Em 1624, quando a notícia da conquista de Salvador
pelos holandeses chegou a Lisboa, o governador de
Portugal, o conde de Basto, escreveu ao rei em Madri:
[...] porque o Brazil leva todo este reino tras de si, as
rendas reais, porque sem Brazil, não há Angola, nem
Cabo Verde, nem o pau que dali se traz, nem alfândegas, nem consulado, nem portos secos, nem situação
em que se paguem os tribunais, e ministros e seus salários, nem meio de que possam viver, e dar vida a outros,
a nobreza, as religiões, misericórdias e hospitais, que
tinham nas alfândegas situados os seus juros e suas
tenças. E assim foi esse golpe o mais universal que podia padecer o rei, o público e os particulares [...]
(Stuart B. Schwartz. “Gente da terra braziliense da nasção”.
Pensando o Brasil: a construção de um povo. Em: Carlos Guilherme
Mota (org). Viagem incompleta. A experiência brasileira.
Formação: histórias (1500-2000))
O documento mostra