. Quem é você sem a língua que você fala? Sem a língua de sinais é como se eu não existisse”.


(Por Danilo Queiroz e Sofia Lanza. Em: 15/12/2023. Adaptado.)
Em “Eu sou uma mulher, surda, ativista, que gosta de reivindicar e brigar pelos meus direitos.” (1º§), pode-se afirmar sobre a pontuação utilizada que:
Alternativas
Q2373053 Português

O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.


“Sem a Libras, sem a língua de sinais, eu não existo”


    “Eu sou uma mulher, surda, ativista, que gosta de reivindicar e brigar pelos meus direitos.” É assim que se apresenta Sylvia Lia Grespan Neves, primeira professora surda da USP e ministrante da disciplina de graduação Educação Especial, Educação de Surdos e Libras, da Faculdade de Educação (FEUSP). 
     Quem lê essa frase pode pensar que Sylvia já nasceu forte, decidida e confiante em si. Mas nem sempre ela se viu assim. Como comenta a docente, o olhar de pessoas ouvintes lançado sobre seu corpo muitas vezes a fez se sentir insuficiente. “Meu sonho era ser escritora, mas um certo dia uma professora me disse que eu não era capaz. Ali, ela eliminou a possibilidade que eu tinha de sonhar.” A escolarização básica, aliás, foi um processo doloroso. “No internato em que estudei, a gente era proibido de sinalizar, recebíamos castigos físicos se alguém nos visse, éramos sempre obrigados a oralizar.”
    Após muitos outros julgamentos, ela decidiu ser uma professora diferente da que tivera. Foi a forma que encontrou de imaginar um futuro onde pessoas surdas ou ouvintes pudessem sonhar, mesmo que transpassados de limitações. Ela relata ainda que foi graças à Língua Brasileira de Sinais (Libras) que conseguiu recuperar sua autoestima. É assim que ela se comunica no dia a dia, inclusive na entrevista ao JC, realizada com o auxílio de uma intérprete.
    Um de seus primeiros contatos com a língua foi em uma antiga escola religiosa, o internato feminino Instituto Santa Terezinha, localizado na Zona Sul de São Paulo, que hoje não existe mais. No local, algumas freiras surdas utilizavam uma língua de sinais mais caseira – uma espécie de mímica adaptada por elas próprias –, mas sempre de maneira escondida.
    Essa sempre foi uma luta de Sylvia: a escolha e não a obrigatoriedade da oralização. “Eu não acho que seja ruim que uma pessoa surda aprenda a falar através da oralização, mas eu acho que isso não é para ser feito na escola. É um tratamento médico, um trabalho fonoaudiológico. Não é para a educação fazer isso, escola é lugar da gente aprender conteúdo curricular regular como qualquer outra escola.”
   Depois de algumas experiências em outras escolas sem intérpretes que a acompanhassem, Sylvia teve contato com uma família surda, seus vizinhos. Graças a esse convívio, ela foi capaz de se entender e se aceitar como uma pessoa surda. Um processo lento, mas que foi importante para reafirmar sua identidade.
   Tendo a Libras como sua primeira língua, a professora, que também pesquisa acessibilidade linguística, avalia o quanto nossas sociedades associam a expressão oral como símbolo da cognição humana. Para ela, a língua de sinais não é apenas a representação visual das palavras, “Libras para mim é tudo. É minha vida. Foi a partir dela que eu consegui começar a existir, a viver. Não sei se você consegue imaginar a sua vida sem a língua portuguesa. Quem é você sem a língua que você fala? Sem a língua de sinais é como se eu não existisse”.


(Por Danilo Queiroz e Sofia Lanza. Em: 15/12/2023. Adaptado.)
O texto apresenta alguns aspectos particulares referentes à comunicação indicando que tal ação de comunicar-se:
I. Está relacionada à autoestima.
II. Possibilita realizações particulares e sociais.
III. Possui especificidades cujo direcionamento deve ser feito apenas por um profissional.

Está correto o que se afirma em 

Alternativas
Q2373054 Português

O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.


“Sem a Libras, sem a língua de sinais, eu não existo”


    “Eu sou uma mulher, surda, ativista, que gosta de reivindicar e brigar pelos meus direitos.” É assim que se apresenta Sylvia Lia Grespan Neves, primeira professora surda da USP e ministrante da disciplina de graduação Educação Especial, Educação de Surdos e Libras, da Faculdade de Educação (FEUSP). 
     Quem lê essa frase pode pensar que Sylvia já nasceu forte, decidida e confiante em si. Mas nem sempre ela se viu assim. Como comenta a docente, o olhar de pessoas ouvintes lançado sobre seu corpo muitas vezes a fez se sentir insuficiente. “Meu sonho era ser escritora, mas um certo dia uma professora me disse que eu não era capaz. Ali, ela eliminou a possibilidade que eu tinha de sonhar.” A escolarização básica, aliás, foi um processo doloroso. “No internato em que estudei, a gente era proibido de sinalizar, recebíamos castigos físicos se alguém nos visse, éramos sempre obrigados a oralizar.”
    Após muitos outros julgamentos, ela decidiu ser uma professora diferente da que tivera. Foi a forma que encontrou de imaginar um futuro onde pessoas surdas ou ouvintes pudessem sonhar, mesmo que transpassados de limitações. Ela relata ainda que foi graças à Língua Brasileira de Sinais (Libras) que conseguiu recuperar sua autoestima. É assim que ela se comunica no dia a dia, inclusive na entrevista ao JC, realizada com o auxílio de uma intérprete.
    Um de seus primeiros contatos com a língua foi em uma antiga escola religiosa, o internato feminino Instituto Santa Terezinha, localizado na Zona Sul de São Paulo, que hoje não existe mais. No local, algumas freiras surdas utilizavam uma língua de sinais mais caseira – uma espécie de mímica adaptada por elas próprias –, mas sempre de maneira escondida.
    Essa sempre foi uma luta de Sylvia: a escolha e não a obrigatoriedade da oralização. “Eu não acho que seja ruim que uma pessoa surda aprenda a falar através da oralização, mas eu acho que isso não é para ser feito na escola. É um tratamento médico, um trabalho fonoaudiológico. Não é para a educação fazer isso, escola é lugar da gente aprender conteúdo curricular regular como qualquer outra escola.”
   Depois de algumas experiências em outras escolas sem intérpretes que a acompanhassem, Sylvia teve contato com uma família surda, seus vizinhos. Graças a esse convívio, ela foi capaz de se entender e se aceitar como uma pessoa surda. Um processo lento, mas que foi importante para reafirmar sua identidade.
   Tendo a Libras como sua primeira língua, a professora, que também pesquisa acessibilidade linguística, avalia o quanto nossas sociedades associam a expressão oral como símbolo da cognição humana. Para ela, a língua de sinais não é apenas a representação visual das palavras, “Libras para mim é tudo. É minha vida. Foi a partir dela que eu consegui começar a existir, a viver. Não sei se você consegue imaginar a sua vida sem a língua portuguesa. Quem é você sem a língua que você fala? Sem a língua de sinais é como se eu não existisse”.


(Por Danilo Queiroz e Sofia Lanza. Em: 15/12/2023. Adaptado.)
“Como comenta a docente, o olhar de pessoas ouvintes lançado sobre seu corpo muitas vezes a fez se sentir insuficiente.” (2º§) Em relação ao período anterior, assinale a reescrita em que tanto o sentido original quanto a correção gramatical estão preservados.
Alternativas
Q2373055 Português

O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.


“Sem a Libras, sem a língua de sinais, eu não existo”


    “Eu sou uma mulher, surda, ativista, que gosta de reivindicar e brigar pelos meus direitos.” É assim que se apresenta Sylvia Lia Grespan Neves, primeira professora surda da USP e ministrante da disciplina de graduação Educação Especial, Educação de Surdos e Libras, da Faculdade de Educação (FEUSP). 
     Quem lê essa frase pode pensar que Sylvia já nasceu forte, decidida e confiante em si. Mas nem sempre ela se viu assim. Como comenta a docente, o olhar de pessoas ouvintes lançado sobre seu corpo muitas vezes a fez se sentir insuficiente. “Meu sonho era ser escritora, mas um certo dia uma professora me disse que eu não era capaz. Ali, ela eliminou a possibilidade que eu tinha de sonhar.” A escolarização básica, aliás, foi um processo doloroso. “No internato em que estudei, a gente era proibido de sinalizar, recebíamos castigos físicos se alguém nos visse, éramos sempre obrigados a oralizar.”
    Após muitos outros julgamentos, ela decidiu ser uma professora diferente da que tivera. Foi a forma que encontrou de imaginar um futuro onde pessoas surdas ou ouvintes pudessem sonhar, mesmo que transpassados de limitações. Ela relata ainda que foi graças à Língua Brasileira de Sinais (Libras) que conseguiu recuperar sua autoestima. É assim que ela se comunica no dia a dia, inclusive na entrevista ao JC, realizada com o auxílio de uma intérprete.
    Um de seus primeiros contatos com a língua foi em uma antiga escola religiosa, o internato feminino Instituto Santa Terezinha, localizado na Zona Sul de São Paulo, que hoje não existe mais. No local, algumas freiras surdas utilizavam uma língua de sinais mais caseira – uma espécie de mímica adaptada por elas próprias –, mas sempre de maneira escondida.
    Essa sempre foi uma luta de Sylvia: a escolha e não a obrigatoriedade da oralização. “Eu não acho que seja ruim que uma pessoa surda aprenda a falar através da oralização, mas eu acho que isso não é para ser feito na escola. É um tratamento médico, um trabalho fonoaudiológico. Não é para a educação fazer isso, escola é lugar da gente aprender conteúdo curricular regular como qualquer outra escola.”
   Depois de algumas experiências em outras escolas sem intérpretes que a acompanhassem, Sylvia teve contato com uma família surda, seus vizinhos. Graças a esse convívio, ela foi capaz de se entender e se aceitar como uma pessoa surda. Um processo lento, mas que foi importante para reafirmar sua identidade.
   Tendo a Libras como sua primeira língua, a professora, que também pesquisa acessibilidade linguística, avalia o quanto nossas sociedades associam a expressão oral como símbolo da cognição humana. Para ela, a língua de sinais não é apenas a representação visual das palavras, “Libras para mim é tudo. É minha vida. Foi a partir dela que eu consegui começar a existir, a viver. Não sei se você consegue imaginar a sua vida sem a língua portuguesa. Quem é você sem a língua que você fala? Sem a língua de sinais é como se eu não existisse”.


(Por Danilo Queiroz e Sofia Lanza. Em: 15/12/2023. Adaptado.)
De acordo com a estruturação das ideias e informações apresentadas no texto, observa-se que:
Alternativas
Q2373056 Português

O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.


“Sem a Libras, sem a língua de sinais, eu não existo”


    “Eu sou uma mulher, surda, ativista, que gosta de reivindicar e brigar pelos meus direitos.” É assim que se apresenta Sylvia Lia Grespan Neves, primeira professora surda da USP e ministrante da disciplina de graduação Educação Especial, Educação de Surdos e Libras, da Faculdade de Educação (FEUSP). 
     Quem lê essa frase pode pensar que Sylvia já nasceu forte, decidida e confiante em si. Mas nem sempre ela se viu assim. Como comenta a docente, o olhar de pessoas ouvintes lançado sobre seu corpo muitas vezes a fez se sentir insuficiente. “Meu sonho era ser escritora, mas um certo dia uma professora me disse que eu não era capaz. Ali, ela eliminou a possibilidade que eu tinha de sonhar.” A escolarização básica, aliás, foi um processo doloroso. “No internato em que estudei, a gente era proibido de sinalizar, recebíamos castigos físicos se alguém nos visse, éramos sempre obrigados a oralizar.”
    Após muitos outros julgamentos, ela decidiu ser uma professora diferente da que tivera. Foi a forma que encontrou de imaginar um futuro onde pessoas surdas ou ouvintes pudessem sonhar, mesmo que transpassados de limitações. Ela relata ainda que foi graças à Língua Brasileira de Sinais (Libras) que conseguiu recuperar sua autoestima. É assim que ela se comunica no dia a dia, inclusive na entrevista ao JC, realizada com o auxílio de uma intérprete.
    Um de seus primeiros contatos com a língua foi em uma antiga escola religiosa, o internato feminino Instituto Santa Terezinha, localizado na Zona Sul de São Paulo, que hoje não existe mais. No local, algumas freiras surdas utilizavam uma língua de sinais mais caseira – uma espécie de mímica adaptada por elas próprias –, mas sempre de maneira escondida.
    Essa sempre foi uma luta de Sylvia: a escolha e não a obrigatoriedade da oralização. “Eu não acho que seja ruim que uma pessoa surda aprenda a falar através da oralização, mas eu acho que isso não é para ser feito na escola. É um tratamento médico, um trabalho fonoaudiológico. Não é para a educação fazer isso, escola é lugar da gente aprender conteúdo curricular regular como qualquer outra escola.”
   Depois de algumas experiências em outras escolas sem intérpretes que a acompanhassem, Sylvia teve contato com uma família surda, seus vizinhos. Graças a esse convívio, ela foi capaz de se entender e se aceitar como uma pessoa surda. Um processo lento, mas que foi importante para reafirmar sua identidade.
   Tendo a Libras como sua primeira língua, a professora, que também pesquisa acessibilidade linguística, avalia o quanto nossas sociedades associam a expressão oral como símbolo da cognição humana. Para ela, a língua de sinais não é apenas a representação visual das palavras, “Libras para mim é tudo. É minha vida. Foi a partir dela que eu consegui começar a existir, a viver. Não sei se você consegue imaginar a sua vida sem a língua portuguesa. Quem é você sem a língua que você fala? Sem a língua de sinais é como se eu não existisse”.


(Por Danilo Queiroz e Sofia Lanza. Em: 15/12/2023. Adaptado.)
Apesar da norma padrão da língua ser identificada como a linguagem predominante empregada no texto, é possível reconhecer uma inadequação de acordo com as normas gramaticais no trecho destacado em:
Alternativas
Q2373057 Português

O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.


“Sem a Libras, sem a língua de sinais, eu não existo”


    “Eu sou uma mulher, surda, ativista, que gosta de reivindicar e brigar pelos meus direitos.” É assim que se apresenta Sylvia Lia Grespan Neves, primeira professora surda da USP e ministrante da disciplina de graduação Educação Especial, Educação de Surdos e Libras, da Faculdade de Educação (FEUSP). 
     Quem lê essa frase pode pensar que Sylvia já nasceu forte, decidida e confiante em si. Mas nem sempre ela se viu assim. Como comenta a docente, o olhar de pessoas ouvintes lançado sobre seu corpo muitas vezes a fez se sentir insuficiente. “Meu sonho era ser escritora, mas um certo dia uma professora me disse que eu não era capaz. Ali, ela eliminou a possibilidade que eu tinha de sonhar.” A escolarização básica, aliás, foi um processo doloroso. “No internato em que estudei, a gente era proibido de sinalizar, recebíamos castigos físicos se alguém nos visse, éramos sempre obrigados a oralizar.”
    Após muitos outros julgamentos, ela decidiu ser uma professora diferente da que tivera. Foi a forma que encontrou de imaginar um futuro onde pessoas surdas ou ouvintes pudessem sonhar, mesmo que transpassados de limitações. Ela relata ainda que foi graças à Língua Brasileira de Sinais (Libras) que conseguiu recuperar sua autoestima. É assim que ela se comunica no dia a dia, inclusive na entrevista ao JC, realizada com o auxílio de uma intérprete.
    Um de seus primeiros contatos com a língua foi em uma antiga escola religiosa, o internato feminino Instituto Santa Terezinha, localizado na Zona Sul de São Paulo, que hoje não existe mais. No local, algumas freiras surdas utilizavam uma língua de sinais mais caseira – uma espécie de mímica adaptada por elas próprias –, mas sempre de maneira escondida.
    Essa sempre foi uma luta de Sylvia: a escolha e não a obrigatoriedade da oralização. “Eu não acho que seja ruim que uma pessoa surda aprenda a falar através da oralização, mas eu acho que isso não é para ser feito na escola. É um tratamento médico, um trabalho fonoaudiológico. Não é para a educação fazer isso, escola é lugar da gente aprender conteúdo curricular regular como qualquer outra escola.”
   Depois de algumas experiências em outras escolas sem intérpretes que a acompanhassem, Sylvia teve contato com uma família surda, seus vizinhos. Graças a esse convívio, ela foi capaz de se entender e se aceitar como uma pessoa surda. Um processo lento, mas que foi importante para reafirmar sua identidade.
   Tendo a Libras como sua primeira língua, a professora, que também pesquisa acessibilidade linguística, avalia o quanto nossas sociedades associam a expressão oral como símbolo da cognição humana. Para ela, a língua de sinais não é apenas a representação visual das palavras, “Libras para mim é tudo. É minha vida. Foi a partir dela que eu consegui começar a existir, a viver. Não sei se você consegue imaginar a sua vida sem a língua portuguesa. Quem é você sem a língua que você fala? Sem a língua de sinais é como se eu não existisse”.


(Por Danilo Queiroz e Sofia Lanza. Em: 15/12/2023. Adaptado.)
Considerando o emprego do acento indicador de crase em: “Ela relata ainda que foi graças à Língua Brasileira de Sinais (Libras) que conseguiu recuperar sua autoestima.” (3º§), pode-se afirmar que:
Alternativas
Q2373058 Literatura
“Uma das características mais marcantes do texto literário é a sua função _______________ por oposição à função _______________ do texto não-literário.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior. 
Alternativas
Q2373059 Literatura
Leia o poema a seguir: 


                                                                                    Imagem associada para resolução da questão
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: Record, 1979.)

Considerando-se os movimentos literários assim como os paradigmas estéticos a eles associados, pode-se afirmar que, em relação ao poema “Aula de Português”:

Alternativas
Q2373060 Literatura
Leia o texto a seguir:
ATO PRIMEIRO

Sala ricamente adornada: mesa, consolos, mangas de vidro, jarras com flores, cortinas etc., etc. No fundo, porta de saída, uma janela etc., etc.

CENA 1
AMBRÓSIO
(só, de calça preta e chambre) — No mundo a fortuna é para quem sabe adquiri-la. Pintam-na cega... Que simplicidade! Cego é aquele que não tem inteligência para vê-la e a alcançar. Todo o homem pode ser rico, se atinar com o verdadeiro caminho da fortuna. Vontade forte, perseverança e pertinácia são poderosos auxiliares. Qual o homem que, resolvido a empregar todos os meios, não consegue enriquecer-se? Em mim se vê o exemplo. Há oito anos, era eu pobre e miserável, e hoje sou rico, e mais ainda serei. O como não importa; no bom resultado está o mérito... Mas um dia pode tudo mudar. Oh, que temo eu? Se em algum tempo tiver de responder pelos meus atos, o ouro justificar-me-á e serei limpo de culpa. 
(PENA, Martins. O noviço. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998.)

De acordo com as características estruturais do texto apresentado, pode-se afirmar que:

Alternativas
Respostas
21: C
22: B
23: C
24: C
25: D
26: B
27: A
28: D
29: A
30: D
31: D
32: D
33: A
34: D
35: B
36: B
37: B
38: B
39: D
40: B