Questões de Concurso Público Prefeitura de Maracajá - SC 2020 para Professor de Língua Portuguesa
Foram encontradas 23 questões
TEXTO I
O texto a seguir é um fragmento extraído do romance Casa de pensão, de Aluísio Azevedo.
Era muito bem feita de quadris e de ombros. Espartilhada, como estava naquele momento, a volta enérgica da cintura e a suave protuberância dos seios produziam nos sentidos de quem a contemplava de perto uma deliciosa impressão artística.
Sentia-se lhe dentro das mangas do vestido a trêmula carnadura dos braços/ e os pulsos apareciam nus, muitos brancos, chamalotados de veiazinhas sutis, que se prolongavam serpenteando. Tinha as mãos finas e bem tratadas, os dedos longos e roliços, a palma cor-de-rosa e as unhas curvas como o bico de um papagaio.
Sem ser verdadeiramente bonita de rosto, era muito simpática e graciosa. Tez macia, de uma palidez fresca de camélia; olhos escuros, um pouco preguiçosos, bem guarnecidos e penetrantes/ nariz curto, um nadinha arrebitado, beiços polpudos e viçosos, à maneira de uma fruta que provoca o apetite e dá vontade de morder. Usava o cabelo cofiado em franjas sobre a testa, e, quando queria ver ao longe, tinha de costume apertar as pálpebras e abrir ligeiramente a boca.
Aluísio Azevedo. Casa de pensão. 7ª ed. São Paulo, Ática, 1992. p. 78.
TEXTO I
O texto a seguir é um fragmento extraído do romance Casa de pensão, de Aluísio Azevedo.
Era muito bem feita de quadris e de ombros. Espartilhada, como estava naquele momento, a volta enérgica da cintura e a suave protuberância dos seios produziam nos sentidos de quem a contemplava de perto uma deliciosa impressão artística.
Sentia-se lhe dentro das mangas do vestido a trêmula carnadura dos braços/ e os pulsos apareciam nus, muitos brancos, chamalotados de veiazinhas sutis, que se prolongavam serpenteando. Tinha as mãos finas e bem tratadas, os dedos longos e roliços, a palma cor-de-rosa e as unhas curvas como o bico de um papagaio.
Sem ser verdadeiramente bonita de rosto, era muito simpática e graciosa. Tez macia, de uma palidez fresca de camélia; olhos escuros, um pouco preguiçosos, bem guarnecidos e penetrantes/ nariz curto, um nadinha arrebitado, beiços polpudos e viçosos, à maneira de uma fruta que provoca o apetite e dá vontade de morder. Usava o cabelo cofiado em franjas sobre a testa, e, quando queria ver ao longe, tinha de costume apertar as pálpebras e abrir ligeiramente a boca.
Aluísio Azevedo. Casa de pensão. 7ª ed. São Paulo, Ática, 1992. p. 78.
TEXTO I
O texto a seguir é um fragmento extraído do romance Casa de pensão, de Aluísio Azevedo.
Era muito bem feita de quadris e de ombros. Espartilhada, como estava naquele momento, a volta enérgica da cintura e a suave protuberância dos seios produziam nos sentidos de quem a contemplava de perto uma deliciosa impressão artística.
Sentia-se lhe dentro das mangas do vestido a trêmula carnadura dos braços/ e os pulsos apareciam nus, muitos brancos, chamalotados de veiazinhas sutis, que se prolongavam serpenteando. Tinha as mãos finas e bem tratadas, os dedos longos e roliços, a palma cor-de-rosa e as unhas curvas como o bico de um papagaio.
Sem ser verdadeiramente bonita de rosto, era muito simpática e graciosa. Tez macia, de uma palidez fresca de camélia; olhos escuros, um pouco preguiçosos, bem guarnecidos e penetrantes/ nariz curto, um nadinha arrebitado, beiços polpudos e viçosos, à maneira de uma fruta que provoca o apetite e dá vontade de morder. Usava o cabelo cofiado em franjas sobre a testa, e, quando queria ver ao longe, tinha de costume apertar as pálpebras e abrir ligeiramente a boca.
Aluísio Azevedo. Casa de pensão. 7ª ed. São Paulo, Ática, 1992. p. 78.
TEXTO II
Fonte: http://www.ateliedasletras.com.br/2010/11/variacao-linguistica.html
Na tirinha acima, deparamo-nos com uma variedade linguística que faz uso do fonema [R]
em vez do fonema [l], o que, linguisticamente, é explicável frente à proximidade articulatória
de ambas as consoantes. O fenômeno da troca em contexto pós-vocálico já é descrito desde
há muito. Em 1919, no Compêndio de gramática histórica portuguesa, de Joaquim Nunes, o
autor destaca isso, ao dar os seguintes exemplos, verificados na língua popular: “azur”
(azul), “corchão” (colchão), “sordado” (soldado) etc. Tudo isso apoia a produtividade desse
uso em algumas variedades do português brasileiro.
TEXTO II
Fonte: http://www.ateliedasletras.com.br/2010/11/variacao-linguistica.html
Na tirinha acima, deparamo-nos com uma variedade linguística que faz uso do fonema [R]
em vez do fonema [l], o que, linguisticamente, é explicável frente à proximidade articulatória
de ambas as consoantes. O fenômeno da troca em contexto pós-vocálico já é descrito desde
há muito. Em 1919, no Compêndio de gramática histórica portuguesa, de Joaquim Nunes, o
autor destaca isso, ao dar os seguintes exemplos, verificados na língua popular: “azur”
(azul), “corchão” (colchão), “sordado” (soldado) etc. Tudo isso apoia a produtividade desse
uso em algumas variedades do português brasileiro.
TEXTO II
Fonte: http://www.ateliedasletras.com.br/2010/11/variacao-linguistica.html
Na tirinha acima, deparamo-nos com uma variedade linguística que faz uso do fonema [R]
em vez do fonema [l], o que, linguisticamente, é explicável frente à proximidade articulatória
de ambas as consoantes. O fenômeno da troca em contexto pós-vocálico já é descrito desde
há muito. Em 1919, no Compêndio de gramática histórica portuguesa, de Joaquim Nunes, o
autor destaca isso, ao dar os seguintes exemplos, verificados na língua popular: “azur”
(azul), “corchão” (colchão), “sordado” (soldado) etc. Tudo isso apoia a produtividade desse
uso em algumas variedades do português brasileiro.
TEXTO III
Solidariedade no Frio
Costurei um agasalho, com tecido de amor,
a linha da caridade foi o fio condutor.
Agulhas de compaixão, estampas de gratidão.
Fiz um bolso aqui no peito e enchi ele de bondade,
pra vestir a humanidade que no fundo ainda tem jeito.
Tem jeito pra se ajeitar, basta ser mais solidário.
Pra fazer um mundo novo, transformando esse cenário
olhe além da sua porta, pra vê se você suporta
assistir indiferente quem dorme no meio da rua,
coberto só pela lua sem ter um teto decente.
[...]
Tem jeito pra se ajeitar, basta tu compreender
que quando se ajuda alguém, o ajudado é você,
é você quem ganha paz, é você quem ganha mais,
mais amor, mais gratidão.
Doando um cobertor, derretendo o frio da dor
E aquecendo um coração.
(In: Poesia com Rapadura de Bráulio Bessa, 1a ed., 2017)
O cordel acima, TEXTO III, faz uso de deslocamentos semânticos bem como de licença
poética, propriedades inerentes à arte literária, com o propósito, entre outros, de assegurar
o ritmo, característico do gênero. Para isso, encontramos junto ao texto usos linguísticos
que, em outros gêneros, de natureza mais formais, como cartas comerciais, resenhas
acadêmicas, não seriam apropriados. A questão versará sobre a adequação
desses usos.
TEXTO III
Solidariedade no Frio
Costurei um agasalho, com tecido de amor,
a linha da caridade foi o fio condutor.
Agulhas de compaixão, estampas de gratidão.
Fiz um bolso aqui no peito e enchi ele de bondade,
pra vestir a humanidade que no fundo ainda tem jeito.
Tem jeito pra se ajeitar, basta ser mais solidário.
Pra fazer um mundo novo, transformando esse cenário
olhe além da sua porta, pra vê se você suporta
assistir indiferente quem dorme no meio da rua,
coberto só pela lua sem ter um teto decente.
[...]
Tem jeito pra se ajeitar, basta tu compreender
que quando se ajuda alguém, o ajudado é você,
é você quem ganha paz, é você quem ganha mais,
mais amor, mais gratidão.
Doando um cobertor, derretendo o frio da dor
E aquecendo um coração.
(In: Poesia com Rapadura de Bráulio Bessa, 1a ed., 2017)
O cordel acima, TEXTO III, faz uso de deslocamentos semânticos bem como de licença
poética, propriedades inerentes à arte literária, com o propósito, entre outros, de assegurar
o ritmo, característico do gênero. Para isso, encontramos junto ao texto usos linguísticos
que, em outros gêneros, de natureza mais formais, como cartas comerciais, resenhas
acadêmicas, não seriam apropriados. A questão versará sobre a adequação
desses usos.
TEXTO III
Solidariedade no Frio
Costurei um agasalho, com tecido de amor,
a linha da caridade foi o fio condutor.
Agulhas de compaixão, estampas de gratidão.
Fiz um bolso aqui no peito e enchi ele de bondade,
pra vestir a humanidade que no fundo ainda tem jeito.
Tem jeito pra se ajeitar, basta ser mais solidário.
Pra fazer um mundo novo, transformando esse cenário
olhe além da sua porta, pra vê se você suporta
assistir indiferente quem dorme no meio da rua,
coberto só pela lua sem ter um teto decente.
[...]
Tem jeito pra se ajeitar, basta tu compreender
que quando se ajuda alguém, o ajudado é você,
é você quem ganha paz, é você quem ganha mais,
mais amor, mais gratidão.
Doando um cobertor, derretendo o frio da dor
E aquecendo um coração.
(In: Poesia com Rapadura de Bráulio Bessa, 1a ed., 2017)
O cordel acima, TEXTO III, faz uso de deslocamentos semânticos bem como de licença
poética, propriedades inerentes à arte literária, com o propósito, entre outros, de assegurar
o ritmo, característico do gênero. Para isso, encontramos junto ao texto usos linguísticos
que, em outros gêneros, de natureza mais formais, como cartas comerciais, resenhas
acadêmicas, não seriam apropriados. A questão versará sobre a adequação
desses usos.
TEXTO III
Solidariedade no Frio
Costurei um agasalho, com tecido de amor,
a linha da caridade foi o fio condutor.
Agulhas de compaixão, estampas de gratidão.
Fiz um bolso aqui no peito e enchi ele de bondade,
pra vestir a humanidade que no fundo ainda tem jeito.
Tem jeito pra se ajeitar, basta ser mais solidário.
Pra fazer um mundo novo, transformando esse cenário
olhe além da sua porta, pra vê se você suporta
assistir indiferente quem dorme no meio da rua,
coberto só pela lua sem ter um teto decente.
[...]
Tem jeito pra se ajeitar, basta tu compreender
que quando se ajuda alguém, o ajudado é você,
é você quem ganha paz, é você quem ganha mais,
mais amor, mais gratidão.
Doando um cobertor, derretendo o frio da dor
E aquecendo um coração.
(In: Poesia com Rapadura de Bráulio Bessa, 1a ed., 2017)
O cordel acima, TEXTO III, faz uso de deslocamentos semânticos bem como de licença
poética, propriedades inerentes à arte literária, com o propósito, entre outros, de assegurar
o ritmo, característico do gênero. Para isso, encontramos junto ao texto usos linguísticos
que, em outros gêneros, de natureza mais formais, como cartas comerciais, resenhas
acadêmicas, não seriam apropriados. A questão versará sobre a adequação
desses usos.
Fonte: https://descomplica.com.br/artigo/4-imagens-que-vao-te-ajudar-a-nunca-mais-confundir-as-variacoes-linguisticas/4kq/
A tirinha acima mostra um tipo de variação linguística que se dá do ponto de vista geográfico, como bem ilustra o título “O GAÚCHO E O MINEIRO”. Como toda tirinha, há humor. Para interpretar esse humor, a que o gaúcho e o mineiro entendem por macho em face da interação estabelecida?
TEXTO IV
Fonte: Super Interessante (Fevereiro, 2017)
TEXTO IV
Fonte: Super Interessante (Fevereiro, 2017)
TEXTO IV
Fonte: Super Interessante (Fevereiro, 2017)