Secundigesta de 28 anos, na 38ª semana de gestação, encontra...
Secundigesta de 28 anos, na 38ª semana de gestação, encontrase internada no pré-parto com dinâmica uterina de 10’ (20” 20”), com 7 cm de dilatação e apagamento de 70% do colo há 4 horas, apesar de deambular livremente e fazer exercícios na bola obstétrica. O fundo de útero dessa paciente é compatível com 33 cm, a apresentação encontra-se cefálica fletida, plano +2 de De Lee, membrana amniótica íntegra e bcf de 136, com boa variabilidade à ausculta com o sonar Doppler, mas desaceleração durante o pico da contração, com boa recuperação.
Assinale a opção que indica a conduta a ser realizada nessa paciente.
Gabarito comentado
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Vamos analisar a questão e entender como chegar à resposta correta.
Tema central: A questão aborda a conduta adequada para uma paciente em trabalho de parto na 38ª semana de gestação. Para resolvê-la, é necessário compreender o estágio do trabalho de parto, interpretar sinais de progresso do parto e decidir sobre intervenções possíveis.
A alternativa correta é: C - Amniotomia e ocitocina.
Justificativa:
A paciente está em trabalho de parto ativo, com 7 cm de dilatação cervical e apagamento de 70% do colo. A apresentação cefálica fletida e o plano +2 de De Lee indicam que a cabeça do bebê está bem posicionada e progredindo no canal de parto. Além disso, o batimento cardíaco fetal (bcf) de 136 bpm com boa variabilidade é um sinal positivo, ainda que haja desaceleração durante as contrações, o que pode ocorrer sem indicar sofrimento fetal grave.
A conduta de amniotomia (rompimento das membranas amnióticas) pode ajudar a acelerar o trabalho de parto ao aumentar a eficiência das contrações. O uso de ocitocina pode ser indicado para estimular contrações mais eficazes, auxiliando no progresso do parto.
Análise das alternativas incorretas:
A - Cesariana de emergência por sofrimento fetal agudo. Não é indicada, pois não há sinais de sofrimento fetal agudo. As desacelerações observadas são típicas e não indicam urgência extrema.
B - Cesariana de urgência por desproporção céfalo-pélvica. Não é justificada, pois a posição e o avanço da apresentação cefálica indicam progressão normal, sem evidência de desproporção.
D - Colocar a paciente na banheira de água morna. Esta opção não aborda diretamente o progresso do trabalho de parto, embora possa ajudar no conforto da paciente, não melhora a dinâmica do trabalho de parto ativo.
E - Dar alta para a paciente por tratar-se de falso trabalho de parto. Incorreto, pois a paciente está claramente em trabalho de parto ativo com dilatação significativa e contrações regulares.
Ao analisar estas informações e aplicar o conhecimento obstétrico, chegamos à conclusão de que a intervenção com amniotomia e ocitocina é a mais apropriada. Com isso, não só estimulamos o progresso do parto, mas também favorecemos um desfecho positivo.
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