Considere:1. Na voz ativa, o fato expresso pelo verbo é repr...
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Pequenas injustiças no calor da hora
Nestes dias tumultuados de incerteza política que estamos vivendo, há outras incertezas de menor visibilidade, que vêm de longe, e fazem parte de um sistema articulado de crise social e de decadência de que anomalias de agora são apenas parte do problema. Os sociólogos definem situações desse tipo como estados de anomia, caracterizados pela perda da eficácia dos valores e das regras sociais que tornam a vida em sociedade possível. O Brasil, aparentemente, está ultrapassando o limite dessa segurança coletiva. Alguns episódios recentes são indicativos do que está acontecendo.
Alunos do curso de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, a que se juntou um da Pontifícia Universidade Católica, segundo as notícias, na noite do último dia 19, diante da residência estudantil, agrediram a socos e pontapés um estudante do Curso de Veterinária, Nerlei Fidelis, de 31 anos, que estava acompanhado de um sobrinho. Da nação Caingangue, ele é um dos 76 alunos indígenas que ingressaram na Universidade através do vestibular especial ali implantado. (...). Os agressores incriminaram em Nerlei o fato de ser índio, e deram início a agressão com a pergunta “o que esses índios estão fazendo aí?”
Os preconceitos de vários tipos, no Brasil, raciais, sociais, religiosos, de gênero e outros estão fundados no pressuposto de que cada um é livre e tem direitos nos limites do espaço a ele ou ela destinado. Não se trata, portanto, apenas de racismo, palavra que escamoteia um conjunto grande de preconceitos. Trata-se de uma concepção remotamente fundada no preconceito de casta ou no preconceito estamental, próprio de uma sociedade baseada no pressuposto de que as pessoas nascem e morrem socialmente desiguais.
O Brasil sempre foi um país intolerante e, de vários modos, autoritário. Construímos um conjunto de disfarces formais e meramente rituais para enfrentar o desconforto da intolerância e das injustiças que dela decorrem. Mas, nos momentos de crise e de tensão sociais, os disfarces derretem-se sob o calor da hora e ficamos nus diante do espelho. Nunca conseguimos construir uma verdadeira identidade social. No papel, sim, mas, na vida, não. Com facilidade tendemos ao corporativismo e são muitos os que se fecham numa identidade restrita, sobreposta ao que deveria ser a identidade de todos, a da Pátria.
(Adaptado de: MARTINS, José de Souza. Pequenas injustiças no calor da hora. In: O ESTADO DE S. PAULO. Aliás, E2, Domingo, 3 de abril
de 2016.)
Considere:
1. Na voz ativa, o fato expresso pelo verbo é representado como praticado pelo sujeito.
2. Na voz passiva, o fato expresso pelo verbo é representado como recebido pelo sujeito.
A frase − Alunos do curso de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e um da Pontifícia Universidade
Católica agrediram Nerlei Fidelis. − está na voz ativa. Na voz passiva, mantendo-se o tempo verbal, a mesma frase assume a
seguinte forma:
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Comentários
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Comentário da letra A.
Ocorre passagem de voz ativa para passiva sintética somente quando o sujeito da ativa é indeterminado.
Ex : Quebraram o carro ( ativa )
Quebrou-se o carro (sintética )
Quando se fala em conversão à voz passiva, é crucial e indispensável observar a transitividade do verbo. Tem-se em conta apenas os transitivos diretos e os transitivos diretos e indiretos — e uns poucos transitivos indiretos, como obedecer, perdoar.
A fim de atalhar a resolução, considere as siglas:
VTD: Verbo Transitivo Direto
VTDI: Verbo Transitivo Direto e Indireto
OD: Objeto Direto
Na voz ativa, tem-se:
Sujeito + VTD ou VTDI + OD
Exs.:
I - Eu dei o tiro à queima roupa;
II - Eu lhe enviei a carta de referência.
Na voz passiva, o sujeito da ativa se torna o agente da passiva e o objeto direto, o sujeito, além de constar o verbo "ser" e outro no particípio: Exs.:
III - O tiro foi dado por mim;
IV - A carta de referência lhe foi enviada por mim.
Importa registrar que o agente da passiva admite ocultação:
I - O carro foi roubado;
II - A escola foi quebrada;
III - O réu é condenado;
IV - Eu serei enganado.
Por fim, registra-se a existência da passiva pronominal:
I - Alugam casa → voz ativa
II - Alugam-se casas mobiliadas → voz passiva
III - Vendem luxuosos apartamentos → voz ativa
IV - Vendem-se luxuosos apartamentos → voz passiva
Leiamos a frase do enunciado a fim de convertê-la à voz passiva:
"Alunos do curso de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e um da Pontifícia Universidade Católica agrediram Nerlei Fidelis."
Para convertê-la à voz passiva, é necessário transformar o sujeito acima em agente da passiva e o objeto direto, em sujeito:
"Nerlei Fidelis foi agredido por alunos do curso de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e um da Pontifícia Universidade Católica."
A frase acima está na voz passiva.
Letra B
Isso pode ajudar muito:
Na voz ativa temos a seguinte estrutura:
O careca comentou a questão.
Na passagem da voz ativa para passiva Analítica ( Verbo ser + Particípio ) :
O objeto direto passa a ser sujeito (paciente) incluímos um verbo ser + o verbo da ativa na forma analítica ( ado/ ido )
e o sujeito passa a ser agente da passiva.
O careca comentou a questão.
A questão foi cimentada pelo careca.
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Anotações.
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