Pouca gente crê que as pinturas rupestres, os índios que hab...

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Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPU
Q1233077 Arqueologia
Pouca gente crê que as pinturas rupestres, os índios que habitaram as costas do Brasil há milhares de anos, as vasilhas de cerâmica e os artefatos de pedra encontrados aos milhões na América do Sul, sejam projetos sérios de arqueologia. Em geral, esses temas são considerados menores, pouco dignos do trabalho a ser desenvolvido e insignificantes se comparados ao Partenon, por exemplo. Aqueles que pensam assim esquecem-se de que a arqueologia, apesar de estudar o passado, é uma ciência do presente e que seus produtos — conhecimentos originais — se incorporam à vida cotidiana de nossa sociedade. Ainda que não possa escapar da materialidade da cultura, é uma disciplina que não renega os aspectos imateriais, os que permitem conhecer o profundo e o diferente das sociedades. O arqueólogo não descobre um passado pré-existente, mas constrói um passado, com base não só nos dados arqueológicos mas também no contexto social e político e nas demandas e interesses da sociedade estudada. A arqueologia não é uma ciência dos objetos e das coisas mortas do passado; a arqueologia é, pelo contrário, uma ciência da cultura e de suas infinitas transformações durante o desenvolvimento da humanidade ao longo do tempo. 
Funari in Politis:2004 (com adaptações). Com relação à temática do texto acima, julgue o item subsequente.
Constata-se no final da década de 90 um crescente pluralismo interpretativo na arqueologia Os modelos histórico-culturalistas, que respondem às inquietações históricas concretas; o processualismo com seus esquemas interpretativos aplicáveis a qualquer contexto histórico e a arqueologia contextual, com a dimensão politica da disciplina e sua importância na luta dos povos pela valorização do seu passado e direitos. Esta convivência constituti uma das características da disciplina na atualidade.
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