Questões de Concurso Público Prefeitura de Serrana - SP 2018 para Professor de Educação Básica - História

Foram encontradas 17 questões

Q1042959 História
A História como área escolar obrigatória surgiu com a criação do Colégio Pedro II, em 1837, dentro de um programa inspirado no modelo francês. Predominavam os estudos literários voltados para um ensino clássico e humanístico e destinados à formação de cidadãos proprietários e escravistas.
[...] O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), criado no mesmo ano do Colégio Pedro II, produziu uma série de trabalhos que gerou consequências para o ensino da História nacional. Seus membros lecionavam no colégio e foram responsáveis pela formulação dos programas, elaboração de manuais e orientação do conteúdo a ser ensinado nas escolas públicas. Nas escolas confessionais, mantinha-se o ensino da História Universal e da História Sagrada. (Parâmetros Curriculares Nacionais. Vol. História)
A primeira proposta de História do Brasil elaborada pelo IHGB
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Q1042962 História
O repúdio à História Política tradicional deveu-se à sua concentração no estudo do Estado-nação, dos comportamentos individuais dos grandes personagens, dos eventos circunstanciais e das situações conjunturais efêmeras. Esses acontecimentos eram organizados sob um racionalismo redutor das descontinuidades e das contradições. Dessa forma, a História Política passou a ser vista como retrato da ideologia dominante e ocultadora da verdadeira realidade. Ante as antigas acusações de demasiada preocupação com o efêmero e o meramente cronológico, há uma proposta atual de História Política. (Maria de Lourdes Monaco Janotti, História, política e ensino. Em: Circe Bittencourt (org.).O saber histórico na sala de aula. Adaptado)
A “proposta atual de História Política”, segundo Janotti,
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Q1042967 História
“Salve o navegante negro, que tem por monumento as pedras pisadas no cais”. Assim diz o trecho da canção Mestre-sala dos mares, de João Bosco e Aldir Blanc, que evoca à memória um dos movimentos populares encetados pelos marinheiros contra os maus-tratos a que eram submetidos pela Marinha e que passou à História como Revolta da Chibata, ocorrida em 1910. (Ricardo Oriá, Memória e ensino de História. Em: Circe Bittencourt (org.). O saber histórico na sala de aula)
A partir do excerto, é correto afirmar que
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Q1042968 História

Observe a imagem e o texto. O excerto é de um livro didático publicado em 1945. A imagem, Leitura da sentença, de Eduardo de Sá, 1921, ilustra o livro didático.

 Imagem associada para resolução da questão


  Mas, dentre todos, destacava-se, nobre, impávido, admirável em seu generoso desprendimento, sacrificando-se pelos companheiros que desanimavam, o grande Tiradentes, que procurava atrair sobre si a maior culpa da malograda conjura. [...] A 19 de abril de 1792 foi lida a sentença aos conjurados. Eram condenados à morte os doze principais chefes e, os outros, a degredo perpétuo ou temporário. No dia seguinte, porém, nova sentença comutava em degredo a pena de morte, exceto para Tiradentes, que deveria sofrê-la... A lição, duríssima e monstruosa, devia, em sua crueldade, mostrar aos brasileiros do vice-reino o perigo da rebeldia. Não o conseguiu. Teve o infalível destino contraproducente de todas as injustiças e violências; serviu para que, na terra pátria, regada com o sangue do mártir, mais depressa vicejasse a árvore da liberdade.

(Joaquim da Silva. História do Brasil para o terceiro ginasial. Apud Thais N. de L. e Fonseca. “Ver para compreender”: arte, livro didático e a história da nação. Em: Lana M. de C. Simam e Thais N. de L. Fonseca (orgs.). Inaugurando a História e construindo a nação. Discursos e imagens no ensino de História)


O conjunto formado pelo texto didático e a imagem

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Q1042969 História
Ao entrevistar a historiadora Natalie Zemon Davis, Maria Lucia Pallares-Burke pergunta:
Seu livro O Retorno de Martin Guerre, de 1983, gerou muitos debates e, ao lado de Montaillou, de Le Roy Ladurie, e O Queijo e os Vermes, de Ginzburg, tem sido elogiado como pertencente à tradição pós-modernista em historiografia. Concorda com essa visão? (Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke. As muitas faces da história – Nove entrevistas)
Essas três obras têm em comum a tendência historiográfica
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Q1042970 História
No estudo da História, considera-se, ainda, a dimensão do tempo predominante no ritmo de organização da vida coletiva, ordenando e sequenciando, cotidianamente, as ações individuais e sociais. (Parâmetros Curriculares Nacionais. Vol. História)
Nesse sentido, cabe
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Q1042973 História
O populismo, fenômeno amplamente analisado por sociólogos, cientistas políticos e economistas, mereceu, nos últimos anos, a atenção dos historiadores brasileiros. Especial interesse foi demonstrado pelo estudo do varguismo, sobretudo o denominado “primeiro período” – anos 30 e o Estado Novo. O objetivo deste texto é refletir sobre as razões que levaram os historiadores a se debruçarem sobre essa fase da história do Brasil, explorando temas relacionados ao Estado Novo e os resultados mais significativos das pesquisas realizadas sobre o assunto a partir de 1980. Tais estudos têm inclusive possibilitando uma revisão de tipo conceitual sobre a experiência estadonovista. (Maria Helena Rolim Capelato, Estado Novo: novas histórias. Em: Marcos Cezar de Freitas (org.). Historiografia brasileira em perspectiva)
“Sobre as razões que levaram os historiadores a se debruçarem sobre essa fase da história do Brasil”, Capelato aponta que
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Q1042974 História
A estratégia lusitana de consolidação e ampliação da América portuguesa assentou-se, do ponto de vista geopolítico, num tripé: na escolha da Bahia para sede do governo geral, na fundação de São Paulo e na criação de São Sebastião do Janeiro. (Jorge Couto, A gênese do Brasil. Em: Carlos Guilherme Mota (org). Viagem incompleta. A experiência brasileira. Formação: histórias (1500-2000). Adaptado)
O objetivo português em fundar São Paulo relaciona-se com o interesse em
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Q1042975 História
Em 1624, quando a notícia da conquista de Salvador pelos holandeses chegou a Lisboa, o governador de Portugal, o conde de Basto, escreveu ao rei em Madri: [...] porque o Brazil leva todo este reino tras de si, as rendas reais, porque sem Brazil, não há Angola, nem Cabo Verde, nem o pau que dali se traz, nem alfândegas, nem consulado, nem portos secos, nem situação em que se paguem os tribunais, e ministros e seus salários, nem meio de que possam viver, e dar vida a outros, a nobreza, as religiões, misericórdias e hospitais, que tinham nas alfândegas situados os seus juros e suas tenças. E assim foi esse golpe o mais universal que podia padecer o rei, o público e os particulares [...] (Stuart B. Schwartz. “Gente da terra braziliense da nasção”. Pensando o Brasil: a construção de um povo. Em: Carlos Guilherme Mota (org). Viagem incompleta. A experiência brasileira. Formação: histórias (1500-2000))
O documento mostra
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Q1042976 História
Imaginando o “Brasil como potência emergente”, reatou as relações diplomáticas com a China comunista, reconheceu os governos socialistas da Guiné-Bissau, de Moçambique e de Angola, também negociando o acordo nuclear com a República Federal da Alemanha, no começo secretamente. (Evaldo Vieira. Brasil: do golpe de 1964 à redemocratização. Em: Carlos Guilherme Mota (org.).A experiência brasileira. A grande transação)
O excerto refere-se ao governo
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Q1042977 História
A Constituição federal, aprovada pela assembleia constituinte, em 24 de fevereiro de 1891, cumpriu a promessa de descentralizar, uma das palavras de ordem do manifesto republicano de 1870 – “Centralização, desmembramento; descentralização, unidade”. (Joseph L. Love. A República brasileira: federalismo e regionalismo (1889-1937). Em: Carlos Guilherme Mota (org.). A experiência brasileira. A grande transação)
A Carta de 1891 permitia aos estados
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Q1042978 História
O período que se inicia com o governo Dutra e a nova constituição, portanto, pode ser corretamente caracterizado como novo, pois se tratava do fim de uma ditadura e do começo de uma fase de respeito às normas mínimas da democracia formal. Porém, não se deve perder de vista os limites de tal “redemocratização”. (Carlos Fico. O Brasil no contexto da Guerra Fria: subdesenvolvimento e ideologia do planejamento (1946-1964). Em: Carlos Guilherme Mota (org.). A experiência brasileira. A grande transação)
Entre os exemplos desses limites, é correto apontar
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Q1042979 História
Porém, para aqueles que não dispunham de recursos, quer econômicos, quer culturais, os novos tempos não trouxeram benesses ou regalias. Reformas sociais de peso, terra, salários dignos, participação política, educação popular, cidadania, respeito às diferenças, tudo isso teria de esperar. As ações de governos autoritários cobririam e deixariam suas marcas registradas na América Latina durante a maior parte do século XIX. Os “de baixo” teriam de se organizar, lutar, sofrer e morrer para alcançar seus objetivos. Não foram as lutas de independência que mudariam sua vida. (Maria Ligia Coelho Prado. América Latina no século XIX: Tramas, telas e textos)
A respeito do processo de Independência da América espanhola, é correto afirmar que
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Q1042980 História
A administração e a autoridade reais da Inglaterra angevina não tinham qualquer equivalente fiel em toda a Europa do século XII. Mas, o poder pessoal do monarca logo foi seguido por precoces instituições de caráter coletivo da classe dominante feudal, com características singularmente unitárias: os Parlamentos. A existência na Inglaterra desses parlamentos medievais, a partir do século XIII, não constituía evidentemente uma particularidade nacional. O que os distinguia era mais o fato de se tratarem de instituições ao mesmo tempo “únicas” e “conglomeradas”. Em outras palavras, havia apenas uma assembleia, deste tipo, cujos limites coincidiam com os do próprio país, e não uma para cada província; no seio dessa assembleia, não existia a divisão tripartida de nobres, clero e burgueses, geralmente predominante no continente. Desde a época de Eduardo III, os cavaleiros e as cidades dispunham de representação regular no Parlamento inglês, lado a lado com os barões e bispos. A precoce centralização da organização política feudal inglesa gerou duas outras consequências. (Perry Anderson. Linhagens do Estado Absolutista. Adaptado)
Uma dessas consequências foi
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Q1042981 História
“E se mais mundo houvera, lá chegara.” Ilustrando seus descobrimentos, essa orgulhosa epígrafe bem diz o que foram as viagens desses grandes exploradores que, ainda hoje, glorificam a tradição. De Vasco da Gama a Serpa Pinto, por mar e por terra, eles alcançaram os limites e o centro do planeta, “para lá levando a civilização”. Em sua Crônica de Guiné, escrita em meados do século XV, Gomes Eanes de Zurara já enunciava as “cinco e uma razões” dessas expedições. O infante d. Henrique, que as organizou, “é impelido pelo serviço de Deus”; acha que naqueles países existem cristãos, e que de lá será possível trazer mercadorias; que, se não houver cristãos, há de se saber até onde vai o poder dos infiéis; que talvez algum senhor estrangeiro queira ajudá-lo em sua guerra contra os inimigos da fé; que grande é seu desejo de propagar a Santa Fé de NSJC. (Marc Ferro, História das colonizações: das conquistas às independências, séculos XIII a XX)
A partir do excerto, é correto afirmar que
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Q1042982 História
Catorze potências participaram da Conferência de Berlim (1884-1885), que no essencial estabeleceu uma espécie de “gentleman’s agreement”: cada potência europeia comprometia-se a não mais fazer aquisições selvagens sem notificar as outras, para permitir que estas apresentassem seus pleitos. Os povos ou reis africanos, considerados “res nullius”, não foram sequer consultados ou informados de todas essas discussões. (Marc Ferro, História das colonizações: das conquistas às independências, séculos XIII a XX)
Acerca dos resultados dessa conferência, sabe-se
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Q1042983 História
Com relação ao período entre 1945 e 1990, Eric Hobsbawm afirma: Uma grande mudança que afetou a classe operária, e também a maioria das sociedades desenvolvidas, foi o papel impressionantemente maior nela desempenhado pelas mulheres; e sobretudo – fenômeno novo e revolucionário – as mulheres casadas. A mudança foi de fato sensacional. (Eric Hobsbawm, Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991)
Entre essas mudanças,
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Respostas
1: B
2: E
3: A
4: E
5: B
6: E
7: C
8: B
9: B
10: D
11: E
12: C
13: A
14: C
15: D
16: A
17: C