Questões de Concurso Público Prefeitura de Quixadá - CE 2016 para Professor Educação Básica I – Ensino Fundamental I
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I. Pedagogia da transmissão, pedagogia da moldagem e pedagogia da problematização. II. Teorias não críticas (pedagogia tradicional, pedagogia nova, pedagogia tecnicista), teorias crítico-reprodutivas (sistema de ensino enquanto aparelho ideológico, escola enquanto aparelho ideológico do Estado e escola dualista) e teoria crítica (pedagogia histórico-crítica). III. Pedagogia liberal (pedagogia conservadora, pedagogia renovada progressista, pedagogia renovada não diretiva) e pedagogia progressista (pedagogia libertadora, pedagogia libertária e pedagogia de conteúdos). IV. Abordagem tradicional, abordagem comportamentalista, abordagem humanista, abordagem cognitivista e abordagem sociocultural.
O agrupamento das perspectivas teóricas, acima, corresponde, na sequência elencada, aos autores:
I. Processo de “aprender a aprender”, autoavaliação e comportamento do aluno. II. Competência individual do aluno – a avaliação é feita através de testes objetivos elaborados, a partir dos objetivos pretendidos. III. Através de conhecimentos memorizados, testes orais, provas e trabalhos escritos.
Quanto às etapas correspondentes aos diferentes momentos constitutivos do desenvolvimento educacional, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (2013), a Educação Básica compreende:
I. Educação Infantil, que compreende a creche (englobando as diferentes etapas do desenvolvimento da criança até 3 anos e 11 meses) e a pré-escola, com duração de 2 anos.
II. O Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, com duração de nove anos, e tratado em duas fases: a dos cinco anos iniciais e a dos quatro anos finais.
III. Educação de Jovens e Adultos (EJA), destinada aos que se situam na faixa etária superior à considerada própria, no nível de conclusão do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
IV. O Ensino Médio, com duração mínima de três anos.
Estão corretas:
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (2013) afirmam que a educação escolar indígena deve ocorrer em unidades educacionais inscritas em suas terras e culturas, as quais têm uma realidade singular, requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada povo ou comunidade, além da formação específica de seu quadro docente. Observando os aspectos constitucionais, a Base Nacional Comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira, estão corretas as alternativas:
I. Na estruturação e no funcionamento das escolas indígenas, é reconhecida a condição dos povos indígenas como possuidores de normas e ordenamento jurídico próprios, com ensino intercultural e bilíngue, visando à valorização das suas culturas e a afirmação e manutenção de sua diversidade étnica.
II. Na organização de escola indígena, deve ser garantida a participação da comunidade na definição do modelo de organização e da gestão escolar.
III. Para a modalidade da educação indígena, é necessário observar suas estruturas sociais, suas práticas socioculturais e religiosas, suas formas de produção de conhecimento, processos próprios e métodos de ensino-aprendizagem, além de suas atividades econômicas.
IV. Os materiais didático-pedagógicos devem ser
produzidos de acordo com o contexto
sociocultural de cada comunidade indígena.
O currículo é “o conjunto de valores e práticas que proporcionam a produção e a socialização de significados no espaço social e que contribuem, intensamente, para a construção de identidades sociais e culturais dos estudantes. E reitera-se que deve difundir os valores fundamentais do interesse social, dos direitos e deveres dos cidadãos, do respeito ao bem comum e à ordem democrática, bem como considerar as condições de escolaridade dos estudantes em cada estabelecimento, a orientação para o trabalho, a promoção de práticas educativas formais e não-formais” (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica de 2013). Sobre o tema do currículo educacional, assinale a sequência correta das sentenças, abaixo, considerando-as como VERDADEIRAS ou FALSAS:
I. A organização do tempo curricular deve ser construída em função das peculiaridades de seu meio e das características próprias dos seus estudantes, não se restringindo às aulas das várias disciplinas.
II. A matriz curricular deve ser entendida como o princípio que funciona como a delimitação da vida curricular e educacional, de tal modo que as escolas de todo o país possam padronizar os diferentes campos do conhecimento que serão trabalhadas, as atividades educativas e as práticas da gestão da escola (organização do tempo e do espaço curricular, bem como a distribuição da carga horária docente).
III. O percurso formativo deve ser aberto e contextualizado, incluindo não só os componentes curriculares centrais obrigatórios previstos na legislação e nas normas educacionais, mas, também, conforme cada projeto escolar estabelecer, outros componentes flexíveis e variáveis, que possibilitem percursos formativos que atendam aos inúmeros interesses, necessidades e características dos educandos.
IV. Para a definição de eixos temáticos, norteadores
da organização e desenvolvimento curricular,
parte-se do entendimento de que o programa de
estudo aglutina investigações e pesquisas de
diferentes enfoques. O eixo temático organiza a
estrutura do trabalho pedagógico, limita a
dispersão temática e fornece o cenário no qual
são construídos os objetos de estudo.
I. A avaliação da aprendizagem baseia-se na concepção de educação que regula a relação aluno-sociedade em movimento, devendo ser um ato reflexo de reconstrução da prática pedagógica avaliativa, premissa básica e fundamental para se questionar o educar, transformando a mudança em ato, acima de tudo, político. II. A validade da avaliação, na sua função diagnóstica, liga-se à aprendizagem, possibilitando o aprendiz a recriar, refazer o que aprendeu; criar, propor e, nesse contexto, aponta para uma avaliação global, que vai além do aspecto quantitativo, porque identifica o desenvolvimento da autonomia do estudante, que é, indissociavelmente, ético, social, intelectual. III. Em nível operacional, a avaliação da aprendizagem tem, como referência, o conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e emoções que os sujeitos do processo educativo projetam para si, de modo integrado e articulado com aqueles princípios definidos para a Educação Básica, redimensionados para cada uma de suas etapas, bem como o projeto político-pedagógico da escola. IV. A avaliação da aprendizagem no Ensino Fundamental, onde o caráter formativo predomina sobre o quantitativo e classificatório, adota uma estratégia de progresso individual e contínuo que favorece o crescimento do educando, preservando a qualidade necessária para a sua formação escolar, sendo organizada de acordo com regras comuns a essa etapa.
Ferreiro e Teberosky (1999) apontam que a escrita é uma forma de representar aquilo que é funcionalmente significativo, estabelecendo um sistema de regras próprias. Para se aprender a escrever, o indivíduo necessita conhecer o sistema de regras da escrita, o que acontece de forma gradual, mas exige uma reflexão a respeito das características gerais da escrita. Através dos resultados obtidos por meio da pesquisa realizada pelas autoras foram definidos cinco níveis de desenvolvimento da escrita, que se estabelecem, a partir do momento em que o indivíduo compreende a função da escrita, ou seja, seus devidos usos. Observando as conceituações de três das cinco etapas da escrita admitidas por Ferreiro e Teberosky, temos, respectivamente, os níveis:
I. É uma escrita onde a criança começa a escrever, alfabeticamente, algumas sílabas e para outras permanece silábico. Percebe, primeiramente, que a sílaba tem duas letras e, posteriormente, que existem sílabas com mais de duas letras; tem dificuldades em separar palavras quando escreve frase ou texto.
II. Percebe a função social da escrita (diferenciando-a de desenhos), usa critério quantitativo. São necessárias muitas letras para escrever o nome de um objeto grande, e poucas letras para escrever o nome de um objeto ou coisa pequena, critério qualitativo (não se podem repetir letras).
III. Consciência de que existe relação entre fala e escrita, entre aspectos gráficos e sonoros das palavras. Presença de valor sonoro a letras e sinais para representar as palavras: para cada sílaba pronunciada o indivíduo escreve uma letra (uma letra para cada sílaba), ou para cada palavra numa frase dita. A criança utiliza os critérios quantitativo e qualitativo.
I. Encorajar o pensamento sobre números e quantidades de objetos em situações que sejam significativas para elas, ou seja, as crianças devem pensar sobre quantidade sempre que sentirem necessidade e interesse. II. Estimular a quantificação de objetos logicamente e a comparação de conjuntos (em vez de apenas contar). III. Incentivar a elaboração de conjuntos com objetos móveis. Folhas de exercícios com desenhos não são apropriadas para ensinar o número elementar, pois pode conduzir à resposta certa pela maneira errada. IV. Limitar a troca de ideias com seus pares. Através da troca de ideias e entre colegas, as crianças podem se dispersar, perderem o tempo previsto para a realização das atividades e a correção feita pelo professor. V. Compreender como a criança está pensando e intervir de acordo com o que parece em sua lógica. Mais do que corrigir a resposta dada pela criança, o professor deve tentar reconstituir o seu raciocínio para entender a base do “erro”.