Homem de 50 anos encaminhado para seguimento ambulatorial d...

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Q2067627 Medicina
Homem de 50 anos encaminhado para seguimento ambulatorial de doença pulmonar obstrutiva crônica, refere dispneia ao caminhar cerca de 50 metros no plano, bem como episódios de chiado, principalmente conforme a flutuação climática. Atualmente em uso de formoterol 12 mcg de 12/12h, nega exacerbações com necessidade de internação. AP: ex-tabagista de 10 anos.maço; relata histórico de asma na infância/adolescência. Exame físico: baqueteamento digital, saturação periférica de oxigênio 93%, murmúrio vesicular reduzido difusamente mas sem adventícios. Exames laboratoriais: hemoglobina 13.8 g/dL, hematócrito 46%, leucócitos 8.500/mm3 (neutrófilos 70%, linfócitos 26%, eosinófilos 0,8%). Gasometria arterial (colhida em ar ambiente): pH 7,37; pO2 61 mmHg; pCO2 39 mmHg; bicarbonato 24 mEq/L. Em relação ao melhor tratamento indicado nesse paciente, assinale a alternativa correta. 
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Alternativa correta: A

Tema central da questão: A questão aborda a abordagem terapêutica adequada para um paciente com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que também tem um histórico de asma na infância e adolescência. O entendimento dos tratamentos para DPOC, especialmente em casos com histórico asmático, é essencial para resolver a questão.

Justificativa para a alternativa correta (A):

A opção A destaca a recomendação de associar corticoide inalatório ao tratamento do paciente, mesmo que a eosinofilia seja baixa. Este conhecimento é crucial na prática clínica, pois, em pacientes com DPOC que têm histórico de asma, a adição de um corticoide inalatório pode ser benéfica, mesmo que os eosinófilos não estejam elevados. O corticoide ajuda a controlar a inflamação, que é uma característica comum em pacientes com um componente asmático.

Análise das alternativas incorretas:

B - Oxigenoterapia: A recomendação de oxigenoterapia não é justificada apenas pela saturação de 93% e baqueteamento digital. A oxigenoterapia em domicílio é indicada geralmente quando a saturação de oxigênio está abaixo de 88% em repouso, o que não é o caso aqui. O baqueteamento digital pode ser sinal de hipoxemia crônica, mas sozinho não indica imediatamente a necessidade de oxigenoterapia.

C - Sangria terapêutica: Não há indicação para sangria terapêutica apenas com base no baqueteamento digital e hematócrito ligeiramente elevado. A sangria é geralmente reservada para situações de poliglobulia significativa e sintomas associados de hiperviscosidade, que não estão presentes neste caso.

D - Estágio GOLD e oxigenoterapia: A necessidade de iniciar oxigenoterapia domiciliar em todos os pacientes com DPOC não é baseada apenas no estágio GOLD. A oxigenoterapia domiciliar é mais criteriosa e depende de valores mais baixos de saturação de oxigênio, além de outros critérios clínicos, que não são totalmente atendidos aqui. Além disso, a associação de um broncodilatador anti-muscarínico de longa ação poderia ser considerada, mas não é a melhor opção isoladamente segundo o enunciado do caso.

Conclusão: A resposta correta é a alternativa A, pois leva em consideração o histórico de asma e a abordagem clínica de adicionar corticoide inalatório, apesar da baixa eosinofilia, para melhor controle da inflamação.

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Comentários

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A resposta correta é a alternativa A, pois o paciente apresenta histórico de asma na infância e adolescência, além de relatar episódios de chiado e dispneia. A associação de corticoide inalatório é indicada no tratamento de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) que apresentam sintomas de asma ou eosinofilia elevada. A baixa eosinofilia não exclui a possibilidade de asma, e a associação de corticoide inalatório pode melhorar o controle dos sintomas e reduzir o risco de exacerbações. Portanto, o tratamento recomendado nesse paciente seria a associação de corticoide inalatório ao broncodilatador já em uso.

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