Os níveis séricos de C3 auxiliam no rastreamento da doença,...

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Q1686569 Medicina
Um paciente de 18 anos de idade refere crises de angioedema recorrente, principalmente em face e nas extremidades, sem urticária associada e com ocorrência há vários anos, principalmente em locais de trauma. Relata várias idas ao pronto-socorro (PS) e tratamentos com anti-histamínicos e corticoides tanto por via oral quanto parenteral, mas sem melhora nenhuma; o edema melhora espontaneamente em cerca de 48 horas. Nega doenças prévias ou uso contínuo de medicações. Tem antecedente de laparotomia branca por quadro suspeito de apendicite. Informa que o irmão e duas tias têm o mesmo problema. Chega para avaliação por alergista com edema moderado em lábios após consulta de rotina com dentista, sem outras lesões de pele. O exame físico mostra-se sem outras alterações e, quanto aos sinais vitais, o paciente está afebril, com FC = 92 bpm, PA = 120 mmHg x 80 mmHg, FR = 16 irpm e SatO2 = 99%. A hipótese diagnóstica aventada pelo médico foi de angioedema hereditário (AEH).


Acerca desse caso clínico e com base nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 
Os níveis séricos de C3 auxiliam no rastreamento da doença, demonstrando-se reduzidos mesmo quando os pacientes estão fora do período de crise de angioedema.
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A afirmação está incorreta. O angioedema hereditário (AEH) é uma doença rara, genética e que se caracteriza por episódios recorrentes de inchaço (edema) em várias partes do corpo. O AEH é causado por uma deficiência de uma proteína chamada inibidor de C1 esterase (C1-INH) ou por uma disfunção desta proteína. Existem três tipos de AEH, o tipo 1 e 2 estão relacionados com a deficiência ou disfunção do C1-INH e são diagnosticados medindo-se os níveis de C4, que estão geralmente reduzidos, e C1-INH, que podem estar reduzidos (tipo 1) ou normais (tipo 2), mas com função reduzida. O tipo 3 do AEH tem níveis normais de C1-INH e C4, mesmo durante os episódios de angioedema. Já o C3, citado na questão, não é diretamente implicado na patogênese do AEH e por isso não é tipicamente usado para o rastreamento da doença, e seus níveis podem se manter normais mesmo durante os episódios de angioedema. Portanto, está errado dizer que os níveis séricos de C3 auxiliam no rastreamento do AEH, se demonstrando reduzidos mesmo quando os pacientes estão fora do período de crise.

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