A partir de tais análises, que ampliam as possibilidades de ...
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Ano: 2024
Banca:
COTEC
Órgão:
Prefeitura de Virgem da Lapa - MG
Prova:
COTEC - 2024 - Prefeitura de Virgem da Lapa - MG - Assistente Social/Educação |
Q2474508
Serviço Social
Texto associado
Texto 2
Leia os fragmentos de texto colocados a seguir, que foram retirados do artigo “A terceirização sem limites: a
precarização do trabalho como regra”, escrito por Ricardo Antunes e Graça Druck (2008):
Texto 1
O capitalismo no plano mundial, nas últimas quatro décadas, se transformou sob a égide da acumulação flexível, trazendo uma ruptura com o padrão fordista e gerando um modo de trabalho e de vida pautados na flexibilização e precarização do trabalho. São mudanças impostas pelo processo de financeirização e mundialização da economia num grau nunca antes alcançado, pois o capital financeiro passou a dirigir todos os demais empreendimentos do capital, subordinando a esfera produtiva e contaminando todas as suas práticas e os modos de gestão do trabalho. O Estado passou a desempenhar um papel cada vez mais de “gestor dos negócios da burguesia financeira”, cujos governos, em sua imensa maioria, pautam-se pela desregulamentação dos mercados, especialmente o financeiro e o de trabalho.
O capitalismo no plano mundial, nas últimas quatro décadas, se transformou sob a égide da acumulação flexível, trazendo uma ruptura com o padrão fordista e gerando um modo de trabalho e de vida pautados na flexibilização e precarização do trabalho. São mudanças impostas pelo processo de financeirização e mundialização da economia num grau nunca antes alcançado, pois o capital financeiro passou a dirigir todos os demais empreendimentos do capital, subordinando a esfera produtiva e contaminando todas as suas práticas e os modos de gestão do trabalho. O Estado passou a desempenhar um papel cada vez mais de “gestor dos negócios da burguesia financeira”, cujos governos, em sua imensa maioria, pautam-se pela desregulamentação dos mercados, especialmente o financeiro e o de trabalho.
Texto 2
II. Trata-se de uma hegemonia da “lógica financeira” que, para além de sua dimensão econômica, atinge todos os
âmbitos da vida social, dando um novo conteúdo ao modo de trabalho e de vida, sustentados na volatilidade,
efemeridade e descartabilidade sem limites. É a lógica do curto prazo, que incentiva a “permanente inovação” no
campo da tecnologia, dos novos produtos financeiros e da força de trabalho, tornando obsoletos e descartáveis os
homens e mulheres que trabalham. São tempos de desemprego estrutural, de trabalhadores e trabalhadoras
empregáveis no curto prazo, através das (novas) e precárias formas de contrato (DRUCK, 2007; 2011), onde
terceirização, informalidade, precarização, materialidade e imaterialidade são mecanismos vitais, tanto para a
preservação quanto para a ampliação da sua lógica.
A partir de tais análises, que ampliam as possibilidades de entendimento sobre este contexto de flexibilização, e
precarização, das condições de trabalho explicitadas pelos fragmentos apresentados, é possível inferir que: