Paciente masculino, 53 anos, dá entrada na Unidade de emerg...

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Q1623176 Enfermagem
Paciente masculino, 53 anos, dá entrada na Unidade de emergência acompanhado pela filha, apresenta-se confuso, com náuseas e vômitos, e hálito cetônico. Durante avaliação, discreta sudorese presente. Sinais vitais: PA: 160/90mmHg - P: 118 Bpm - FR: 26 Mpm - T: 35.3ºC - Glicemia: 290 mg/dl. Segundo relato da filha, o pai é DMII, com diagnóstico há 9 anos, em uso de insulina regular. Conforme avaliação médica, o paciente apresenta sinais de cetoacidose e se faz necessária correção volêmica enquanto aguarda exames. A conduta CORRETA neste caso é:
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A alternativa correta é a Alternativa A.

A questão aborda um caso clínico de um paciente com cetoacidose diabética, uma complicação aguda do diabetes mellitus caracterizada pelo acúmulo de corpos cetônicos e acidose metabólica. Este é um estado grave que requer intervenção imediata e apropriada. Ao analisar o cenário, vemos a importância de conhecimentos sobre o manejo de fluidos, eletrólitos e a administração de insulina em emergências diabéticas.

Justificativa da Alternativa Correta (Alternativa A): Na cetoacidose diabética, a reposição volêmica é uma das primeiras medidas terapêuticas. A infusão de solução salina isotônica de cloreto de sódio (NaCl 0,9%) a 15 a 20 mL/kg na primeira hora é uma intervenção padrão. Esta medida visa corrigir a desidratação, melhorar a perfusão tecidual e auxiliar na correção do estado acidótico. Posteriormente, a escolha dos fluidos dependerá dos níveis de eletrólitos e da diurese do paciente.

Alternativa B: Esta alternativa sugere a administração de insulina logo de início. Embora a insulina seja crucial no tratamento da cetoacidose, a prioridade inicial é a correção volêmica para garantir estabilidade hemodinâmica e renal antes da administração insulínica. Portanto, essa estratégia inicial de tratamento não é a mais indicada.

Alternativa C: Propõe a infusão de cloreto de potássio (KCl). Embora frequentemente seja necessário corrigir distúrbios de potássio na cetoacidose, a administração agressiva de potássio antes de estabilizar o paciente com fluidos e avaliar os níveis séricos pode ser arriscada. A prioridade inicial é a reidratação.

Alternativa D: Sugere o uso de soro glicosado com insulina, que não é apropriado na fase inicial da cetoacidose. O soro glicosado é geralmente utilizado em estágios posteriores do tratamento, quando os níveis de glicose no sangue estão reduzindo e há necessidade de evitar hipoglicemia enquanto a cetoacidose ainda está sendo tratada com insulina.

Entender o manejo adequado da cetoacidose diabética é crucial para a prática de enfermagem em urgências. O reconhecimento das prioridades no tratamento pode fazer uma diferença significativa para a segurança e recuperação do paciente.

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A conduta correta neste caso é a alternativa A - Infusão salina isotônica de cloreto de sódio (NaCl) 0,9%, em média 15 a 20 mL/kg na primeira hora, buscando-se restabelecer a perfusão periférica. A cetoacidose diabética é uma emergência médica que ocorre quando o corpo não consegue utilizar a glicose adequadamente e começa a queimar gorduras para obter energia, o que leva à produção de corpos cetônicos em excesso. A infusão salina isotônica de cloreto de sódio ajuda a corrigir a desidratação e a hipovolemia que ocorrem na cetoacidose diabética, além de ajudar a restabelecer a perfusão periférica. A escolha subsequente de fluidos dependerá da evolução dos eletrólitos séricos e da diurese. As outras alternativas não são apropriadas para o tratamento inicial da cetoacidose diabética.

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