Questões de Concurso Público Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ 2012 para Professor I - História

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Q996021 História

“A história do garfo, da lavagem da roupa, das formas de fazer amor (que podem dar origem a belos estudos) pode ser tão comezinha e tão pouco história – embora enfeite com ouropéis que dão uma certa cor local – como a história das batalhas, dos congressos diplomáticos e dos debates parlamentares, tal como a descreveu uma certa historiografia, que desejaríamos completamente ultrapassada”.

[Le GOFF, J. A História do Cotidiano. In: DUBY, G, et alii. História e Nova História. Porto: Teorema, s/d., 92]


Reconhecendo a existência de diferentes formas de se produzir e escrever o conhecimento histórico, é possível afirmar que o autor faz crítica e gostaria de ver ultrapassada a concepção:

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Q996022 História

“No âmbito dos historiadores profissionais julgamos que o movimento de ideias mais influentes no sentido da construção da História como ciência foi chamado grupo dos Annales, principalmente entre 1929 e 1969. Durante estas quatro décadas, mesmo sendo os membros de tal grupo bastante heterogêneos, é possível perceber entre eles certas concepções fundamentais comuns, desenvolvidas em debate com os historiadores mais tradicionais”.

[CARDOSO, Ciro F. Uma Introdução à História. 9ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1992, p.42]


Entre essas concepções comuns, destaca-se a:

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Q996023 Pedagogia

Ilmar Rohloff recomenda, nas “Novas Orientações de História”, que professores criem em suas aulas “narrativas que, ao proporcionarem a descoberta do outro, propiciam também a progressiva descentração daquele que é educado, criando a oportunidade de refletir a respeito do desafio do convívio na diversidade”.

[RIO DE JANEIRO, Orientações Curriculares. Rio de Janeiro: SMERJ, 2012]


Nesse sentido, o autor objetiva o repúdio às desigualdades de toda e qualquer natureza como fundamental para narrar histórias que garantam aos cidadãos e aos povos, respectivamente, os direitos à:

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Q996024 Pedagogia

Ao preparar o plano de curso para o ano letivo, o professor consulta os marcos legais atuais para o ensino de História na educação básica, onde encontra a seguinte redação, que alterou o Art. 26-A, da atual LDB:


Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).

§ 1° O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).

§ 2° Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.

(Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).


O motivo para esta alteração, que resultou na redação dada pela Lei nº 11.645/08, foi a exclusão, na redação do Artigo 26-A, proposta pela Lei 10.639/03, do estudo:

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Q996025 História
Visando identificar características dos povos caçadores e coletores, o professor do 6º ano propõe a sua turma uma pesquisa escolar. Os alunos deverão destacar, entre outras, as seguintes características:
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Q996026 História
Ao buscar construir com os alunos a noção de simultaneidade a partir das experiências históricas vivenciadas pelas sociedades do Antigo Oriente, o professor do 6º ano registrará para Mesopotâmia e Egito os seguintes fatos:
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Q996027 História
Buscando desenvolver, com seus alunos, a habilidade de operar com a noção de inclusão/exclusão, presente nas “Novas Orientações Curriculares – História”, da SME-RJ, o professor do 6º ano, ao caracterizar a democracia ateniense e a definição de cidadão e cidadania, indicará uma prática restritiva de participação política na Antiguidade Clássica que excluía, entre outros, os:
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Q996028 História

“Os romanos distinguiam o direito público (publicum jus) do direito privado (privatum jus).[...] O segundo, por sua vez, era usado para regular as relações entre as pessoas e seus interesses individuais. No âmbito do direito privado, havia subdivisões”.

[PELLEGRINI, MARCO, et alii. Coleção Novo Olhar História, vol. 1, São Paulo: FTD, 2010, p. 158]


Ao pesquisar essas subdivisões no contexto citado, o aluno do 6º ano registrará que o direito privado que orientava a vida jurídica dos cidadãos romanos era o:

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Q996029 História

“A divisão da sociedade feudal em três ordens, cada qual com suas funções específicas, era justificada por um modelo ideológico criado pelos pensadores da Igreja. De acordo com esse modelo, desde que o mundo foi criado por Deus, foram distribuídas tarefas diferentes para cada grupo humano. [...] os oratores (...), os bellatores (...) e os laboratores [...]. Esse modelo ideológico procurava legitimar a desigualdade social que havia entre as ordens, já que as diferentes condições sociais eram encaradas como desígnios divinos”.

[PELLEGRINI, MARCO, et alii. Coleção Novo Olhar História, vol. 1, São Paulo: FTD, 2010, p. 194]


Ao solicitar aos alunos do 7º ano que eles apontem, no contexto histórico descrito, a função que cabia à ordem dos bellatores, o professor obterá como resposta correta:

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Q996030 História
Ao estabelecer uma periodização para o feudalismo europeu, um professor do 7º ano dividiu-o em três fases: a primeira, que corresponde à sua formação e se estende dos séculos IV/V ao IX/X; a segunda entre os séculos XI e XIII; e uma terceira fase, que corresponde ao período entre os séculos XIII e XIV. Para cada uma dessas fases, respectivamente, esse professor registrará os seguintes acontecimentos:
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Q996031 Conhecimentos Gerais

“Raramente os livros didáticos de História registram fatos relacionados com a História da África Negra e, quando o fazem, é quase sempre no prisma da desqualificação e do preconceito. Uma das lacunas mais notórias é a relacionada com os grandes impérios negros que surgiram na faixa do Sahel. A palavra Sahel é proveniente do árabe, significa borda do deserto, que no caso é a do Saara. [Nesta região] o Mali tornou-se um poderoso Estado, configurando um respeitável arranjo territorial, alcançando o Atlântico e o curso médio do Níger no sentido Leste-Oeste, e o Saara e a Floresta Equatorial no sentido Norte-Sul. As realizações do reinado de Sundjata (1230/1255 d.C) foram preservadas graças ao trabalho dos contadores de histórias que imemorialmente percorrem a savana, na tarefa de transmitir ao povo os dados fundamentais da sua história”.

[SERRANO, Carlos; WALDMAN. Mauricio. Memória d’África: a temática africana em sala de aula. São Paulo: Cortez, 2007, p.311]


O professor do 7º ano, durante o segundo bimestre, apresenta aos alunos o texto acima e propõe uma pesquisa acerca desses guardiões da memória nas sociedades africanas, denominados:

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Q996032 História

No Diário de Classe de uma turma do 7º ano, encontram-se as seguintes anotações feitas pelo professor, relativas à primeira quinzena do quarto bimestre:


02/10 – América Espanhola: a conquista e as experiências colonizadoras; o trabalho compulsório. Aula expositiva com utilização de recurso multimídia (PPS).

04/10 – América Espanhola Colonial: sociedade e poder – pesquisa, elaboração e dramatização, em grupo, de pequenas cenas acerca do tema abordado na aula.

09/10 – América Inglesa: apresentação de vídeo e discussão em torno das diferentes formas e características da colonização inglesa na América do Norte.

11/10 – América Inglesa Colonial: sociedade e poder – aula expositiva comparando as colonizações: espanhola e inglesa. Correção de exercícios do livro adotado e revisão da matéria para prova.

16/10 – Prova de História: as Américas: espanhola e inglesa no período colonial.

Nas aulas dos dias 02, 09 e 11, respectivamente, serão discutidos conhecimentos específicos entre os quais:
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Q996033 História

No Diário de Classe de uma turma do 7º ano, encontram-se as seguintes anotações feitas pelo professor, relativas à primeira quinzena do quarto bimestre:


02/10 – América Espanhola: a conquista e as experiências colonizadoras; o trabalho compulsório. Aula expositiva com utilização de recurso multimídia (PPS).

04/10 – América Espanhola Colonial: sociedade e poder – pesquisa, elaboração e dramatização, em grupo, de pequenas cenas acerca do tema abordado na aula.

09/10 – América Inglesa: apresentação de vídeo e discussão em torno das diferentes formas e características da colonização inglesa na América do Norte.

11/10 – América Inglesa Colonial: sociedade e poder – aula expositiva comparando as colonizações: espanhola e inglesa. Correção de exercícios do livro adotado e revisão da matéria para prova.

16/10 – Prova de História: as Américas: espanhola e inglesa no período colonial.

Ao coletarem dados para pesquisa, elaboração e dramatização da temática registrada no Diário de Classe no dia 04/10, foi possível aos alunos identificar, para aquele contexto, as seguintes características socioadministrativas dominantes:
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Q996034 História

No Diário de Classe de uma turma do 7º ano, encontram-se as seguintes anotações feitas pelo professor, relativas à primeira quinzena do quarto bimestre:


02/10 – América Espanhola: a conquista e as experiências colonizadoras; o trabalho compulsório. Aula expositiva com utilização de recurso multimídia (PPS).

04/10 – América Espanhola Colonial: sociedade e poder – pesquisa, elaboração e dramatização, em grupo, de pequenas cenas acerca do tema abordado na aula.

09/10 – América Inglesa: apresentação de vídeo e discussão em torno das diferentes formas e características da colonização inglesa na América do Norte.

11/10 – América Inglesa Colonial: sociedade e poder – aula expositiva comparando as colonizações: espanhola e inglesa. Correção de exercícios do livro adotado e revisão da matéria para prova.

16/10 – Prova de História: as Américas: espanhola e inglesa no período colonial.

Ao solicitar, na prova do dia 16/10, que o aluno apresente, respectivamente, uma semelhança e uma diferença entre as colonizações espanhola e inglesa na América, o professor deve considerar correta a resposta:
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Q996035 História

“Para a Coroa, o Estado é um patrimônio régio e os governantes devem ser escolhidos entre os homens leais ao rei. Por sua vez, os setores dominantes da sociedade tratam de abrir caminho na máquina estatal ou de receber graças dos governantes em benefício da rede familiar. Por caminhos diversos, resulta disso um governo que se exerce não segundo critérios de impessoalidade e de respeito à lei, mas segundo critério de lealdade”.

[FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2002, p. 38]


A concepção e a prática desenvolvidas no período colonial brasileiro, descritas no enunciado, podem ser resumidas na expressão:

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Q996036 História

“Grande parte do trabalho na produção do açúcar era realizada no campo, nos canaviais. O cultivo e as colheitas eram tarefas muito cansativas, que exigiam força para preparar e cavar a terra pesada de massapé. Outra atividade frequente nos engenhos era o corte de lenha utilizada nas casas das caldeiras. Muitos senhores até preferiam comprar madeira de outras regiões a ter de usar seus escravos. O escravo também ficava encarregado da manutenção da propriedade, construir cercas, poços, fossos, além de, em alguns, cuidar da sua própria subsistência”.

[MATTOS, Regiane Augusto. História e Cultura Afro-brasileira. São Paulo: Contexto, 2007, p. 105]


No contexto descrito, um dos mecanismos utilizados pelos senhores de engenho para garantir o ritmo de trabalho e evitar que os escravos dificultassem a produção, fingindo, por exemplo, estarem doentes, foi a utilização do sistema de:

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Q996037 História

“A única maneira de fazer com que muito ouro seja trazido de outros reinos para o tesouro real é conseguir que grande quantidade de nossos produtos seja levada anualmente além dos mares, e menor quantidade de seus produtos seja para cá transportada.”

[Política para tornar o reino da Inglaterra próspero, rico e poderoso, 1549. In: Marques Adhemar, et alli. História Moderna através de textos. Col. Textos de Documentos, v.3, São Paulo: Contexto, 2001, p. 89]


Ao buscar estabelecer conexão entre a política econômica presente no texto e o regime político que lhe deu sustentação, o aluno do 7º ano indicará a relação:

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Q996038 História

Texto 1: “À luz de uma vela de sebo, Morelos escreve as bases da Constituição nacional. Propõe uma América livre, independente e católica; substitui os tributos dos índios pelo imposto de renda e aumenta o salário diário do pobre; confisca os bens do inimigo; estabelece a liberdade de comércio, mas com barreiras alfandegárias; suprime a escravidão e a tortura e liquida o regime de castas, que fundamentava as diferenças sociais na cor da pele, de modo que só distinguirão um americano de outro, o vício e a virtude”.

[GALEANO, Eduardo. A Independência é Revolução ou Mentira. In GALEANO, Eduardo. Memórias de Fogo 2 – As Caras e as Máscaras. Porto Alegre: L&PM, 1997, p. 157]


Texto 2: “A velha escrava, íntima dos deuses, afunda o facão na garganta de um javali negro. A terra do Haiti bebe o sangue, sob a proteção dos deuses da guerra e do fogo, duzentos negros cantam e dançam o juramento de liberdade. Na proibida cerimônia do vodu, iluminada por relâmpagos, os duzentos escravos decidem converter em pátria essa terra de castigo. É fundada no Haiti a língua créole. Como o tambor, o créole é o idioma comum que os arrancados da África falam em várias ilhas antilhanas.[...] Graças ao créole, os haitianos sentem que se tocam quando se falam”.

[GALEANO, Eduardo. Os Conjurados do Haiti. In GALEANO, Eduardo. Memórias de Fogo 2 – As Caras e as Máscaras. Porto Alegre: L&PM, 1997, p. 113]


Ao apresentar aos alunos do 8º ano os textos acima para abordar o processo de independência latino-americano entre fins do séc. XVIII e início do séc. XIX, o professor destacará como semelhança na luta pela independência política nos contextos citados:

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Q996039 História
Entre os argumentos políticos e econômicos que o professor do 8º ano pode apresentar aos seus alunos para justificar a expressão “Vila Rica, vila pobre” ao trabalhar a região mineira brasileira, no século XVIII destacam-se:
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Q996040 História

“A Revolução Industrial teve início na segunda metade do século XVIII na Inglaterra. Esta Revolução completou a transição do Feudalismo para o Capitalismo, pois significou o momento final do processo de expropriação dos produtores diretos. O Modo de Produção Capitalista pode ser caracterizado pela introdução da maquinomanufatura e pelas relações sociais de produção assalariadas.”

[MARQUES, Adhemar, et alii. História Contemporânea através de textos. Col. Textos de Documentos, v.5, São Paulo: Contexto, 2001 p.27]


Segundo a concepção que fundamenta o texto, a consolidação dessas relações sociais de produção foi determinada pelo seguinte fato histórico:

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Respostas
1: C
2: D
3: A
4: B
5: D
6: B
7: C
8: A
9: D
10: C
11: B
12: A
13: C
14: A
15: C
16: D
17: D
18: B
19: D
20: A