Na Endocardite Infecciosa (EI), a discussão pelo Heart Team ...

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Q2039828 Medicina
Na Endocardite Infecciosa (EI), a discussão pelo Heart Team é a melhor forma de se chegar à indicação e ao momento da cirurgia. As opções a seguir apresentam situações em que a cirurgia precoce deve ser pensada, à exceção de uma. Assinale-a. 
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A alternativa correta é A - Pacientes que ainda não apresentam disfunção valvar ou sinais de insuficiência cardíaca.

A questão aborda a Endocardite Infecciosa (EI), uma infecção do revestimento interno do coração, geralmente afetando as válvulas cardíacas. O manejo da EI pode ser complexo, exigindo decisões rápidas sobre a necessidade de intervenção cirúrgica, especialmente em casos complicados. A discussão pelo Heart Team é crucial, pois reúne especialistas que avaliam os riscos e benefícios de uma cirurgia precoce.

Justificativa da alternativa correta:

A opção A é a exceção porque, em pacientes que ainda não apresentam disfunção valvar ou sinais de insuficiência cardíaca, geralmente não há indicação imediata para cirurgia precoce. A intervenção cirúrgica é considerada quando há risco significativo de complicações, o que não é o caso aqui.

Justificativa das alternativas incorretas:

  • B - EI esquerda por S. Aureus, fungos ou outros microorganismos altamente resistentes. Estes casos frequentemente requerem intervenção precoce devido à agressividade dos microorganismos e à rápida progressão da doença.
  • C - EI complicada com bloqueio cardíaco, abscesso aórtico ou anular ou lesões destrutivas penetrantes. Essas complicações são indicações clássicas para cirurgia precoce, pois representam risco imediato à vida do paciente.
  • D - Pacientes que apresentam embolia recorrente e vegetações persistentes, a despeito de antibioticoterapia adequada. A presença de embolias recorrentes é uma indicação frequente para cirurgia, especialmente quando o tratamento com antibióticos não é eficaz.
  • E - Pacientes com EI que apresentam vegetações móveis, com 10mm de extensão, com ou sem evidência de embolização. Vegetações grandes e móveis são um fator de risco significativo para embolização, justificando a consideração de cirurgia precoce.

Compreender quando intervir cirurgicamente na endocardite infecciosa pode ser desafiador, mas é essencial para minimizar riscos e otimizar resultados para o paciente.

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A questão aborda as indicações para cirurgia precoce na Endocardite Infecciosa (EI), uma infecção grave que afeta as válvulas do coração. A alternativa A é a correta porque indica uma situação em que a cirurgia precoce geralmente não é considerada urgente: pacientes que ainda não apresentam disfunção valvar ou sinais de insuficiência cardíaca. Nestes casos, a equipe médica (Heart Team) pode optar por uma abordagem mais conservadora inicialmente, focando no tratamento com antibióticos e monitoramento clínico, já que não há evidências de complicações que demandem uma intervenção cirúrgica imediata. As demais alternativas (B, C, D e E) descrevem situações clínicas em que a cirurgia é frequentemente indicada de forma precoce devido ao alto risco de complicações e piora do quadro clínico. Tais complicações incluem infecção por microrganismos agressivos (B), manifestações de complicações estruturais como abscesso e bloqueio cardíaco (C), embolizações recorrentes mesmo após tratamento antibiótico (D) e vegetações de grande tamanho que aumentam o risco de embolização (E). Portanto, a cirurgia precoce é menos provável de ser indicada no cenário descrito em A, tornando-a a resposta correta.

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