O termo AEH é aplicado para o angioedema recorrente causado...

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Q1686567 Medicina
Um paciente de 18 anos de idade refere crises de angioedema recorrente, principalmente em face e nas extremidades, sem urticária associada e com ocorrência há vários anos, principalmente em locais de trauma. Relata várias idas ao pronto-socorro (PS) e tratamentos com anti-histamínicos e corticoides tanto por via oral quanto parenteral, mas sem melhora nenhuma; o edema melhora espontaneamente em cerca de 48 horas. Nega doenças prévias ou uso contínuo de medicações. Tem antecedente de laparotomia branca por quadro suspeito de apendicite. Informa que o irmão e duas tias têm o mesmo problema. Chega para avaliação por alergista com edema moderado em lábios após consulta de rotina com dentista, sem outras lesões de pele. O exame físico mostra-se sem outras alterações e, quanto aos sinais vitais, o paciente está afebril, com FC = 92 bpm, PA = 120 mmHg x 80 mmHg, FR = 16 irpm e SatO2 = 99%. A hipótese diagnóstica aventada pelo médico foi de angioedema hereditário (AEH).


Acerca desse caso clínico e com base nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 
O termo AEH é aplicado para o angioedema recorrente causado por excesso de bradicinina, cuja forma de herança é autossômica dominante.
Alternativas

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A alternativa correta é: C - certo.

O caso clínico apresentado refere-se a um paciente que sofre de angioedema hereditário (AEH). Este é um distúrbio genético raro caracterizado por episódios recorrentes de inchaço (angioedema) em várias partes do corpo, como face, extremidades e trato gastrointestinal. O AEH é geralmente causado por uma deficiência ou disfunção do inibidor de C1 (C1-INH), que leva a um aumento de bradicinina, um mediador que provoca vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, resultando no edema.

Justificativa da alternativa correta: O enunciado menciona que o diagnóstico sugerido é de angioedema hereditário, que é realmente causado pelo excesso de bradicinina. Este aumento ocorre devido à deficiência do inibidor de C1 (do tipo I) ou à presença de um inibidor de C1 disfuncional (do tipo II). A herança genética do AEH é autossômica dominante, o que significa que basta uma cópia alterada do gene para que a condição se manifeste. A recorrência do angioedema na família do paciente, como descrito, apoia essa forma de herança.

Por que as alternativas erradas seriam incorretas? Se houvesse alternativas incorretas, estas poderiam incluir diagnósticos que não envolvem bradicinina ou que têm outras formas de herança genética. Por exemplo, o angioedema associado a urticária ou outros tipos de angioedema com causas diferentes, como alérgicas ou medicamentosas, não se encaixariam no que foi descrito no caso do paciente.

Além disso, os tratamentos típicos para reações alérgicas, como anti-histamínicos e corticoides, são ineficazes no AEH, como observado na questão. Isso se deve ao fato de que o AEH não é mediado por histamina, mas sim por bradicinina.

Espero que este comentário tenha ajudado a esclarecer o raciocínio por trás da escolha correta da alternativa. Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!

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Comentários

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Sim, a afirmação é verdadeira. O angioedema hereditário (AEH) é uma doença genética rara, manifestando-se através de crises recorrentes de inchaço subcutâneo, principalmente na face e extremidades. É causado pela deficiência ou mau funcionamento de uma proteína chamada inibidor de C1 (C1-INH), que controla a produção de bradicinina, um peptídeo que induz a vasodilatação e aumenta a permeabilidade vascular, levando ao inchaço. A deficiência de C1-INH leva a uma produção excessiva de bradicinina, que provoca o angioedema. A forma de herança é autossômica dominante, o que significa que uma cópia do gene alterado em cada célula é suficiente para causar a doença. No caso descrito, o fato de o irmão e duas tias do paciente também terem o mesmo problema fortalece a hipótese de angioedema hereditário.

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