Questões de Concurso Público TJ-SP 2024 para Escrevente Técnico Judiciário (reaplicação)

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Q3252469 Português




(https://www.instagram.com/adaoiturrusgarai. Acesso em 20.09.2024) 

Na perspectiva do personagem, ficar desempregado é visto como algo
Alternativas
Q3252470 Português




(https://www.instagram.com/adaoiturrusgarai. Acesso em 20.09.2024) 

A relação de sentido estabelecida entre as expressões “Ter um emprego” e “ficar desempregado” também ocorre entre os termos destacados em: 
Alternativas
Q3252471 Português
A andorinha da torre


   Desde muito tempo que o serviço da torre da Igreja de X estava confiado ao velho Emílio...

   Era aquele homem de barbas longas e brancas, espécie dessas figuras com que se costuma fazer a imagem mítica dos grandes rios, era aquele velho que via-se de tarde, à janela da torre sob a cúpula enorme do sino grande, olhando vagamente para o espaço, sem dar atenção ao burburinho da cidade, que circulava nas ruas lá embaixo...

   Os mais antigos moradores do lugar lembravam-se de que Emílio fora sempre o mesmo homem de barbas longas e brancas, o mesmo, como a ruína consagrada pelo tempo, que nunca fica mais velha. Respeitava-se muito ao velho sineiro. Era o mais honrado dos homens e, além disso, era o avô da mais galante criança que se tem visto.

    Por aqueles cinco quarteirões em volta não havia quem não gostasse da andorinha da torre. Festejavam muito aquela criança, davam a ela doces e beijos que não havia mãos a medir; sentiam só que ela fugisse tanto a meter-se na torre com o avô e esquecesse pelos velhos amigos de bronze que moravam lá no alto as pessoas da cidade que tanto a queriam.

   Mas como havia de ser se ela amava perdidamente os seus sinos e o seu avô?... Achava os sinos frios demais e pachorrentos como uns homens de idade, mas, em compensação, admirava-os, quando vovô Emílio despertava-lhes a sanha e os fazia pularem, voltearem como clowns*, precipitarem-se no espaço como se fossem desabar e ressurgirem para o alto, com a boca largamente aberta, como um sorriso de gigante satisfeito.

   A pequena Rita admirava os sinos. Esta admiração transformava-se em amorosa simpatia. Estranhava no fundo do espírito aqueles monstros boquiabertos que sabiam ser igualmente a imobilidade e o turbilhão, o silêncio e a trovoada; ajudava o avô a tratá-los, limpar-lhes o bojo profundo e escuro, clarear-lhes os dourados de fora, esgravatar-lhes os interstícios dos relevos que os enfeitavam...

    Havia amor de família naquele pequeno mundo que vivia na torre.


(Raul Pompeia, A andorinha da torre. Em: https://www.biblio.com.br. Adaptado. Acesso em 12.09.2024)

* palhaços 
O narrador da história deixa claro que
Alternativas
Q3252472 Português
A andorinha da torre


   Desde muito tempo que o serviço da torre da Igreja de X estava confiado ao velho Emílio...

   Era aquele homem de barbas longas e brancas, espécie dessas figuras com que se costuma fazer a imagem mítica dos grandes rios, era aquele velho que via-se de tarde, à janela da torre sob a cúpula enorme do sino grande, olhando vagamente para o espaço, sem dar atenção ao burburinho da cidade, que circulava nas ruas lá embaixo...

   Os mais antigos moradores do lugar lembravam-se de que Emílio fora sempre o mesmo homem de barbas longas e brancas, o mesmo, como a ruína consagrada pelo tempo, que nunca fica mais velha. Respeitava-se muito ao velho sineiro. Era o mais honrado dos homens e, além disso, era o avô da mais galante criança que se tem visto.

    Por aqueles cinco quarteirões em volta não havia quem não gostasse da andorinha da torre. Festejavam muito aquela criança, davam a ela doces e beijos que não havia mãos a medir; sentiam só que ela fugisse tanto a meter-se na torre com o avô e esquecesse pelos velhos amigos de bronze que moravam lá no alto as pessoas da cidade que tanto a queriam.

   Mas como havia de ser se ela amava perdidamente os seus sinos e o seu avô?... Achava os sinos frios demais e pachorrentos como uns homens de idade, mas, em compensação, admirava-os, quando vovô Emílio despertava-lhes a sanha e os fazia pularem, voltearem como clowns*, precipitarem-se no espaço como se fossem desabar e ressurgirem para o alto, com a boca largamente aberta, como um sorriso de gigante satisfeito.

   A pequena Rita admirava os sinos. Esta admiração transformava-se em amorosa simpatia. Estranhava no fundo do espírito aqueles monstros boquiabertos que sabiam ser igualmente a imobilidade e o turbilhão, o silêncio e a trovoada; ajudava o avô a tratá-los, limpar-lhes o bojo profundo e escuro, clarear-lhes os dourados de fora, esgravatar-lhes os interstícios dos relevos que os enfeitavam...

    Havia amor de família naquele pequeno mundo que vivia na torre.


(Raul Pompeia, A andorinha da torre. Em: https://www.biblio.com.br. Adaptado. Acesso em 12.09.2024)

* palhaços 
Considere as passagens:

•  ... o serviço da torre da Igreja de X estava confiado ao velho Emílio... (1º parágrafo)
•  ... sob a cúpula enorme do sino grande... (2º parágrafo)
•  ... sem dar atenção ao burburinho da cidade... (2º parágrafo)


Os termos destacados significam, correta e respectivamente:
Alternativas
Q3252473 Português
A andorinha da torre


   Desde muito tempo que o serviço da torre da Igreja de X estava confiado ao velho Emílio...

   Era aquele homem de barbas longas e brancas, espécie dessas figuras com que se costuma fazer a imagem mítica dos grandes rios, era aquele velho que via-se de tarde, à janela da torre sob a cúpula enorme do sino grande, olhando vagamente para o espaço, sem dar atenção ao burburinho da cidade, que circulava nas ruas lá embaixo...

   Os mais antigos moradores do lugar lembravam-se de que Emílio fora sempre o mesmo homem de barbas longas e brancas, o mesmo, como a ruína consagrada pelo tempo, que nunca fica mais velha. Respeitava-se muito ao velho sineiro. Era o mais honrado dos homens e, além disso, era o avô da mais galante criança que se tem visto.

    Por aqueles cinco quarteirões em volta não havia quem não gostasse da andorinha da torre. Festejavam muito aquela criança, davam a ela doces e beijos que não havia mãos a medir; sentiam só que ela fugisse tanto a meter-se na torre com o avô e esquecesse pelos velhos amigos de bronze que moravam lá no alto as pessoas da cidade que tanto a queriam.

   Mas como havia de ser se ela amava perdidamente os seus sinos e o seu avô?... Achava os sinos frios demais e pachorrentos como uns homens de idade, mas, em compensação, admirava-os, quando vovô Emílio despertava-lhes a sanha e os fazia pularem, voltearem como clowns*, precipitarem-se no espaço como se fossem desabar e ressurgirem para o alto, com a boca largamente aberta, como um sorriso de gigante satisfeito.

   A pequena Rita admirava os sinos. Esta admiração transformava-se em amorosa simpatia. Estranhava no fundo do espírito aqueles monstros boquiabertos que sabiam ser igualmente a imobilidade e o turbilhão, o silêncio e a trovoada; ajudava o avô a tratá-los, limpar-lhes o bojo profundo e escuro, clarear-lhes os dourados de fora, esgravatar-lhes os interstícios dos relevos que os enfeitavam...

    Havia amor de família naquele pequeno mundo que vivia na torre.


(Raul Pompeia, A andorinha da torre. Em: https://www.biblio.com.br. Adaptado. Acesso em 12.09.2024)

* palhaços 
Identifica-se emprego de termo(s) em sentido figurado na passagem:
Alternativas
Q3252474 Português
A andorinha da torre


   Desde muito tempo que o serviço da torre da Igreja de X estava confiado ao velho Emílio...

   Era aquele homem de barbas longas e brancas, espécie dessas figuras com que se costuma fazer a imagem mítica dos grandes rios, era aquele velho que via-se de tarde, à janela da torre sob a cúpula enorme do sino grande, olhando vagamente para o espaço, sem dar atenção ao burburinho da cidade, que circulava nas ruas lá embaixo...

   Os mais antigos moradores do lugar lembravam-se de que Emílio fora sempre o mesmo homem de barbas longas e brancas, o mesmo, como a ruína consagrada pelo tempo, que nunca fica mais velha. Respeitava-se muito ao velho sineiro. Era o mais honrado dos homens e, além disso, era o avô da mais galante criança que se tem visto.

    Por aqueles cinco quarteirões em volta não havia quem não gostasse da andorinha da torre. Festejavam muito aquela criança, davam a ela doces e beijos que não havia mãos a medir; sentiam só que ela fugisse tanto a meter-se na torre com o avô e esquecesse pelos velhos amigos de bronze que moravam lá no alto as pessoas da cidade que tanto a queriam.

   Mas como havia de ser se ela amava perdidamente os seus sinos e o seu avô?... Achava os sinos frios demais e pachorrentos como uns homens de idade, mas, em compensação, admirava-os, quando vovô Emílio despertava-lhes a sanha e os fazia pularem, voltearem como clowns*, precipitarem-se no espaço como se fossem desabar e ressurgirem para o alto, com a boca largamente aberta, como um sorriso de gigante satisfeito.

   A pequena Rita admirava os sinos. Esta admiração transformava-se em amorosa simpatia. Estranhava no fundo do espírito aqueles monstros boquiabertos que sabiam ser igualmente a imobilidade e o turbilhão, o silêncio e a trovoada; ajudava o avô a tratá-los, limpar-lhes o bojo profundo e escuro, clarear-lhes os dourados de fora, esgravatar-lhes os interstícios dos relevos que os enfeitavam...

    Havia amor de família naquele pequeno mundo que vivia na torre.


(Raul Pompeia, A andorinha da torre. Em: https://www.biblio.com.br. Adaptado. Acesso em 12.09.2024)

* palhaços 
Assinale a alternativa em que a reescrita do trecho – Festejavam muito aquela criança, davam a ela doces e beijos... (4º parágrafo) – está em conformidade com a norma-padrão. 
Alternativas
Q3252475 Português
A andorinha da torre


   Desde muito tempo que o serviço da torre da Igreja de X estava confiado ao velho Emílio...

   Era aquele homem de barbas longas e brancas, espécie dessas figuras com que se costuma fazer a imagem mítica dos grandes rios, era aquele velho que via-se de tarde, à janela da torre sob a cúpula enorme do sino grande, olhando vagamente para o espaço, sem dar atenção ao burburinho da cidade, que circulava nas ruas lá embaixo...

   Os mais antigos moradores do lugar lembravam-se de que Emílio fora sempre o mesmo homem de barbas longas e brancas, o mesmo, como a ruína consagrada pelo tempo, que nunca fica mais velha. Respeitava-se muito ao velho sineiro. Era o mais honrado dos homens e, além disso, era o avô da mais galante criança que se tem visto.

    Por aqueles cinco quarteirões em volta não havia quem não gostasse da andorinha da torre. Festejavam muito aquela criança, davam a ela doces e beijos que não havia mãos a medir; sentiam só que ela fugisse tanto a meter-se na torre com o avô e esquecesse pelos velhos amigos de bronze que moravam lá no alto as pessoas da cidade que tanto a queriam.

   Mas como havia de ser se ela amava perdidamente os seus sinos e o seu avô?... Achava os sinos frios demais e pachorrentos como uns homens de idade, mas, em compensação, admirava-os, quando vovô Emílio despertava-lhes a sanha e os fazia pularem, voltearem como clowns*, precipitarem-se no espaço como se fossem desabar e ressurgirem para o alto, com a boca largamente aberta, como um sorriso de gigante satisfeito.

   A pequena Rita admirava os sinos. Esta admiração transformava-se em amorosa simpatia. Estranhava no fundo do espírito aqueles monstros boquiabertos que sabiam ser igualmente a imobilidade e o turbilhão, o silêncio e a trovoada; ajudava o avô a tratá-los, limpar-lhes o bojo profundo e escuro, clarear-lhes os dourados de fora, esgravatar-lhes os interstícios dos relevos que os enfeitavam...

    Havia amor de família naquele pequeno mundo que vivia na torre.


(Raul Pompeia, A andorinha da torre. Em: https://www.biblio.com.br. Adaptado. Acesso em 12.09.2024)

* palhaços 
Na passagem – ... sentiam só que ela fugisse tanto a meter-se na torre com o avô e esquecesse pelos velhos amigos de bronze que moravam lá no alto as pessoas da cidade que tanto a queriam. (4º parágrafo), as preposições que iniciam as expressões destacadas estabelecem, correta e respectivamente, relações de sentido de
Alternativas
Q3252476 Português
A andorinha da torre


   Desde muito tempo que o serviço da torre da Igreja de X estava confiado ao velho Emílio...

   Era aquele homem de barbas longas e brancas, espécie dessas figuras com que se costuma fazer a imagem mítica dos grandes rios, era aquele velho que via-se de tarde, à janela da torre sob a cúpula enorme do sino grande, olhando vagamente para o espaço, sem dar atenção ao burburinho da cidade, que circulava nas ruas lá embaixo...

   Os mais antigos moradores do lugar lembravam-se de que Emílio fora sempre o mesmo homem de barbas longas e brancas, o mesmo, como a ruína consagrada pelo tempo, que nunca fica mais velha. Respeitava-se muito ao velho sineiro. Era o mais honrado dos homens e, além disso, era o avô da mais galante criança que se tem visto.

    Por aqueles cinco quarteirões em volta não havia quem não gostasse da andorinha da torre. Festejavam muito aquela criança, davam a ela doces e beijos que não havia mãos a medir; sentiam só que ela fugisse tanto a meter-se na torre com o avô e esquecesse pelos velhos amigos de bronze que moravam lá no alto as pessoas da cidade que tanto a queriam.

   Mas como havia de ser se ela amava perdidamente os seus sinos e o seu avô?... Achava os sinos frios demais e pachorrentos como uns homens de idade, mas, em compensação, admirava-os, quando vovô Emílio despertava-lhes a sanha e os fazia pularem, voltearem como clowns*, precipitarem-se no espaço como se fossem desabar e ressurgirem para o alto, com a boca largamente aberta, como um sorriso de gigante satisfeito.

   A pequena Rita admirava os sinos. Esta admiração transformava-se em amorosa simpatia. Estranhava no fundo do espírito aqueles monstros boquiabertos que sabiam ser igualmente a imobilidade e o turbilhão, o silêncio e a trovoada; ajudava o avô a tratá-los, limpar-lhes o bojo profundo e escuro, clarear-lhes os dourados de fora, esgravatar-lhes os interstícios dos relevos que os enfeitavam...

    Havia amor de família naquele pequeno mundo que vivia na torre.


(Raul Pompeia, A andorinha da torre. Em: https://www.biblio.com.br. Adaptado. Acesso em 12.09.2024)

* palhaços 
O conto, escrito no século XIX, apresenta colocação pronominal desabonada pela norma-padrão atual. Isso se evidencia na passagem: 
Alternativas
Q3252477 Português
A andorinha da torre


   Desde muito tempo que o serviço da torre da Igreja de X estava confiado ao velho Emílio...

   Era aquele homem de barbas longas e brancas, espécie dessas figuras com que se costuma fazer a imagem mítica dos grandes rios, era aquele velho que via-se de tarde, à janela da torre sob a cúpula enorme do sino grande, olhando vagamente para o espaço, sem dar atenção ao burburinho da cidade, que circulava nas ruas lá embaixo...

   Os mais antigos moradores do lugar lembravam-se de que Emílio fora sempre o mesmo homem de barbas longas e brancas, o mesmo, como a ruína consagrada pelo tempo, que nunca fica mais velha. Respeitava-se muito ao velho sineiro. Era o mais honrado dos homens e, além disso, era o avô da mais galante criança que se tem visto.

    Por aqueles cinco quarteirões em volta não havia quem não gostasse da andorinha da torre. Festejavam muito aquela criança, davam a ela doces e beijos que não havia mãos a medir; sentiam só que ela fugisse tanto a meter-se na torre com o avô e esquecesse pelos velhos amigos de bronze que moravam lá no alto as pessoas da cidade que tanto a queriam.

   Mas como havia de ser se ela amava perdidamente os seus sinos e o seu avô?... Achava os sinos frios demais e pachorrentos como uns homens de idade, mas, em compensação, admirava-os, quando vovô Emílio despertava-lhes a sanha e os fazia pularem, voltearem como clowns*, precipitarem-se no espaço como se fossem desabar e ressurgirem para o alto, com a boca largamente aberta, como um sorriso de gigante satisfeito.

   A pequena Rita admirava os sinos. Esta admiração transformava-se em amorosa simpatia. Estranhava no fundo do espírito aqueles monstros boquiabertos que sabiam ser igualmente a imobilidade e o turbilhão, o silêncio e a trovoada; ajudava o avô a tratá-los, limpar-lhes o bojo profundo e escuro, clarear-lhes os dourados de fora, esgravatar-lhes os interstícios dos relevos que os enfeitavam...

    Havia amor de família naquele pequeno mundo que vivia na torre.


(Raul Pompeia, A andorinha da torre. Em: https://www.biblio.com.br. Adaptado. Acesso em 12.09.2024)

* palhaços 
Leia as passagens:

•  Era aquele homem de barbas longas e brancas, espécie dessas figuras com que se costuma fazer a imagem mítica dos grandes rios... (2º parágrafo)
•  Por aqueles cinco quarteirões em volta não havia quem não gostasse da andorinha da torre. (4º parágrafo)

Considerando-se os aspectos de sentido e de regência, as reescritas dos trechos destacados nas passagens atendem à norma-padrão, respectivamente, em: 
Alternativas
Q3252478 Português
A andorinha da torre


   Desde muito tempo que o serviço da torre da Igreja de X estava confiado ao velho Emílio...

   Era aquele homem de barbas longas e brancas, espécie dessas figuras com que se costuma fazer a imagem mítica dos grandes rios, era aquele velho que via-se de tarde, à janela da torre sob a cúpula enorme do sino grande, olhando vagamente para o espaço, sem dar atenção ao burburinho da cidade, que circulava nas ruas lá embaixo...

   Os mais antigos moradores do lugar lembravam-se de que Emílio fora sempre o mesmo homem de barbas longas e brancas, o mesmo, como a ruína consagrada pelo tempo, que nunca fica mais velha. Respeitava-se muito ao velho sineiro. Era o mais honrado dos homens e, além disso, era o avô da mais galante criança que se tem visto.

    Por aqueles cinco quarteirões em volta não havia quem não gostasse da andorinha da torre. Festejavam muito aquela criança, davam a ela doces e beijos que não havia mãos a medir; sentiam só que ela fugisse tanto a meter-se na torre com o avô e esquecesse pelos velhos amigos de bronze que moravam lá no alto as pessoas da cidade que tanto a queriam.

   Mas como havia de ser se ela amava perdidamente os seus sinos e o seu avô?... Achava os sinos frios demais e pachorrentos como uns homens de idade, mas, em compensação, admirava-os, quando vovô Emílio despertava-lhes a sanha e os fazia pularem, voltearem como clowns*, precipitarem-se no espaço como se fossem desabar e ressurgirem para o alto, com a boca largamente aberta, como um sorriso de gigante satisfeito.

   A pequena Rita admirava os sinos. Esta admiração transformava-se em amorosa simpatia. Estranhava no fundo do espírito aqueles monstros boquiabertos que sabiam ser igualmente a imobilidade e o turbilhão, o silêncio e a trovoada; ajudava o avô a tratá-los, limpar-lhes o bojo profundo e escuro, clarear-lhes os dourados de fora, esgravatar-lhes os interstícios dos relevos que os enfeitavam...

    Havia amor de família naquele pequeno mundo que vivia na torre.


(Raul Pompeia, A andorinha da torre. Em: https://www.biblio.com.br. Adaptado. Acesso em 12.09.2024)

* palhaços 
Predominam, no texto, as formas verbais do
Alternativas
Q3252479 Português
A andorinha da torre


   Desde muito tempo que o serviço da torre da Igreja de X estava confiado ao velho Emílio...

   Era aquele homem de barbas longas e brancas, espécie dessas figuras com que se costuma fazer a imagem mítica dos grandes rios, era aquele velho que via-se de tarde, à janela da torre sob a cúpula enorme do sino grande, olhando vagamente para o espaço, sem dar atenção ao burburinho da cidade, que circulava nas ruas lá embaixo...

   Os mais antigos moradores do lugar lembravam-se de que Emílio fora sempre o mesmo homem de barbas longas e brancas, o mesmo, como a ruína consagrada pelo tempo, que nunca fica mais velha. Respeitava-se muito ao velho sineiro. Era o mais honrado dos homens e, além disso, era o avô da mais galante criança que se tem visto.

    Por aqueles cinco quarteirões em volta não havia quem não gostasse da andorinha da torre. Festejavam muito aquela criança, davam a ela doces e beijos que não havia mãos a medir; sentiam só que ela fugisse tanto a meter-se na torre com o avô e esquecesse pelos velhos amigos de bronze que moravam lá no alto as pessoas da cidade que tanto a queriam.

   Mas como havia de ser se ela amava perdidamente os seus sinos e o seu avô?... Achava os sinos frios demais e pachorrentos como uns homens de idade, mas, em compensação, admirava-os, quando vovô Emílio despertava-lhes a sanha e os fazia pularem, voltearem como clowns*, precipitarem-se no espaço como se fossem desabar e ressurgirem para o alto, com a boca largamente aberta, como um sorriso de gigante satisfeito.

   A pequena Rita admirava os sinos. Esta admiração transformava-se em amorosa simpatia. Estranhava no fundo do espírito aqueles monstros boquiabertos que sabiam ser igualmente a imobilidade e o turbilhão, o silêncio e a trovoada; ajudava o avô a tratá-los, limpar-lhes o bojo profundo e escuro, clarear-lhes os dourados de fora, esgravatar-lhes os interstícios dos relevos que os enfeitavam...

    Havia amor de família naquele pequeno mundo que vivia na torre.


(Raul Pompeia, A andorinha da torre. Em: https://www.biblio.com.br. Adaptado. Acesso em 12.09.2024)

* palhaços 
Conforme os sentidos expressos no texto e a norma-padrão de pontuação, a passagem – Achava os sinos frios demais e pachorrentos como uns homens de idade, mas, em compensação, admirava-os, quando vovô Emílio despertava-lhes a sanha e os fazia pularem... (5º parágrafo) – está adequadamente reescrita em:
Alternativas
Q3252480 Português

Leia a tira.



Imagem associada para resolução da questão


(Cartunista Fernando Gonzales.

Em: https://www.instagram.com/niquelnausea. Acesso em 23.09.2024)



O efeito de humor da tira decorre

Alternativas
Q3252481 Português
Sensações apocalíticas


   Na capa do jornal Estado de terça-feira, uma foto mostra Brasília submersa em fumaça densa, quase opaca. Na TV, paredões de fogo se levantam e marcham. A olho nu, a fuligem se derrama sobre a cidade; filamentos de carvão vindos no vento aterrissam como libélulas no capô do automóvel de um milhão de reais. O desastre climático é um desastre social, que castiga antes os de baixo, mas quando se impõe para valer não respeita a segregação entre as classes. Não respeita nada, cobre até os astros no céu. A Lua fica vermelha, como se obedecesse ao Apocalipse (6:12): “Inteira como sangue”.

   Sol prata, chuva preta (isso quando chove). Aumentam as internações nos hospitais. Sobem os óbitos por problemas respiratórios. O noticiário dá conta de que um território equivalente ao Estado de Roraima já virou cinza. A realidade se mostra pior do que as previsões da teoria.

   O livro A Terra Inabitável, do jornalista americano David Wallace-Wells, passava por pessimista ao ser lançado, em 2017, mas agora parece brando. Seu alerta de que o descongelamento do solo do Alasca e da Sibéria liberaria gases de efeito estufa e ressuscitaria micro-organismos capazes de desencadear epidemias desconhecidas foi superado por cenários ainda mais assustadores.

   O cientista Carlos Nobre se declarou “apavorado”. Num artigo publicado no UOL, ele retomou o adjetivo que deu título ao livro de Wallace-Wells e sentenciou: “Se a temperatura global aumentar em 4º C até 2100, grande parte do planeta, incluindo o Brasil, pode se tornar inabitável”. O Rio Solimões se reduziu a um riacho fantasma, inabitável para peixes. As metrópoles estrebucham entre dois extremos: no primeiro, inundações infectas alagam as casas com doenças e lama; no segundo, a seca ameaça matar de sede os moradores.

   Para onde quer que se olhe, proliferam os sinais de esfacelamento generalizado.


(Eugênio Bucci, Sensações Apocalíticas.
Em: https://www.estadao.com.br/opiniao, 19.09.2024. Adaptado)
Na opinião do autor, a situação ambiental do país
Alternativas
Q3252482 Português
Sensações apocalíticas


   Na capa do jornal Estado de terça-feira, uma foto mostra Brasília submersa em fumaça densa, quase opaca. Na TV, paredões de fogo se levantam e marcham. A olho nu, a fuligem se derrama sobre a cidade; filamentos de carvão vindos no vento aterrissam como libélulas no capô do automóvel de um milhão de reais. O desastre climático é um desastre social, que castiga antes os de baixo, mas quando se impõe para valer não respeita a segregação entre as classes. Não respeita nada, cobre até os astros no céu. A Lua fica vermelha, como se obedecesse ao Apocalipse (6:12): “Inteira como sangue”.

   Sol prata, chuva preta (isso quando chove). Aumentam as internações nos hospitais. Sobem os óbitos por problemas respiratórios. O noticiário dá conta de que um território equivalente ao Estado de Roraima já virou cinza. A realidade se mostra pior do que as previsões da teoria.

   O livro A Terra Inabitável, do jornalista americano David Wallace-Wells, passava por pessimista ao ser lançado, em 2017, mas agora parece brando. Seu alerta de que o descongelamento do solo do Alasca e da Sibéria liberaria gases de efeito estufa e ressuscitaria micro-organismos capazes de desencadear epidemias desconhecidas foi superado por cenários ainda mais assustadores.

   O cientista Carlos Nobre se declarou “apavorado”. Num artigo publicado no UOL, ele retomou o adjetivo que deu título ao livro de Wallace-Wells e sentenciou: “Se a temperatura global aumentar em 4º C até 2100, grande parte do planeta, incluindo o Brasil, pode se tornar inabitável”. O Rio Solimões se reduziu a um riacho fantasma, inabitável para peixes. As metrópoles estrebucham entre dois extremos: no primeiro, inundações infectas alagam as casas com doenças e lama; no segundo, a seca ameaça matar de sede os moradores.

   Para onde quer que se olhe, proliferam os sinais de esfacelamento generalizado.


(Eugênio Bucci, Sensações Apocalíticas.
Em: https://www.estadao.com.br/opiniao, 19.09.2024. Adaptado)
O autor usa a referência ao livro bíblico Apocalipse, ao livro A Terra Inabitável e ao artigo do cientista Carlos Nobre com a intenção de
Alternativas
Q3252483 Português
Sensações apocalíticas


   Na capa do jornal Estado de terça-feira, uma foto mostra Brasília submersa em fumaça densa, quase opaca. Na TV, paredões de fogo se levantam e marcham. A olho nu, a fuligem se derrama sobre a cidade; filamentos de carvão vindos no vento aterrissam como libélulas no capô do automóvel de um milhão de reais. O desastre climático é um desastre social, que castiga antes os de baixo, mas quando se impõe para valer não respeita a segregação entre as classes. Não respeita nada, cobre até os astros no céu. A Lua fica vermelha, como se obedecesse ao Apocalipse (6:12): “Inteira como sangue”.

   Sol prata, chuva preta (isso quando chove). Aumentam as internações nos hospitais. Sobem os óbitos por problemas respiratórios. O noticiário dá conta de que um território equivalente ao Estado de Roraima já virou cinza. A realidade se mostra pior do que as previsões da teoria.

   O livro A Terra Inabitável, do jornalista americano David Wallace-Wells, passava por pessimista ao ser lançado, em 2017, mas agora parece brando. Seu alerta de que o descongelamento do solo do Alasca e da Sibéria liberaria gases de efeito estufa e ressuscitaria micro-organismos capazes de desencadear epidemias desconhecidas foi superado por cenários ainda mais assustadores.

   O cientista Carlos Nobre se declarou “apavorado”. Num artigo publicado no UOL, ele retomou o adjetivo que deu título ao livro de Wallace-Wells e sentenciou: “Se a temperatura global aumentar em 4º C até 2100, grande parte do planeta, incluindo o Brasil, pode se tornar inabitável”. O Rio Solimões se reduziu a um riacho fantasma, inabitável para peixes. As metrópoles estrebucham entre dois extremos: no primeiro, inundações infectas alagam as casas com doenças e lama; no segundo, a seca ameaça matar de sede os moradores.

   Para onde quer que se olhe, proliferam os sinais de esfacelamento generalizado.


(Eugênio Bucci, Sensações Apocalíticas.
Em: https://www.estadao.com.br/opiniao, 19.09.2024. Adaptado)
Nas passagens –... mas quando se impõe para valer... (1º parágrafo) – e – As metrópoles estrebucham entre dois extremos... (4º parágrafo) –, as expressões destacadas significam, respectivamente: 
Alternativas
Q3252484 Português
Sensações apocalíticas


   Na capa do jornal Estado de terça-feira, uma foto mostra Brasília submersa em fumaça densa, quase opaca. Na TV, paredões de fogo se levantam e marcham. A olho nu, a fuligem se derrama sobre a cidade; filamentos de carvão vindos no vento aterrissam como libélulas no capô do automóvel de um milhão de reais. O desastre climático é um desastre social, que castiga antes os de baixo, mas quando se impõe para valer não respeita a segregação entre as classes. Não respeita nada, cobre até os astros no céu. A Lua fica vermelha, como se obedecesse ao Apocalipse (6:12): “Inteira como sangue”.

   Sol prata, chuva preta (isso quando chove). Aumentam as internações nos hospitais. Sobem os óbitos por problemas respiratórios. O noticiário dá conta de que um território equivalente ao Estado de Roraima já virou cinza. A realidade se mostra pior do que as previsões da teoria.

   O livro A Terra Inabitável, do jornalista americano David Wallace-Wells, passava por pessimista ao ser lançado, em 2017, mas agora parece brando. Seu alerta de que o descongelamento do solo do Alasca e da Sibéria liberaria gases de efeito estufa e ressuscitaria micro-organismos capazes de desencadear epidemias desconhecidas foi superado por cenários ainda mais assustadores.

   O cientista Carlos Nobre se declarou “apavorado”. Num artigo publicado no UOL, ele retomou o adjetivo que deu título ao livro de Wallace-Wells e sentenciou: “Se a temperatura global aumentar em 4º C até 2100, grande parte do planeta, incluindo o Brasil, pode se tornar inabitável”. O Rio Solimões se reduziu a um riacho fantasma, inabitável para peixes. As metrópoles estrebucham entre dois extremos: no primeiro, inundações infectas alagam as casas com doenças e lama; no segundo, a seca ameaça matar de sede os moradores.

   Para onde quer que se olhe, proliferam os sinais de esfacelamento generalizado.


(Eugênio Bucci, Sensações Apocalíticas.
Em: https://www.estadao.com.br/opiniao, 19.09.2024. Adaptado)
Na frase final do texto – Para onde quer que se olhe, proliferam os sinais de esfacelamento generalizado. –, a informação destacada permite inferir corretamente que
Alternativas
Q3252485 Português
Sensações apocalíticas


   Na capa do jornal Estado de terça-feira, uma foto mostra Brasília submersa em fumaça densa, quase opaca. Na TV, paredões de fogo se levantam e marcham. A olho nu, a fuligem se derrama sobre a cidade; filamentos de carvão vindos no vento aterrissam como libélulas no capô do automóvel de um milhão de reais. O desastre climático é um desastre social, que castiga antes os de baixo, mas quando se impõe para valer não respeita a segregação entre as classes. Não respeita nada, cobre até os astros no céu. A Lua fica vermelha, como se obedecesse ao Apocalipse (6:12): “Inteira como sangue”.

   Sol prata, chuva preta (isso quando chove). Aumentam as internações nos hospitais. Sobem os óbitos por problemas respiratórios. O noticiário dá conta de que um território equivalente ao Estado de Roraima já virou cinza. A realidade se mostra pior do que as previsões da teoria.

   O livro A Terra Inabitável, do jornalista americano David Wallace-Wells, passava por pessimista ao ser lançado, em 2017, mas agora parece brando. Seu alerta de que o descongelamento do solo do Alasca e da Sibéria liberaria gases de efeito estufa e ressuscitaria micro-organismos capazes de desencadear epidemias desconhecidas foi superado por cenários ainda mais assustadores.

   O cientista Carlos Nobre se declarou “apavorado”. Num artigo publicado no UOL, ele retomou o adjetivo que deu título ao livro de Wallace-Wells e sentenciou: “Se a temperatura global aumentar em 4º C até 2100, grande parte do planeta, incluindo o Brasil, pode se tornar inabitável”. O Rio Solimões se reduziu a um riacho fantasma, inabitável para peixes. As metrópoles estrebucham entre dois extremos: no primeiro, inundações infectas alagam as casas com doenças e lama; no segundo, a seca ameaça matar de sede os moradores.

   Para onde quer que se olhe, proliferam os sinais de esfacelamento generalizado.


(Eugênio Bucci, Sensações Apocalíticas.
Em: https://www.estadao.com.br/opiniao, 19.09.2024. Adaptado)
Considere as passagens:
•  Não respeita nada, cobre até os astros no céu. (1 º parágrafo)
•  Seu alerta de que o descongelamento do solo... (3 º parágrafo)
•  ... ele retomou o adjetivo... (4 º parágrafo)

As expressões destacadas mantêm relação coesiva, correta e respectivamente, com os termos: 
Alternativas
Q3252486 Português
Sensações apocalíticas


   Na capa do jornal Estado de terça-feira, uma foto mostra Brasília submersa em fumaça densa, quase opaca. Na TV, paredões de fogo se levantam e marcham. A olho nu, a fuligem se derrama sobre a cidade; filamentos de carvão vindos no vento aterrissam como libélulas no capô do automóvel de um milhão de reais. O desastre climático é um desastre social, que castiga antes os de baixo, mas quando se impõe para valer não respeita a segregação entre as classes. Não respeita nada, cobre até os astros no céu. A Lua fica vermelha, como se obedecesse ao Apocalipse (6:12): “Inteira como sangue”.

   Sol prata, chuva preta (isso quando chove). Aumentam as internações nos hospitais. Sobem os óbitos por problemas respiratórios. O noticiário dá conta de que um território equivalente ao Estado de Roraima já virou cinza. A realidade se mostra pior do que as previsões da teoria.

   O livro A Terra Inabitável, do jornalista americano David Wallace-Wells, passava por pessimista ao ser lançado, em 2017, mas agora parece brando. Seu alerta de que o descongelamento do solo do Alasca e da Sibéria liberaria gases de efeito estufa e ressuscitaria micro-organismos capazes de desencadear epidemias desconhecidas foi superado por cenários ainda mais assustadores.

   O cientista Carlos Nobre se declarou “apavorado”. Num artigo publicado no UOL, ele retomou o adjetivo que deu título ao livro de Wallace-Wells e sentenciou: “Se a temperatura global aumentar em 4º C até 2100, grande parte do planeta, incluindo o Brasil, pode se tornar inabitável”. O Rio Solimões se reduziu a um riacho fantasma, inabitável para peixes. As metrópoles estrebucham entre dois extremos: no primeiro, inundações infectas alagam as casas com doenças e lama; no segundo, a seca ameaça matar de sede os moradores.

   Para onde quer que se olhe, proliferam os sinais de esfacelamento generalizado.


(Eugênio Bucci, Sensações Apocalíticas.
Em: https://www.estadao.com.br/opiniao, 19.09.2024. Adaptado)
A concordância verbal e a concordância nominal estão em conformidade com a norma-padrão na seguinte reescrita de informações do texto:
Alternativas
Q3252487 Português
Sensações apocalíticas


   Na capa do jornal Estado de terça-feira, uma foto mostra Brasília submersa em fumaça densa, quase opaca. Na TV, paredões de fogo se levantam e marcham. A olho nu, a fuligem se derrama sobre a cidade; filamentos de carvão vindos no vento aterrissam como libélulas no capô do automóvel de um milhão de reais. O desastre climático é um desastre social, que castiga antes os de baixo, mas quando se impõe para valer não respeita a segregação entre as classes. Não respeita nada, cobre até os astros no céu. A Lua fica vermelha, como se obedecesse ao Apocalipse (6:12): “Inteira como sangue”.

   Sol prata, chuva preta (isso quando chove). Aumentam as internações nos hospitais. Sobem os óbitos por problemas respiratórios. O noticiário dá conta de que um território equivalente ao Estado de Roraima já virou cinza. A realidade se mostra pior do que as previsões da teoria.

   O livro A Terra Inabitável, do jornalista americano David Wallace-Wells, passava por pessimista ao ser lançado, em 2017, mas agora parece brando. Seu alerta de que o descongelamento do solo do Alasca e da Sibéria liberaria gases de efeito estufa e ressuscitaria micro-organismos capazes de desencadear epidemias desconhecidas foi superado por cenários ainda mais assustadores.

   O cientista Carlos Nobre se declarou “apavorado”. Num artigo publicado no UOL, ele retomou o adjetivo que deu título ao livro de Wallace-Wells e sentenciou: “Se a temperatura global aumentar em 4º C até 2100, grande parte do planeta, incluindo o Brasil, pode se tornar inabitável”. O Rio Solimões se reduziu a um riacho fantasma, inabitável para peixes. As metrópoles estrebucham entre dois extremos: no primeiro, inundações infectas alagam as casas com doenças e lama; no segundo, a seca ameaça matar de sede os moradores.

   Para onde quer que se olhe, proliferam os sinais de esfacelamento generalizado.


(Eugênio Bucci, Sensações Apocalíticas.
Em: https://www.estadao.com.br/opiniao, 19.09.2024. Adaptado)
Considere as passagens:

•  ... uma foto mostra Brasília submersa em fumaça densa... (1 º parágrafo)
•  ... que castiga antes os de baixo... (1 º parágrafo)
•  Sobem os óbitos por problemas respiratórios. (2 º parágrafo)
•  ... a seca ameaça matar de sede os moradores. (4 º parágrafo)

De acordo com a norma-padrão e o sentido original, a reescrita de Brasília submersa em fumaça densa, o sinônimo de antes e as relações estabelecidas pelas preposições por e de são, respectivamente:
Alternativas
Q3252488 Português
Agora, o quadro se agravou. Os fatos nos põem frente__________  frente com o exaurimento não dos impérios, não da humanidade, mas do planeta Terra. Estamos presenciando________ fadiga do material e do imaterial: fadiga da natureza e das narrativas sobre a natureza, fadiga do Corpo de Bombeiros e dos métodos incorpóreos de combate _________queimadas. Fadiga da fadiga.

(Eugênio Bucci, Sensações Apocalíticas. Em: https://www.estadao.com.br/opiniao, 19.09.2024. Adaptado)
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:
Alternativas
Respostas
1: B
2: A
3: B
4: D
5: E
6: D
7: A
8: C
9: C
10: B
11: D
12: E
13: B
14: A
15: D
16: C
17: A
18: B
19: E
20: B