Questões de Concurso Público SEDF 2022 para Professor de Educação Básica - Sociologia, Edital nº 31
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Contrariamente a Comte e a Durkheim, que construíram suas teorias sociológicas a partir de uma primazia do sujeito, Weber orientava a sua produção sociológica com base na primazia do objeto.
A sociologia, como ciência, é capaz de tecer correlações empíricas entre fenômenos sociais concretos, como, por exemplo, entre a vida urbana e os índices de divórcios.
A sociologia, por ser um empreendimento humano, não tem pretensões no campo descritivo, por meio do qual muitas sociedades, formas institucionais e grupos sociais são exaustiva e precisamente descritos de forma que seja possível estabelecer novas correlações.
O método comparativo foi, por muito tempo, considerado o método por excelência da sociologia, sendo usado, inicialmente, por sociólogos evolucionistas; contudo, não há relação de necessidade entre o seu emprego e a abordagem evolucionária. Tal método é exposto, por exemplo, por Durkheim na obra Regras do Método Sociológico.
Os sociólogos comumente distinguem quatro principais tipos de estratificação social: escravidão; casta; classe social; e status. Contudo, muitos autores preferem tratar a escravidão como um sistema industrial, não como um sistema de estratificação.
O sistema de castas indiano, em que há as quatro tradicionais varnas de brâmanes, xátrias, vaixás e sudras, é único entre os sistemas de estratificação social, embora seja possível compará-lo a outros tipos. Elas estão atreladas à diferenciação econômica.
Na maior parte dos seus escritos, Marx trabalha com um sistema de classes em termos de duas classes (capitalistas e assalariados); no entanto, ocasionalmente, ele também lida com um sistema de três classes (capitalistas, latifundiários e assalariados).
Weber chamava de situação de classe a oportunidade típica de abastecimento de bens, de posição de vida externa.
Para a teoria funcionalista da estratificação social, a desigualdade social é um recurso desenvolvido inconscientemente por meio do qual as sociedades garantem que posições mais importantes sejam preenchidas pelos mais qualificados.
Os Estados ou estamentos feudais da Europa medieval não estavam legalmente definidos, pois cada um deles não estava condicionado por um complexo legal de direitos e deveres, privilégios e obrigações.
Para Marx, o sindicalismo e o partidarismo político são etapas desnecessárias para a vitória do proletariado sobre a burguesia.
A teoria da estratificação social de Weber não estabelece apenas um critério para posicionar os indivíduos na sociedade, mas insere-o em várias esferas da realidade, do ponto de vista econômico, político e cultural.
Blumer, que foi o grande teórico dos movimentos sociais na abordagem clássica, no âmbito do paradigma norte-americano, conceituou os movimentos sociais como empreendimentos coletivos para estabelecer uma nova ordem de vida, que surgiriam de uma situação de inquietação social.
A teoria da mobilização de recursos é uma escola de pensamento marxista que rejeita a ênfase do paradigma tradicional nos sentimentos, enquadrando as ações coletivas em explicações comportamentalistas.
No paradigma acionalista de Touraine, há a retomada de um dos pressupostos básicos do funcionalismo: toda ação é uma resposta a um estímulo social.
Alberto Melucci é um dos principais críticos do paradigma da identidade coletiva, que, em detrimento de sistemas macrossocietais, centra-se mais no plano micro, na ação coletiva de indivíduos, havendo um enfoque mais psicossocial.
Claus Offe adota uma abordagem neomarxista por meio da qual, em vez de priorizar uma análise sociocultural ou psicossocial, prioriza a análise política por meio de articulações entre o campo político e o sociocultural.
Na abordagem sociopolítica de Heberle, há critérios para a ação de um grupo ser um movimento social, tais como a consciência grupal, o sentimento de pertença ao grupo, a solidariedade e a identidade.
As teorias organizacionais-comportamentalistas afastaram-se da produção de Weber sobre a burocracia e da de Michells sobre a lei de ferro das oligarquias, a fim de buscar os fundamentos para compreender os comportamentos coletivos agrupados em organizações com objetivos específicos.
A sociologia possibilita ao estudante confrontar a sua realidade com outras realidades existentes e possíveis, avaliando os fenômenos a partir de diferentes perspectivas e contrastando e combinando as diversas tradições do pensamento sociológico.