Questões de Concurso Público UNESP 2022 para Bibliotecário

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Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2022 - UNESP - Bibliotecário |
Q2120824 Português
Leia um trecho da entrevista com o compositor João Pacífico para responder a questão.

        Em Campinas, eu arranjei um emprego na Companhia Paulista de Estrada de Ferro. Fui um alto funcionário da Companhia, um alto funcionário de categoria: eu era ajudante de lava-prato. Magine, ocê, um cara limpava o prato e eu lavava. E assim foi.

        Foi minha felicidade, porque um dia o cozinheiro disse: “João, sabe quem está viajando, viaja sempre conosco? É o doutor Guilherme de Almeida1 ”. (Ele era inteligente o cozinheiro, falava “conosco”.) Eu não sabia, pensei que fosse um diretor de futebol ou coisa assim. “João, faz um versinho daqueles que você faz de vez em quando, quando o trem dá um descanso pra gente, e eu levo pra ele.” Eu fiz uns versinhos e entregaram a ele. “Leva a ele o meu cartão e fala pra me procurar na Cruzeiro do Sul2 ”, foi o recado do doutor Guilherme.

        Aí, eu fui, vesti meu terninho branco, bonito, calça curta. Eu de branco e estava um frio, aquela garoa fria de São Paulo, tremia que nem cabra (não sei se cabra treme, acho que treme).

        Cheguei na Cruzeiro do Sul, desce um elevador com um senhor de chapéu bonito e sobretudo Bataclan tudo pintadinho e luvas pretas. Olhava para ele e eu todo de branco, e ele todo enfaixado. Moço (acho que foi por isso que ele me protegeu, porque o chamei de “moço”), eu queria ir na Cruzeiro do Sul. “É no sétimo andar. Espera um pouco, você não é aquele menino do trem?” Eu sou. “Eu que dei o cartão para você vir aqui. Vamos subir.”

        Aí eu subi aquele trenzão, o elevador rápido. Eu gostei, gostei – avião não tinha voado, mas eu voei naquele trem. Chegou lá em cima, ele chamou o Paraguassu3 e disse: “Aqui tem um rapaz que escreve umas coisas bem brasileiras”.

(A música brasileira deste século por seus autores e intérpretes – vol. 1
João Carlos Botezelli e Arley Pereira. SESC São Paulo. Adaptado)


1Guilherme de Almeida: poeta, jornalista, tradutor, crítico de cinema.
2Cruzeiro do Sul: emissora de rádio em São Paulo.
3Paraguassu: cantor e compositor brasileiro, cujo nome verdadeiro era Roque Ricciardi.
De acordo com as informações do texto, é correto afirmar que
Alternativas
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2022 - UNESP - Bibliotecário |
Q2120825 Português
Leia um trecho da entrevista com o compositor João Pacífico para responder a questão.

        Em Campinas, eu arranjei um emprego na Companhia Paulista de Estrada de Ferro. Fui um alto funcionário da Companhia, um alto funcionário de categoria: eu era ajudante de lava-prato. Magine, ocê, um cara limpava o prato e eu lavava. E assim foi.

        Foi minha felicidade, porque um dia o cozinheiro disse: “João, sabe quem está viajando, viaja sempre conosco? É o doutor Guilherme de Almeida1 ”. (Ele era inteligente o cozinheiro, falava “conosco”.) Eu não sabia, pensei que fosse um diretor de futebol ou coisa assim. “João, faz um versinho daqueles que você faz de vez em quando, quando o trem dá um descanso pra gente, e eu levo pra ele.” Eu fiz uns versinhos e entregaram a ele. “Leva a ele o meu cartão e fala pra me procurar na Cruzeiro do Sul2 ”, foi o recado do doutor Guilherme.

        Aí, eu fui, vesti meu terninho branco, bonito, calça curta. Eu de branco e estava um frio, aquela garoa fria de São Paulo, tremia que nem cabra (não sei se cabra treme, acho que treme).

        Cheguei na Cruzeiro do Sul, desce um elevador com um senhor de chapéu bonito e sobretudo Bataclan tudo pintadinho e luvas pretas. Olhava para ele e eu todo de branco, e ele todo enfaixado. Moço (acho que foi por isso que ele me protegeu, porque o chamei de “moço”), eu queria ir na Cruzeiro do Sul. “É no sétimo andar. Espera um pouco, você não é aquele menino do trem?” Eu sou. “Eu que dei o cartão para você vir aqui. Vamos subir.”

        Aí eu subi aquele trenzão, o elevador rápido. Eu gostei, gostei – avião não tinha voado, mas eu voei naquele trem. Chegou lá em cima, ele chamou o Paraguassu3 e disse: “Aqui tem um rapaz que escreve umas coisas bem brasileiras”.

(A música brasileira deste século por seus autores e intérpretes – vol. 1
João Carlos Botezelli e Arley Pereira. SESC São Paulo. Adaptado)


1Guilherme de Almeida: poeta, jornalista, tradutor, crítico de cinema.
2Cruzeiro do Sul: emissora de rádio em São Paulo.
3Paraguassu: cantor e compositor brasileiro, cujo nome verdadeiro era Roque Ricciardi.
João Pacífico faz um relato que pode ser considerado
Alternativas
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2022 - UNESP - Bibliotecário |
Q2120826 Português
Leia um trecho da entrevista com o compositor João Pacífico para responder a questão.

        Em Campinas, eu arranjei um emprego na Companhia Paulista de Estrada de Ferro. Fui um alto funcionário da Companhia, um alto funcionário de categoria: eu era ajudante de lava-prato. Magine, ocê, um cara limpava o prato e eu lavava. E assim foi.

        Foi minha felicidade, porque um dia o cozinheiro disse: “João, sabe quem está viajando, viaja sempre conosco? É o doutor Guilherme de Almeida1 ”. (Ele era inteligente o cozinheiro, falava “conosco”.) Eu não sabia, pensei que fosse um diretor de futebol ou coisa assim. “João, faz um versinho daqueles que você faz de vez em quando, quando o trem dá um descanso pra gente, e eu levo pra ele.” Eu fiz uns versinhos e entregaram a ele. “Leva a ele o meu cartão e fala pra me procurar na Cruzeiro do Sul2 ”, foi o recado do doutor Guilherme.

        Aí, eu fui, vesti meu terninho branco, bonito, calça curta. Eu de branco e estava um frio, aquela garoa fria de São Paulo, tremia que nem cabra (não sei se cabra treme, acho que treme).

        Cheguei na Cruzeiro do Sul, desce um elevador com um senhor de chapéu bonito e sobretudo Bataclan tudo pintadinho e luvas pretas. Olhava para ele e eu todo de branco, e ele todo enfaixado. Moço (acho que foi por isso que ele me protegeu, porque o chamei de “moço”), eu queria ir na Cruzeiro do Sul. “É no sétimo andar. Espera um pouco, você não é aquele menino do trem?” Eu sou. “Eu que dei o cartão para você vir aqui. Vamos subir.”

        Aí eu subi aquele trenzão, o elevador rápido. Eu gostei, gostei – avião não tinha voado, mas eu voei naquele trem. Chegou lá em cima, ele chamou o Paraguassu3 e disse: “Aqui tem um rapaz que escreve umas coisas bem brasileiras”.

(A música brasileira deste século por seus autores e intérpretes – vol. 1
João Carlos Botezelli e Arley Pereira. SESC São Paulo. Adaptado)


1Guilherme de Almeida: poeta, jornalista, tradutor, crítico de cinema.
2Cruzeiro do Sul: emissora de rádio em São Paulo.
3Paraguassu: cantor e compositor brasileiro, cujo nome verdadeiro era Roque Ricciardi.
Considere os trechos do texto.
•  Fui um alto funcionário da Companhia, um alto funcionário de categoria... (1º parágrafo)
•  Magine, ocê, um cara limpava o prato... (1º parágrafo)
•  Aí, eu fui, vesti meu terninho branco, bonito, calça curta. (3º parágrafo)
Nesses trechos, o compositor se utilizou, respectivamente, da:
Alternativas
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2022 - UNESP - Bibliotecário |
Q2120827 Português
Leia um trecho da entrevista com o compositor João Pacífico para responder a questão.

        Em Campinas, eu arranjei um emprego na Companhia Paulista de Estrada de Ferro. Fui um alto funcionário da Companhia, um alto funcionário de categoria: eu era ajudante de lava-prato. Magine, ocê, um cara limpava o prato e eu lavava. E assim foi.

        Foi minha felicidade, porque um dia o cozinheiro disse: “João, sabe quem está viajando, viaja sempre conosco? É o doutor Guilherme de Almeida1 ”. (Ele era inteligente o cozinheiro, falava “conosco”.) Eu não sabia, pensei que fosse um diretor de futebol ou coisa assim. “João, faz um versinho daqueles que você faz de vez em quando, quando o trem dá um descanso pra gente, e eu levo pra ele.” Eu fiz uns versinhos e entregaram a ele. “Leva a ele o meu cartão e fala pra me procurar na Cruzeiro do Sul2 ”, foi o recado do doutor Guilherme.

        Aí, eu fui, vesti meu terninho branco, bonito, calça curta. Eu de branco e estava um frio, aquela garoa fria de São Paulo, tremia que nem cabra (não sei se cabra treme, acho que treme).

        Cheguei na Cruzeiro do Sul, desce um elevador com um senhor de chapéu bonito e sobretudo Bataclan tudo pintadinho e luvas pretas. Olhava para ele e eu todo de branco, e ele todo enfaixado. Moço (acho que foi por isso que ele me protegeu, porque o chamei de “moço”), eu queria ir na Cruzeiro do Sul. “É no sétimo andar. Espera um pouco, você não é aquele menino do trem?” Eu sou. “Eu que dei o cartão para você vir aqui. Vamos subir.”

        Aí eu subi aquele trenzão, o elevador rápido. Eu gostei, gostei – avião não tinha voado, mas eu voei naquele trem. Chegou lá em cima, ele chamou o Paraguassu3 e disse: “Aqui tem um rapaz que escreve umas coisas bem brasileiras”.

(A música brasileira deste século por seus autores e intérpretes – vol. 1
João Carlos Botezelli e Arley Pereira. SESC São Paulo. Adaptado)


1Guilherme de Almeida: poeta, jornalista, tradutor, crítico de cinema.
2Cruzeiro do Sul: emissora de rádio em São Paulo.
3Paraguassu: cantor e compositor brasileiro, cujo nome verdadeiro era Roque Ricciardi.
O sinal indicativo de crase está corretamente empregado no trecho reescrito da alternativa:
Alternativas
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2022 - UNESP - Bibliotecário |
Q2120828 Português
Leia um trecho da entrevista com o compositor João Pacífico para responder a questão.

        Em Campinas, eu arranjei um emprego na Companhia Paulista de Estrada de Ferro. Fui um alto funcionário da Companhia, um alto funcionário de categoria: eu era ajudante de lava-prato. Magine, ocê, um cara limpava o prato e eu lavava. E assim foi.

        Foi minha felicidade, porque um dia o cozinheiro disse: “João, sabe quem está viajando, viaja sempre conosco? É o doutor Guilherme de Almeida1 ”. (Ele era inteligente o cozinheiro, falava “conosco”.) Eu não sabia, pensei que fosse um diretor de futebol ou coisa assim. “João, faz um versinho daqueles que você faz de vez em quando, quando o trem dá um descanso pra gente, e eu levo pra ele.” Eu fiz uns versinhos e entregaram a ele. “Leva a ele o meu cartão e fala pra me procurar na Cruzeiro do Sul2 ”, foi o recado do doutor Guilherme.

        Aí, eu fui, vesti meu terninho branco, bonito, calça curta. Eu de branco e estava um frio, aquela garoa fria de São Paulo, tremia que nem cabra (não sei se cabra treme, acho que treme).

        Cheguei na Cruzeiro do Sul, desce um elevador com um senhor de chapéu bonito e sobretudo Bataclan tudo pintadinho e luvas pretas. Olhava para ele e eu todo de branco, e ele todo enfaixado. Moço (acho que foi por isso que ele me protegeu, porque o chamei de “moço”), eu queria ir na Cruzeiro do Sul. “É no sétimo andar. Espera um pouco, você não é aquele menino do trem?” Eu sou. “Eu que dei o cartão para você vir aqui. Vamos subir.”

        Aí eu subi aquele trenzão, o elevador rápido. Eu gostei, gostei – avião não tinha voado, mas eu voei naquele trem. Chegou lá em cima, ele chamou o Paraguassu3 e disse: “Aqui tem um rapaz que escreve umas coisas bem brasileiras”.

(A música brasileira deste século por seus autores e intérpretes – vol. 1
João Carlos Botezelli e Arley Pereira. SESC São Paulo. Adaptado)


1Guilherme de Almeida: poeta, jornalista, tradutor, crítico de cinema.
2Cruzeiro do Sul: emissora de rádio em São Paulo.
3Paraguassu: cantor e compositor brasileiro, cujo nome verdadeiro era Roque Ricciardi.
Leia as frases elaboradas a partir do texto.
•  João Pacífico procurava um emprego e felizmente encontrou esse emprego na Companhia Paulista.
•  O cozinheiro conhecia o poeta Guilherme de Almeida e indicou ao poeta o jovem ajudante.
•  A inesperada carreira de compositor, João iniciaria essa carreira em uma emissora paulistana.

Em conformidade com a norma-padrão de emprego e de colocação dos pronomes, os trechos destacados podem ser substituídos por: 
Alternativas
Respostas
1: C
2: C
3: A
4: D
5: E