Questões de Concurso Público SEED-PR 2007 para Professor, Florestal
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Com relação às transformações ocorridas no ensino de Língua Portuguesa ao longo do século XX, numere a coluna da direita de acordo com a coluna da esquerda.
(1) Meados do século.
(2) Década de 90.
(3) Década de 70.
(4) Década de 80.
( ) Contribuições teóricas do Círculo de Bakhtin.
( ) Ensino de Língua Portuguesa pautado em exercícios estruturais, técnicas de redação e habilidades de leitura.
( ) Pedagogia de projetos e temas de emergência social.
( ) A disciplina de Português passou a denominar-se Comunicação e Expressão.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de cima para baixo.
“A solução para o vácuo imposto à formação do leitor adolescente tem sido tangenciada pela pedagogia do gostoso. Vale o adolescente se sentir satisfeito, que o livro tenha sido gostoso, bom de ler. O conceito de prazer fica vinculado às diferentes formas de facilitação.” (Mafra, 2003.)
Sobre esse assunto, considere as afirmativas a seguir:
1. Na formação do leitor adolescente, é essencial facilitar, propor leituras fáceis, pois disso depende o prazer ao ler.
2. O trabalho que o professor realiza com a literatura em sala de aula pode contribuir para que o prazer experimentado pelo adolescente possa ser transformado em fruição.
3. A “pedagogia do gostoso” investe na padronização de obras que não levem a grandes surpresas nem a grandes sobressaltos estéticos.
4. Ao invés da facilitação da leitura, a escola deve propor a literatura como possibilidade de ampliação e reconstrução dos horizontes de expectativas dos alunos.
Assinale a alternativa correta.
A partir do sentido da crônica de Quintana, assinale a afirmativa correta sobre o trabalho com a literatura na escola:
Leia o que dizem FARACO e MARCUSCHI sobre a fala:
“Para ele [o falante], a realidade lingüística não se apresenta primordialmente como um sistema gramatical abstrato, mas como um mundo de vozes e suas relações de aceitação e recusa, suas convergências e divergências, suas harmonias e seus conflitos, suas intersecções e hibridizações.”(Faraco, 1998)
“A fala é uma atividade muito mais central do que a escrita, no dia-a-dia da maioria das pessoas. Contudo, as instituições escolares dão à fala atenção quase inversa à sua centralidade na relação com a escrita.” (Marcuschi, 1997)
Com base nesses fragmentos, sobre o trabalho pedagógico é correto afirmar:
A seguir, é apresentado o primeiro parágrafo de um texto que aborda a necessidade de coerência entre concepção de língua e de sujeito para a reformulação do Ensino Básico. Na seqüência, são apresentados, fora de ordem, os parágrafos que dão continuidade ao texto. Determine a ordem correta das idéias neles expressas.
Ao fazermos um esforço de reformulação do Ensino Fundamental e Médio, precisamos, antes de qualquer coisa, desaprender. Temos de jogar fora as carcomidas concepções de linguagem e de seu ensino que, poderosas, atravancam nosso caminho.
( ) E essa ruptura só será possível e produtiva, se resgatarmos a linguagem não como uma coisa externa aos falantes, mas como um conjunto aberto de atividades sociointeracionais.
( ) É esse ponto de vista que nos desvela a linguagem como uma multidão de discursos, uma multidão de vozes sociais. São discursos, são vozes que revelam diferentes histórias, grupos sociais, práticas coletivas, valores, visões de mundo, experiências pessoais. É esse ponto de vista que nos desvela os falantes como compósitos de múltiplas vozes sociais e não como máquinas atualizadoras de regras, como reprodutores de monumentos ou usuários de ferramentas.
( ) A linguagem não será, então, vista como um sistema, um monumento, uma ferramenta – como uma entidade supra-humana –, mas fundamentalmente como atividade. E não atividade de seres isolados e auto-suficientes, mas atividade social, intersubjetiva, histórica. Por sua vez, os falantes tomam forma como sujeitos históricos e como realidades psíquicas em meio a essa intrincada rede de relações socioverbais e pela interiorização da própria dinâmica socioverbal.
( ) Observe-se que todas essas concepções entendem a linguagem como uma realidade em si (uma gramática, um monumento, um instrumento) da qual restam excluídos os falantes, a dinâmica das relações sociais, os movimentos da história. Nesse processo, é importante ter claro que não existe uma forma única de conceber a linguagem. Sendo assim, para fundar esse novo ensino, precisamos começar por reconstruir nossa concepção de linguagem.
( ) A linguagem, nesse sentido, passa a ser vista como o conjunto das atividades sígnicas que constituem as múltiplas relações sociais entre os sujeitos históricos, nelas se constituindo.
( ) Entre nós, as concepções mais fortes reduzem a linguagem ora a um conjunto de regras; ora a um conjunto de expressões ditas corretas; ora a uma ferramenta bem acabada.
( ) Nosso desafio inicial, portanto, será romper com essa reificação da linguagem e essa alienação dos falantes.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta, de cima para baixo.