Questões de Concurso Público SEDF 2021 para Professor Substituto - Psicologia
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No cenário da psicologia da educação, há somente quatro concepções de conhecimento que abordam a aprendizagem de forma variada, centrando-se no aspecto externo, no aspecto interno ou na interação entre o sujeito e o meio, quais sejam: a empirista; a inatista; a construtivista; e a histórico-cultural.
O objeto de estudo da psicologia behaviorista, na abordagem construtivista de Piaget, define o comportamento como as modificações percebidas no organismo, ocorridas em virtude de estímulos. Tais estímulos poderiam ser provenientes do meio externo ou do próprio organismo, como, por exemplo, palpitações e reações musculares.
Segundo Piaget, a evolução do conhecimento é um processo contínuo, construído a partir da interação ativa do sujeito com o meio (físico e social).
Vygotsky afirma que o desenvolvimento humano passa por estágios sucessivos de organização no campo do pensamento e do afeto, que vão sendo construídos em virtude da ação da criança e das oportunidades que o ambiente possibilita a ela.
A psicologia clínica, na maior parte de suas atividades, com referências a certo deficit cognitivo relacionado a crianças e a adolescentes, deve tratar diretamente dos problemas de aprendizagem, de forma explícita, por meio da psicanálise.
Segundo a teoria da aprendizagem de Piaget, a aprendizagem é um processo que só tem sentido diante de situações de mudança. Por isso, aprender é, em parte, saber se adaptar a essas novidades. Esta teoria explica a dinâmica de adaptação por meio dos processos de assimilação e acomodação.
Segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo infantil passa por cinco estágios, desde o nascimento até o início da fase adulta, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida. Nesses estágios, o aprendizado da criança não está relacionado com a interação dela com o meio.
De acordo com Piaget, o equilíbrio entre a assimilação e a acomodação é o que rege a passagem de um estágio para outro, pois ocorre uma progressão no conhecimento, gerando a adaptação de determinados conceitos.
O estágio pré-operacional acontece entre dois a sete anos de idade. Nele, a criança adquire a função simbólica e a linguagem. Observam-se, nesse estágio, o egocentrismo e a necessidade de dar vida às coisas, sendo a fase dos “por quês” e da exploração da imaginação.
Conforme os estudos de Lev Vygotsky, existem momentos importantes da aprendizagem da criança: a zona de desenvolvimento real, que a criança ainda não domina, mas que se espera que ela seja capaz de realizar; a zona de desenvolvimento proximal, que é tudo o que a criança somente realiza com o apoio de outras pessoas; e a zona de desenvolvimento potencial, que é tudo o que a criança já é capaz de realizar sozinha.
Segundo Lev Vygotsky, o desenvolvimento cognitivo do aluno se dá por meio da interação social, ou seja, de sua interação com outros indivíduos e com o meio. Portanto, a aprendizagem é uma experiência social, a qual é mediada pela interação entre a linguagem e a ação.
Para Vygotsky, o erro deve ser visto pelo professor como parte do processo de ensino-aprendizagem e pode ser ignorado. A correção do erro é importante para que o aluno perceba a necessidade de melhorar e de se dedicar mais aos conhecimentos que ainda não domina.
De acordo com a teoria de Vygotsky, as pessoas só adquirem cultura e linguagem, além de se desenvolverem historicamente e de estimularem o raciocínio, se estiverem inseridas em meios sociais com outras pessoas. Dessa forma, uma das vantagens da proposta sociointeracionista nas escolas é o incentivo à interação e à participação com outros alunos e também com os educadores.
Em uma escola, a proposta sociointeracionista de Edgard Morin será percebida nas salas de aula pela postura do professor, que deve ser um mediador ativo no processo de ensino-aprendizagem, além de incentivar a curiosidade e a vontade de aprender de seus alunos. Nessa proposta, o professor é apenas o detentor do conhecimento.
O professor precisa conhecer a criança, que deve ser conhecida não apenas na sua estrutura biofisiológica e psicossocial, mas, também, na sua interioridade afetiva, na sua necessidade de criatura que chora, ri, dorme, sofre e busca constantemente compreender o mundo que a cerca e o que ela faz na escola.
A afetividade influi no cognitivo da criança. Com a afetividade bloqueada ou comprometida, apresentam-se vários fatores externos e internos que influenciam na aprendizagem, como, por exemplo, a relação da criança na família e fatores fisiológicos, como a má alimentação.
Necessidades educacionais especiais
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As dificuldades acentuadas de aprendizagem ou as limitações no processo de desenvolvimento são compreendidas em dois grupos: as não vinculadas a uma causa orgânica específica e as relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências.
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O atendimento escolar dos alunos com deficiência terá início no ensino fundamental, na alfabetização, assegurando-lhes os serviços de educação especial sempre que se evidencie, mediante avaliação e interação com a família e a comunidade, a necessidade de atendimento educacional especializado.
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As escolas da rede regular de ensino devem promover flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, as metodologias de ensino, os recursos didáticos diferenciados e os processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais.
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Os professores especializados em educação especial deverão comprovar formação em cursos de licenciatura em educação especial ou em uma de suas áreas, preferencialmente de modo concomitante e associado à licenciatura para a educação infantil ou para os anos iniciais do ensino fundamental.