Os principais mecanismos associados à urticária crônica esp...
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Ano: 2020
Banca:
IADES
Órgão:
SES-DF
Prova:
IADES - 2020 - SES-DF - Alergia e Imunologia Pediátrica |
Q1686563
Medicina
Texto associado
Uma paciente de 33 anos de idade, previamente hígida,
refere que, há cerca de dois meses, vem apresentando placas
avermelhadas elevadas muito pruriginosas disseminadas pelo
corpo, que duram cerca de 12 horas a 14 horas e somem
espontaneamente, sem deixar lesões residuais. Nas crises
mais intensas, a paciente percebe os lábios e as pálpebras
edemaciados, sendo que esse edema dura até 48 horas. Nega
uso contínuo de medicações e nega doenças semelhantes nos
familiares. Ao exame, apresenta leve edema em lábio
inferior, além de placas polimórficas eritemato-elevadas
difusas em tronco e membros, de bordos bem definidos, sem
alteração na textura da pele. Constatam-se ausculta
cardiopulmonar normal, FC = 98 bpm, FR = 20 irpm,
PA = 120 mmHg x 80 mmHg e SatO2 = 98%.
Com relação a esse caso clínico e tendo em vista os
conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir.
Os principais mecanismos associados à urticária crônica
espontânea são de natureza autoimune, e a confirmação de
tal diagnóstico depende de positividade no teste de
ativação de basófilos, no teste do soro autólogo e na
detecção de anticorpos IgG anti-IgE ou anti-FceRI, que
pode auxiliar na escolha do tratamento para cada paciente.
Comentários
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A afirmação é falsa. A urticária crônica espontânea é uma condição que dura seis semanas ou mais e seus mecanismos ainda não são totalmente compreendidos, mas sabe-se que não são todos autoimunes. De fato, uma parcela dos casos está relacionada à presença de autoanticorpos contra IgE ou o receptor de alta afinidade para IgE nos mastócitos e basófilos, mas isso não ocorre em todos os pacientes. Além disso, os testes mencionados, como o teste de ativação de basófilos, o teste do soro autólogo e a detecção de anticorpos IgG anti-IgE ou anti-FcεRI, ainda não são recomendados como rotina para o diagnóstico da urticária crônica espontânea. Isso se deve, principalmente, ao seu alto custo, à falta de disponibilidade em muitos centros e à ausência de correlação direta entre a positividade destes testes e a resposta ao tratamento. Portanto, embora esses testes possam ser úteis em algumas situações, não são critérios definitivos para o diagnóstico ou escolha do tratamento para a urticária crônica espontânea.
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