Negociado há mais de duas décadas, o acordo cheg...

Sobre o acordo descrito no texto associado buscamos a opção correta.

A) O Brasil tem negociado com a China acordos pontuais em diversas matérias, mas no texto são citados produtores europeus e negociações entre blocos e não entre nações.
B) Neste caso as negociações estariam ocorrendo no âmbito de conferência oficial das Nações Unidas o que não foi o caso de acordo com o texto associado.
C) Um dos maiores problemas deste acordo é a pauta de exportações dos dois blocos. A União Europeia exporta mais bens industrializados enquanto o Mercosul é um grande vendedor de commodities agrícolas. Isto torna as negociações complicada já que a indústria sul-americana pode ser prejudicada enquanto que pequenos produtores agrícolas europeus tem poucas condições de concorrer com o moderno agronegócio da América do Sul. Devido a essas contradições o acordo tem tido dificuldades em sua aprovação completa. A questão ambiental também é relevante nas negociações e as políticas brasileiras recentes sobre o tema e os indícios de que setores agroexportadores são relacionados com o desmatamento dão munição aos negociadores europeus para cobrar mais eficiência do Brasil sobre o tema.
D) Este acordo envolveu uma grande quantidade de países nas negociações na ONU e neste caso questões internas dos países signatários como as políticas ambientais sobre a Amazônia não seriam citadas já que se trata de acordo diplomático de grande porte. 
E) Não há acordo comercial recente com essa nomenclatura. 

GABARITO DO PROFESSOR: C



 

 

ACORDO MERCOSUL- UNIÃO EUROPEIA.

Discutido por mais de duas décadas, o acordo é o mais ambicioso e abrangente já negociado pelo Mercosul e deve se tornar um novo marco para a integração internacional do setor industrial brasileiro. Para que isso aconteça o quanto antes, a indústria defende a celebração formal do acordo sem reabertura das negociações, concluídas em junho de 2019.

O Acordo entre o Mercosul e a União Europeia estabelece uma série de medidas para facilitar o comércio entre os dois blocos. Por exemplo, o Imposto de Importação será eliminado para mais de 90% dos bens comercializados entre os países dos dois blocos após um período de transição.

Mas não se trata só de um tratado de livre comércio. Como um acordo de associação entre dois blocos regionais, ele prevê regras que vão reacender e tornar mais dinâmico o diálogo político e institucional entre os envolvidos, além, é claro, de abrir aos poucos os mercados dos blocos.

Pelo lado econômico e comercial, o acordo vai permitir que as empresas brasileiras sejam mais competitivas, barateando os custos de insumos produtivos e permitindo maior acesso preferencial ao mercado europeu. Além disso, a sociedade brasileira vai ser beneficiada com produtos mais baratos, mais investimentos no país e mais empregos formais. 

Pelo lado político e de cooperação, o acordo vai viabilizar diversos instrumentos de diálogo e coordenação política em assuntos estratégicos para o desenvolvimento econômico, social, ambiental e industrial do país, em temas como paz e segurança, democracia, mudanças climáticas, energia, direitos humanos, entre outros. 

Quando estiver em vigor, o tratado vai formar uma das maiores áreas de livre comércio do planeta, com quase 720 milhões de pessoas e cerca de 20% da economia global.

FONTE: PORTAL DA INDÚSTRIA.

LETRA C