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Q1686544 Medicina
Um escolar de 8 anos de idade foi encaminhado pelo otorrinolaringologista para avaliação especializada. Faz seguimento em função de otites e sinusites de repetição desde os 2 anos de idade, com uso recorrente de antibioticoterapia e corticoterapia tópica nasal e oral. No último ano, apresentou cinco otites. Tem antecedente de crises de bronquite, mas, há três anos, está assintomático do ponto de vista pulmonar. Já teve quatro pneumonias tratadas em internação hospitalar, uma delas evoluiu com sepse e necessidade de drenagem torácica de empiema por pneumococo e ele foi internado em unidade de terapia intensiva (UTI) por quatro dias. Nega infecções de outros sistemas orgânicos. A última pneumonia ocorreu aos 4 anos de idade. Filho único de pais atópicos, não consanguíneos, ingressou na escola para alfabetização aos 6 anos de idade. Ao Exame físico, não há alterações dignas de nota, observando-se peso e estatura em z-score (-2). A tomografia de seios da face evidencia ausência de variações anatômicas, de pólipos ou de aumento de cornetos nasais. Hemograma completo não indica alterações para a idade.


Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir.  
Tendo em vista o quadro clínico de infecções recorrentes do trato respiratório e o achado inicial de concentração de imunoglobulinas, subclasses de IgG e o número de células B normais, faz-se necessária a dosagem específica de anticorpo antipolissacarídeo de pneumococo pré e pós-vacinal.
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Alternativa correta: C - certo

Vamos entender por que a alternativa correta é "C - certo" e explorar os conceitos relacionados.

O caso clínico descreve um escolar de 8 anos que apresenta um histórico de infecções respiratórias recorrentes, como otites, sinusites e pneumonias. Este padrão de infecções frequentes, especialmente por agentes como o pneumococo, levanta suspeitas de uma possível imunodeficiência humoral, particularmente uma possível deficiência na resposta aos polissacarídeos capsulares de bactérias, que são componentes importantes de certos tipos de vacinas.

O cenário clínico sugere que o paciente pode ter um problema na produção de anticorpos específicos, apesar dos níveis normais de imunoglobulinas e subclasses de IgG. Para investigar essa hipótese, é importante realizar a dosagem específica de anticorpo antipolissacarídeo de pneumococo, tanto antes como após a vacinação. Isso ajuda a avaliar a capacidade do sistema imunológico do paciente de responder adequadamente a antígenos encapsulados.

O exame mencionado na questão é utilizado para diagnosticar condições como deficiência de anticorpos específicos, que não seriam detectadas apenas pelo hemograma ou por medições gerais de imunoglobulinas.

Justificativa da alternativa correta: A necessidade de avaliação da resposta vacinal específica com dosagens pré e pós-vacinais é crucial em casos de suspeita de deficiência de resposta a polissacarídeos, considerando o histórico de infecções graves e recorrentes do paciente.

Por fim, as alternativas incorretas são aquelas que sugerem que não seria necessária essa investigação adicional, o que negligencia a possibilidade de uma imunodeficiência altamente específica como a descrita.

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Comentários

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A afirmativa está correta. O paciente apresentou um histórico de infecções recorrentes do trato respiratório, incluindo otite, sinusite e pneumonia, o que sugere uma possível imunodeficiência. As imunoglobulinas, incluindo a IgG, são parte do sistema imunológico e ajudam o corpo a combater infecções. Se a concentração de imunoglobulinas, subclasses de IgG e o número de células B forem normais, isso pode excluir certas tipos de imunodeficiências. No entanto, ainda seria necessário realizar a dosagem específica de anticorpo antipolissacarídeo de pneumococo pré e pós-vacinal. Isso porque, mesmo com níveis normais de imunoglobulinas e células B, o paciente pode ter uma imunodeficiência específica que afeta a resposta imunológica a pneumococos, uma bactéria comum que pode causar infecções como pneumonia e meningite. A medição dos níveis de anticorpos pré e pós-vacinação pode ajudar a detectar essa imunodeficiência específica.

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