Questões de Concurso Público UFRPE 2019 para Médico - Clinica

Foram encontradas 48 questões

Q1613163 Português
Sozinhos na multidão: a solidão na era das redes sociais

Solidão. Essa parece ser uma palavra recorrente e uma constante no comportamento das pessoas no século XXI, o século em que o ser humano nunca esteve, teoricamente, mais conectado aos seus semelhantes em toda a sua história, através do mundo digital da Web e das redes sociais.

Por mais estranho que possa parecer, ao mesmo tempo em que a Internet abriu um mundo novo e revolucionou praticamente todas as formas conhecidas de relacionamento entre pessoas, comunidades e países, as pessoas nunca estiveram mais solitárias, e nunca foram registradas tantas ocorrências de doenças psíquicas, como os diversos transtornos de ansiedade, comportamentos compulsivos originados de quadros de carência afetiva aguda e fratura narcísica, além do impressionante aumento de queixas de depressão, nos mais diversos níveis.

Todos estão conectados, linkados e interligados aos outros através das redes sociais como Facebook, Google+ e outras muitas plataformas existentes com a mesma finalidade (teoricamente): aproximar pessoas. Entretanto, nunca estivemos tão distantes da conexão real entre as pessoas, seja afetiva ou socialmente. As pessoas hoje preferem passar mais tempo conectadas através do computador, tablet, celular ou qualquer outro dispositivo, móvel ou não, do que se encontrar fisicamente para poderem interagir no mundo real.

Pode-se ter uma medida disso ao se observar comportamentos de famílias em restaurantes, grupos de adolescentes no shopping, amigos/amigas/colegas de trabalho almoçando juntos. Chega a ser impressionante o tempo dedicado por todos aos seus dispositivos eletrônicos para envio de mensagens ou e-mails, acompanhar as atualizações feitas pelos seus respectivos “amigos” e conhecidos nas diversas redes sociais, ao invés de dedicar o mesmo tempo para tentar desenvolver algum tipo de interação ou de conexão afetiva real. No caso dos grupos de adolescentes esse fenômeno chega a ser mais impressionante (ou diria, talvez, mais preocupante).

As crianças, ao invés de se relacionarem e brincarem umas com as outras, passam a interagir umas com as outras através de seus tablets e smartphones (dados por pais que não param para avaliar se os filhos já têm idade para serem expostos ao mundo digital desta forma), mandando mensagens (ao invés de conversarem ao vivo e a cores) entre si, jogando online. Com os adolescentes, a cena não é muito diferente: numa mesma mesa pode-se ver a interação sendo feita através de smartphones e tablets, com o envio de mensagens de um para o outro (ao invés de tentar simplesmente conversar), ou através das atualizações de suas respectivas atividades no “Face” (diminutivo de Facebook, porque dá muito trabalho falar Facebook, segundo esses adolescentes, cuja marca registrada é um imenso e constante cansaço).

A este panorama, de pessoas altamente conectadas com tudo e todos à sua volta e, por si só, bastante para desencadear a ansiedade e o aparecimento de neuroses diversas nessa sociedade global do século XXI, adicione-se o surgimento de uma sociedade em que nunca se viu um contingente tão grande de solitários e de laços afetivos tão fluidos e instáveis, a era do chamado “amor líquido”. Uma era em que é mais fácil deletar do que tentar resolver obstáculos e conflitos dentro dos relacionamentos, em que todos estão ligados a todo mundo, mas poucos conseguem estabelecer relações estáveis e saudáveis, seja do ponto de vista afetivo ou sexual.

Isso me leva a concluir que, neste novo mundo de relações digitais e fluidas, está se criando uma nova geração, na qual os relacionamentos virtuais – diferentes dos relacionamentos reais, pesados, lentos e confusos – são muito mais fáceis de entrar e sair; eles parecem inteligentes e limpos, fáceis de usar, compreender e manusear. Quando o interesse acaba, ou a situação chega a determinado ponto que exige pelo menos elaboração, sempre se pode apertar a tecla “delete”. Não sem consequências psíquicas ou com tanta leveza quanto aparenta, já que a modernidade não chega com essa velocidade ao psiquismo.

O que vemos é cada vez mais casos de pacientes com discursos fragmentados, ocorrências de dissociação de personalidade (um resultado nítido das alter personalidades tão usuais no mundo digital), quadros de carência afetiva aguda e comportamentos compulsivos diversos (muito provavelmente originados pelo abandono dos pais pós-modernos), além de transtornos de ansiedade e depressão, nos mais diversos níveis. Vivemos em um mundo onde as pessoas não só estão mais sozinhas, como estão deprimidas, ansiosas (todas buscando aceitação, acolhimento, conexões afetivas e amor), compulsivas e, paradoxalmente, conectadas com o mundo. Ou seja, ao contrário do ditado, não basta estar sozinho, mas sozinho, apesar de acompanhado.

Marcelo Bernstein. Disponível em: http://desacato.info/sozinhos-na-multidao-a-solidao-na-era-das-redes-sociais. Acesso em 16/04/2019. Adaptado.

Analise as relações de sentido apresentadas abaixo.


1) O trecho: “Solidão. Essa parece ser uma palavra recorrente e uma constante no comportamento das pessoas no século XXI” manteria seu sentido se o termo destacado fosse substituído por ‘frequente’.

2) No trecho: “As pessoas hoje preferem passar mais tempo conectadas através do computador, tablet, celular ou qualquer outro dispositivo”, o segmento destacado equivale a ‘qualquer outro equipamento’.

3) No trecho: “No caso dos grupos de adolescentes esse fenômeno chega a ser mais impressionante (ou diria, talvez, mais preocupante).”, o termo destacado tem o mesmo sentido de ‘desgastante’.

4) No trecho: “(diminutivo de Facebook, porque dá muito trabalho falar Facebook, segundo esses adolescentes, cuja marca registrada é um imenso e constante cansaço)”, o termo destacado equivale a ‘contumaz’.


Estão corretas:

Alternativas
Q1635277 Português
Sozinhos na multidão: a solidão na era das redes sociais


Solidão. Essa parece ser uma palavra recorrente e uma constante no comportamento das pessoas no século XXI, o século em que o ser humano nunca esteve, teoricamente, mais conectado aos seus semelhantes em toda a sua história, através do mundo digital da Web e das redes sociais.

Por mais estranho que possa parecer, ao mesmo tempo em que a Internet abriu um mundo novo e revolucionou praticamente todas as formas conhecidas de relacionamento entre pessoas, comunidades e países, as pessoas nunca estiveram mais solitárias, e nunca foram registradas tantas ocorrências de doenças psíquicas, como os diversos transtornos de ansiedade, comportamentos compulsivos originados de quadros de carência afetiva aguda e fratura narcísica, além do impressionante aumento de queixas de depressão, nos mais diversos níveis.

Todos estão conectados, linkados e interligados aos outros através das redes sociais como Facebook, Google+ e outras muitas plataformas existentes com a mesma finalidade (teoricamente): aproximar pessoas. Entretanto, nunca estivemos tão distantes da conexão real entre as pessoas, seja afetiva ou socialmente. As pessoas hoje preferem passar mais tempo conectadas através do computador, tablet, celular ou qualquer outro dispositivo, móvel ou não, do que se encontrar fisicamente para poderem interagir no mundo real.

Pode-se ter uma medida disso ao se observar comportamentos de famílias em restaurantes, grupos de adolescentes no shopping, amigos/amigas/colegas de trabalho almoçando juntos. Chega a ser impressionante o tempo dedicado por todos aos seus dispositivos eletrônicos para envio de mensagens ou e-mails, acompanhar as atualizações feitas pelos seus respectivos “amigos” e conhecidos nas diversas redes sociais, ao invés de dedicar o mesmo tempo para tentar desenvolver algum tipo de interação ou de conexão afetiva real. No caso dos grupos de adolescentes esse fenômeno chega a ser mais impressionante (ou diria, talvez, mais preocupante).

As crianças, ao invés de se relacionarem e brincarem umas com as outras, passam a interagir umas com as outras através de seus tablets e smartphones (dados por pais que não param para avaliar se os filhos já têm idade para serem expostos ao mundo digital desta forma), mandando mensagens (ao invés de conversarem ao vivo e a cores) entre si, jogando online. Com os adolescentes, a cena não é muito diferente: numa mesma mesa pode-se ver a interação sendo feita através de smartphones e tablets, com o envio de mensagens de um para o outro (ao invés de tentar simplesmente conversar), ou através das atualizações de suas respectivas atividades no “Face” (diminutivo de Facebook, porque dá muito trabalho falar Facebook, segundo esses adolescentes, cuja marca registrada é um imenso e constante cansaço).

A este panorama, de pessoas altamente conectadas com tudo e todos à sua volta e, por si só, bastante para desencadear a ansiedade e o aparecimento de neuroses diversas nessa sociedade global do século XXI, adicione-se o surgimento de uma sociedade em que nunca se viu um contingente tão grande de solitários e de laços afetivos tão fluidos e instáveis, a era do chamado “amor líquido”. Uma era em que é mais fácil deletar do que tentar resolver obstáculos e conflitos dentro dos relacionamentos, em que todos estão ligados a todo mundo, mas poucos conseguem estabelecer relações estáveis e saudáveis, seja do ponto de vista afetivo ou sexual.

Isso me leva a concluir que, neste novo mundo de relações digitais e fluidas, está se criando uma nova geração, na qual os relacionamentos virtuais – diferentes dos relacionamentos reais, pesados, lentos e confusos – são muito mais fáceis de entrar e sair; eles parecem inteligentes e limpos, fáceis de usar, compreender e manusear. Quando o interesse acaba, ou a situação chega a determinado ponto que exige pelo menos elaboração, sempre se pode apertar a tecla “delete”. Não sem consequências psíquicas ou com tanta leveza quanto aparenta, já que a modernidade não chega com essa velocidade ao psiquismo.

O que vemos é cada vez mais casos de pacientes com discursos fragmentados, ocorrências de dissociação de personalidade (um resultado nítido das alter personalidades tão usuais no mundo digital), quadros de carência afetiva aguda e comportamentos compulsivos diversos (muito provavelmente originados pelo abandono dos pais pós-modernos), além de transtornos de ansiedade e depressão, nos mais diversos níveis. Vivemos em um mundo onde as pessoas não só estão mais sozinhas, como estão deprimidas, ansiosas (todas buscando aceitação, acolhimento, conexões afetivas e amor), compulsivas e, paradoxalmente, conectadas com o mundo. Ou seja, ao contrário do ditado, não basta estar sozinho, mas sozinho, apesar de acompanhado.

Marcelo Bernstein. Disponível em: http://desacato.info/sozinhos-na-multidao-a-solidao-na-era-das-redes-sociais. Acesso em 16/04/2019. Adaptado
No 3º parágrafo, lemos: “Todos estão conectados, linkados e interligados aos outros através das redes sociais como Facebook, Google+ e outras muitas plataformas existentes com a mesma finalidade (teoricamente): aproximar pessoas. Entretanto, nunca estivemos tão distantes da conexão real entre as pessoas”. Com o termo destacado, o autor pretendeu:
Alternativas
Q1635298 Medicina
Para a abordagem diagnóstica das anemias, empregam-se dois sistemas de classificação, que são baseados em fisiopatologia e morfologia. A classificação fisiopatológica baseia-se na contagem de reticulócitos, considerado um marcador da produção de eritrócitos. Os reticulócitos são hemácias mais jovens com restos de RNA, que são evidenciados por coloração supravital. Essa contagem não é rotineiramente realizada junto com o hemograma, por isso deve ser solicitada especificamente. Qual das anemias abaixo relacionadas cursa com contagem de reticulócitos elevada, sendo também conhecida como anemia hiperproliferativa?
Alternativas
Q1635299 Medicina
A anemia de doença crônica pode ser associada a diversas condições, como doenças inflamatórias, neoplasias e doenças infecciosas. A esse respeito, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q1635300 Medicina
A colite neutropênica, também conhecida como colite necrotizante ou tiflite, ocorre em cerca de 6,5% dos adultos com LMA e é caracterizada por febre e dor abdominal em pacientes neutropênicos. Outras manifestações incluem náuseas, vômitos, distensão abdominal e diarreia aquosa ou sanguinolenta. As culturas mostram frequentemente os seguintes germes patógenos, EXCETO:
Alternativas
Q1635301 Medicina
Os Linfomas Não Hodgkin são divididos quanto à rapidez de evolução em muito agressivos, agressivos e indolentes. Quanto ao comportamento clínico, qual dos linfomas abaixo é considerado indolente?
Alternativas
Q1635302 Medicina
A artrite gonocócica causada pela Neisseria gonorrheae ocorre mais em jovens sadios com vida sexual ativa, havendo maior suscetibilidade em mulheres, em razão das dificuldades diagnósticas. Sobre isso, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q1635303 Medicina
São indicações para solicitação da dosagem do anticorpo antifosfolipídeo:
Alternativas
Q1635304 Medicina
Qual é o fator de piora ou comorbidade mais frequentemente associado à asma?
Alternativas
Q1635305 Medicina
Em relação à asma brônquica, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q1635306 Medicina
São condutas a serem adotadas em caso de paciente portador de DPOC leve, EXCETO:
Alternativas
Q1635307 Medicina
Paciente portador de DPOC com VEF1 < 35 apresenta quadro de infecção respiratória bacteriana. Qual a alternativa terapêutica que não deveria ser utilizada?
Alternativas
Q1635308 Medicina
Pneumonia adquirida na comunidade (PAC) é a infecção do trato respiratório inferior causada por agentes adquiridos na comunidade ou com surgimento em até 48 horas após admissão hospitalar. Nessa situação, estão excluídas todas as situações abaixo, EXCETO:
Alternativas
Q1635309 Medicina
A pneumonia adquirida na comunidade pode ser de etiologia aspirativa, principalmente em pacientes portadores de doença neurológica sequelar (AVC, demência e doenças neuromusculares, alcoólatras e portadores de doenças da motilidade esofágica). Na aspiração, as bactérias da orofaringe chegam às vias aéreas distais e acontece a infecção pulmonar por bactérias menos virulentas, primariamente anaeróbias, que constituem parte da flora normal da orofaringe. A evolução clínica é, em geral, mais indolente com sintomas, arrastando-se por vários dias ou até semanas. Muitos pacientes podem apresentar-se com abscesso pulmonar, pneumonia necrotizante ou empiema secundário a fístula broncopulmonar. Qual é a droga de escolha para tratamento desta condição?
Alternativas
Q1635310 Medicina
A síndrome parkinsoniana (ou parkinsonismo) é um dos mais frequentes tipos de distúrbio do movimento, e manifesta-se com 4 sintomas principais: bradicinesia, rigidez, tremor de repouso e instabilidade postural, sendo necessário pelo menos dois desses componentes para o diagnóstico. A respeito dessa condição, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q1635311 Medicina
O Parkisonismo pode ser secundário ao uso de medicamentos, e um dado importante a ser considerado é que o parkinsonismo induzido por drogas pode persistir por semanas ou meses após a retirada do agente causal. Dessa forma, as informações de anamnese a serem obtidas em pacientes portadores de parkinsonismo devem ser bastante minuciosas em relação a esse aspecto. Dos medicamentos abaixo relacionados, qual o que poderia ser utilizado sem risco de desenvolvimento do quadro?
Alternativas
Q1635312 Psiquiatria
A respeito do quadro demencial, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q1635313 Psiquiatria
O diagnóstico diferencial de depressão e demência pode ser difícil na fase inicial. Qual dos achados abaixo não é encontrado na demência?
Alternativas
Q1635314 Medicina
Os antidiabéticos podem ser classificados, conforme sua ação, em cinco grandes grupos. Correlacione o mecanismo de ação descrito na primeira coluna com sua respectiva droga, apresentada na segunda coluna.

1) Aumentam a secreção de insulina ("secretagogos” de insulina).

2) São sensibilizadores da ação da insulina.

3) Reduzem a velocidade de absorção da glicose no intestino.
4) Aumentam a secreção de insulina de forma dependente de glicose e promovem supressão do glucagon.

5) Aumentam a excreção urinária de glicose (inibidores do transportador sódio-glicose tipo 2 [SGLT2]).


( ) Dapaglifozina
( ) Glitazonas

( ) Glinidas

( ) Acarbose
( ) Inibidores da enzima dipeptidi1- peptidase 4 (DPP4).


A sequência correta, de cima para baixo, é:
Alternativas
Q1635315 Medicina
Embora os termos tireotoxicose e hipertireoidismo sejam usados como sinônimos na prática clínica, vale lembrar que a tireotoxicose é a síndrome de excesso de hormônio tireoidiano nos tecidos, independentemente da fonte (tireoide, exógena ou ectópica). O hipertireoidismo refere-se a uma das etiologias da tireotoxicose, quando a produção excessiva dos hormônios tireoidianos é proveniente da tireoide. Das tireotoxicoses abaixo relacionadas, qual a única decorrente de hipertireoidismo?
Alternativas
Respostas
1: A
2: A
3: C
4: C
5: A
6: A
7: D
8: A
9: C
10: A
11: E
12: A
13: C
14: B
15: B
16: E
17: C
18: B
19: C
20: D