O período de férias escolares, para as crianças que
estão em casa, faz com que elas se sintam livres para fazer o
que quiserem. Pular, dançar, correr, montar e desmontar
brinquedos, mas também se pendurar em móveis, se
aventurar pela cozinha, área de serviço, banheiro… E é aí
que moram os perigos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria,
por ano, ocorrem cerca de 200 mil acidentes domésticos
envolvendo crianças. E, nas férias escolares, as chances delas
se acidentarem aumentam 25%, uma vez que os pequenos
permanecem mais tempo em casa.
Quedas, queimaduras, intoxicação com produtos de
limpeza, aspiração de corpos estranhos e afogamentos são
os acidentes mais comuns.
Entre as crianças pequenas, uma das causas mais
frequentes desses incidentes é o sufocamento. “Isso
acontece quando ocorre a obstrução das vias respiratórias.
Seja por brinquedos, objetos macios ou até mesmo com
algum alimento ou suco gástrico”, afirma uma médica do
Departamento de Saúde Escolar dos colégios do Grupo
Positivo. “As crianças menores são particularmente mais
vulneráveis à sufocação porque as vias aéreas superiores —
boca, garganta, esôfago e traqueia — são pequenas. E, nessa
fase, elas têm a tendência natural de colocar objetos na
boca, mas sem ter experiência para mastigar e engolir. Além
do que, os dentinhos são menores que os dos adultos, o que
dificulta a mastigação apropriada dos alimentos”,
exemplifica. Isso sem contar que a falta de habilidade de
levantar a cabecinha ou se livrar de lugares apertados
coloca-as em grande risco.
Até os quatro anos de idade, a criança ainda não tem
força suficiente para se levantar sozinha e capacidade de
reagir rapidamente em uma situação de risco. “Por isso, em
caso de queda ou desequilíbrio, elas podem se afogar até
mesmo em recipientes pequenos com apenas dois
centímetros e meio de água”, esclarece.
(Fonte: O Futuro Agora - adaptado.)