“Uma coisa é preocuparmo-nos com a morte de outro, ao
longe. Outra é, de súbito, tomar consciência da própria
putrescibilidade, de viver na vizinhança da própria morte,
de contemplá-la enquanto possibilidade real. À partida, é
esse o terror suscitado pelo confinamento a muita gente:
a obrigação de, por fim, responder pela sua vida e nome”
MBEMBE, Achille. Necropolítica. 3. ed. São Paulo: n-1 edições,
2018. 80 p.