No capitalismo, trabalho e acumulação são duas dimensões do mesmo processo. De uma parte, têm-se a emergência do trabalhador livre, que depende da venda de sua
força de trabalho para a satisfação de suas necessidades
vitais e de outra parte têm-se a apropriação privada dos
frutos do trabalho, pago e não pago, da mesma população trabalhadora. Nesse processo dá-se a gênese da
questão social, indissociável da sociedade de classes e
de seus antagonismos. Importante condição e resultado
desse processo, como destaca Iamamoto “...é a ampliação da superpopulação relativa – ou população ‘sobrante’
para as necessidades médias de valorização do capital –,
fazendo crescer o desemprego e a precarização das relações de trabalho.” Nessa linha de raciocínio, o processo
de acumulação, ao realizar-se,