Leia:
“Ambos tratam de perdas, de falências inevitáveis.”
Marque a opção em que a palavra sublinhada pertence à
mesma classe gramatical daquela em destaque no trecho
apresentado abaixo.

Question

Leia o texto a seguir e responda à questão.
Em busca da despedida perfeita
Carlos Castelo | 31/01/2024 | 00h10
[...] Sou crítico de velórios, profissão que passei a exercer
com a seriedade de um sommelier de bistrô parisiense. Só
não espere compaixão ou reverência de mim. O que
procuro em um funeral é a excelência, o esplendor
fúnebre, se é que isso soa menos mórbido.
O mais interessante é como vim parar nessa carreira.
Comecei no jornalismo como colunista de economia,
redigindo análises com o sobe e desce dos mercados,
inflação, taxas de juros. Entretanto, em um belo dia, o
chefe decidiu me transferir para a editoria de obituários.
A ideia me pareceu um rebaixamento. [...] Mas, pensando
bem, hoje em dia, qual a diferença entre as finanças e o
falecimento? Ambos tratam de perdas, de falências
inevitáveis.
Com o passar do tempo, o editor [...] criou na publicação a
coluna do crítico de velórios. No começo, torci o nariz para
a mudança. Mas acabei por apreciar o novo papel. [...]
Cada detalhe conta uma história, cada cerimônia é um
drama a ser analisado. E aqui estou eu, transformado de
economista a crítico de velórios.
Na última semana, tive o desprazer, ou deveria dizer, a
insatisfação, de avaliar três cerimônias fúnebres distintas.
A primeira, que falta de esmero! As flores eram tão poucas
que mais pareciam um pedido de desculpas do que uma
homenagem póstuma. As coroas, nem vale a pena
mencionar. Não quero falar mal do morto, mas acredite,
ele merecia mais.
O caixão, se é que posso chamar aquela caixa de madeira
barata de ataúde, parecia saído de um catálogo de
descontos. [...]
O segundo evento era ligeiramente melhor. [...]
Por fim, o terceiro velório. Esperava algo grandioso, afinal,
era um nome conhecido na sociedade. Mas, que
decepção... A urna, embora decente, não tinha o brilho
que esperava. [...]
Em resumo, essa semana foi um desastre no que tange ___
(a/à) arte fúnebre. Quando chegar ___ (a/à) minha hora,
caro leitor, espero que façam melhor. Um crítico de
velórios merece um adeus ___ (a/à) altura de suas
análises. Mas, até lá, continuarei minha busca pela
despedida perfeita, onde o luto se encontra com o luxo, e
o adeus é uma obra de arte. Não morro sem ver esse dia... Fonte: CASTELO, Carlos. Em busca da despedida perfeita. O
Estado de São Paulo, 31 de janeiro de 2024. Disponível em:
< https://www.estadao.com.br/emais/cronica-porquilo/em-busca-da-despedida-perfeita/>. Acesso em: 05
jan. 2024. Adaptado. Leia:
“Ambos tratam de perdas, de falências inevitáveis.”
Marque a opção em que a palavra sublinhada pertence à
mesma classe gramatical daquela em destaque no trecho
apresentado abaixo. Alternativa A: “Comecei no jornalismo como colunista de
economia...”. Ou Alternativa B: “A ideia me pareceu um rebaixamento.”. Ou Alternativa C: “... transformado de economista a crítico de velórios.”. Ou Alternativa D: “A urna, [...] não tinha o brilho que esperava”. Ou Alternativa E: “... seriedade de um sommelier de bistrô parisiense.”

Qconcursos · Accepted Answer

Alternativa [E] “... seriedade de um sommelier de bistrô parisiense.” Vamos analisar a classe gramatical da palavra em destaque na frase oferecida e compará-la às opções fornecidas. A palavra "inevitáveis" é um adjetivo, pois qualifica o substantivo "falências". Adjetivos são palavras que atribuem características aos substantivos, indicando qualidade, estado, modo de ser, etc.

Para resolver a questão, precisamos identificar a alternativa em que a palavra sublinhada também é um adjetivo. Vamos analisar cada uma:

A - “Comecei no jornalismo como colunista de economia...”. Aqui, "economia" é um substantivo, pois nomeia uma área ou campo de estudo. Não é um adjetivo.
  
  B - “A ideia me pareceu um rebaixamento.”. "Rebaixamento" é um substantivo, pois refere-se a uma ação ou processo. Não qualifica outro termo.
  
  C - “... transformado de economista a crítico de velórios.”. "Crítico" é um substantivo nesse contexto, indicando a profissão ou função da pessoa, e não atua qualificando outro substantivo.
  
  D - “A urna, [...] não tinha o brilho que esperava”. "Brilho" é um substantivo, indicando uma qualidade que a urna deveria possuir. Não funciona como adjetivo.
  
  E - “... seriedade de um sommelier de bistrô parisiense.”. Aqui, "parisiense" é um adjetivo, pois qualifica o bistrô, indicando sua origem. Esta é a alternativa correta.

A alternativa correta é, portanto, a E, pois "parisiense" desempenha a mesma função de qualificação que "inevitáveis" no contexto do texto.

Para identificar corretamente as classes gramaticais, é importante lembrar que adjetivos sempre qualificam ou atribuem características aos substantivos, enquanto substantivos nomeiam entidades, sejam elas concretas ou abstratas.

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