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Q2067635 Medicina
Considere um homem de 54 anos em seguimento ambulatorial de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Atualmente tem dispneia moderada aos esforços. Apresentou uma exacerbação nos últimos 12 meses, sem necessidade de internação hospitalar. Nega edema, dispneia paroxística noturna ou ortopneia. Ex-tabagista de 35 anos.maço, parou há 5 anos. Está em uso regular de formoterol 12 mcg de 12/12h, budesonida 400 mcg 12/12h e tiotrópio 5 mcg/dia (com checagem de técnica adequada). Exame físico: saturação periférica de O2 = 89% em ar ambiente ao repouso, frequência respiratória 20 incursões/minuto, ausculta respiratória com murmúrio reduzido difusamente, sem sibilos. Demais elementos do exame físico dentro da normalidade. Vacinas atualizadas. Gasometria arterial (ar ambiente): pH 7.36 / pO2 53 mmHg / pCO2 51 mmHg / bicarbonato 28 mmol/L. Última espirometria: distúrbio obstrutivo sem resposta ao broncodilatador, VEF1 pós-broncodilatador = 48% do predito.

Assinale a alternativa correta. 
Alternativas

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Tema central: A questão aborda a indicação de oxigenioterapia domiciliar em um paciente com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Para resolvê-la, é fundamental compreender os critérios clínicos para prescrição de oxigenioterapia em pacientes com doenças pulmonares.

Alternativa correta: A

O paciente em questão apresenta hipoxemia significativa, evidenciada por uma pressão arterial parcial de oxigênio (PaO2) de 53 mmHg. De acordo com as diretrizes para oxigenioterapia domiciliar, pacientes com PaO2 inferior a 55 mmHg têm indicação de tratamento com oxigênio para prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida. Portanto, a alternativa A está correta, pois reflete essa recomendação.

Análise das alternativas incorretas:

B - Esta alternativa está incorreta porque, além da dessaturação no oxímetro, a gasometria arterial é necessária para confirmar a hipoxemia e avaliar a necessidade de oxigenioterapia. A saturação periférica de oxigênio sozinha não é suficiente para a tomada de decisão clínica.

C - Embora a avaliação de disfunção de ventrículo direito com ecocardiograma seja relevante em casos de DPOC avançada, a indicação de oxigenioterapia não está diretamente ligada à presença de disfunção cardíaca. É a hipoxemia documentada que determina a necessidade de oxigênio.

D - A presença de hipercapnia (PaCO2 > 50 mmHg) não contraindica a oxigenioterapia. Pelo contrário, muitos pacientes com DPOC e hipercapnia se beneficiam do oxigênio suplementar, desde que monitorados adequadamente para evitar depressão respiratória.

Ao resolver questões como esta, preste atenção aos critérios clínicos estabelecidos em diretrizes para diferentes tratamentos. Verifique sempre os valores críticos nos exames e entenda a relação entre sintomas, exames e tratamentos.

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O paciente descrito apresenta DPOC, com exacerbação recente e dispneia moderada aos esforços. Apesar do VEF1 pós-broncodilatador ser baixo, a gasometria arterial em ar ambiente apresentou uma leve hipoxemia com PaO2 de 53 mmHg. Segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a oxigenioterapia domiciliar é indicada em pacientes com hipoxemia crônica com PaO2 < 55 mmHg. Portanto, a alternativa correta é a A. Ainda não há indicação de ecocardiograma ou contraindicação devido à hipercapnia.

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