Questões de Concurso Público UFSC 2023 para Pedagogo/Educação Infantil
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( ) Estão inevitavelmente articulados a questões epistemológicas, políticas e praxiológicas.
( ) Estão vinculados à noção de currículo, que é contrária à organização de tempos e espaços que atendam às necessidades individuais das crianças.
( ) Envolvem prioritariamente os tempos e espaços, em detrimento da rotina pedagógica e dos ambientes de aprendizagem.
( ) Revelam, entre outras concepções, as de criança, Educação Infantil, currículo e proposta pedagógica.
( ) Buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico.
( ) Cuidado e educação são eixos da prática pedagógica com vistas a assegurar as experiências coletivas.
( ) As brincadeiras e as interações, assim como a indissociabilidade entre cuidar e educar, devem ser consideradas para a garantia dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento dos bebês e das crianças.
( ) As brincadeiras e as interações se concretizam cotidianamente nas possibilidades, por exemplo, de conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se.
( ) As brincadeiras e as interações necessitam garantir a acessibilidade de crianças com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
( ) As interações e o cuidado são eixos estruturantes que conduzem a organização dos tempos, espaços e materiais pedagógicos.
( ) Analisar, no cotidiano das instituições, as possíveis barreiras arquitetônicas, atitudinais e/ou tecnológicas que dificultam a participação da pessoa com deficiência em igual condição de aprendizado.
( ) Assegurar o direito das crianças com deficiência no contexto institucional, mantendo-se alinhado(a) às práticas e processos de determinismos e essencialização das diferenças.
( ) Planejar práticas pedagógicas anticapacitistas independentemente de haver crianças com deficiência, visando contribuir para a redução da segregação social.
( ) Promover, no âmbito educativo, relações sociais com todos os sujeitos com deficiência, atento(a) aos processos compensatórios, contrários a práticas pedagógicas inclusivas.
( ) Planejar situações cotidianas de acessibilidade considerando unilateralmente a avaliação de instrumentos que tratam dos impedimentos de natureza física, mental, intelectual e sensorial.
I. Observar as crianças a partir do olhar comparativo, hierarquizando modos de aprender e de demonstrar o que se aprendeu.
II. Considerar os debates anticapacitistas, que possibilitam o reconhecimento das linguagens e corporeidades distintas das crianças.
III. Apresentar os marcadores identitários nas descrições individuais do percurso formativo das crianças, considerando que estes se constituem sócio-historicamente.
IV. Considerar que o reconhecimento das diferenças identitárias é produtor de situações de desigualdade e vulnerabilidade social.
V. Contribuir para processos de desenvolvimento-aprendizagem pautados na naturalização das diferenças biológicas.
( ) Considerar noções que localizam individualmente os processos de segregação, desconsiderando as leituras que historicizam os processos de exclusão social.
( ) Preterir os aspectos sociológicos e psicológicos, com valoração única aos aspectos cognitivos.
( ) Naturalizar lógicas de (re)produção de violências, assumindo as perspectivas relacionais.
( ) Criticar uma visão de instituição que ignora os diferentes contextos familiares, cuidando para que as desigualdades sociais não se convertam em desvantagens escolares.
( ) Refutar modos de operar que historicamente legitimaram práticas institucionais de subordinação, marginalização e exclusão das diferenças.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, em seu art. 14, “Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica [...]”:
I. com a participação da comunidade escolar na administração da instituição. II. de acordo com o entorno em que a instituição está inserida. III. de acordo com as peculiaridades da instituição. IV. com a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político-pedagógico. V. com a participação da comunidade escolar em conselhos escolares.
Vigotski, L. S. (2009). La imaginación y el arte en la infancia. 9. ed. Madrid: Ediciones Akal (trabalho original publicado em 1930).
I. Permite compreender como, gradativamente, a imaginação possibilita ao homem se apropriar das produções materiais e simbólicas, transformando-as.
II. Ocupa-se em compreender como o sujeito da linguagem se constitui, e a partir disso tem-se a necessidade de criticar as leituras que essencializam e universalizam os processos de constituição dos sujeitos.
III. Compreende que o conjunto de reações emocionais (choro, raiva, sono, regozijo etc.) independe da integração entre pensamento, afeto e imaginação.
IV. Entende que o desenvolvimento mental e o motor estão intimamente correlacionados desde sua origem, todavia independem da relação dialética entre social e individual.
V. Auxilia na compreensão do desenvolvimento das emoções, sendo este um aspecto central a ser considerado na constituição da singularidade.
“A incorporação das creches aos sistemas educacionais não necessariamente tem proporcionado a superação da concepção __________. A falta de verbas para a educação infantil tem até estimulado novas divisões, por idades: apenas os pequenos, de 0 a 3 anos, frequentariam as creches; e os maiores, de 4 a 6, seriam usuários de pré-escolas; são várias as notícias de municípios cindindo centros de educação infantil e limitando o atendimento em período integral. Mas as instituições nunca foram assim e as creches quase sempre atenderam crianças de 0 a 6 anos, ou mesmo as com mais idade - excluídas da escola regular ou em período complementar a esta. De outra parte, sempre existiram pré-escolas apenas para crianças acima de 3 ou 4 anos. A instituição educacional criada para as crianças até 3 anos, a creche, surgiu __________ àquelas destinadas às crianças maiores.”
KUHLMAN JR., M. Histórias da educação infantil brasileira. Rev. Bras. Educ., n. 14, maio 2000.
Para a efetivação de seus objetivos, as propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil deverão, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, prever condições para o trabalho coletivo e para a organização de materiais, espaços e tempos que assegurem, entre outras questões:
• a educação em sua integralidade, entendendo o cuidado como algo __________ ao processo educativo;
• a __________ das dimensões expressivomotora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural da criança;
• a __________ pelas crianças das contribuições histórico-culturais dos povos indígenas, afrodescendentes, asiáticos, europeus e de outros países da América;
• o estabelecimento de uma relação efetiva com a comunidade local e de mecanismos que garantam a gestão __________ e a consideração dos saberes da comunidade;
• o reconhecimento das __________ etárias, das singularidades individuais e coletivas das crianças, promovendo interações entre crianças de mesma idade e crianças de diferentes idades.
I. O acompanhamento do trabalho pedagógico dá-se pela observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças no cotidiano.
II. A avaliação pode ser constituída a partir da utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.).
III. A avaliação do trabalho pedagógico garante a continuidade dos processos de aprendizagens por meio da criação de estratégias adequadas aos diferentes momentos de transição vividos pela criança (transição casa/instituição de Educação Infantil, transições no interior da instituição, transição creche/pré-escola e transição pré-escola/Ensino Fundamental).
IV. Deve-se elaborar documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho da instituição junto às crianças, cujo objetivo é quantificar o processo de aprendizagem dos conteúdos curriculares da criança na Educação Infantil.
V. A avaliação na Educação Infantil não tem objetivo de seleção, promoção ou classificação das crianças e cumpre a função de indicar a retenção das crianças nesse segmento.
I. Trata-se de um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.
II. É concebido como uma forma institucionalizada de transmitir a cultura de uma dada sociedade, garantindo a reprodução e a recriação cultural e social de seus conteúdos.
III. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil estabelecem como eixos do currículo a interação, a brincadeira e o cuidado.
IV. As creches e pré-escolas, na elaboração da proposta curricular, de acordo com suas características, identidade institucional, escolhas coletivas e particularidades pedagógicas, devem estabelecer modos de integrar diferentes experiências.
( ) As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil articulam-se às Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica e reúnem princípios, fundamentos e procedimentos definidos pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação.
( ) O referido documento orienta as políticas públicas e a elaboração, o planejamento, a execução e a avaliação de propostas pedagógicas e curriculares de Educação Infantil.
( ) Além das exigências expressas nessas diretrizes, é opcional às instituições educativas que observem as legislações estadual e municipal atinentes ao assunto, bem como as normas do respectivo sistema.
( ) Proposta pedagógica ou projeto político-pedagógico é o plano orientador das ações da instituição e define as metas que se pretende para a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças que nela são educadas e cuidadas.
( ) As propostas pedagógicas são documentos elaborados pela direção e por uma equipe de professores para serem apresentados para a comunidade escolar.
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5. ed. rev. e ampl. Goiânia: MF Livros, 2008.
Nesse sentido, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. Na conquista da autonomia da escola, é imperativa a participação de professores, pais, alunos, funcionários e outros representantes da comunidade.
II. Uma gestão da participação exige o cumprimento de objetivos e responsabilidades definidos de forma colaborativa e compartilhada.
III. É um desafio alcançar autonomia e gestão democrática com crianças tão pequenas, por isso é necessária a centralização da tomada de decisões pelos profissionais da educação na Educação Infantil.
IV. A gestão escolar na Educação Infantil deve promover a autonomia e a participação das crianças na tomada de decisões e na construção significativa de suas aprendizagens.
V. A gestão democrática participativa concebe a docência como um trabalho interativo.
O estabelecimento de relações democráticas entre os sujeitos que participam do cotidiano das instituições de educação infantil, objetivando a garantia dos direitos fundamentais das crianças, demanda:
I. o entendimento de que a família está no centro do processo, representando as crianças, que não têm idade para manifestar seus interesses.
II. a compreensão de que a criança é um ser competente, sujeito de direitos e foco de todo o trabalho pedagógico.
III. a consolidação do modelo de organização do trabalho pedagógico centrado nas atividades e nos conteúdos escolares com base em áreas de conhecimento.
IV. o compartilhamento da educação da criança com sua família, constituindo-se como um processo de diálogo e partilha.
V. a atenção à formação continuada e às condições de trabalho de professores(as) e de toda a equipe educacional, com vistas à constituição de um trabalho coletivo.
I. O eu, o outro e o nós II. Corpo, gestos e movimentos III. Traços, sons, cores e formas IV. Escuta, fala, pensamento e imaginação V. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
( ) Promover a participação das crianças em tempos e espaços para a produção, manifestação e apreciação artística, de modo a favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal das crianças.
( ) Promover experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações.
( ) Promover oportunidades para que as crianças possam explorar e vivenciar um amplo repertório de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas com o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e uso do espaço com o corpo
( ) Promover o contato com outros grupos sociais e culturais, para que as crianças possam ampliar o modo de perceber a si mesmas e ao outro, valorizar sua identidade, respeitar os outros e reconhecer as diferenças que nos constituem como seres humanos.
( ) Promover experiências nas quais as crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social.