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Um ano após ataque em escola em Suzano, túmulo de
assassino recebe visitas de admiradores
Um ano após o ataque que matou dez pessoas na Escola
Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, o
túmulo de um dos jovens responsáveis pelo massacre volta
e meia recebe admiradores que até velas acendem em sua
homenagem
André Vargas De Suzano para a BBC News Brasil
Os funcionários do cemitério São João Batista, a quase
10 quilômetros da escola, desconversam, mas admitem que
ficam de olho nos visitantes.
O túmulo abriga Guilherme Taucci Monteiro, o
idealizador do ataque, conforme revelaram as conversas por
aplicativo de celular e e-mails encontrados pela Polícia Civil.
Ele tinha 17 anos quando, junto de Luiz Henrique de
Castro, de 25 anos, invadiu a escola numa manhã do dia 13 de
março de 2019, uma quarta-feira. Eles tentavam imitar o
massacre na escola de Columbine, no Estado americano do
Colorado, em 1999, quando dois alunos assassinaram 13
pessoas e feriram 24.
Dias antes, Taucci agradeceu pelas dicas que obteve no
fórum da deep web Dogolachan: "Nascemos falhos, mas
partiremos como heróis".
Virtualmente impossível de ser rastreado, é no
Dogolachan que os autoproclamados incels fermentam seu ódio
contra mulheres e figuras de autoridade, como professores e
parentes.
Incel é a contração em inglês para "celibatários
involuntários", termo com o qual homens jovens, solitários,
misóginos e rancorosos costumam se apresentar. Castro
também escreveu no mesmo fórum: "Depois estaremos diante
de Deus com nossas 7 virgens".
Armados com um revólver, uma machadinha, uma besta
com dardos, coquetéis molotov e bombas falsas, os brasileiros
estudaram o ataque em Columbine.
Depois de cerca de 15 minutos, prestes a serem cercados
pela polícia, os jovens executaram a segunda parte do plano.
Após atirar contra um policial militar à paisana que mora nas
proximidades e ouviu os disparos, Taucci matou Castro e
cometeu suicídio.
Foi o segundo maior ataque em escolas brasileiras. O
maior ocorreu em 2011, quando 12 crianças foram mortas e 13
ficaram feridas na Escola Municipal Tasso da Silveira, em
Realengo, no Rio de Janeiro. O assassino, Wellington Menezes
de Oliveira, de 23 anos, cometeu suicídio após ser baleado por
um policial.
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Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51880555