Na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), a diminuição ...

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Q879944 Nutrição
Na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), a diminuição do IMC (inferior a 25 kg/m2 ), a perda não intencional de peso e a redução da massa magra são consideradas fatores independentes de mau prognóstico clínico nestes pacientes. O tratamento nutricional na DPOC em indivíduos desnutridos e sem assistência ventilatória, deve considerar uma dieta:
Alternativas

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Para resolver a questão sobre o tratamento nutricional na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), precisamos entender que a DPOC é uma condição que afeta a capacidade respiratória e pode levar à desnutrição devido ao aumento do gasto energético e redução da ingestão alimentar.

O enunciado destaca a importância de garantir uma dieta adequada para indivíduos desnutridos e sem assistência ventilatória, visando melhorar o prognóstico clínico.

A alternativa correta é a Alternativa C. Vamos entender por quê:

C - Dieta hiperproteica (1,2 a 1,7 g/kg/dia), hipercalórica (30 a 35 kcal/kg/dia), com aumento do aporte de fósforo e magnésio.

Na DPOC, uma dieta hiperproteica é importante para prevenir a perda de massa magra, sendo que a faixa de 1,2 a 1,7 g/kg/dia de proteína é adequada.

Uma dieta hipercalórica ajuda a compensar o aumento do gasto energético dos pacientes, sendo crucial para evitar a perda de peso não intencional.

O aumento de fósforo e magnésio é relevante, pois esses nutrientes são fundamentais para a função muscular e para evitar complicações respiratórias.

Agora, vejamos por que as outras alternativas estão incorretas:

A - Normoproteica, hipercalórica, com maior aporte de vitamina D e sódio.

Embora seja hipercalórica, a dieta normoproteica não atende às necessidades aumentadas de proteína para manter a massa magra.

B - Hiperproteica, normocalórica, com maior aporte de ácidos graxos da série n-3 e fibra solúvel.

Apesar da adequação proteica, uma dieta normocalórica pode não fornecer energia suficiente para compensar o gasto energético elevado desses pacientes.

D - Normoproteica, hipercalórica, com maior aporte de cálcio e vitaminas do complexo B.

Semelhante à alternativa A, a quantidade de proteína é inadequada para a manutenção da massa magra. Além disso, o foco em cálcio e vitaminas do complexo B não aborda diretamente as necessidades respiratórias e musculares.

E - Hiperproteica, hipocalórica, com maior aporte de ferro e vitamina K.

Embora a proteína seja suficiente, uma dieta hipocalórica está em desacordo com a necessidade de compensar o aumento do gasto energético, podendo agravar a desnutrição.

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A exacerbação aguda da DPOC está acompanhada de desequilíbrio no balanço nitrogenado, gerado pela diminuição da ingestão alimentar e pelo aumento no gasto energético do paciente. A intervenção terapêutica resulta em diminuição no gasto energético. Esses pacientes já têm comprometimento prévio do estado nutricional, necessitando mais de potássio, fósforo, magnésio, zinco e vitaminas do que pacientes eutróficos. As necessidades finais de energia e proteínas podem chegar a 40-45 kcal/kg/dia e 1,5 kg/dia, respectivamente, a fim de acelerar a repleção das deficiências, mas a progressão a esses valores deve ser lenta e monitorada por parâmetros metabólicos, como glicemia e CO2, de preferência com calorimetria indireta.

Fonte: PROJETO DIRETRIZES

Letra C) hiperproteica (1,2 a 1,7 g/kg/dia), hipercalórica (30 a 35 kcal/kg/dia), com aumento do aporte de fósforo e magnésio.

Na DPOC deficiências específicas de Ca, Mg, Fósforo e potássio o que compromete a função dos músculos respiratórios a nível celular. É crucial atingir a RDA desses micronutrientes.

O consumo adequado de magnésio parece promover o efeito brincodilatador melhorando o sintomas de DPOC.

Na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), a diminuição do IMC (inferior a 25 kg/m2), a perda não intencional de peso e a redução da massa magra são consideradas fatores independentes de mau prognóstico clínico. O tratamento nutricional na DPOC em indivíduos desnutridos e sem assistência ventilatória deve ser cuidadosamente planejado para atender às necessidades nutricionais específicas desses pacientes.

A alternativa A sugere uma dieta normoproteica (0,8 a 1 g/kg/dia), hipercalórica (40 a 45 kcal/kg/dia), com maior aporte de vitamina D e sódio. A vitamina D desempenha um papel importante na saúde óssea, enquanto o sódio é necessário para manter o equilíbrio hidroeletrolítico. No entanto, não há evidências científicas que suportem a necessidade de um maior aporte de vitamina D e sódio especificamente na DPOC. Portanto, essa alternativa não é a correta.

A alternativa B propõe uma dieta hiperproteica (2 a 2,5 g/kg/dia), normocalórica (25 a 30 kcal/kg/dia), com maior aporte de ácidos graxos da série n-3 e fibra solúvel. Os ácidos graxos da série n-3, encontrados em peixes e óleos de peixe, têm propriedades anti-inflamatórias e podem ter benefícios na DPOC. A fibra solúvel também pode ajudar a melhorar a função pulmonar. No entanto, uma dieta normocalórica pode não ser suficiente para atender às necessidades energéticas de pacientes com DPOC desnutridos. Portanto, essa alternativa também não é a correta.

A alternativa C sugere uma dieta hiperproteica (1,2 a 1,7 g/kg/dia), hipercalórica (30 a 35 kcal/kg/dia), com aumento do aporte de fósforo e magnésio. Aumentar o aporte de proteínas e calorias é essencial para reverter o estado de desnutrição em pacientes com DPOC. O fósforo e o magnésio são minerais importantes para a função muscular e podem ser necessários em maior quantidade devido à perda de massa magra. Portanto, essa alternativa é uma opção correta.

A alternativa D propõe uma dieta normoproteica (0,8 a 1,1 g/kg/dia), hipercalórica (35 a 45 kcal/kg/dia), com

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