Questões de Concurso Público SETRABES 2018 para Contador

Foram encontradas 65 questões

Q902053 Português
TEXTO I

Cuidado: uso excessivo de internet e celular pode viciar.

Danos ao cérebro seriam similares aos de drogas como a cocaína.

por Sérgio Matsuura
09/06/2013 22:00

RIO — A tecnologia está definitivamente presente na vida cotidiana. Seja para consultar informações, conversar com amigos e familiares ou apenas entreter, a internet e os celulares não saem das mãos e mentes das pessoas. Por esse motivo, especialistas alertam: o uso excessivo dessas ferramentas pode viciar. Apesar de o distúrbio ainda não constar no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, estudos recentes apontam que as mudanças causadas no cérebro pelo abuso na utilização da web são similares aos efeitos de drogas químicas, como o álcool e a cocaína.
— A dependência pela tecnologia é comportamental, as outras são químicas, mas ela causa o mesmo desgaste na ponta do neurônio que as drogas — explica Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Fobia de perder o celular
O problema, dizem os especialistas, é o usuário conseguir diferenciar a dependência do uso considerado normal. Hoje, a internet e os celulares são ferramentas profissionais e de estudo. De acordo com pesquisa realizada pela Google no ano passado, 73% dos brasileiros que possuem smartphones não saem de casa sem eles. A advogada Nídia Aguilar, por exemplo, diz se sentir ansiosa e incomodada quando fica longe do celular, pois usa o aparelho para se comunicar com clientes. Apesar de estar ciente do uso excessivo, ela considera o telefone fundamental para o trabalho.
— A linha que separa o uso do abuso é tênue. Mesmo que se use muito o celular, isso não caracteriza o vício. Na dependência patológica, o uso excessivo está ligado a um transtorno de ansiedade, como pânico ou fobia social — afirma a psicóloga Anna Lucia Spear King, pesquisadora do Laboratório de Pânico e Respiração do Instituto de Psiquiatria da UFRJ.
A pesquisadora é a pioneira no estudo científico da nomofobia, nome cunhado na Inglaterra para descrever o medo de ficar sem celular (no + mobile + fobia).
Ela explica que os principais sintomas da síndrome são angústia e sensação de desconforto quando se está sem o telefone e mudanças comportamentais, como isolamento e falta de interesse em outras atividades.
— Isso pode indicar que a pessoa está com algum problema que precisa ser investigado.
Atenção especial às crianças
A professora de piano Olga de Lena não se considera viciada em celular, mas admite que faz uso exagerado do seu iPhone. Ela diz não largar o telefone por questões profissionais. E ressalta os pontos positivos de ter conexão à internet na palma da mão, como pesquisar músicas durante uma aula ou usar o mapa para se localizar.
— Estou sempre com ele. O aluno pede uma música e eu acesso na mesma hora. Quando vou a um restaurante, ele fica em cima da mesa. Sei que não é de bom tom, mas eu deixo mesmo que seja no silencioso — conta Olga, que relata a sensação de ficar sem o smartphone. — É desesperador! Eu perdi o meu aparelho recentemente e me senti como se estivesse doente, faltando uma parte de mim.
O relato de Olga pode ser considerado normal, mas existem casos que chamam atenção. Cristiano Nabuco atendeu a uma mãe que tinha que dar o celular para o filho de dois anos para que ele saísse da cama. Pior, no shopping a criança pedia colo para as vendedoras das lojas para tocar no teclado. Segundo o psicólogo, a tecnologia está se tornando uma espécie de babá eletrônica, e os pais não conseguem medir as consequências disso.
É comum ver, em festas infantis, crianças isoladas com o celular do pai na mão em vez de estar brincando com os colegas. De acordo com Nabuco, tal comportamento interfere no desenvolvimento emocional do indivíduo, o que pode acarretar transtornos na fase adulta. Ele recomenda que os pais não deem smartphones e tablets para crianças muito novas e monitorem como os filhos estão usando a internet.
No Hospital das Clínicas de São Paulo, o tratamento da dependência em tecnologia é feito com 18 reuniões semanais de psicoterapia de grupo, tratamento psiquiátrico e suporte emocional para os familiares, modelo parecido com o adotado para outros vícios. A pesquisadora Anna Lucia explica que, em alguns casos, é preciso tomar medicação.
A psicóloga Luciana Nunes, do Instituto Psicoinfo, pede ações do governo para o tratamento dos dependentes. Segundo ela, existem diversos projetos para promover a inclusão digital, mas não para apoiar quem sofre com o uso em excesso da tecnologia.
— Com a popularização dos smartphones, o problema tende a crescer. Quanto mais interativo é o aparelho, maior o potencial de dependência — afirma a psicóloga.
Para não sofrer desse mal, os especialistas recomendam moderação, mesmo que o smartphone ou a internet sejam essenciais para determinadas atividades. Cristiano Nabuco aconselha que as pessoas fiquem ao menos uma hora por dia longe do celular e desabilitem as notificações automáticas de e-mail e redes sociais. Também é essencial manter atividades ao ar livre, com encontros presenciais com outras pessoas. É o que faz o estudante de administração Felipe Souza. Pelo celular, ele joga, manda mensagens, lê e-mails e até assiste televisão. Na internet, conversa pelo Skype e participa de jogos on-line, mas não abandona o futebol semanal com os amigos.
— O celular não afeta o meu dia a dia. Só fico com ele na mão quando não tenho nada melhor para fazer — diz.

https://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/cuid ado-uso-excessivo-de-internet-celular-pode-viciar8636717
O avanço da tecnologia e a praticidade criada por ela contribuiu para o uso excessivo da internet e dos celulares. O texto I, dentre muitas observações feitas a respeito, acentua a praticidade proporcionada pelo uso dos meios eletrônicos para o cotidiano laboral das pessoas. Assinale a alternativa em que está presente o trecho que confirma essa declaração.
Alternativas
Q902054 Português
TEXTO I

Cuidado: uso excessivo de internet e celular pode viciar.

Danos ao cérebro seriam similares aos de drogas como a cocaína.

por Sérgio Matsuura
09/06/2013 22:00

RIO — A tecnologia está definitivamente presente na vida cotidiana. Seja para consultar informações, conversar com amigos e familiares ou apenas entreter, a internet e os celulares não saem das mãos e mentes das pessoas. Por esse motivo, especialistas alertam: o uso excessivo dessas ferramentas pode viciar. Apesar de o distúrbio ainda não constar no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, estudos recentes apontam que as mudanças causadas no cérebro pelo abuso na utilização da web são similares aos efeitos de drogas químicas, como o álcool e a cocaína.
— A dependência pela tecnologia é comportamental, as outras são químicas, mas ela causa o mesmo desgaste na ponta do neurônio que as drogas — explica Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Fobia de perder o celular
O problema, dizem os especialistas, é o usuário conseguir diferenciar a dependência do uso considerado normal. Hoje, a internet e os celulares são ferramentas profissionais e de estudo. De acordo com pesquisa realizada pela Google no ano passado, 73% dos brasileiros que possuem smartphones não saem de casa sem eles. A advogada Nídia Aguilar, por exemplo, diz se sentir ansiosa e incomodada quando fica longe do celular, pois usa o aparelho para se comunicar com clientes. Apesar de estar ciente do uso excessivo, ela considera o telefone fundamental para o trabalho.
— A linha que separa o uso do abuso é tênue. Mesmo que se use muito o celular, isso não caracteriza o vício. Na dependência patológica, o uso excessivo está ligado a um transtorno de ansiedade, como pânico ou fobia social — afirma a psicóloga Anna Lucia Spear King, pesquisadora do Laboratório de Pânico e Respiração do Instituto de Psiquiatria da UFRJ.
A pesquisadora é a pioneira no estudo científico da nomofobia, nome cunhado na Inglaterra para descrever o medo de ficar sem celular (no + mobile + fobia).
Ela explica que os principais sintomas da síndrome são angústia e sensação de desconforto quando se está sem o telefone e mudanças comportamentais, como isolamento e falta de interesse em outras atividades.
— Isso pode indicar que a pessoa está com algum problema que precisa ser investigado.
Atenção especial às crianças
A professora de piano Olga de Lena não se considera viciada em celular, mas admite que faz uso exagerado do seu iPhone. Ela diz não largar o telefone por questões profissionais. E ressalta os pontos positivos de ter conexão à internet na palma da mão, como pesquisar músicas durante uma aula ou usar o mapa para se localizar.
— Estou sempre com ele. O aluno pede uma música e eu acesso na mesma hora. Quando vou a um restaurante, ele fica em cima da mesa. Sei que não é de bom tom, mas eu deixo mesmo que seja no silencioso — conta Olga, que relata a sensação de ficar sem o smartphone. — É desesperador! Eu perdi o meu aparelho recentemente e me senti como se estivesse doente, faltando uma parte de mim.
O relato de Olga pode ser considerado normal, mas existem casos que chamam atenção. Cristiano Nabuco atendeu a uma mãe que tinha que dar o celular para o filho de dois anos para que ele saísse da cama. Pior, no shopping a criança pedia colo para as vendedoras das lojas para tocar no teclado. Segundo o psicólogo, a tecnologia está se tornando uma espécie de babá eletrônica, e os pais não conseguem medir as consequências disso.
É comum ver, em festas infantis, crianças isoladas com o celular do pai na mão em vez de estar brincando com os colegas. De acordo com Nabuco, tal comportamento interfere no desenvolvimento emocional do indivíduo, o que pode acarretar transtornos na fase adulta. Ele recomenda que os pais não deem smartphones e tablets para crianças muito novas e monitorem como os filhos estão usando a internet.
No Hospital das Clínicas de São Paulo, o tratamento da dependência em tecnologia é feito com 18 reuniões semanais de psicoterapia de grupo, tratamento psiquiátrico e suporte emocional para os familiares, modelo parecido com o adotado para outros vícios. A pesquisadora Anna Lucia explica que, em alguns casos, é preciso tomar medicação.
A psicóloga Luciana Nunes, do Instituto Psicoinfo, pede ações do governo para o tratamento dos dependentes. Segundo ela, existem diversos projetos para promover a inclusão digital, mas não para apoiar quem sofre com o uso em excesso da tecnologia.
— Com a popularização dos smartphones, o problema tende a crescer. Quanto mais interativo é o aparelho, maior o potencial de dependência — afirma a psicóloga.
Para não sofrer desse mal, os especialistas recomendam moderação, mesmo que o smartphone ou a internet sejam essenciais para determinadas atividades. Cristiano Nabuco aconselha que as pessoas fiquem ao menos uma hora por dia longe do celular e desabilitem as notificações automáticas de e-mail e redes sociais. Também é essencial manter atividades ao ar livre, com encontros presenciais com outras pessoas. É o que faz o estudante de administração Felipe Souza. Pelo celular, ele joga, manda mensagens, lê e-mails e até assiste televisão. Na internet, conversa pelo Skype e participa de jogos on-line, mas não abandona o futebol semanal com os amigos.
— O celular não afeta o meu dia a dia. Só fico com ele na mão quando não tenho nada melhor para fazer — diz.

https://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/cuid ado-uso-excessivo-de-internet-celular-pode-viciar8636717
Sobre o uso excessivo do celular, profissionais colocam que, exceto:
Alternativas
Q902055 Português
TEXTO I

Cuidado: uso excessivo de internet e celular pode viciar.

Danos ao cérebro seriam similares aos de drogas como a cocaína.

por Sérgio Matsuura
09/06/2013 22:00

RIO — A tecnologia está definitivamente presente na vida cotidiana. Seja para consultar informações, conversar com amigos e familiares ou apenas entreter, a internet e os celulares não saem das mãos e mentes das pessoas. Por esse motivo, especialistas alertam: o uso excessivo dessas ferramentas pode viciar. Apesar de o distúrbio ainda não constar no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, estudos recentes apontam que as mudanças causadas no cérebro pelo abuso na utilização da web são similares aos efeitos de drogas químicas, como o álcool e a cocaína.
— A dependência pela tecnologia é comportamental, as outras são químicas, mas ela causa o mesmo desgaste na ponta do neurônio que as drogas — explica Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Fobia de perder o celular
O problema, dizem os especialistas, é o usuário conseguir diferenciar a dependência do uso considerado normal. Hoje, a internet e os celulares são ferramentas profissionais e de estudo. De acordo com pesquisa realizada pela Google no ano passado, 73% dos brasileiros que possuem smartphones não saem de casa sem eles. A advogada Nídia Aguilar, por exemplo, diz se sentir ansiosa e incomodada quando fica longe do celular, pois usa o aparelho para se comunicar com clientes. Apesar de estar ciente do uso excessivo, ela considera o telefone fundamental para o trabalho.
— A linha que separa o uso do abuso é tênue. Mesmo que se use muito o celular, isso não caracteriza o vício. Na dependência patológica, o uso excessivo está ligado a um transtorno de ansiedade, como pânico ou fobia social — afirma a psicóloga Anna Lucia Spear King, pesquisadora do Laboratório de Pânico e Respiração do Instituto de Psiquiatria da UFRJ.
A pesquisadora é a pioneira no estudo científico da nomofobia, nome cunhado na Inglaterra para descrever o medo de ficar sem celular (no + mobile + fobia).
Ela explica que os principais sintomas da síndrome são angústia e sensação de desconforto quando se está sem o telefone e mudanças comportamentais, como isolamento e falta de interesse em outras atividades.
— Isso pode indicar que a pessoa está com algum problema que precisa ser investigado.
Atenção especial às crianças
A professora de piano Olga de Lena não se considera viciada em celular, mas admite que faz uso exagerado do seu iPhone. Ela diz não largar o telefone por questões profissionais. E ressalta os pontos positivos de ter conexão à internet na palma da mão, como pesquisar músicas durante uma aula ou usar o mapa para se localizar.
— Estou sempre com ele. O aluno pede uma música e eu acesso na mesma hora. Quando vou a um restaurante, ele fica em cima da mesa. Sei que não é de bom tom, mas eu deixo mesmo que seja no silencioso — conta Olga, que relata a sensação de ficar sem o smartphone. — É desesperador! Eu perdi o meu aparelho recentemente e me senti como se estivesse doente, faltando uma parte de mim.
O relato de Olga pode ser considerado normal, mas existem casos que chamam atenção. Cristiano Nabuco atendeu a uma mãe que tinha que dar o celular para o filho de dois anos para que ele saísse da cama. Pior, no shopping a criança pedia colo para as vendedoras das lojas para tocar no teclado. Segundo o psicólogo, a tecnologia está se tornando uma espécie de babá eletrônica, e os pais não conseguem medir as consequências disso.
É comum ver, em festas infantis, crianças isoladas com o celular do pai na mão em vez de estar brincando com os colegas. De acordo com Nabuco, tal comportamento interfere no desenvolvimento emocional do indivíduo, o que pode acarretar transtornos na fase adulta. Ele recomenda que os pais não deem smartphones e tablets para crianças muito novas e monitorem como os filhos estão usando a internet.
No Hospital das Clínicas de São Paulo, o tratamento da dependência em tecnologia é feito com 18 reuniões semanais de psicoterapia de grupo, tratamento psiquiátrico e suporte emocional para os familiares, modelo parecido com o adotado para outros vícios. A pesquisadora Anna Lucia explica que, em alguns casos, é preciso tomar medicação.
A psicóloga Luciana Nunes, do Instituto Psicoinfo, pede ações do governo para o tratamento dos dependentes. Segundo ela, existem diversos projetos para promover a inclusão digital, mas não para apoiar quem sofre com o uso em excesso da tecnologia.
— Com a popularização dos smartphones, o problema tende a crescer. Quanto mais interativo é o aparelho, maior o potencial de dependência — afirma a psicóloga.
Para não sofrer desse mal, os especialistas recomendam moderação, mesmo que o smartphone ou a internet sejam essenciais para determinadas atividades. Cristiano Nabuco aconselha que as pessoas fiquem ao menos uma hora por dia longe do celular e desabilitem as notificações automáticas de e-mail e redes sociais. Também é essencial manter atividades ao ar livre, com encontros presenciais com outras pessoas. É o que faz o estudante de administração Felipe Souza. Pelo celular, ele joga, manda mensagens, lê e-mails e até assiste televisão. Na internet, conversa pelo Skype e participa de jogos on-line, mas não abandona o futebol semanal com os amigos.
— O celular não afeta o meu dia a dia. Só fico com ele na mão quando não tenho nada melhor para fazer — diz.

https://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/cuid ado-uso-excessivo-de-internet-celular-pode-viciar8636717
Assinale a alternativa em que o trecho seguinte é reescrito sem causar qualquer alteração semântica para o enunciado.
— A linha que separa o uso do abuso é tênue. Mesmo que se use muito o celular, isso não caracteriza o vício. Na dependência patológica, o uso excessivo está ligado a um transtorno de ansiedade, como pânico ou fobia social — afirma a psicóloga Anna Lucia Spear King, pesquisadora do Laboratório de Pânico e Respiração do Instituto de Psiquiatria da UFRJ. (Parágrafo 04)
Alternativas
Q902056 Português
TEXTO I

Cuidado: uso excessivo de internet e celular pode viciar.

Danos ao cérebro seriam similares aos de drogas como a cocaína.

por Sérgio Matsuura
09/06/2013 22:00

RIO — A tecnologia está definitivamente presente na vida cotidiana. Seja para consultar informações, conversar com amigos e familiares ou apenas entreter, a internet e os celulares não saem das mãos e mentes das pessoas. Por esse motivo, especialistas alertam: o uso excessivo dessas ferramentas pode viciar. Apesar de o distúrbio ainda não constar no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, estudos recentes apontam que as mudanças causadas no cérebro pelo abuso na utilização da web são similares aos efeitos de drogas químicas, como o álcool e a cocaína.
— A dependência pela tecnologia é comportamental, as outras são químicas, mas ela causa o mesmo desgaste na ponta do neurônio que as drogas — explica Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Fobia de perder o celular
O problema, dizem os especialistas, é o usuário conseguir diferenciar a dependência do uso considerado normal. Hoje, a internet e os celulares são ferramentas profissionais e de estudo. De acordo com pesquisa realizada pela Google no ano passado, 73% dos brasileiros que possuem smartphones não saem de casa sem eles. A advogada Nídia Aguilar, por exemplo, diz se sentir ansiosa e incomodada quando fica longe do celular, pois usa o aparelho para se comunicar com clientes. Apesar de estar ciente do uso excessivo, ela considera o telefone fundamental para o trabalho.
— A linha que separa o uso do abuso é tênue. Mesmo que se use muito o celular, isso não caracteriza o vício. Na dependência patológica, o uso excessivo está ligado a um transtorno de ansiedade, como pânico ou fobia social — afirma a psicóloga Anna Lucia Spear King, pesquisadora do Laboratório de Pânico e Respiração do Instituto de Psiquiatria da UFRJ.
A pesquisadora é a pioneira no estudo científico da nomofobia, nome cunhado na Inglaterra para descrever o medo de ficar sem celular (no + mobile + fobia).
Ela explica que os principais sintomas da síndrome são angústia e sensação de desconforto quando se está sem o telefone e mudanças comportamentais, como isolamento e falta de interesse em outras atividades.
— Isso pode indicar que a pessoa está com algum problema que precisa ser investigado.
Atenção especial às crianças
A professora de piano Olga de Lena não se considera viciada em celular, mas admite que faz uso exagerado do seu iPhone. Ela diz não largar o telefone por questões profissionais. E ressalta os pontos positivos de ter conexão à internet na palma da mão, como pesquisar músicas durante uma aula ou usar o mapa para se localizar.
— Estou sempre com ele. O aluno pede uma música e eu acesso na mesma hora. Quando vou a um restaurante, ele fica em cima da mesa. Sei que não é de bom tom, mas eu deixo mesmo que seja no silencioso — conta Olga, que relata a sensação de ficar sem o smartphone. — É desesperador! Eu perdi o meu aparelho recentemente e me senti como se estivesse doente, faltando uma parte de mim.
O relato de Olga pode ser considerado normal, mas existem casos que chamam atenção. Cristiano Nabuco atendeu a uma mãe que tinha que dar o celular para o filho de dois anos para que ele saísse da cama. Pior, no shopping a criança pedia colo para as vendedoras das lojas para tocar no teclado. Segundo o psicólogo, a tecnologia está se tornando uma espécie de babá eletrônica, e os pais não conseguem medir as consequências disso.
É comum ver, em festas infantis, crianças isoladas com o celular do pai na mão em vez de estar brincando com os colegas. De acordo com Nabuco, tal comportamento interfere no desenvolvimento emocional do indivíduo, o que pode acarretar transtornos na fase adulta. Ele recomenda que os pais não deem smartphones e tablets para crianças muito novas e monitorem como os filhos estão usando a internet.
No Hospital das Clínicas de São Paulo, o tratamento da dependência em tecnologia é feito com 18 reuniões semanais de psicoterapia de grupo, tratamento psiquiátrico e suporte emocional para os familiares, modelo parecido com o adotado para outros vícios. A pesquisadora Anna Lucia explica que, em alguns casos, é preciso tomar medicação.
A psicóloga Luciana Nunes, do Instituto Psicoinfo, pede ações do governo para o tratamento dos dependentes. Segundo ela, existem diversos projetos para promover a inclusão digital, mas não para apoiar quem sofre com o uso em excesso da tecnologia.
— Com a popularização dos smartphones, o problema tende a crescer. Quanto mais interativo é o aparelho, maior o potencial de dependência — afirma a psicóloga.
Para não sofrer desse mal, os especialistas recomendam moderação, mesmo que o smartphone ou a internet sejam essenciais para determinadas atividades. Cristiano Nabuco aconselha que as pessoas fiquem ao menos uma hora por dia longe do celular e desabilitem as notificações automáticas de e-mail e redes sociais. Também é essencial manter atividades ao ar livre, com encontros presenciais com outras pessoas. É o que faz o estudante de administração Felipe Souza. Pelo celular, ele joga, manda mensagens, lê e-mails e até assiste televisão. Na internet, conversa pelo Skype e participa de jogos on-line, mas não abandona o futebol semanal com os amigos.
— O celular não afeta o meu dia a dia. Só fico com ele na mão quando não tenho nada melhor para fazer — diz.

https://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/cuid ado-uso-excessivo-de-internet-celular-pode-viciar8636717
Identifique o item em que a classificação do termo sublinhado, a respeito da classe gramatical, está correta
Alternativas
Q902057 Português
TEXTO I

Cuidado: uso excessivo de internet e celular pode viciar.

Danos ao cérebro seriam similares aos de drogas como a cocaína.

por Sérgio Matsuura
09/06/2013 22:00

RIO — A tecnologia está definitivamente presente na vida cotidiana. Seja para consultar informações, conversar com amigos e familiares ou apenas entreter, a internet e os celulares não saem das mãos e mentes das pessoas. Por esse motivo, especialistas alertam: o uso excessivo dessas ferramentas pode viciar. Apesar de o distúrbio ainda não constar no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, estudos recentes apontam que as mudanças causadas no cérebro pelo abuso na utilização da web são similares aos efeitos de drogas químicas, como o álcool e a cocaína.
— A dependência pela tecnologia é comportamental, as outras são químicas, mas ela causa o mesmo desgaste na ponta do neurônio que as drogas — explica Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Fobia de perder o celular
O problema, dizem os especialistas, é o usuário conseguir diferenciar a dependência do uso considerado normal. Hoje, a internet e os celulares são ferramentas profissionais e de estudo. De acordo com pesquisa realizada pela Google no ano passado, 73% dos brasileiros que possuem smartphones não saem de casa sem eles. A advogada Nídia Aguilar, por exemplo, diz se sentir ansiosa e incomodada quando fica longe do celular, pois usa o aparelho para se comunicar com clientes. Apesar de estar ciente do uso excessivo, ela considera o telefone fundamental para o trabalho.
— A linha que separa o uso do abuso é tênue. Mesmo que se use muito o celular, isso não caracteriza o vício. Na dependência patológica, o uso excessivo está ligado a um transtorno de ansiedade, como pânico ou fobia social — afirma a psicóloga Anna Lucia Spear King, pesquisadora do Laboratório de Pânico e Respiração do Instituto de Psiquiatria da UFRJ.
A pesquisadora é a pioneira no estudo científico da nomofobia, nome cunhado na Inglaterra para descrever o medo de ficar sem celular (no + mobile + fobia).
Ela explica que os principais sintomas da síndrome são angústia e sensação de desconforto quando se está sem o telefone e mudanças comportamentais, como isolamento e falta de interesse em outras atividades.
— Isso pode indicar que a pessoa está com algum problema que precisa ser investigado.
Atenção especial às crianças
A professora de piano Olga de Lena não se considera viciada em celular, mas admite que faz uso exagerado do seu iPhone. Ela diz não largar o telefone por questões profissionais. E ressalta os pontos positivos de ter conexão à internet na palma da mão, como pesquisar músicas durante uma aula ou usar o mapa para se localizar.
— Estou sempre com ele. O aluno pede uma música e eu acesso na mesma hora. Quando vou a um restaurante, ele fica em cima da mesa. Sei que não é de bom tom, mas eu deixo mesmo que seja no silencioso — conta Olga, que relata a sensação de ficar sem o smartphone. — É desesperador! Eu perdi o meu aparelho recentemente e me senti como se estivesse doente, faltando uma parte de mim.
O relato de Olga pode ser considerado normal, mas existem casos que chamam atenção. Cristiano Nabuco atendeu a uma mãe que tinha que dar o celular para o filho de dois anos para que ele saísse da cama. Pior, no shopping a criança pedia colo para as vendedoras das lojas para tocar no teclado. Segundo o psicólogo, a tecnologia está se tornando uma espécie de babá eletrônica, e os pais não conseguem medir as consequências disso.
É comum ver, em festas infantis, crianças isoladas com o celular do pai na mão em vez de estar brincando com os colegas. De acordo com Nabuco, tal comportamento interfere no desenvolvimento emocional do indivíduo, o que pode acarretar transtornos na fase adulta. Ele recomenda que os pais não deem smartphones e tablets para crianças muito novas e monitorem como os filhos estão usando a internet.
No Hospital das Clínicas de São Paulo, o tratamento da dependência em tecnologia é feito com 18 reuniões semanais de psicoterapia de grupo, tratamento psiquiátrico e suporte emocional para os familiares, modelo parecido com o adotado para outros vícios. A pesquisadora Anna Lucia explica que, em alguns casos, é preciso tomar medicação.
A psicóloga Luciana Nunes, do Instituto Psicoinfo, pede ações do governo para o tratamento dos dependentes. Segundo ela, existem diversos projetos para promover a inclusão digital, mas não para apoiar quem sofre com o uso em excesso da tecnologia.
— Com a popularização dos smartphones, o problema tende a crescer. Quanto mais interativo é o aparelho, maior o potencial de dependência — afirma a psicóloga.
Para não sofrer desse mal, os especialistas recomendam moderação, mesmo que o smartphone ou a internet sejam essenciais para determinadas atividades. Cristiano Nabuco aconselha que as pessoas fiquem ao menos uma hora por dia longe do celular e desabilitem as notificações automáticas de e-mail e redes sociais. Também é essencial manter atividades ao ar livre, com encontros presenciais com outras pessoas. É o que faz o estudante de administração Felipe Souza. Pelo celular, ele joga, manda mensagens, lê e-mails e até assiste televisão. Na internet, conversa pelo Skype e participa de jogos on-line, mas não abandona o futebol semanal com os amigos.
— O celular não afeta o meu dia a dia. Só fico com ele na mão quando não tenho nada melhor para fazer — diz.

https://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/cuid ado-uso-excessivo-de-internet-celular-pode-viciar8636717
Assinale o item em que as classificações sintáticas dos verbos sublinhados nas frases I e II têm correspondência.
Alternativas
Q902058 Português
TEXTO II

Traços de personalidade influenciam tendência a vício em redes sociais.

Estudo indica que dependência pode ser uma escolha racional dos indivíduos.

por O GLOBO
12/03/2018 13:38 / Atualizado 12/03/2018 13:59

NOVA YORK — As empresas de internet investem milhões de dólares em análise de dados para identificar serviços que façam as pessoas permanecerem por mais tempo nas redes sociais. O Facebook, por exemplo, anuncia frequentemente mudanças em seus algoritmos, tentando cativar ainda mais o seu público. Acontece que a adesão às plataformas podem estar relacionadas não apenas aos serviços oferecidos, mas aos traços de personalidade dos usuários, indica estudo realizado por pesquisadores da Universidade Binghamton.
— Existem vários estudos sobre como a interação de certos traços de personalidade afeta vícios a substâncias como álcool e drogas — explicou Isaac Vaghefi, professor em Binghamton. — Nós queríamos aplicar uma abordagem similar ao vício em redes sociais.
O experimento coletou dados de cerca de 300 voluntários. Os resultados indicam que três traços em personalidade — neuroticismo, consciencialidade e agradabilidade — estão relacionados com esse comportamento. Os outros dois traços do modelo Big Five — extroversão e abertura para a experiência — não demonstraram relação com o vício em redes sociais.
O neuroticismo é um traço de personalidade relacionado à tendência para a experimentação de emoções negativas, como raiva, ansiedade e depressão. A consciencialidade é a tendência para a autodisciplina, a preferência pelo comportamento planejado em vez do espontâneo. A agradabilidade é o traço relacionado aos indivíduos amigáveis, generosos, preocupados com a harmonia social.
Além de identificar quais os traços estão relacionados com a dependência, os pesquisadores tentaram observar como essas características da personalidade interagem. O neuroticismo e a consciencialidade têm efeitos diretos negativos e positivos na tendência ao desenvolvimento da adicção. O neuroticismo parece aumentar a tendência ao vício, enquanto a consciencialidade parece reduzir os riscos. Contudo, atuando juntos, o neuroticismo parece moderar o efeito da consciencialidade.
Os pesquisadores indicam que a agradabilidade sozinha não interfere na tendência ao vício em redes sociais, mas isso muda quando em combinação com a consciencialidade. A combinação de baixos níveis de agradabilidade e consciencialidade — uma pessoa antipática e irresponsável — aumenta a probabilidade de dependência em redes sociais. Por outro lado, altos níveis também têm o mesmo efeito.
Segundo Vaghefi, este resultado inesperado pode ser explicado pela perspectiva da “adicção racional”. Algumas pessoas podem, intencionalmente, usar uma rede social por mais tempo para maximizar os benefícios percebidos. Uma pessoa agradável e sociável, por exemplo, pode usar as redes sociais para melhorar suas relações, numa decisão racional.
Nesse caso, a dependência não seria resultado da irracionalidade ou da falta de controle aos impulsos, mas de um processo racional e intencional.
— É uma abordagem holística para descobrir quais os tipos de pessoas mais propensas a desenvolverem o vício — afirmou Vaghefi. — Em vez de se concentrar apenas em um traço da personalidade, isso permite a inclusão de todo o perfil de personalidade.

https://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/trac os-de-personalidade-influenciam-tendencia-vicioem-redes-sociais-22480633 (com adaptação).
A respeito da dependência em redes sociais ser uma escolha racional do indivíduo, o texto II coloca que:
I- Os traços de personalidade relacionados são elementos importantes para a compreensão da dependência em redes sociais. II- Os pesquisadores concluíram que isoladamente os traços de personalidade contribuem para o desenvolvimento do vício em redes sociais. III- O princípio analógico do estudo sobre o vício em redes sociais, apresentado pelo texto, se deu pela observação de traços de personalidade afetarem no uso abusivo de álcool ou drogas.
Assinale a alternativa que elege as declarações corretas.
Alternativas
Q902059 Português
TEXTO I

Cuidado: uso excessivo de internet e celular pode viciar.

Danos ao cérebro seriam similares aos de drogas como a cocaína.

por Sérgio Matsuura
09/06/2013 22:00

RIO — A tecnologia está definitivamente presente na vida cotidiana. Seja para consultar informações, conversar com amigos e familiares ou apenas entreter, a internet e os celulares não saem das mãos e mentes das pessoas. Por esse motivo, especialistas alertam: o uso excessivo dessas ferramentas pode viciar. Apesar de o distúrbio ainda não constar no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, estudos recentes apontam que as mudanças causadas no cérebro pelo abuso na utilização da web são similares aos efeitos de drogas químicas, como o álcool e a cocaína.
— A dependência pela tecnologia é comportamental, as outras são químicas, mas ela causa o mesmo desgaste na ponta do neurônio que as drogas — explica Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Fobia de perder o celular
O problema, dizem os especialistas, é o usuário conseguir diferenciar a dependência do uso considerado normal. Hoje, a internet e os celulares são ferramentas profissionais e de estudo. De acordo com pesquisa realizada pela Google no ano passado, 73% dos brasileiros que possuem smartphones não saem de casa sem eles. A advogada Nídia Aguilar, por exemplo, diz se sentir ansiosa e incomodada quando fica longe do celular, pois usa o aparelho para se comunicar com clientes. Apesar de estar ciente do uso excessivo, ela considera o telefone fundamental para o trabalho.
— A linha que separa o uso do abuso é tênue. Mesmo que se use muito o celular, isso não caracteriza o vício. Na dependência patológica, o uso excessivo está ligado a um transtorno de ansiedade, como pânico ou fobia social — afirma a psicóloga Anna Lucia Spear King, pesquisadora do Laboratório de Pânico e Respiração do Instituto de Psiquiatria da UFRJ.
A pesquisadora é a pioneira no estudo científico da nomofobia, nome cunhado na Inglaterra para descrever o medo de ficar sem celular (no + mobile + fobia).
Ela explica que os principais sintomas da síndrome são angústia e sensação de desconforto quando se está sem o telefone e mudanças comportamentais, como isolamento e falta de interesse em outras atividades.
— Isso pode indicar que a pessoa está com algum problema que precisa ser investigado.
Atenção especial às crianças
A professora de piano Olga de Lena não se considera viciada em celular, mas admite que faz uso exagerado do seu iPhone. Ela diz não largar o telefone por questões profissionais. E ressalta os pontos positivos de ter conexão à internet na palma da mão, como pesquisar músicas durante uma aula ou usar o mapa para se localizar.
— Estou sempre com ele. O aluno pede uma música e eu acesso na mesma hora. Quando vou a um restaurante, ele fica em cima da mesa. Sei que não é de bom tom, mas eu deixo mesmo que seja no silencioso — conta Olga, que relata a sensação de ficar sem o smartphone. — É desesperador! Eu perdi o meu aparelho recentemente e me senti como se estivesse doente, faltando uma parte de mim.
O relato de Olga pode ser considerado normal, mas existem casos que chamam atenção. Cristiano Nabuco atendeu a uma mãe que tinha que dar o celular para o filho de dois anos para que ele saísse da cama. Pior, no shopping a criança pedia colo para as vendedoras das lojas para tocar no teclado. Segundo o psicólogo, a tecnologia está se tornando uma espécie de babá eletrônica, e os pais não conseguem medir as consequências disso.
É comum ver, em festas infantis, crianças isoladas com o celular do pai na mão em vez de estar brincando com os colegas. De acordo com Nabuco, tal comportamento interfere no desenvolvimento emocional do indivíduo, o que pode acarretar transtornos na fase adulta. Ele recomenda que os pais não deem smartphones e tablets para crianças muito novas e monitorem como os filhos estão usando a internet.
No Hospital das Clínicas de São Paulo, o tratamento da dependência em tecnologia é feito com 18 reuniões semanais de psicoterapia de grupo, tratamento psiquiátrico e suporte emocional para os familiares, modelo parecido com o adotado para outros vícios. A pesquisadora Anna Lucia explica que, em alguns casos, é preciso tomar medicação.
A psicóloga Luciana Nunes, do Instituto Psicoinfo, pede ações do governo para o tratamento dos dependentes. Segundo ela, existem diversos projetos para promover a inclusão digital, mas não para apoiar quem sofre com o uso em excesso da tecnologia.
— Com a popularização dos smartphones, o problema tende a crescer. Quanto mais interativo é o aparelho, maior o potencial de dependência — afirma a psicóloga.
Para não sofrer desse mal, os especialistas recomendam moderação, mesmo que o smartphone ou a internet sejam essenciais para determinadas atividades. Cristiano Nabuco aconselha que as pessoas fiquem ao menos uma hora por dia longe do celular e desabilitem as notificações automáticas de e-mail e redes sociais. Também é essencial manter atividades ao ar livre, com encontros presenciais com outras pessoas. É o que faz o estudante de administração Felipe Souza. Pelo celular, ele joga, manda mensagens, lê e-mails e até assiste televisão. Na internet, conversa pelo Skype e participa de jogos on-line, mas não abandona o futebol semanal com os amigos.
— O celular não afeta o meu dia a dia. Só fico com ele na mão quando não tenho nada melhor para fazer — diz.

https://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/cuid ado-uso-excessivo-de-internet-celular-pode-viciar8636717

TEXTO II

Traços de personalidade influenciam tendência a vício em redes sociais.

Estudo indica que dependência pode ser uma escolha racional dos indivíduos.

por O GLOBO
12/03/2018 13:38 / Atualizado 12/03/2018 13:59

NOVA YORK — As empresas de internet investem milhões de dólares em análise de dados para identificar serviços que façam as pessoas permanecerem por mais tempo nas redes sociais. O Facebook, por exemplo, anuncia frequentemente mudanças em seus algoritmos, tentando cativar ainda mais o seu público. Acontece que a adesão às plataformas podem estar relacionadas não apenas aos serviços oferecidos, mas aos traços de personalidade dos usuários, indica estudo realizado por pesquisadores da Universidade Binghamton.
— Existem vários estudos sobre como a interação de certos traços de personalidade afeta vícios a substâncias como álcool e drogas — explicou Isaac Vaghefi, professor em Binghamton. — Nós queríamos aplicar uma abordagem similar ao vício em redes sociais.
O experimento coletou dados de cerca de 300 voluntários. Os resultados indicam que três traços em personalidade — neuroticismo, consciencialidade e agradabilidade — estão relacionados com esse comportamento. Os outros dois traços do modelo Big Five — extroversão e abertura para a experiência — não demonstraram relação com o vício em redes sociais.
O neuroticismo é um traço de personalidade relacionado à tendência para a experimentação de emoções negativas, como raiva, ansiedade e depressão. A consciencialidade é a tendência para a autodisciplina, a preferência pelo comportamento planejado em vez do espontâneo. A agradabilidade é o traço relacionado aos indivíduos amigáveis, generosos, preocupados com a harmonia social.
Além de identificar quais os traços estão relacionados com a dependência, os pesquisadores tentaram observar como essas características da personalidade interagem. O neuroticismo e a consciencialidade têm efeitos diretos negativos e positivos na tendência ao desenvolvimento da adicção. O neuroticismo parece aumentar a tendência ao vício, enquanto a consciencialidade parece reduzir os riscos. Contudo, atuando juntos, o neuroticismo parece moderar o efeito da consciencialidade.
Os pesquisadores indicam que a agradabilidade sozinha não interfere na tendência ao vício em redes sociais, mas isso muda quando em combinação com a consciencialidade. A combinação de baixos níveis de agradabilidade e consciencialidade — uma pessoa antipática e irresponsável — aumenta a probabilidade de dependência em redes sociais. Por outro lado, altos níveis também têm o mesmo efeito.
Segundo Vaghefi, este resultado inesperado pode ser explicado pela perspectiva da “adicção racional”. Algumas pessoas podem, intencionalmente, usar uma rede social por mais tempo para maximizar os benefícios percebidos. Uma pessoa agradável e sociável, por exemplo, pode usar as redes sociais para melhorar suas relações, numa decisão racional.
Nesse caso, a dependência não seria resultado da irracionalidade ou da falta de controle aos impulsos, mas de um processo racional e intencional.
— É uma abordagem holística para descobrir quais os tipos de pessoas mais propensas a desenvolverem o vício — afirmou Vaghefi. — Em vez de se concentrar apenas em um traço da personalidade, isso permite a inclusão de todo o perfil de personalidade.

https://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/trac os-de-personalidade-influenciam-tendencia-vicioem-redes-sociais-22480633 (com adaptação).
Identifique as funções sintáticas das orações em destaque no trecho transcrito, para assinalar a alternativa na qual identificamos as mesmas funções sintáticas, respectivamente, desempenhadas pelas orações sublinhadas.
O relato de Olga pode ser considerado normal, mas existem casos que chamam atenção. Cristiano Nabuco atendeu a uma mãe que tinha que dar o celular para o filho de dois anos para que ele saísse da cama. (Texto I/ parágrafo 10)
Alternativas
Q902060 Português
Observe a estrutura semântica e gramatical dos trechos.
Trecho I- — Existem vários estudos sobre como a interação de certos traços de personalidade afeta vícios a substâncias como álcool e drogas — explicou Isaac Vaghefi, professor em Binghamton. — Nós queríamos aplicar uma abordagem similar ao vício em redes sociais. Trecho II- Além de identificar quais os traços estão relacionados com a dependência, os pesquisadores tentaram observar como essas características da personalidade interagem. O neuroticismo e a consciencialidade têm efeitos diretos negativos e positivos na tendência ao desenvolvimento da adicção. O neuroticismo parece aumentar a tendência ao vício, enquanto a consciencialidade parece reduzir os riscos. Contudo, atuando juntos, o neuroticismo parece moderar o efeito da consciencialidade.
Assinale a alternativa correta quanto à estruturação gramatical e/ou semântica.
Alternativas
Q902061 Português
Analise os trechos observando as alterações realizadas que não provocaram qualquer desvio gramatical. Após análise, assinale o item correto.
Alternativas
Q902062 Redação Oficial
Seguindo os moldes estabelecidos pelo Manual de Redação da Presidência da República, são elencados aspectos necessários para a elaboração de um Ofício, exceto:
Alternativas
Q902063 História
Em 2018 completam-se 50 anos de um dos momentos mais tristes da história do Brasil. No dia 13 de dezembro de 1968, era elaborado o Ato Institucional nº 5, conhecido como AI5, realçando a veia mais cruel da ditadura militar iniciada no Brasil em 1964. De acordo com o enunciado da questão assinale abaixo a alternativa incorreta.
Alternativas
Q902064 Atualidades
A febre amarela é uma doença infecciosa não contagiosa, transmitida por algumas espécies de mosquito e que apresenta como agente etiológico um vírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae. De acordo com o Ministério da Saúde, no período de 1º de julho de 2017 a 23 de janeiro de 2018, o Brasil registrou 130 casos de febre amarela e, desse número, 53 pessoas morreram. Com relação a febre amarela no Brasil assinale a alternativa incorreta:
Alternativas
Q902065 Atualidades
“Uma verdade Inconveniente: Ser negro no Brasil é conviver com o preconceito e a desigualdade. O silencio em torno desse fato não ajuda em nada o país: precisamos, pois, falar sobre o racismo. Nós nem cremos que escravos outrora. Tenha havido em tão nobre País.... diz a certa altura, o Hino da República (1890), de autoria de Medeiros Albuquerque (letra) e Leopoldo Miguez (música). Não por acaso, o trecho costuma ser lembrado pelos estudiosos da escravidão como testemunho de que o país se relaciona mal com suas verdades incômodas sobre o racismo...” (Revista Veja, edição 2557 de 22 de novembro de 2017, p. 79). A esse respeito, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q902066 Atualidades
O presidente do Banco Central, o economista Ilan Goldfajn, refuta a ideia de obrigar os bancos a baixar os juros na mesma proporção da taxa Selic e diz que, a depender do desempenho da economia, há espaço para nova redução. (Revista Veja, edição 2574 de 21 de março de 2018, p. 13). Em relação à definição de taxa Selic, assinale abaixo a alternativa correta.
Alternativas
Q902067 Atualidades
No dia 14 de março de 2018 faleceu Stephen Hawking, causa do falecimento: doença de Lou Gebring. “Revolucionário da física, exemplo de resiliência, ícone pop, Stephen Hawking, com suas teorias, moldou a forma como vemos o universo, e comoveu o mundo em sua morte. O maior mérito deste físico foi saber formular as perguntas certas acerca de mistérios do universo, em especial sobre os enigmáticos buracos negros. Como teórico, ele elaborava as respostas sem se preocupar em proválas por meio de experimentos”. (Revista Veja, edição 2574 de 21 de março de 2018, p. 62). De acordo com a reportagem publicada e com a análise de Stephen Hawking em relação aos mistérios do universo, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q902068 Atualidades
Um dos grandes dilemas de nosso tempo: como pode haver tanta água doce na Terra e ainda assim vivermos em escassez? Apenas 1% de toda a água doce da terra é potável. Parece muito pouco, mas seria quantidade mais do que suficiente para o consumo dos mais de 7 bilhões de humanos que habitam o Planeta. (Revista Veja, edição 2574 de 21 de março de 2018, p. 75). Em relação ao tema, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q902069 Atualidades
A “Revista Veja edição 2557 de 22 de novembro de 2017” editou 16 páginas sobre Negros no Brasil, preconceito e a desigualdade. Foi enfatizado que é preciso falar sobre o racismo. Com relação ao racismo assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q902070 Atualidades
Em uma mensagem de Ano Novo, divulgada pela TV estatal no dia 1º de janeiro de 2018, o ditador norte-coreano Kin Jong-um afirmou: “Não é uma simples ameaça. Eu realmente tenho um botão nuclear na minha mesa. Todo o território continental dos Estados Unidos está ao alcance de um ataque nuclear”. O presidente Donald Trump respondeu no dia seguinte via Twitter: “Eu também tenho um botão nuclear, e o meu é muito maior e mais poderoso do que o dele, e o meu botão funciona!”. (Revista Veja, edição 2564 de 10 de janeiro de 2018, p. 55). Em relação ao conflito Estados Unidos X Coreia do Norte, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q902071 Atualidades

No dia 11 de novembro de 2017 entrou em vigor a reforma trabalhista, lei 13.467/2017, cujo projeto de lei havia sido sancionado em julho pelo presidente Michel Temer.


A esse respeito, assinale a opção incorreta.

Alternativas
Q902072 Atualidades
As empresas CAOA e CHERY anunciaram na última semana um marco nas relações comerciais e industriais entre o Brasil e a China. A maior montadora independente da China e a maior distribuidora de veículos da América Latina, e única montadora 100% nacional, com a fábrica em Anápolis (GO), assinaram um contrato de cooperação estratégica que é o maior acordo industrial já feito entre os dois países. A indústria chinesa se beneficia da expertise da destruição e vendas da CAOA no mercado brasileiro, a empresa já ultrapassou a marca de 1,2 milhão de veículos vendidos na sua história, gerando, mais de 30.000 empregos ao longo dos últimos anos. (Revista Veja, edição 2557 de 22 de novembro de 2017, p. 10). Levando em consideração o avanço das indústrias automobilísticas no Brasil, analise as alternativas abaixo e assinale a afirmativa incorreta:
Alternativas
Respostas
1: C
2: E
3: B
4: C
5: B
6: E
7: D
8: D
9: C
10: E
11: E
12: B
13: B
14: A
15: C
16: A
17: D
18: E
19: E
20: A