Questões de Concurso Público Prefeitura de Santa Rosa do Sul - SC 2022 para Técnico em Enfermagem
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Aquela bola
Na volta do jogo, o pai dirigindo o carro, a mãe ao seu lado, o garoto no banco de trás, ninguém dizia nada. Finalmente o pai não se aguentou e falou:
- Você não podia ter perdido aquela bola, Rogério.
- Luiz Otávio… – começou a dizer a mãe, mas o pai continuou:
- Foi a bola do jogo. Você não dividiu, perdeu a bola e eles fizeram o gol.
- Deixa o menino, Luiz Otávio.
- Não. Deixa o menino não. Ele tem que aprender que, numa bola dividida como aquela, se entra pra rachar. O outro, o loirinho, que é do mesmo tamanho dele, dividiu, ficou com a bola, fez o passe para o gol e eles ganharam o jogo.
- O loirinho se chama Rubem. É o melhor amigo dele.
- Não interessa, Margarete. Nessas horas não tem amigo. Em bola dividida, não existe amigo.
- E se ele machucasse o Rubem?
- E se machucasse? O Rubem teve medo de machucá-lo? Não teve. Entrou mais decidido do que ele na bola, ficou com ela e eles ganharam o jogo.
- Você está dizendo para o seu filho que é mais importante ficar com a bola do que não machucar um amigo?
- Estou dizendo que em bola dividida ganha quem entra com mais decisão. Amigo ou não.
- Vale rachar a canela de um amigo pra ficar com a bola?
- Vale entrar com firmeza, só isso. Pé de ferro. Doa a quem doer.
- É apenas futebol, Luiz Otávio.
- Aí é que você se engana. Não é apenas futebol. É a vida. Ele tem que aprender que na vida dele haverão várias ocasiões em que ele terá que dividir a bola pra rachar e….
- Haverá – disse Rogério, no banco de trás.
- O quê?
- Acho que não é “haverão”. É “haverá”. O verbo haver não…
- Ah, agora estão corrigindo meu português. Muito bem! Eu não sou apenas o pai insensível, que quer ver o filho quebrando pernas pra vencer na vida. Também não sei gramática.
- Luiz Otávio…
- Pois fiquem sabendo que o que se aprende na vida é muito mais importante do que o que se aprende na escola. Está me ouvindo, Rogério? Um dia você ainda vai agradecer ao seu pai por ter lhe ensinado que na vida vence quem entra nas divididas pra valer.
- Como você, Luiz Otávio?
- O quê?
- Você dividiu muitas bolas pra subir na vida, Luiz Otávio? Não parece, porque não subiu.
- Ora, Margarete…
- Conta pro Rogério em quantas divididas você entrou na sua vida. Conta por que o Simão acabou chefe da sua seção enquanto você continuou onde estava. Conta!
- Margarete…
- Conta!
- Eu estava falando em tese…
Luís Fernando Veríssimo
Aquela bola
Na volta do jogo, o pai dirigindo o carro, a mãe ao seu lado, o garoto no banco de trás, ninguém dizia nada. Finalmente o pai não se aguentou e falou:
- Você não podia ter perdido aquela bola, Rogério.
- Luiz Otávio… – começou a dizer a mãe, mas o pai continuou:
- Foi a bola do jogo. Você não dividiu, perdeu a bola e eles fizeram o gol.
- Deixa o menino, Luiz Otávio.
- Não. Deixa o menino não. Ele tem que aprender que, numa bola dividida como aquela, se entra pra rachar. O outro, o loirinho, que é do mesmo tamanho dele, dividiu, ficou com a bola, fez o passe para o gol e eles ganharam o jogo.
- O loirinho se chama Rubem. É o melhor amigo dele.
- Não interessa, Margarete. Nessas horas não tem amigo. Em bola dividida, não existe amigo.
- E se ele machucasse o Rubem?
- E se machucasse? O Rubem teve medo de machucá-lo? Não teve. Entrou mais decidido do que ele na bola, ficou com ela e eles ganharam o jogo.
- Você está dizendo para o seu filho que é mais importante ficar com a bola do que não machucar um amigo?
- Estou dizendo que em bola dividida ganha quem entra com mais decisão. Amigo ou não.
- Vale rachar a canela de um amigo pra ficar com a bola?
- Vale entrar com firmeza, só isso. Pé de ferro. Doa a quem doer.
- É apenas futebol, Luiz Otávio.
- Aí é que você se engana. Não é apenas futebol. É a vida. Ele tem que aprender que na vida dele haverão várias ocasiões em que ele terá que dividir a bola pra rachar e….
- Haverá – disse Rogério, no banco de trás.
- O quê?
- Acho que não é “haverão”. É “haverá”. O verbo haver não…
- Ah, agora estão corrigindo meu português. Muito bem! Eu não sou apenas o pai insensível, que quer ver o filho quebrando pernas pra vencer na vida. Também não sei gramática.
- Luiz Otávio…
- Pois fiquem sabendo que o que se aprende na vida é muito mais importante do que o que se aprende na escola. Está me ouvindo, Rogério? Um dia você ainda vai agradecer ao seu pai por ter lhe ensinado que na vida vence quem entra nas divididas pra valer.
- Como você, Luiz Otávio?
- O quê?
- Você dividiu muitas bolas pra subir na vida, Luiz Otávio? Não parece, porque não subiu.
- Ora, Margarete…
- Conta pro Rogério em quantas divididas você entrou na sua vida. Conta por que o Simão acabou chefe da sua seção enquanto você continuou onde estava. Conta!
- Margarete…
- Conta!
- Eu estava falando em tese…
Luís Fernando Veríssimo
No trecho abaixo existe uma palavra homógrafa, ou seja, que apresenta o mesmo som, porém diferentes grafias em diferentes contextos:
Conta pro Rogério em quantas divididas você entrou na sua vida. Conta por que o Simão acabou chefe da sua seção enquanto você continuou onde estava. Conta!
Assinale a alternativa em que a palavra destacada (sessão, seção ou cessão) foi usada de forma equivocada segundo as normas da gramática da língua portuguesa:
Aquela bola
Na volta do jogo, o pai dirigindo o carro, a mãe ao seu lado, o garoto no banco de trás, ninguém dizia nada. Finalmente o pai não se aguentou e falou:
- Você não podia ter perdido aquela bola, Rogério.
- Luiz Otávio… – começou a dizer a mãe, mas o pai continuou:
- Foi a bola do jogo. Você não dividiu, perdeu a bola e eles fizeram o gol.
- Deixa o menino, Luiz Otávio.
- Não. Deixa o menino não. Ele tem que aprender que, numa bola dividida como aquela, se entra pra rachar. O outro, o loirinho, que é do mesmo tamanho dele, dividiu, ficou com a bola, fez o passe para o gol e eles ganharam o jogo.
- O loirinho se chama Rubem. É o melhor amigo dele.
- Não interessa, Margarete. Nessas horas não tem amigo. Em bola dividida, não existe amigo.
- E se ele machucasse o Rubem?
- E se machucasse? O Rubem teve medo de machucá-lo? Não teve. Entrou mais decidido do que ele na bola, ficou com ela e eles ganharam o jogo.
- Você está dizendo para o seu filho que é mais importante ficar com a bola do que não machucar um amigo?
- Estou dizendo que em bola dividida ganha quem entra com mais decisão. Amigo ou não.
- Vale rachar a canela de um amigo pra ficar com a bola?
- Vale entrar com firmeza, só isso. Pé de ferro. Doa a quem doer.
- É apenas futebol, Luiz Otávio.
- Aí é que você se engana. Não é apenas futebol. É a vida. Ele tem que aprender que na vida dele haverão várias ocasiões em que ele terá que dividir a bola pra rachar e….
- Haverá – disse Rogério, no banco de trás.
- O quê?
- Acho que não é “haverão”. É “haverá”. O verbo haver não…
- Ah, agora estão corrigindo meu português. Muito bem! Eu não sou apenas o pai insensível, que quer ver o filho quebrando pernas pra vencer na vida. Também não sei gramática.
- Luiz Otávio…
- Pois fiquem sabendo que o que se aprende na vida é muito mais importante do que o que se aprende na escola. Está me ouvindo, Rogério? Um dia você ainda vai agradecer ao seu pai por ter lhe ensinado que na vida vence quem entra nas divididas pra valer.
- Como você, Luiz Otávio?
- O quê?
- Você dividiu muitas bolas pra subir na vida, Luiz Otávio? Não parece, porque não subiu.
- Ora, Margarete…
- Conta pro Rogério em quantas divididas você entrou na sua vida. Conta por que o Simão acabou chefe da sua seção enquanto você continuou onde estava. Conta!
- Margarete…
- Conta!
- Eu estava falando em tese…
Luís Fernando Veríssimo
Aquela bola
Na volta do jogo, o pai dirigindo o carro, a mãe ao seu lado, o garoto no banco de trás, ninguém dizia nada. Finalmente o pai não se aguentou e falou:
- Você não podia ter perdido aquela bola, Rogério.
- Luiz Otávio… – começou a dizer a mãe, mas o pai continuou:
- Foi a bola do jogo. Você não dividiu, perdeu a bola e eles fizeram o gol.
- Deixa o menino, Luiz Otávio.
- Não. Deixa o menino não. Ele tem que aprender que, numa bola dividida como aquela, se entra pra rachar. O outro, o loirinho, que é do mesmo tamanho dele, dividiu, ficou com a bola, fez o passe para o gol e eles ganharam o jogo.
- O loirinho se chama Rubem. É o melhor amigo dele.
- Não interessa, Margarete. Nessas horas não tem amigo. Em bola dividida, não existe amigo.
- E se ele machucasse o Rubem?
- E se machucasse? O Rubem teve medo de machucá-lo? Não teve. Entrou mais decidido do que ele na bola, ficou com ela e eles ganharam o jogo.
- Você está dizendo para o seu filho que é mais importante ficar com a bola do que não machucar um amigo?
- Estou dizendo que em bola dividida ganha quem entra com mais decisão. Amigo ou não.
- Vale rachar a canela de um amigo pra ficar com a bola?
- Vale entrar com firmeza, só isso. Pé de ferro. Doa a quem doer.
- É apenas futebol, Luiz Otávio.
- Aí é que você se engana. Não é apenas futebol. É a vida. Ele tem que aprender que na vida dele haverão várias ocasiões em que ele terá que dividir a bola pra rachar e….
- Haverá – disse Rogério, no banco de trás.
- O quê?
- Acho que não é “haverão”. É “haverá”. O verbo haver não…
- Ah, agora estão corrigindo meu português. Muito bem! Eu não sou apenas o pai insensível, que quer ver o filho quebrando pernas pra vencer na vida. Também não sei gramática.
- Luiz Otávio…
- Pois fiquem sabendo que o que se aprende na vida é muito mais importante do que o que se aprende na escola. Está me ouvindo, Rogério? Um dia você ainda vai agradecer ao seu pai por ter lhe ensinado que na vida vence quem entra nas divididas pra valer.
- Como você, Luiz Otávio?
- O quê?
- Você dividiu muitas bolas pra subir na vida, Luiz Otávio? Não parece, porque não subiu.
- Ora, Margarete…
- Conta pro Rogério em quantas divididas você entrou na sua vida. Conta por que o Simão acabou chefe da sua seção enquanto você continuou onde estava. Conta!
- Margarete…
- Conta!
- Eu estava falando em tese…
Luís Fernando Veríssimo
Aquela bola
Na volta do jogo, o pai dirigindo o carro, a mãe ao seu lado, o garoto no banco de trás, ninguém dizia nada. Finalmente o pai não se aguentou e falou:
- Você não podia ter perdido aquela bola, Rogério.
- Luiz Otávio… – começou a dizer a mãe, mas o pai continuou:
- Foi a bola do jogo. Você não dividiu, perdeu a bola e eles fizeram o gol.
- Deixa o menino, Luiz Otávio.
- Não. Deixa o menino não. Ele tem que aprender que, numa bola dividida como aquela, se entra pra rachar. O outro, o loirinho, que é do mesmo tamanho dele, dividiu, ficou com a bola, fez o passe para o gol e eles ganharam o jogo.
- O loirinho se chama Rubem. É o melhor amigo dele.
- Não interessa, Margarete. Nessas horas não tem amigo. Em bola dividida, não existe amigo.
- E se ele machucasse o Rubem?
- E se machucasse? O Rubem teve medo de machucá-lo? Não teve. Entrou mais decidido do que ele na bola, ficou com ela e eles ganharam o jogo.
- Você está dizendo para o seu filho que é mais importante ficar com a bola do que não machucar um amigo?
- Estou dizendo que em bola dividida ganha quem entra com mais decisão. Amigo ou não.
- Vale rachar a canela de um amigo pra ficar com a bola?
- Vale entrar com firmeza, só isso. Pé de ferro. Doa a quem doer.
- É apenas futebol, Luiz Otávio.
- Aí é que você se engana. Não é apenas futebol. É a vida. Ele tem que aprender que na vida dele haverão várias ocasiões em que ele terá que dividir a bola pra rachar e….
- Haverá – disse Rogério, no banco de trás.
- O quê?
- Acho que não é “haverão”. É “haverá”. O verbo haver não…
- Ah, agora estão corrigindo meu português. Muito bem! Eu não sou apenas o pai insensível, que quer ver o filho quebrando pernas pra vencer na vida. Também não sei gramática.
- Luiz Otávio…
- Pois fiquem sabendo que o que se aprende na vida é muito mais importante do que o que se aprende na escola. Está me ouvindo, Rogério? Um dia você ainda vai agradecer ao seu pai por ter lhe ensinado que na vida vence quem entra nas divididas pra valer.
- Como você, Luiz Otávio?
- O quê?
- Você dividiu muitas bolas pra subir na vida, Luiz Otávio? Não parece, porque não subiu.
- Ora, Margarete…
- Conta pro Rogério em quantas divididas você entrou na sua vida. Conta por que o Simão acabou chefe da sua seção enquanto você continuou onde estava. Conta!
- Margarete…
- Conta!
- Eu estava falando em tese…
Luís Fernando Veríssimo