A técnica da Taxa Interna de Retorno Modificada – TIR(M) não...

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Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: CODEMIG Prova: FGV - 2015 - CODEMIG - Analista de Negócios |
Q720367 Análise de Balanços
A técnica da Taxa Interna de Retorno Modificada – TIR(M) não costuma ser muito utilizada em projetos que apresentam fluxos de caixa convencionais, ou seja, com um único fluxo de caixa negativo no início do projeto e todos os demais fluxos de caixa apresentando-se como positivos. No entanto, mesmo nesses projetos, o uso da TIR(M) é recomendado ao realizar-se uma análise mais conservadora, principalmente nos casos em que a Taxa Interna de Retorno - TIR encontrada é:
Alternativas

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Retirado do TEC:

O método da TIR pressupõe que todas as receitas possam ser reinvestidas com uma taxa igual à taxa TIR.

 

Isso é um problema quando é difícil de se encontrar no mercado uma taxa de juros igual à TIR para realizar os reinvestimentos. Já podemos descartar todas as alternativas que tratam do caso em que é "fácil" encontrar no mercado investimentos que rendem igual à TIR.

 

Só sobraram a letra B e a letra E. Uma trabalha com o caso em que a TIR é menor que a TMA e a outra com o caso contrário.

 

Vamos analisar a letra B.

 

Suponha que a taxa de mercado (por exemplo, a Selic) seja de 12% ao ano. O investidor exige uma TMA de 20% ao ano para investir. E a TIR calculada foi inferior à TMA, digamos, 16%.

 

  • mercado = 12%
  • TMA (taxa exigida pelo investidor para poder se arriscar no projeto) = 20%
  • TIR (taxa calculada para o projeto; a taxa que zera o VPL) = 16%

 

Oras, veja que é difícil achar no mercado uma taxa igual à TIR, pois o mercado trabalha com 12%. Repare ainda que a TIR foi inferior à TMA (16% é menor que 20%). Estamos exatamente na situação dada na letra B, confere?

 

Oras, então, na análise pela TIR, concluímos que o projeto não é economicamente viável, já que TIR < TMA.

 

Esta TIR pressupõe que todos os recebimentos foram reinvestidos no mercado justamente a 16% ao ano. Mas isso não é factível, pois no mercado só conseguimos ser remunerados a 12%. Deste modo, se analisarmos o projeto pela TIRM (TIR modificada), passaremos a supor que as receitas são reinvestidas a 12%, que é a taxa de mercado. Isto resultará num projeto com desempenho "pior" do que quando analisamos pela TIR.

 

Oras, se a TIR já nos mandou rejeitar o projeto, e com a TIRM ele é apresentado de uma forma "pior", então nem era preciso usar a TIRM, concorda? Ela não nos vai fazer mudar de ideia: o que iria ser rejeitado continuará sendo rejeitado.

 

Portanto, incorreta a letra B.

 

Vamos agora pensar numa outra situação, para ilustrar a letra E. Suponha:

  • taxa de mercado (selic) de 12% ao ano
  • TMA de 14% ao ano
  • TIR de 20% ao ano

 

Aparentemente, o projeto é viável, pois TIR > TMA. Contudo, como já vimos, a TIR foi calculada supondo que os recebimentos são reinvestidos à própria TIR (neste exemplo, a 20% ao ano). Tal pressuposto é irreal, pois a taxa de mercado é 12% ao ano.

 

Logo, quando empregarmos a TIRM, adotaremos recebimentos sendo investidos a 12% ao ano. Isso retratará o projeto de forma mais realista, mostrando um resultado "pior" do que aquele apresentado pela TIR.

 

E aqui a coisa pode mudar de figura:

 

- o projeto pode ficar só um pouco "pior", mas de modo que ainda continue atrativo

- ou pode ficar muito "pior", não sendo mais atrativo.

 

Em qualquer caso, teremos um resultado mais baseado na realidade de mercado, e que será crucial para aceitarmos ou rejeitarmos o projeto. Portanto, é extremamente útil empregar a TIRM.

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