Questões de Concurso Público UFPR 2019 para Tradutor e Intérprete de Linguagem de Sinais

Os dados expressam incoerência entre o nível de formação acadêmica dos profissionais em exercício e as diretrizes legais exigidas para atuação na área.

O dado do nível acadêmico dos 5% (Ensino Médio) vai ao encontro da exigência legal para atuação no Ensino Médio, nos próximos dez anos, a partir da publicação do Decreto nº 5.626/2005.

Os dados expressam que a formação para atuação em cursos de educação profissional, extensão universitária e formação continuada estão de acordo com o decreto.

Os dados demonstram que a formação prioritária em curso superior de Bacharelado em Tradução e Interpretação em Libras/Língua Portuguesa engloba apenas 39% (Graduação) dos profissionais.

Os dados expressam que 17% (Mestrado + Doutorado) e 32% (Especialização) dos TILS encaixam-se no perfil previsto em Lei, de “profissional ouvinte de nível superior com exame de proficiência (Prolibras)”.

A noção de que as comunidades e culturas surdas partilham aspectos comuns entre si, como o uso das línguas de sinais em seus costumes e convivência coletiva, incompreendida pelos ouvintes não sinalizadores.

O estereótipo de um suposto traço de cultura universal atribuído aos surdos que, ao se encontrarem, passam horas conversando, madrugada adentro.

As estratégias de organização do espaço e das interações fundadas na língua de sinais e nas exigências da experiência visual como dinâmicas da conversação.

As associações de surdos como espaços de convívio e formação, onde famílias, sujeitos surdos e ouvintes ligados às comunidades surdas partilham momentos culturais e interagem animadamente.

A situação de ouvintismo sempre vivenciada pelos surdos, em que sua diferença cultural é ignorada pelos ouvintes.

O aspecto histórico, que é contemplado nessas publicações, destaca que a área ganhou visibilidade no Brasil a partir do I Congresso Nacional de Pesquisas em Tradução e Interpretação de Língua Brasileira de Sinais, realizado na UFSC, em outubro de 2008.

O aspecto cognitivo, contemplado por publicações nessa área, enfatiza que há maior esforço mental e necessidade de atenção na realização da interpretação consecutiva do que nas interpretações simultânea e sussurrada.

A formação básica oferecida pelo bacharelado em Letras Libras possibilita que o intérprete aprenda a consultar dicionários enquanto produz textos sinalizados.

O domínio da escrita possibilita ao intérprete desenvolver a sua competência linguística para assim perceber as sutilezas, nuanças e especificidades da expressão das línguas fonte e alvo.

Na sinalização, a tradução apresenta mais falhas e maior volume de sinais do que a interpretação.

As atuais teorias têm refutado o viés cultural da tradução e reafirmado sua concepção de transferência de textos de uma língua para outra.

As atuais descrições de tradução, inclusive de língua de sinais, amparam-se em Roman Jakobson, que categorizou dois tipos de tradução: intra e interlingual.

As pesquisas que envolvem língua de sinais destacam a importância da descrição da produção sinalizada de atores surdos em detrimento da de profissionais ouvintes.

Os trabalhos descritivos sobre o processo de tradução apontam para a necessidade de o tradutor identificar e verbalizar o problema de tradução encontrado, bem como usar estratégias conscientes para solucioná-lo.

A Editora Arara Azul é responsável por impulsionar vários projetos de transmutação de clássicos infantis em português para vídeo Libras com tradução do tipo intersemiótica.

Fidelidade, competência tradutória e reparo imediato a eventuais equívocos cometidos no ato da tradução.

Fidelidade, cooperação mútua com os colegas de profissão e compromisso pelo desenvolvimento profissional.

Competência tradutória, respeito aos envolvidos na profissão e compromisso pelo desenvolvimento profissional.

Competência tradutória, solidariedade aos colegas de profissão e compromisso com a busca de equivalência de sentido no ato da tradução e interpretação.

Competência tradutória, respeito aos envolvidos na profissão e compromisso com aceite de serviços de acordo com seu nível de competência tradutória.

As diferentes ordens dos segmentos (suspensão e movimento) apresentadas em (a) e (b) não causam contraste lexical, sendo que, no sistema de notação, os dois sinais podem ser assim registrados abrirMENTEfechar.

A distinção lexical de ambos os sinais está na realização inversa dos segmentos suspensão e movimento.

Ambos os sinais são amostras de simultaneidade fonológica na Libras e podem ser transcritos pela seguinte notação ABRIRMENTE(md)+(me).

O sinal da figura (b) pode ser considerado par mínimo do sinal de OLHOS-FECHADOS, devido à distinção semântica marcada pela alteração nos parâmetros movimento e orientação.

Em sua forma básica, o sinal da figura (a) é realizado com uma mão, e a execução com duas mãos serve para marcar o uso de intensificador, sendo que o traço distintivo pode ser registrado pelo sistema de notação como MENTE-ABERTA (1) e MENTE-ABERTA (2), respectivamente.

Os verbos simples se flexionam para pessoa e número e incorporam afixos locativos.

Os verbos com concordância incorporam a ação, têm afixos locativos e podem ser produzidos de forma pura ou reversa.

Na formação de palavras por incorporação de numeral, a configuração de mão que representa o número se combina com outro sinal, e no caso da incorporação da negação, um dos parâmetros é alterado: o parâmetro do movimento.

Para formação de substantivos em Libras, segue-se o padrão de realização de movimento longo e repetido lentamente, enquanto que, na produção do verbo, o movimento é curto e repetido rapidamente.

Em Libras, a sintaxe se organiza espacialmente, por conta da representação linguística no hemisfério direito do cérebro, razão pela qual a ordem básica da frase em Libras é distinta da ordem básica de uma língua oral auditiva.

referencial, técnica em sua área e bicultural, estando ausentes as competências metodológica e técnica.

linguística na língua materna e na língua-alvo, metodológica de transferência, da área e cultural, estando ausentes as competências prática e técnica.

tradutória, educacional e bicultural, estando ausentes as competências procedimental e operativa.

linguística, de transferência, de área e bicultural, e carece das competências metodológica e técnica.

linguística, de transferência, profissional e intercultural, e não tem as competências de modo e a competência técnica.

A sinalização em 1 é um exemplo da diferença linguística entre Libras e língua portuguesa, já que em línguas orais a estrutura de referência torna-se agramatical quando uma introdução nominal de novo referente é seguida de anáfora.

A sinalização em 2 contém um classificador semântico que é o recurso utilizado em Libras para eliminar a ambiguidade causada pela marcação de referentes ausentes.

A sinalização em 3 contém uma apontação que está retomando os referentes introduzidos na elocução, sendo que o pronome indicado tem função anafórica.

A comparação das idades dos referentes apresentada na sinalização em 4 expressa-se pela realização dos sinais dos números (20 e 24) ao centro do espaço neutro, já que, se sinalizados à direita e à esquerda, respectivamente, haverá perda da referenciação.

Em 5 tem-se um exemplo de sinalização agramatical, devido à associação de dois referentes distintos (PAI e JOÃO) no mesmo ponto no espaço.

EU ONTEM VER CASA

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ONTEM EU VER CASA