Em Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa, Paulo Freire afirma: “Não preciso de um
professor de ética para me dizer que não posso, como
orientador de dissertação de mestrado ou de tese de doutoramento, surpreender o pós-graduando com críticas
duras ao seu trabalho porque um dos examinadores foi
severo em sua arguição. Se isso ocorre e eu concordo
com as críticas feitas pelo professor, não há outro caminho senão solidarizar-me de público com o orientando,
dividindo com ele a responsabilidade do equívoco ou do
erro criticado. Não preciso de um professor de Ética para
me dizer isso.”
Nessa passagem, Paulo Freire combate a ideia de que
ensinar não é transferir conhecimento; para o autor, o
exemplo demonstra que ensinar exige