Segundo os PCN-Arte (1997), na primeira metade do século XX...

Alternativa correta: B - Somente reconhecidas quando faziam parte das festividades escolares nas celebrações de datas como Natal, Páscoa ou Independência, ou nas festas de final de período escolar.

Vamos analisar o tema central da questão. A pergunta aborda o papel das atividades de teatro e dança nas escolas brasileiras na primeira metade do século XX. Esse contexto é fundamental para entender como as artes cênicas eram percebidas e integradas no currículo escolar da época.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais - Arte (PCN-Arte), até meados do século XX, as atividades de teatro e dança não eram vistas como partes autônomas e essenciais do currículo escolar. Ao invés disso, elas eram frequentemente associadas a eventos comemorativos, como festas e celebrações escolares.

Justificativa para a alternativa correta: A alternativa B é a correta porque reflete fielmente o papel secundário que o teatro e a dança desempenhavam nas escolas nessa época. Essas atividades eram, na maioria das vezes, integradas às festividades escolares, e não reconhecidas como componentes essenciais do ensino. Isso está de acordo com a perspectiva histórica apresentada nos PCN-Arte de 1997.

Análise das alternativas incorretas:

A - A afirmação de que essas atividades eram autônomas e ganhavam atenção especial devido ao sucesso internacional do teatro e da dança brasileira é incorreta. Na realidade, o reconhecimento internacional dessas artes não influenciou diretamente sua inclusão no currículo escolar de forma autônoma.

C - Embora o movimento escolanovista tenha promovido métodos de ensino mais criativos, o teatro e a dança não eram considerados fundamentos para o aprendizado escolar nesse período.

D - A ideia de que eram disciplinas rigorosamente tradicionais articuladas com a área de Humanidades não se sustenta, pois elas não eram vistas como disciplinas centrais ou essenciais no currículo tradicional.

E - A sugestão de que eram a vanguarda na formação dos jovens e uma inovação educacional não corresponde à realidade da época. Essas atividades não eram vistas como inovadoras ou essenciais no contexto educacional brasileiro do início do século XX.

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Na primeira metade do século XX, as disciplinas Desenho, Trabalhos Manuais, Música e Canto Orfeônico faziam parte dos programas das escolas primárias e secundárias, concentrando o conhecimento na transmissão de padrões e modelos das classes sociais dominantes. Na escola tradicional, valorizavam-se principalmente as habilidades manuais, os “dons artísticos”, os hábitos de organização e precisão, mostrando ao mesmo tempo uma visão utilitarista e imediatista da arte. Os professores trabalhavam com exercícios e modelos convencionais selecionados por eles em manuais e livros didáticos. O ensino de Arte era voltado essencialmente para o domínio técnico, mais centrado na figura do professor. Competia a ele “transmitir” aos alunos os códigos, conceitos e categorias, ligados a padrões estéticos de ordem imitativa, que variavam de linguagem para linguagem, mas que tinham em comum, sempre, a reprodução de modelos.

As atividades de teatro e dança não estavam incluídas no currículo escolar como práticas obrigatórias, e somente eram reconhecidas quando faziam parte das festividades escolares na celebração de datas como Natal, Páscoa ou Independência, ou nas festas de final de período escolar. O teatro era tratado com uma única finalidade: a da apresentação. Os alunos decoravam os textos e os movimentos cênicos eram marcados com rigor. Apesar da rigidez gestual e vocal dessa atividade, a relação com a platéia era de alguma forma contemplada, tanto que se privilegiava a aprendizagem da dicção. A dança também era regida por regras e organizada sobre coreografias fixas, reportando-se, algumas vezes, às festividades regionais

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